Acordei despretensiosa da vida, do jeito que estava de baby-doll, calcinha e um chinelinho desci pro café, não tinha nada pronto, então guardei a louça e fui fazer um café para mim e mamãe, estava já pondo a mesa, faltava só o leite ferver no micro-ondas quando ouvi mamãe descendo, ela também estava com o mesmo olhar e jeito que eu, vestia uma saída penhoir, bem transparente, abaixo um baby-doll parecido com o meu, também sem sutiã, apenas sua calcinha e desta vez era uma nova fio dental que não havia percebido em suas coisas, pois já andava olhando suas roupas, achava lindas as coisas que ela tinha.
- Oi Bela Adormecida, senta ai, que já trago o café e o leite para tomarmos.
Mamãe estava me olhando, de um jeito diferente, era um olhar de uma mulher procurando detalhes em outra, aquilo me perturbou, sentada ela desviava o olhar para meu corpo, mãos, tudo que fazia, aquilo foi me dando uma aflição que resolvi perguntar.
- Nossa mamãe, tá acontecendo algo, a senhora desde que começou o café tem me olhado de uma forma tão detalhista, tô até com vergonha.
- Não filha, não é nada, é que cada centímetro de seu corpo, reflete uma juventude perdida nas lembranças, jamais esperava ver novamente minha forma física dos 19 anos, nisso fez eu me lembrar de tudo que fiz na sua idade, da virgindade que já não tinha há anos, dos namorados e dos ficantes, dos peguetes às loucuras de festas da faculdade, nossa me vi em você, mas você ai, me senti mal, por não te dar a liberdade que eu tinha.
- Mãe, lembre-se este corpo aqui, é até o final do ano, depois ele irá se tornar o corpo do seu menino de 19 anos, do garoto que poderá ou não ir para o exercito, que estará na faculdade, jogando futebol. Mas a senhora sempre me deu a liberdade que precisei.
- Não filha, 3 anos dos meus 18 eu já não era mais virgem, já tinha meus namoradinhos que saciava com sexo oral, um ano depois anal, eu era uma menina que aproveitou a vida em toda sua plenitude, fiz tudo o que a liberdade me permitia.
- Nossa mãe, por que esta me falando assim de sexo , com tanta liberdade e sem nenhum pudor.
- Filha, eu como disse, te vejo a mim, uma mulher, é natural uma mãe ter essa conversa com sua filha, eu não ficaria brava ou preocupada se você já tivesse ficado com meninas ou meninos, falando nisso, vamos conversar sobre ontem?
- Bom se quer saber, falando em sexualidade, eu sou virgem ainda, não transei com meninas quando podia, nem com meninos agora, não penso nisso.
- Não pensa, mas e o desejo, quando ele vem, a gente perde um pouco a razão, eu mesma fiquei com uma amiga nessa época que acabamos fazendo tanta coisas juntas, até outros meninos e meninas compartilhamos, nem por isso pensávamos em sexo, fazíamos sexo pelo prazer, pelo tesão, cansamos de acordar as duas peladas se beijando apenas pelo tesão de sentir o gozo da outra.
- Nossa, mas por que essa conversa agora, o que a senhora pensa que eu fiz, ou melhor a senhora andou fazendo algo ontem?
- Então, ontem, eu me deixei envolver, acabei por ter uma relação com a mãe da Samy, quando saímos do clube, fui deixar ela em casa, mas no caminho ela me pediu para pararmos na avenida para conversarmos, ali no carro ela me beijou, dali pro motel, não pensei, agi, só lembrei de você quando já tudo tinha acontecido, não pensei o que isso poderia ocasionar com você na nova escola, me precipitei.
- Bom se lhe assusta, pra acalmar, eu lá na casa antes de ontem, fiquei com a Samy.
- Ficou com a Samy, mas como assim, transou com ela filha?
- Não como a senhora pensa, apenas trocamos beijos e ao final ela gozou em minha boca, fizemos apenas sexo oral eu e ela.
- Hum e ontem ela veio aqui e vocês transaram?
- Não, eu não vi ela, apenas conversamos pelo celular.
- Então quem veio aqui?
- Bom o jovem do cartório o Rubens!
- E ... vocês transaram?
- Credo mãe, que parte eu te disse de ser virgem a senhora não entendeu?
- Tá mas fizeram o que?
- Bom ele me pediu em namoro, mas não aceitei ainda, ficamos nos beijando e eu acabei chupando o pênis dele, tá bom é isso que a senhora quer saber, sim sua filha parece que virou a boqueteira da casa.
