Falta para cartão - Tiago

Um conto erótico de Fabio N.M
Categoria: Heterossexual
Contém 5511 palavras
Data: 12/06/2024 14:57:05
Última revisão: 16/06/2024 00:33:16

O apito estridente do árbitro ressoou pelo campo anunciando o fim da partida. Me deixei cair de joelhos e levando as mãos à cabeça com fúria como se fosse arrancar o cabelo aos punhados, me prostrei sobre o gramado sentindo o amargo sabor da derrota.

Era o segundo jogo e a primeira derrota após um empate no jogo anterior da Liga Regional Sub 20. Eu já estava com 20 anos e era meu último campeonato na categoria, quiçá da minha carreira como jogador que não estava lá essas coisas. Seria minha última oportunidade de mostrar que eu tinha talento.

Da arquibancada, meu assessor, contratado pelo meu pai, me lançava um olhar de desaprovação, ao lado de um grupo de garotas do Ensino Médio que passavam o jogo todo gritando meu nome agora me olhavam compadecidas. De fato eu não tinha mandado bem naquele jogo e ele não estava muito satisfeito com meu desempenho naquele início de temporada. Paulo era o tipo de assessor que defendia seus assessorados com unhas e dentes, mas exigia que déssemos nosso melhor em campo. Senti que o estava decepcionando.

— Que merda de jogo foi esse? — disse Caio, em pé ao lado do meu corpo exaurido e prostrado na grama sob o sol da tarde — Nosso time mal conseguia finalizar.

— Mandamos malzão, cara. Vai ser um milagre se passarmos pra próxima fase — falei enquanto me levantava.

À beira do campo o técnico tentava consolar os outros jogadores, tentando transmitir esperança e incentivando o time a não baixar a cabeça e treinarmos ainda mais para o próximo jogo.

— Vamos para o chuveiro. Minha mãe vai levar a gente pra fazer um lanche.

— Não sei nem se estamos merecendo.

— Você sabe que ela é dessas.

Enquanto me dirigia para o vestiário, Paulo me chamou.

— Vou na frente — disse Caio, seguindo adiante.

Eu já esperava uma bronca daquelas, mas a mão pesada de Paulo pousando no meu ombro seguido de um suspiro profundo e lábios espremidos era uma reação inesperada.

— Não esquenta, Tiago — disse ele — todo mundo tem uma fase ruim, mas eu sei que você consegue dar a volta por cima. O lance agora é dar tudo de si no próximo jogo, no domingo.

Tivemos uma breve conversa que, confesso, me deu um pouco de esperança. Ele sabia levantar o meu ânimo. Não era à toa que sua assessoria havia levantado grandes jogadores que jogavam até fora do Brasil.

*****

— Eu ainda acho que aquele atacante está usando identidade falsa pra mentir a idade — dizia Elaine, mãe de Caio, referindo-se ao jogador do time adversário — a cara dele não mente, deve ter uns 25 por aí.

— Eu te falei que não era só eu que achava isso — disse Caio olhando para mim antes de abocanhar seu x-egg-bacon.

— Mesmo se for isso, ele não ganhou o jogo sozinho — complementei — nosso time também não foi lá essas coisas.

— Ah, foi sim — protestou Elaine —, vocês chegaram com um ataque forte. O outro time que ficou o tempo todo na retranca e conseguiram prender o jogo. Vocês só deram o vacilo no contra-ataque que acabaram levando um gol.

— Se não fosse isso seria mais um empate — declarei.

— Se não fosse isso vocês teriam garra para buscar o gol até o último minuto — continuou Elaine incisiva.

Ela tinha pouco mais de 40 anos, era Diretora de Marketing em uma indústria de cosméticos, fazendo dela a própria propaganda, estando sempre bem produzida em qualquer ocasião. Tinha longos e volumosos cabelos negros, que naquele momento estavam presos em um coque, e uma elegância impar como de uma rainha.

Eu os conhecia desde que me entendo por gente. Morávamos no mesmo bairro em Marília e a vida toda fui amigo do Caio, até que eles se mudaram para a capital paulista. Parecia que nossos caminhos tinham tomado rumos diferentes até eu ser chamado para jogar nas categorias de base de um time regional, e para isso precisaria ir morar em São Paulo. Não pensei duas vezes em contactar Caio buscando um lugar para ficar. Seus pais, de pronto, concordaram e assim já fazia um ano e meio que vivia como “filho adotivo”.

Apesar de toda a gratidão que tinha por eles, me culpava por olhar Elaine de forma tão maliciosa. Seu rosto fino, sem sinais de idade, com traços angulares e lábios finos, olhos azuis felinos que penetravam as profundezas do meu coração. A sensação era de que eu teria um ataque cardíaco toda vez que ela me olhava fixamente, o que acontecia vez ou outra.

Sua atenção foi capturada pelo som da notificação em seu celular. Com alguns toques Elaine leu a mensagem e voltou a falar conosco.

