Elias aguardava na entrada do restaurante, observando o fluxo de turistas e moradores locais que aproveitavam o clima ensolarado de Guadalajara. O local escolhido era perfeito, charmoso, discreto e suficientemente movimentado para manter o anonimato de qualquer conversa mais íntima. Quando Emilia chegou, o lugar parecia ganhar um brilho próprio; seu sorriso e sua presença carismática dominavam o ambiente.
Durante o almoço, Elias conduziu a conversa com um equilíbrio cuidadoso entre o profissionalismo e o encanto sutil.
— Uma das coisas mais importantes em um filme não é apenas o enredo, mas quem traz esse enredo à vida — dizia Elias — E você tem essa capacidade. Quando vi suas fotos, sua expressão, percebi o quanto você poderia levar o filme a um nível completamente novo. Há uma profundidade no seu olhar, uma paixão que transcende a imagem.
Emilia, sempre confiante, sorriu e inclinou-se um pouco para a frente.
— Você realmente acha isso? Eu já fiz algumas atuações, mas nada tão grande quanto um filme.
Ela mantinha um tom de voz alegre e intrigado, como se testasse a sinceridade de Elias
— Este filme é um drama intenso, uma história de amor e guerra. A protagonista é complexa, uma mulher dividida entre seu dever e seu coração. Eu preciso de alguém que consiga transmitir todas essas camadas de emoção. E, honestamente, Emilia, eu acredito que você é essa pessoa.
Ela riu levemente, tocando o braço dele de maneira casual, mas suficiente para demonstrar sua apreciação pelo elogio.
— Você é muito persuasivo, Señor Zimmermann. Acho que nunca tive alguém tão convencido sobre o meu talento.
Elias sorriu de volta, mantendo o olhar firme nos olhos dela.
— Eu sou um diretor. É o meu trabalho ver o potencial nas pessoas.
Ao final do almoço, Elias propôs a ideia da "sessão de leitura" do roteiro. Emilia, animada e claramente lisonjeada com a proposta, aceitou prontamente. Eles marcaram o encontro para o dia seguinte, no auditório do hotel onde Elias estava hospedado. Era um espaço grande o bastante para ser confortável, mas intimista o suficiente para criar um ambiente propício ao ensaio.
No dia seguinte, o auditório do hotel estava preparado com um pequeno palco, uma mesa com cadeiras e algumas luzes ajustáveis para criar um ambiente de "casting". Elias chegou cedo, certificando-se de que tudo estava em ordem. Ele passou um bom tempo organizando o espaço, montando um ambiente aconchegante para Emilia se sentir à vontade.
Quando Emilia chegou, vestida de maneira casual, mas ainda assim encantadora, Elias a cumprimentou com um sorriso amigável.
— Espero que você esteja pronta para mergulhar no personagem — ele disse, enquanto a guiava até o palco.
Emilia riu e balançou a cabeça.
— Estou mais do que pronta. Vamos ver o que eu posso fazer.
A sessão começou com Elias explicando o contexto da cena. Era um momento emocionalmente carregado, onde a protagonista precisava escolher entre o amor de sua vida e sua lealdade aos ideais que defendia. A complexidade da cena exigia uma entrega total de Emilia, e era exatamente isso que Elias queria ver. À medida que a leitura prosseguia, Elias ficou impressionado com a habilidade de Emilia em capturar a essência do personagem. Ela não apenas decorou as falas; ela as viveu. Seu tom de voz variava com maestria, indo da raiva à vulnerabilidade em um piscar de olhos. Elias assistia atentamente, mas não apenas como diretor, ele estava analisando cada nuance, cada expressão, buscando entender o que movia aquela mulher.
Durante os intervalos, ele mantinha o clima leve e amigável.
— Você está realmente superando minhas expectativas — comentou em um momento, olhando diretamente nos olhos dela.
Emilia sorriu, dessa vez com uma pitada de seriedade.
— Bem, talvez você tenha acabado de me ver em momentos menos dramáticos. Eu sou uma mulher de muitas facetas.
Conforme as sessões de leitura se sucediam, a conexão entre os dois se fortalecia. Elias percebia que Emilia estava cada vez mais confortável em sua presença. Ele a elogiava de forma genuína, e suas interações iam além de apenas ensaios; elas envolviam discussões sobre a vida, o cinema, o que motivava ambos. No entanto, ele não podia perder de vista seu objetivo principal. Durante uma das conversas, ele comentou casualmente:
— Notei que Alejandro é bem presente na sua vida profissional também. Ele parece estar sempre por perto. Ele tem algum envolvimento na indústria cinematográfica?