Falei isso já meio brava, meio chorando, mas ela pegou meu braço sobre a mesa e fazendo carinho disse.
- Tudo bem filha, não se culpe, como disse, fiz muito mais que isso a vida toda, só parei quando casei com seu pai, não tem nada de errado, era natural você ter os mesmos gostos que eu, tudo bem, mas por que não namorou mas chupou ele? Afinal o que te fez fazer isso e o que isso reflete ou não neste resto de ano e no ano que vem?
- Mãe, eu não sei, fiz por que ele me seduziu, eu me senti amada, desejada, foi igual com a Samy, eu estou carente, acho que é isso, ambos me deram o que até então eu não tinha, que era alguém gostando de mim, me desejando. Não sei o que muda, mas acho que o que vier depois deste ano ainda é incerto, qualquer lado que eu vá, eu não sei que marcas terão destes dias, que fim eu terei, sou lésbica, sou transexual, serei uma mulher trans, ou serei um gay, serei um homem com um boy ao meu lado, não sei, eu simplesmente não sei, mas não me arrependo de nada até agora, fiz por que algo em mim queria, luto a noite pensando e sonhando com estas coisas, mais do que nunca preciso da psicóloga, até já estou escrevendo um diário que quero mostrar a ela para me ajudar a me entender, e só depois mãe, que ela me analisar, eu poderei te dizer, mas por enquanto, tudo o que fiz eu gostei, tudo o que fiz me deu tesão, se irei fazer anal, ou se serei ativo, passivo eu não sei. Decidi não dar para ele ontem, vou manter isso até que em mim tenha uma única certeza, de quem eu serei, que caminho quero tomar.
- Hum e na escola, alguém te interessa, pois temos a Samy que é uma transexual, temos o Rubens que é um homem, você já se interessou por alguma mulher na escola?
- Ai é que está, a sexualidade, ou melhor o gênero de cada menina na escola é um segredo que cabe apenas a cada uma expor, e quem o faz, recebe o sigilo de quem sabe, então eu não sei se as meninas que eu desejo ficar, são meninas, se são trans como eu ou sei lá o que querem, pois cantadas eu já recebi na primeira semana, mas era nova, então era natural, agora com um tempo, apenas as mais próximas, mas não intimas que tem procurado me seduzir, já percebi isso, mas tenho medo, mas depois de ontem com o Rubens vou arriscar, mais do que eu ter o prazer que Samy me proporcionou, mas eu queria mesmo era sair com uma mulher cis, ver como eu reagiria em um corpo diferente do meu.
- Hum, e vai tentar até achar ?
- O que a senhora acha ?
- Acho que como você mesma disse, depois de Samy e Rubens, agora é questão de tempo para você sair com algumas meninas, então aproveita, o tempo passa, depois como eu, casa e fica sem aventuras, até que alguém te pega de surpresa.
- Como assim, a senhora pretende assumir algo com a Diretora?
- Não, mas vou dar asas a quem a muito tenta me cantar e nunca dei oportunidade.
- É alguém que eu conheça mamãe, quem é?
- Ai que está filha, quem são, também depois de ontem, reacendeu um fogo em mim, farei com cuidado, mas te direi o que fiz com cada um ou cada uma, ou mais que um ou mais que uma, não guardarei segredos, você quando contar irá perceber que é de nosso circulo familiar, pessoas que já estiveram aqui em casa, amigos muito próximos.
- Mais que uma? Mais que um? A senhora quer dizer Trisal?
- Não filha, nenhum Trisal, Bacanal, suruba ou escambau, apenas deixarei rolar, será o prazer pelo prazer, do que pintar ou do que for interessante, mas eu te aviso, mesmo por que, vou precisar de sua colaboração em alguns casos, pois você terá que sair de casa em alguns destes encontros, pois as pessoas não tem aonde ir e só ficaram comigo se for aqui, aonde sentem-se seguras.
- Como assim seguras aqui em casa, a senhora não me respondeu, eu conheço, é algum parente?
- Sim, muito mais próximo do que imagina, mas te falarei no momento que precisar, não crie expectativas nem fantasias, apenas saiba, que não te julgo, apenas vamos nos cuidar.
Com isso ela foi falando de métodos de cuidar, pré e pós relação, cremes, estimulantes, nossa ficamos umas 2 horas na mesa do café foi interessante e revelador.