— Meu pai? — perguntou Caio.

— Sim, avisando que já chegou em casa.

Valter era um homem de negócios, Gerente Financeiro de uma rede de lojas de roupas e calçados espalhada por todo o Estado, não muito mais velho que Elaine. Sempre foi um pai atencioso e um marido exemplar. Chegava de suas viagens de negócios com sacolas de presentes e transbordando de amores pela esposa. Era um sujeito um tanto moralista e detestava ter que viajar para resolver problemas criados na empresa pelos próprios funcionários.

Chegamos em casa no final da tarde quando a iluminação pública da rua começava a se acender e a escuridão da noite avançava sobre o céu de poucas nuvens.

Após cumprimentar o pai, Caio subiu as escadas em galope para aprontar nosso videogame. Eu o seguia logo atrás quando uma cena rotineira novamente voltava a apertar o meu peito.

Valter envolveu Elaine pela cintura e a beijou com luxúria. Meu rosto queimou diante da ingrata sensação de ciúmes. Era algo contra o qual eu lutava já havia algum tempo. Eu não tinha o direito de sentir ciúmes. Eles eram um casal feliz, uma família feliz e eu estava ali como convidado e nunca fui tratado com indiferença, pelo contrário, eles sempre me tratavam com todo o carinho e respeito como se eu fosse um filho.

Desviei meu olhar, voltando a subir as escadas sentindo-me um verdadeiro lixo por sentir aquilo. Mesmo sem demonstrar, era definitivamente ingratidão por todo o acolhimento que me havia sido dado. Entrei no quarto e Caio já estava sentado em uma das camas com o controle na mão aguardando o videogame ser iniciado. Disfarçando o que sentia, peguei o outro controle e me sentei ao seu lado para jogarmos futebol durante o resto daquela noite.

*****

Acordei com a bexiga cheia. A única luz que havia no quarto era a das luminárias do jardim que entrava pela janela. Olhando no celular verifiquei que já passava da 1h da madrugada. Caio dormia na cama ao lado com o lençol entrelaçado aos braços e pernas exausto pelo jogo daquela tarde.

Eu esperava sair do quarto e me deparar com o absoluto silêncio da casa, mas era possível ouvir sussurros vindo do quarto de Elaine e Valter. Senti meu coração apertar ao passar em frente ao quarto, imaginando que ela estaria aconchegada nos braços do marido após um momento intenso de sexo.

Aquilo era loucura. Eu não poderia estar sentindo ciúmes de uma mulher muito bem casada, e ainda por cima mãe do meu melhor amigo. Os risos do outro lado da porta me deixava cada vez mais angustiado não suportando ver ela feliz nos braços de outro homem. Um misto de sentimentos se tornava um turbilhão me fazendo sofrer sozinho naquele corredor escuro e silencioso da casa.

*****

No sábado, treinávamos para o jogo de domingo. Estávamos determinados a dar a volta por cima e recuperar a moral do time. As garotas estavam lá novamente torcendo por nós. Caio e eu até combinamos de sair com duas delas depois do treino. Renata era a loirinha que havia chamado a atenção de Caio enquanto eu fiquei com Gabriela, uma ninfa de corpo magrinho e aparentemente frágil, pele parda como doce de leite, grandes olhos castanhos esverdeados atrás dos grandes óculos de armação fina e rosto emoldurado pelo longo cabelo castanho escuro.

Assim que saímos do vestiário, já de banho tomado e roupas trocadas, Caio pediu que sua mãe nos levasse de carro a uma determinada sorveteria. Elaine franziu a testa, mas aceitou, ciente de que havia sido dispensada do happy hours pós-treino.

— Vocês arrasaram no treino hoje — comentou Renata olhando fixamente para Caio no banco do carona.

— Esperamos vencer o jogo de amanhã e afastar o fantasma da eliminação do nosso time — respondeu.

— Eu sei que vocês vão conseguir — disse Gabriela se aconchegando em mim.

Ela realmente parecia interessada. Era uma garota meiga e divertida, de sorriso largo e de fácil amizade.

— Estaremos lá na torcida amanhã — continuou Gabriela — afinal de contas, por trás de todo grande time sempre tem uma grande torcida.

— Se tivermos esse incentivo em cada jogo, a conquista do campeonato é certa — falei.

— E vamos dar todo incentivo que precisam — disse Renata com um tom sugestivo na voz.

— Opa, opa! Calma lá — protestou Elaine — Vocês ainda estão falando de futebol, né?

— De certa forma — disse Caio olhando para o banco de trás e dando uma piscadela para Renata.

Fomos deixados em frente à sorveteria e logo que o carro de Elaine sumiu virando a esquina, Caio agarrou Renata pela cintura.

— Querem o sorvete agora ou depois de nos divertirmos? — perguntou.

Meu coração disparou quando percebi o que se passava na cabeça dele. Não era apenas um encontro com as meninas. As coisas ficariam quentes bem rápido.