Emilia hesitou por um momento, o sorriso se esvaindo um pouco.
— Alejandro… Ele é protetor, sabe? Ele cuida bem de mim, mas às vezes, eu sinto que ele se envolve demais.
Elias acenou compreensivo, plantando a semente de dúvida de forma discreta.
— Eu entendo. Só não quero que nada impeça você de brilhar por si mesma.
Ao final de uma dessas sessões, ao cair da tarde, enquanto eles saíam do hotel, a proximidade entre eles havia se estreitado. Era como se cada conversa, cada troca de olhares o aproximasse mais dela. Contudo, Alejandro não estava alheio a essa aproximação. Enquanto os dois caminhavam para fora do auditório, o Porsche preto estacionava em frente à entrada do hotel. Alejandro saiu do veículo com passos firmes e rápidos. Seu olhar estava fixo em Elias, carregado de uma tensão latente.
Elias manteve uma expressão neutra, preparando-se para o confronto inevitável. Alejandro olhou para Emilia, depois para Elias.
— Zimmermann — ele disse com um tom que misturava desafio e possessividade — Vejo que você tem passado muito tempo com a minha garota.
Emilia, tentando dissipar a tensão, forçou um sorriso.
— Alejandro, calma. Estamos apenas discutindo o filme.
Alejandro manteve os olhos fixos em Elias.
— Sim, claro. Espero que esteja tratando bem dela, Zimmermann.
Elias sorriu, mantendo a compostura.
— Eu só quero o melhor para Emilia. Acho que ela tem um talento imenso que merece ser mostrado ao mundo.
Alejandro tirou a ponta de cigarro da boca e deu um passo à frente, esmagando a bituca, sua presença intimidadora era quase palpável.
— O melhor para Emilia? Sei.
O ar estava carregado de tensão. Alejandro continuava a encarar Elias como um predador, medindo cada movimento. Emilia, sentindo o clima esquentar, segurou o braço de Alejandro, tentando acalmá-lo.
— Vamos, Alejandro — ela disse suavemente, tentando conter o desconforto — Não há necessidade de criar uma cena aqui.
Alejandro olhou para ela e então de volta para Elias, como se estivesse pesando suas opções. Por fim, ele deu um sorriso forçado, um sorriso que não alcançava seus olhos.
— Claro, mi amor — ele disse, finalmente se afastando — Eu só queria me certificar de que nosso amigo aqui entende os limites.
Elias permaneceu em silêncio, mantendo o sorriso profissional. Era melhor não provocar mais o homem naquele momento. Emilia parecia aliviada, mas seus olhos ainda estavam cheios de preocupação. Com um último olhar de advertência para Elias, Alejandro virou-se e puxou Emilia para o carro.
Ele observou enquanto o Porsche preto saía rapidamente. A fachada de charme galante de Alejandro não conseguia esconder sua hostilidade, e Elias sabia que precisaria ter cuidado. Esse homem não era apenas um namorado possessivo; ele tinha poder, influência e um instinto assassino que podia sentir de longe.
De volta ao hotel, encontrou Natalia esperando por ele no saguão, de olhos atentos. Ela viu o Porsche partir e percebeu a expressão de Elias.
— Isso pareceu divertido — Natalia comentou com um sorriso irônico.
— O tipo de diversão que pode acabar com alguém morto.
Enquanto subiam para o quarto de Elias, Natalia lançou um olhar crítico.
— Como foi a reunião? Conseguiu alguma coisa concreta ou foi só elogios vazios e sorrisos?
— A leitura correu bem. Ela está definitivamente interessada. Mas Alejandro… Ele está de olho em mim.
— Ele vai ser um problema. O que vai fazer a respeito?
Elias ficou em silêncio por um momento, pensando.
— Vou usar isso a nosso favor. A possessividade dele pode funcionar como uma faca de dois gumes. Se eu conseguir que Emilia perceba o controle excessivo dele, ela pode se distanciar.
Natalia franziu a testa, um pouco cética.
— Isso é um jogo perigoso. E se ele decidir dar um basta em você de uma vez?
— Então vou ter que ser mais esperto que ele. O que precisamos agora é de uma forma de ganhar a confiança de Emilia ainda mais. Se ela começar a ver Alejandro pelo que ele realmente é, será mais fácil trazê-la para o nosso lado.
No dia seguinte, Elias enviou uma mensagem para Emilia, sugerindo um novo encontro, desta vez em um local mais casual, onde poderiam continuar discutindo o roteiro e, ao mesmo tempo, explorar melhor as nuances do seu personagem. Ele escolheu um charmoso café ao ar livre na parte antiga de Guadalajara, um lugar onde a atmosfera descontraída poderia facilitar conversas mais pessoais.
Emilia concordou. No horário marcado, ela apareceu com um sorriso caloroso, visivelmente mais à vontade longe da sombra de Alejandro.
— Estou feliz que você sugeriu esse lugar — ela comentou, olhando em volta para o ambiente vibrante — Eu precisava de um tempo para relaxar um pouco.
— Eu imaginei — disse ele sorrindo — Às vezes, um lugar tranquilo é tudo de que precisamos para pensar com mais clareza.
Conforme a conversa fluía, Elias percebeu que Emilia começava a se abrir mais. Ele manteve a conversa focada no "filme", mas também deixou a conversa fluir para a vida pessoal de Emilia, suas aspirações e seus medos. Ele tocou em tópicos que sabia que a fariam questionar o relacionamento com Alejandro.
— Você sabe — Elias começou, fingindo hesitação — às vezes, vejo pessoas que são tão apaixonadas por seu trabalho, por sua arte, mas que estão presas a outras que não as deixam florescer completamente. Eu diria que o seu talento merece um ambiente que te permita crescer sem restrições.
Emilia o estudou por um momento, seu sorriso desbotando um pouco.
— Você fala como se soubesse exatamente do que está falando, Elias.
— Eu vi isso antes — ele respondeu, olhando profundamente nos olhos dela — E é uma pena ver alguém tão brilhante ser obscurecido pela sombra de outra pessoa.
Elias percebeu que Emilia estava refletindo sobre suas palavras, as dúvidas começando a se formar em seus olhos. Esse era o momento para um passo mais ousado.
— Escute — continuou, inclinando-se um pouco mais — Eu tenho uma proposta. Que tal passarmos o fim de semana fora da cidade? Talvez em Tequila, onde podemos discutir mais sobre o filme, e você pode escapar um pouco dessa pressão toda. Será uma boa oportunidade de realmente se aprofundar no seu personagem e, quem sabe, se redescobrir.
Emilia hesitou, claramente considerando a oferta. Alejandro jamais permitiria que ela saísse assim, mas algo em Elias a fazia querer arriscar. Talvez fosse o tom calmo e seguro dele, ou o mistério que o cercava.
— Eu preciso pensar — ela disse finalmente, um sorriso ligeiramente travesso surgindo — Mas, tenho que admitir, é uma proposta tentadora.
Elias assentiu, satisfeito. Ele sabia que a semente da dúvida e curiosidade havia sido plantada. O desafio agora era saber se Alejandro reagiria antes de Emilia decidir.
*****
O táxi que levava Elias e Emilia serpenteava pelas estradas montanhosas que conduziam à pequena cidade de Tequila. O sol começava a se pôr, tingindo o céu de um laranja vibrante que se refletia nos vastos campos de agave. Emilia estava silenciosa, com os olhos perdidos na paisagem. Havia uma mistura de apreensão e excitação em sua expressão, uma batalha interna entre o medo do desconhecido e a vontade de se libertar.
Elias notou sua inquietação.
— Se quiser voltar, ainda dá tempo — ele disse suavemente.
Ela virou-se para ele, seus olhos grandes e expressivos refletindo o conflito interno.
— Não... eu quero estar aqui — disse ela, com uma firmeza que parecia mais destinada a convencer a si mesma do que a ele — Alejandro é… complicado. Ele me sufoca, às vezes. Não poderia entender.
— Então, talvez seja bom respirar um pouco de ar fresco, longe de tudo isso.