— Por mim a diversão já pode começar — falei, puxando Gabriela para junto de mim e lentamente levando meus lábios aos dela.

Sua boca macia e sua língua quente faziam meu corpo entrar em erupção, que já era evidente pelo volume na bermuda.

Gabriela interrompeu o beijo com uma risada fofa após sentir o que se esfregava em sua virilha.

Do outro lado do quarteirão havia um motel. Fomos os quatro para lá e alugamos um quarto. Entramos em um quarto refrigerado com aroma leve de laranja e baunilha, luminárias à meia luz e uma hidromassagem triangular convidativa em um dos cantos. Tudo aquilo era novo para mim, mas Caio já parecia familiarizado com o local ao tirar do frigobar uma garrafa de vinho.

— Vocês não têm um jogo amanhã? — lembrou Renata — Acho melhor manter a sobriedade e apenas gastar suas energias com a gente.

Meu amigo deixou a garrafa sobre o frigobar e recebeu a loirinha que se jogava em seus braços, o beijando e enfiando suas mãos sob sua camisa.

Gabriela não perdeu tempo e também foi se despindo de forma sensual enquanto olhava para mim e me chamava com o dedo para cima da cama king size.

O ar condicionado não dava conta de aplacar o calor que sentíamos em meio aos beijos e carícias. O frescor do ambiente impregnado de essências deixava tudo mais erótico. A decoração predominantemente em tons de roxo despertava nossa luxúria.

Gabriela se agarrava ao meu corpo com desejo enquanto gemia a cada estocada. Seu corpo frágil me fazia temer machucá-la, mas ela sussurrava em meu ouvido pedindo por mais e mais.

— Isso, enfia esse pau em mim, enfia… com força, ah! — suplicava ela.

Havia momentos que meus olhares se cruzavam com o de Renata que estava de quatro bem ali do nosso lado sendo fodida por Caio.

A sinfonia de urros e gemidos aumentavam exponencialmente, as carícias ficavam mais selvagens e as estocadas mais rápidas e violentas.

Estando por cima de Gabriela, enquanto suas pernas me abraçavam, a segurei pela nuca e intensifiquei a penetração, fazendo seu corpo estremecer e um grito de prazer escapar de sua garganta. As paredes vaginais me apertavam me levando a inundar seu útero com meu gozo. Éramos inconsequentes, não vou negar, e isso seria uma dor de cabeça para mim no futuro não muito distante dali.

Coloquei Gabriela na mesma posição que Renata, a segurei pela cinturinha fina e deslizei meu membro para dentro dela, reiniciando as estocadas.

Agora era a vez de Caio mudar de posição, fazendo a loirinha cavalgar como uma amazona alucinada. Seu corpo pálido com as marcas rosadas de mãos por todo o corpo, se movia com habilidade, seus seios médios saltitantes eram hipnóticos e seus gemidos eram carregados de tesão. Novamente nossos olhares se cruzaram e ela mordeu os lábios, me olhando com desejo. Aquilo me fez jorrar mais uma vez dentro de Gabriela que permanecia alheia ao que acontecia atrás dela.

Renata e Caio gozaram simultaneamente, tombando exaustos na cama.

Eu ainda resistia aguardando Gabriela gozar, mas ela ainda quis mudar de posição e cavalgando em mim como uma ninfomaníaca e manipulando seus músculos vaginais, conseguiu que eu gozasse mais uma vez, agora junto com ela. Era uma puta tesuda que só tinha aparência de garota frágil.

Enquanto saía de cima de mim, Gabriela esgueirava-se para cima de Caio, agarrando seu membro e o chupando mesmo babado de gozo. Pensando que ficaria desamparado, Renata deu a volta na cama e me levantou.

— Vem tomar um banho comigo.

Enfeitiçado pela voz doce e corpo escultural, acompanhei Renata até o banheiro, mas bastou fecharmos a porta e ela se apoiou na pia me olhando através do espelho. Deslizei minhas mãos pelas suas costas, descendo até a sua bunda, onde apertei com vigor. Dedilhei seu flanco até seu ventre e subi afagando seus seios. Meu pau já estava duro entre suas pernas e com um movimento na ponta dos pés, ela o acomodou dentro de si.

Olhei através do espelho e seus olhos azuis me fitavam.

— Me fode com força, caralho!

Com um movimento rápido, puxei seu cabelo para trás e beijei seu pescoço. Mantendo-a firme pela cintura comecei as estocadas fazendo-a gemer alto. Caio também não perdeu tempo. De dentro do banheiro também ouvíamos Gabriela dando seus gritos de tesão.

Fomos sugados até a última gota de semem por aquelas duas. Quando terminamos estávamos mais exaustos que ao final do treino daquele dia.

*****

O suor escorrendo no rosto e a vista embaçada, eu olhava o gramado tremulando diante do calor e as figuras disformes dos jogadores do meu time correndo para a grande área a fim de evitar a finalização da cobrança de escanteio.