Quando chegaram à pousada, um lugar rústico e acolhedor, com paredes de pedra e um ambiente tranquilo, a atmosfera pareceu suavizar um pouco da tensão. O dono da pousada os recebeu com um sorriso caloroso, e logo estavam acomodados em seus quartos. Elias e Emilia saíram para explorar a pequena cidade. Caminharam pelas ruas de paralelepípedos, observando os antigos casarões coloniais, as tequilas artesanais à venda, e conversando sobre tudo, desde seus atores preferidos no cinema até os lugares que sempre quiseram visitar.
Com o tempo, a conversa tornou-se mais profunda. Elias era um ouvinte atento e fazia perguntas que revelavam seu interesse por quem Emilia era, além da fama e do glamour. Ele a fazia se sentir valorizada e compreendida.
Quando chegou a hora do jantar, o ambiente no restaurante rústico da pousada estava perfeito, uma mesa à luz de velas em um pátio com uma fonte borbulhante ao fundo. O som suave de música tradicional mexicana tocava ao longe, criando uma atmosfera íntima. No jantar, Elias começou a se aproximar de Emilia, explorando conversas mais íntimas.
— Você é uma mulher incrível, Emilia, com um talento imenso. Mas eu vejo como você às vezes parece carregar um peso… Como se estivesse sempre acuada.
Emilia olhou para ele, hesitante, mas ao mesmo tempo, seus olhos buscavam um tipo de entendimento.
— É complicado… Alejandro… ele tem o jeito dele. Mas ele pode ser controlador, possessivo até. E às vezes, não consigo respirar.
— Alguém que te ama de verdade — disse, com a voz baixa e intensa — nunca te sufocaria desse jeito. Você merece ser livre, crescer, brilhar sem amarras.
As palavras de Elias pareciam penetrar profundamente em Emilia. Ela abaixou o olhar, e pela primeira vez, sua postura confiante parecia vacilar.
— Eu... não sei o que fazer. É tudo tão confuso.
Elias então se inclinou, segurando a mão dela.
— Você não precisa decidir nada agora. Mas saiba que existe um mundo além disso, onde você pode ser você mesma, sem medo. E, se me permite, eu gostaria de ser parte desse mundo ao seu lado.
O olhar de Emilia suavizou, e ela sorriu, um sorriso que era um misto de alívio e desejo.
— Eu gostaria disso — ela sussurrou.
Com o passar da noite, a tensão entre eles se transformou em desejo. Elias guiou Emilia de volta ao quarto, onde a atmosfera era carregada de expectativa. Ele era paciente, suas ações cuidadosas, mas cheias de intenção.
Ao fechar a porta atrás deles, Elias a abraçou com força, lançando-se aos lábios dela em um beijo calmo, sem pressa, enquanto suas mãos buscavam o contato com a pele de Emilia, que movida pelo desejo crescente, envolveu seus braços ao redor do pescoço dele. Sua língua penetrou a boca de Elias, cujas mão circularam pelas costas da garota, depois pela bunda e coxas.
— Venha — convidou ela, levando-o para a cama.
Os beijos de Elias tornaram-se mais excitados e impacientes. Sua língua serpenteava o interior da boca da garota, despertando sensações que se somavam às provocadas pelas suas mãos impacientes deslizando ao longo do corpo dela. Quentes e sensuais, os lábios dele passearam pelas faces de Emilia, depois pelo seu pescoço, pelos ombros que se despiam, à medida que ele a livrava da blusa. Seus corpos se roçavam febrilmente. As mãos dele avançavam mais e mais, buscando livrá-la de todas as suas roupas. Ela retribuiu, começando a despi-lo com impaciência. Ele a beijava agora nos ombros, deslizando cada vez mais para o vale perfumado de seus seios. Ela recuou, então, lentamente, deitando-se na cama. Elias terminou de se despir apressadamente, depois lentamente deitou-se ao lado dela.
Uma de suas mãos pousou sobre o ventre da garota, iniciando uma carícia progressiva na direção dos seios. A outra mão sumiu-se por entre os cabelos macios e sedosos da garota. Emilia não queria pensar em nada, queria apenas vibrar com aqueles momentos, vivendo-os totalmente. O que viria mais tarde não importava. Alejandro era apenas uma vaga lembrança, enquanto os braços e beijos de Elias a emocionavam terrivelmente.