Estávamos em uma corrida contra o relógio que anunciava os últimos 5 minutos de jogo, fora os acréscimos, enquanto o sofrível 1x1 permanecia inalterado no placar desde o primeiro tempo. O empate era nossa derrota.

O time adversário fez a cobrança. O empurra empurra dentro da pequena área era intenso. Todos os olhos fixos na trajetória da bola na esperança de cabecear para dentro ou para longe do gol. Nessa hora até prendi a respiração cuidando que o mínimo ar poderia empurrar a bola para dentro na nossa rede.

Um dos nossos tentou cabecear, mas a bola passou de raspão caindo no peito do atacante adversário, porém, sem espaço para finalizar, a bola foi afastada por um de nossos zagueiros com um chute desajeitado de canela. A bola parecia viva dentro da pequena área, uma roleta russa de chutes e bloqueios até nosso goleiro afastar com uma bicuda para o meio do campo.

A disputa de bola dura entre mim e um zagueiro emperrou nosso contra-ataque fazendo a bola voltar para nossa zaga que resolveu avançar pela lateral direita.

Reuni minhas últimas forças para aquela que poderia ser nossa última tentativa de finalização.

O lateral avançou com dificuldade enquanto eu tentava me livrar da marcação para receber a bola. O lançamento foi feito e a bola passou por cima de mim e do zagueiro que me marcava. Outro zagueiro cabeceou para fora da grande área, mas Caio, sempre no lugar certo e na hora certa, esteve com a bola nos pés. Ao me ver livre, fez outro lançamento continuando nosso ataque. Avancei, determinado a empurrar aquela bola para dentro da rede. Senti minha camisa sendo puxada, e meu tronco impedido de avançar. Com um salto peguei a bola no ar, e com velocidade ela estufou a rede não dando tempo para o goleiro acompanhar o desvio.

Nossa torcida foi à loucura.

Fui tomado por uma sensação de alívio e motivação por saber que aquele gol poderia garantir nossa vitória e nos manter na competição que não percebi o que acontecia logo atrás de mim. O puxão na camisa gerou revolta e uma confusão começou entre os jogadores. Caio tentou apartar e acabou levando um soco direto. Meu sangue subiu na hora e parti para cima do agressor. Rolamos no chão entre socos e chutes até os árbitros nos apartarem e darem a partida por encerrada, não antes de recebermos alguns cartões amarelos e vermelhos.

Caio estendeu a mão para me ajudar a levantar, quando percebi que não conseguia mover a perna direita sem que meu joelho latejasse com uma dor insuportável.

— Tiago, o que houve? — perguntou ele preocupado.

— Aquele filho da mãe acertou meu joelho na briga, mas na hora eu não senti.

Minhas mãos tremiam e eu começava a suar frio. Não devia ser nada. Acabamos de passar de fase no campeonato e ainda tinha muito jogo pela frente. Eu não poderia abandonar o campo tão cedo.

O ortopedista do pronto-socorro discordava.

Elaine e Paulo ouviam o diagnóstico do médico resignados. Caio andava de um lado para o outro sem acreditar. Eu estava fora da temporada.

****

Meus pensamentos eram um caos. Sentado no sofá da sala, assombrado com a incerteza do meu futuro. Minha perna esticada e meu joelho quase imóvel com uma joelheira de compressão retroalimentava a perturbação da minha mente. A cirurgia delicada quase não deixou cicatriz a não ser aquela em meu próprio interior.

— Ei, Tiago — me chamou Elaine entrando na sala, me despertando da minha confusão mental — como você está?

— Estou bem, na medida do possível — falei me ajeitando no sofá.

— Vou na farmácia comprar os medicamentos que o médico te receitou.

Ela se sentou ao meu lado e seu perfume floral invadiu minhas narinas. O oceano de seus olhos era uma vista admirável e acalentadora. Por um instante meu joelho lesionado não significava nada.

— Quer que eu traga alguma coisa da rua pra você?

— Não precisa, eu só tenho que agradecer pelo cuidado que estão tendo comigo.

Ela deu um leve sorriso e bagunçou meu cabelo.

— É o mínimo que podemos fazer pelo nosso craque.

Minha reação corporal foi imediata e não havia como esconder o volume crescente em minha bermuda.

Elaine retirou a mão como se tivesse tomado um choque.

— Ops! Acho que apertei algum botão errado, hahahaha — disse rindo, tentando aliviar a tensão que se formava, mas não diminuía meu acanhamento.

Evitando olhar diretamente para ela, meu coração martelava no peito e a sensação de calor subia pelo meu pescoço, sentindo um nó de tensão na barriga, enquanto buscava desesperadamente algo para dizer.

— Me desculpe por isso, eu… — minha voz minguava e meu raciocínio estava mais perdido que cebola em salada de frutas.

— Tudo bem, só coloque uma almofada por cima antes que alguém apareça.

Trocamos olhares furtivos um para o outro, sem conseguir manter o contato visual por mais de um segundo, até que ela se levantou e se despediu, saindo apressada porta a fora enquanto eu admirava suas curvas insinuantes se afastando.

Fiquei novamente sozinho com meus pensamentos, mais terturbado que antes, mas agora por outros motivos. Elaine tinha me visto excitado e não agiu com agressividade ou repulsa. Eu daria qualquer coisa para saber o que se passou na cabeça dela naquele momento. “Caramba! Como pode ser tão gostosa?”, pensei. Minha libido e minha consciência se digladiavam pelo controle do meu juízo. “No que você está pensando? Ela é mãe do seu amigo, seu idiota!”, “Mas se ela estivesse a fim?”, “Como ela poderia estar a fim de um garoto da sua idade?”, “Será que eu teria chance?”, “Absurdo! Ela é casada!”... Uma coisa era certa, aquela situação só intensificou os desejos que eu tinha por ela.

Após um tempo de repouso, eu precisava iniciar minhas sessões de fisioterapia. Através de alguns contatos, Elaine conseguiu vaga em uma das melhores clínicas e fazia questão de me levar. Era um processo doloroso recuperar os movimentos naturais do joelho, mas a presença constante dela fazia compensar todo sofrimento.

Em um desses dias em que retornávamos para casa, as coisas tomaram um rumo perigoso.

— Sério — dizia ela rindo — Eu estava falando com o Valter ao telefone e desesperada procurando o bendito celular.

— Hahahaha

— Valter, com toda a serenidade, falou “Amor,você está com ele na mão falando comigo”. Eu devo estar ficando velha mesmo.

— Que nada — protestei — Você ainda é jovem, linda, chama a atenção por onde passa. Esse tipo de coisa acontece com qualquer um.

— Você acha que eu ainda chamo a atenção de alguém?

Por alguns milésimos de segundo pensei bem o quê responderia. O rumo daquela conversa chegava em uma encruzilhada e estava em minhas mãos a decisão de para onde ela se encaminharia. Meu coração batia forte, sua risada e seu sorriso me hipnotizava.

— Pelo menos a minha atenção você chama.

A risada de Elaine ficou mais embargada, mas seu sorriso não se desfez. Olhando de soslaio para mim e logo depois para baixo, claramente rememorando o episódio de outro dia.

— Isso eu pude perceber.

— Eh,... sobre o que aconteceu aquele dia…

— Não precisa se explicar. Você é homem e sua reação foi natural. Fui eu que passei dos limites.

Coloquei minha mão sobre a dela na manopla de câmbio. Lentamente ela estendeu os dedos e a entrelacei com os meus, sentindo sua pele quente e macia.

— Você não ultrapassou nenhum limite, Elaine. Fui eu que não soube ser grato pelo que você tem feito por mim e não controlei meus próprios instintos.

— Isso não se controla, querido.

— Não é de hoje que sinto isso por você.

Seus olhos azuis se arregalaram e apertei mais a minha mão na dela desejando que ela não se soltasse, mas ela não fez qualquer movimento que indicasse que queria se soltar.

Em um momento em que ela parou no semáforo trocamos olhares, seu peito subia e descia rapidamente em uma respiração descompassada. Meu coração parecia que pularia para fora. Olhando fixamente para seus lábios e abrindo mão de todo o juízo que me restava, me inclinei em sua direção, mas o cinto só me permitia ir até a metade do caminho.

Sua boca tremia, enquanto seus olhos azuis me puxavam como ondas que me arrastavam para alto mar. Sua língua umedeceu seus lábios e seus olhos se fecharam à medida que seu corpo se inclinava em minha direção.

O som estridente de uma ambulância passando pela rua transversal à nossa frente, estilhaçou o clima, fazendo Elaine recuar de forma abrupta e assustada. Ela recolheu a mão que estava entrelaçada com a minha e voltou sua atenção para o trânsito.

Pensei em dizer algo, mas a luz verde do semáforo foi como um sinal vermelho para minhas palavras. Me endireitei na poltrona e olhei para a janela com o rosto em chamas tamanho era o constrangimento.

*****

Não muitos dias se passaram e eu já conseguia andar relativamente bem, usando apenas uma muleta canadense como apoio. As coisas estavam estranhas entre mim e Elaine. Falávamos apenas o essencial e evitávamos a troca de olhares.

O campeonato de futebol estava acabando e nosso time estava na final. Muitos dedicaram essa sequência de vitórias a mim, que fez o gol decisivo que manteve nosso time na disputa.

Eu acabava de sair do banho para ir com Elaine até o estádio acompanhar o jogo quando a vi ela do outro lado do corredor entrando no quarto com minhas roupas dobradas nas mãos. Entrei e fechei a porta, ficando a sós.