Lentamente as mãos dele chegaram aos seios da garota, massageando-os da base aos bicos eriçados e tentadores. Seus lábios passeavam pelo rosto da garota, sua língua buscava introduzir-se pelo ouvido dela, alucinando-a. Emilia retribuiu as carícias daquelas mãos incansáveis, dominando o corpo de Daniel, buscando suas formas mais íntimas, seus pontos mais sensíveis, até tocarem, resolutas, o ponto mais rijo daquele corpo masculino.
Uma sensação de descontrole abalou o corpo dela, fazendo-a abraçá-lo com força, unindo seus corpos. Ela o sentiu roçar do membro resvalando sem suas paredes vaginais, abrindo caminho em seu interior, alucinando-a. Um calor intenso tomou conta de seu corpo, fazendo seus nervos vibrar sensivelmente. Os lábios incansáveis de Elias deslizaram um pouco mais. Seu hálito quente pairou sobre o vale perfumado daqueles seios, como se fosse difícil escolher qual deles deveria ser o primeiro a receber uma carícia mais ardente.
Espasmos de prazer trouxeram frenesi ao corpo de Emilia, quando os lábios dele se abriram e pousaram sobre um de seus seios, num jeito úmido e excitante.
Em seguida, os dentes de Elias deslizaram pelo seu seio, subindo na direção do bico eriçado para mordiscá-lo como a um bago de uva inchado de prazer.
Um suspiro mais alto escapou por entre os lábios da garota. As mãos dele insistiam nas carícias mais íntimas e ousadas. Sensações eletrizantes invadiam seu corpo e cresciam intensamente. Ela procurou retribuir aquelas carícias, manipulando-o com intensidade. Um gemido de prazer escapou da garganta de Elias. Seus corpos se alternavam em espasmos e movimentos contínuos. Carícias sôfregas se seguiram, numa ânsia desesperada de provocar o prazer.
— Ah, que rico… — gemeu Emilia entorpecida — Matame de placer.
Elias, atendeu-a, intensificando as estocadas. Por instantes, como se o mundo houvesse parado naquele instante, presos naquele abraço forte que unia seus corpos. Seus corpos se movimentaram sincronizados. As sensações que cresciam a caminho do ponto máximo os empurravam para a beira do abismo do prazer. O aposento se encheu de suspiros e gemidos, ruídos de amor e sexo. Carícias febris completavam o orgasmo que se avizinhava intenso e indescritível. Logo, ela sentiu seu ventre ser inundado pelos jatos profusos de esperma que se misturavam a seu próprio líquido que escorria abundante de seu sexo.
Na manhã seguinte, enquanto o sol se erguia lentamente sobre os campos de agave, Emilia acordou ao lado de Elias. Pela primeira vez em muito tempo, ela se sentiu leve. A proximidade com ele havia despertado nela uma sensação de liberdade e possibilidade que não experimentava há anos. Elias, acordando ao seu lado, observou-a com um sorriso suave. Ele sabia que havia plantado a semente da cura, tanto fisicamente quanto na mente dela.
— Bom dia — ele murmurou, suavemente.
Emilia sorriu de volta, seus olhos brilhavam.
— Bom dia — ela respondeu, percebendo que o peso em seu peito parecia ter desaparecido, substituído por uma sensação de leveza.
Emilia, ao se levantar e espreguiçar, parecia uma visão saída de um sonho. A luz do sol que atravessava as janelas da pousada esculpia sua figura com tons dourados, destacando cada curva de seu corpo nu. Elias a observava, em parte com admiração, em parte ainda incrédulo. Havia algo quase surreal em estar ali com ela, uma mulher cuja imagem ele havia visto apenas em recortes de revistas nos arquivos. Era um lembrete de que ele havia entrado em um mundo completamente diferente, e que talvez estivesse ficando mais envolvido emocionalmente do que planejara.
Ela lançou-lhe um sorriso relaxado enquanto se dirigia à pequena cozinha para preparar o café da manhã. Elias, deitado na cama, por um momento deixou-se relaxar, sentindo o conforto de uma manhã tranquila. Mas sua calma foi abruptamente interrompida pelo toque agudo de seu celular.
Ao atender, a voz de Natalia do outro lado da linha era apressada e tensa, quebrando o encanto momentâneo da manhã.
— Elias, onde diabos você está? — Ela sussurrou com urgência — Você sumiu e não avisou nada! Alejandro está louco. Ele descobriu que vocês saíram juntos e está indo atrás de vocês. Ele não está sozinho.