— Eu, eu… — gaguejava ela enquanto me mediu de cima a baixo — suas roupas limpas.

Ela ia passando por mim para sair quando a segurei pelo braço.

— Eu estraguei tudo — falei quase com um sussurro sem coragem suficiente para olhar para ela.

— Não foi só você, Tiago — disse, igualmente desviando o olhar para algum ponto no chão.

— Tentei resistir por muito tempo.

— Quanto tempo?

— Desde que cheguei e a vi na mesa da cozinha concentrada no seu laptop. Usava um blazer cinza claro e uma blusa rosa. Seu sorriso se abriu ao me ver.

— Fiquei feliz por ver que aquele coleguinha do Caio havia se tornado um rapaz tão… — ela não ousou continuar.

— Não sou mais um menininho, Elaine.

— Eu deveria ter me dado conta disso.

Finalmente nossos olhares se cruzaram. Seu rosto tinha um tom rosado intenso e seu corpo tremia de nervosismo, entretanto, ela não dava um passo sequer em direção à porta. Desfiz o nó da toalha. Seus olhos flutuavam inquietos tentando encontrar qualquer coisa para focar exceto em mim. Sua respiração acelerada e seu punho cerrado, mostravam sua luta interna contra seus próprios desejos. Ela tentou dizer mais alguma coisa, mas sua voz desapareceu quando deixei a toalha deslizar para o chão.

Peguei sua mão e a levei até meu membro. Como se sentisse uma eletricidade percorrer seu corpo, Elaine se agarrou a ele com força. Estava duro como uma pedra, pulsando como um coração. Puxei seu rosto para mais perto e senti seu hálito quente saindo descompassado por entre seus lábios.

Quando nossos lábios se encontraram, senti a resistência dela desvanecer. Seus braços, que antes estavam tensos ao lado do corpo, subiram lentamente até envolverem meu pescoço. Seus dedos se entrelaçaram nos meus cabelos, puxando-me para mais perto. Sua respiração tornou-se mais profunda e ritmada, e pude sentir o calor de seu corpo relaxar contra o meu, derretendo-se em meus braços. Ela suspirou suavemente, um som de rendição completa, e suas pernas fraquejaram levemente, fazendo com que se apoiasse ainda mais em mim.

Um duelo de línguas se travava enquanto meus dedos habilmente desabotoavam sua camisa, deixando exposto seu colo convidativo. A levei para minha cama de solteiro e lhe tirei a calça, beijava suas pernas e massageava desesperadamente suas coxas enquanto ela se contorcia, fechando os olhos e gemendo, enquanto enterrava seus dedos em minha nuca. Seu sexo úmido e depilado no laser foi um prato cheio para meus beijos e chupões, para minha língua que serpenteava e minha saliva e a deixava babada.

Me ergui, tomando posição entre suas pernas. Seus dedos tocavam meu abdômen e desciam até a base, onde ela segurou firme e mirou a cabeça na sua entrada. Deslizei rápido e seu corpo arqueou. Finalmente eu estava dentro daquela mulher que tanto me fascinava.

Com movimentos intensos, segurando-a pela cintura, estocava tentando levá-la ao ápice. Nada mais importava para mim a não ser fazê-la ter o gozo mais arrebatador que já tivera. Elaine mordia o travesseiro para sufocar os gritos, seus dedos agarravam com força os lençóis. Acelerei as estocadas até sentir seu sexo me apertando e seu grito ficando mais agudo, quase inaudível. Ela se afastou de repente, se virando de lado com o corpo em convulsão, as pernas trêmulas e a pele em arrepio. Me deitei por trás dela apesar do pouco espaço e a abracei forte, beijando seu pescoço e seu ombro enquanto minhas mãos não cessavam de percorrer seu corpo.

Ao perceber que ela já estava mais relaxada, eu a penetrei novamente. Com movimentos suaves e cadenciados, apreciando a maciez de seu corpo quente e os gemidos abafados de sua garganta. Elaine não olhava diretamente para mim. Se mantinha de olhos fechados, mordendo o lábio inferior, ou olhando fixamente para um ponto qualquer do quarto. Não havia mais volta, já tínhamos feito e agora fazíamos de novo.

Ela ficou de bruços e eu me coloquei por cima, mantendo o ritmo, beijando sua nuca e mergulhando mais fundo naquele ato proibido. Nada mais importava a não ser dar prazer a ela, levá-la a ter um momento de intenso êxtase que ela jamais esqueceria.

Meu membro deslizava fácil entrando e saindo de tão molhada que ela estava, sua lubrificação misturada ao seu gozo deixava tudo mais melado. Aumentei meu ritmo, louco para brindá-la com meu esperma. O tesão aumentava e uma corrente que atravessava meu corpo se concentrava em um único ponto. Urrei como um urso ao sentir toda aquela energia saindo de mim. Envolvi Elaine em meus braços com força, misturando nossos néctares e unindo nossos corpos com nossa transpiração e exaustão compartilhada.

*****

Chegamos ao estádio pouco antes do final do primeiro tempo. Estávamos ganhando de 2 x 1. Um placar razoavelmente confortável. A torcida comemorava ininterruptamente enviando as boas vibrações para o time em campo.

Na arquibancada, sentado ao lado de Elaine, eu sentia que algo havia mudado entre nós. Trocamos sorrisos e olhares constantes e uma vez ou outra, quando ninguém estava olhando, eu ousava acariciar sua perna ou abraçá-la pela cintura. Infelizmente esse clima não duraria. Após um segundo tempo arrastando e ambos os times na retranca, conseguimos manter o placar e levamos o troféu. A torcida estremeceu o estádio em festa, fogos, fumaça colorida e bandeiras agitadas saudavam o time vencedor, mostrando que todo o esforça havia valido a pena.

À noite, após nos recolhermos, aguardei ter certeza que Caio havia caído no sono inocente, alheio ao que acontecera naquele quarto mais cedo naquele dia. Passei em frente ao quarto de Elaine e Valter e a sensação de culpa voltou a me assombrar. O receio de estar sendo ingrato estava já concretizado. Eu fui um ingrato, retribuí o bem que me fizeram com a mais alta traição. No silêncio do corredor, levei as mãos à cabeça e me recostei na parede. “Que merda eu fui fazer?”, “Sou o pior tipo de ser humano da face da terra”.

Eles não mereciam ter debaixo do seu teto alguém como eu. Eu precisava deixar aquela casa. Não sei se meu futuro no futebol iria adiante, mas eu não poderia mais abusar da hospitalidade que haviam me dado retribuindo com tamanho desrespeito, mesmo que fosse algo que só eu e Elaine sabíamos. Com o fim do campeonato eu já tinha um pretexto para voltar para minha cidade.

Desci as escadas e entrei na cozinha. Elaine estava lá, sentada à mesa de baby doll, com os olhos avermelhados em lágrimas e um copo de whisky na mão em meio à escuridão do ambiente, iluminada apenas pela luz que vinha de fora.

— Eu, eu só vim… — tentei dizer diante de uma imagem desoladora.

— Me acompanha? — perguntou ela comprimindo os lábios e forçando um sorriso.

Me aproximei, e me sentei de frente para ela, que encheu novamente o copo e o empurrou para mim. Sua angústia me atingia como um punhal cravado no meu peito e torcido sem misericórdia. Meus olhos se enchiam de forma que transbordariam na primeira piscada. Porém, ela procurava manter os olhos fixos nas suas mãos, apesar das olhadas rápidas para mim, apenas de bermuda, sentado à sua frente.

— Precisamos resolver nossa situação — ela disse.

— Já resolvi — fiz uma pausa e tomei um gole do whisky — Vou embora essa semana, o quanto antes melhor.

Seu sorriso falso se desfez e ela acenou de cabeça como negativa. Seus lábios tremiam e as lágrimas corriam. Ela iria desabar a qualquer momento.

— Sinto muito que as coisas tenham seguido por esse caminho.

— Não foi sua culpa — falei segurando suas mãos.

— Foi… foi sim. Eu permiti, eu… eu deixei acontecer.

— Eu não queria forçar nada, por favor, me perdoe.

— Você não me forçou, Tiago — ela fez uma pausa e enxugou as lágrimas que corriam — Eu também quis. Fui uma vagabunda!

— Não! — apertei suas mãos e me inclinei sobre a mesa — Você não foi nada disso! Você é uma mulher maravilhosa, independente, segura de si.

— Fui fraca. Não tive domínio próprio. Me deixei levar pelos meus desejos, eu perdi a razão — sua voz ficava mais vacilante.

Acariciei sua bochecha e levantei seu rosto. Aqueles oceanos novamente ameaçavam me arrastar para o fundo.

— Eu dei o primeiro passo na direção errada e te arrastei pra isso. Desde que eu cheguei aqui, eu a desejei. Ficava com ciúmes de você com o Valter, mas eu guardava isso a sete chaves dentro do meu peito e doía a ponto de achar que não iria aguentar. Eu sabia que estava errado, que eu estava traindo a família que me acolheu. Depois daquele dia voltando da fisioterapia, eu já não tinha domínio sobre mim. Eu queria retribuir à você aquela paixão que eu sentia. E foi maravilhoso, foi intenso. Coloquei todo meu corpo e minha energia em te dar o maior prazer que eu poderia.

— E você conseguiu — disse finalmente dando uma risada sincera — Fazia tempo que eu não gozava daquela forma.

A conversa começava a tomar outro rumo, mas eu estava decidido a não mais trazer o tormento à Elaine.

— Não precisa mais chorar pelo que aconteceu. Logo eu vou embora.

Ela me olhou com um sorriso indefinido, apenas uma linha expressiva de incerteza.

— Não era por isso que eu estava chorando… digo, não só por isso.

— Então?...

— O Paulo me ligou há algumas horas. Ele conseguiu fechar um contrato para você e o Caio em um time grande para o Campeonato Estadual no ano que vem — ela fez uma pausa e se serviu de mais uma dose de whisky no copo que compartilhamos — Isso significa que você vai ficar por aqui por mais algum tempo.


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Comentários

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𝐅𝐚𝐛𝐢𝐨, 𝐬𝐞𝐮 𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐭𝐚 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐬𝐡𝐨𝐰, 𝐬𝐨 𝐧𝐚𝐨 𝐞𝐧𝐭𝐞𝐧𝐝𝐢 𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐚𝐬 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚𝐬, 𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐧𝐚𝐨 𝐭𝐢𝐯𝐞𝐫𝐚𝐦 𝐩𝐚𝐩𝐞𝐥 𝐧𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐄𝐥𝐚𝐢𝐧𝐞 𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞, 𝐯𝐢𝐬𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐄𝐥𝐚𝐢𝐧𝐞 𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐚𝐠𝐨𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥. 𝐏𝐨𝐫 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨 𝐥𝐚𝐝𝐨, 𝐬𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐞 𝐛𝐚𝐬𝐞𝐚𝐝𝐨 𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐥𝐚𝐭𝐨 𝐞𝐫𝐨𝐭𝐢𝐜𝐨(𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐨 𝐞𝐫𝐨𝐭𝐢𝐜𝐨), 𝐢𝐬𝐬𝐨 𝐣𝐮𝐬𝐭𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐚 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧ç𝐚 𝐝𝐞𝐥𝐚𝐬, 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨? 𝐛𝐞𝐦, 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐪𝐮𝐞𝐫 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚 𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐯𝐨𝐭𝐚𝐝𝐬𝐬𝐦𝐨.

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Foto de perfil de Maísa Ibida

Desculpe, na hora de comentar eu deveria ter dito Tiago e não fábio.

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Foto de perfil de Fabio N.M

Tiago é só o personagem, o autor sou eu mesmo kkkk Estou escrevendo o mesmo conto, mas no ponto de vista de Elaine, e as garotas terão mais relevância na forma como elas mexem com as emoções dela, no caso, ciúmes. Só não sei se conseguirei postar a tempo, antes do fim do desafio.

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Foto de perfil de Beto Liberal

Que conto fantástico, um vocabulário rico e estrutura bem montada, torna fácil e gostoso de ler. Um tema diferente, e um peso emocional, que arrasta o leitor através dos sentimentos dos personagens.

Muito bom

E o gancho no final nos faz ansiar pela continuação. Vai ter?

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Foto de perfil genérica

Parabéns Fábio. Excelente linha de escrita com uma conduta limpa e fluída que nos leva a esperar a nova palavra escrita e a nova linha preenchida.

Envolvente e erótico sem ser vulgar, com muita poesia e cumplicidade.

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Parabéns, Fábio. Estava com saudades dos seus contos, e esse, assim como os demais, preza tanto pela ótima qualidade da escrita, como também pela história e todo o enredo. Abs

⭐️⭐️⭐️

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Obrigado. Infelizmente me falta tempo. Fiquei semanas trabalhando só nesse conto.

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Foto de perfil de Leon-Medrado

Me tocou muito este conto, pois eu fui um que passou na peneira de um time grande, e na hora de assinar o contrato, acabei convencido pelo meu pai de que não seria uma boa para o meu futuro. Na época, anos 60, Brasil apenas Bicampeão do Mundo, jogador de futebol em geral não tinha contratos milionários. Mas me trouxe a lembrança dos campos de sub-20, na época não era mais do que torneio de amadores, semiprofissionais, em busca de um lugar de profissional. Por isso, achei melhor ainda o conto. Retratou uma realidade pouco abordada.

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Muito obrigado. Tento não cair na mesmice e abordar assuntos e situações diferenciadas

E vc deixou escapar sua faixa etária kkkkk

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Foto de perfil de Leon-Medrado

Fabio N.M. eu nunca ocultei a minha idade. Nos anos 60 eu já estava na ativa, fui testemunha do surgimento dos Beatles, fui testemunha ocular em Woodstock, aprendi a surfar com pranchas de madeira enormes e pesadíssimas, e acompanhei a morte do John Kennedy e do Bob Kennedy e da Marilyn Monroe. Acompanhei a Guerra do Vietnã, e mais uma porção de outras. Desafio os jovens a terem no seu histórico, aventuras em vários continentes, e em sete décadas, e ainda manterem a vela erguida e o mastro ereto e velejando. KKKKK

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Foto de perfil de Leon-Medrado

Gostei do conto, me pareceu um bocado inovador, trazendo um ambiente diferente do usual, e muito bem escrito, o que é sempre um ponto altamente positivo. Saber narrar e escrever de forma correta e com texto fluente, nos conduz melhor pela história. Três estrelas.

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