AMOR MADURO

Um conto erótico de Emirs
Categoria: Homossexual
Contém 3519 palavras
Data: 11/03/2024 20:52:56
Última revisão: 12/03/2024 21:11:15

Banhadas por uma luz lilás e embaladas por músicas eletrônicas, as pessoas bebiam, conversavam e sacudiam o corpo. Por todo lado, a pegação rolava solta. Sentados num canto, eu, Tales e Rodolfo, passávamos o radar pelo ambiente, cada um à procura de um cara para beijar muito e, se a sorte ajudasse, sair dali para ir foder gostoso numa pousada.

Rodolfo, o mais atirado dos três, foi o primeiro a desencalhar. Como num passe de mágica, ele desapareceu da minha frente e surgiu no meio da pista, dançando e se esfregando com um bonitão. Fazendo um bico de inveja, Tales me deu uma cutucada.

— Rodolfo não perdeu tempo; muito lindo o negão que ele pegou. Olha só: já estão trocando saliva. Acho tão fofo dois barbudos se beijando. Será que cabe mais uma língua ali?

— Que é isso, Tales? Não precisa furar o olho do nosso amigo; tem viado pra todo mundo aqui.

Antes que eu terminasse de falar, Tales já estava trocando olhares e sorrisos com um marrento de cabelo comprido. Como quem tem uma guerra pela frente, ele tomou o último gole da bebida, passou a ponta da língua nos lábios e me deu outra cutucada.

— Amigo, passe um rabo de olho pelo meio das pernas do cabeludo que tá querendo me pegar. A mala é pesada! Acho que vou precisar de ajuda pra carregar. Quer me dar uma mãozinha?

— Você dá conta sozinho. Vá sofrer logo, antes que alguém passe na sua frente.

Mexendo a bunda e girando os braços, Tales saiu dançando pela pista, até ficar frente a frente com o cabeludo do pau grande. Quando os dois começaram a se esfregar, ele virou a cabeça na minha direção e revirou os olhos, informando que o negócio era bom mesmo. Rindo da sua cara de vitorioso, voltei a observar os rapazes espalhados pela boate. Se pintasse alguém legal para mim, seria ótimo; se ninguém me quisesse, tudo bem. Não é sempre que a balada termina em foda.

Quando já estava me conformando com a ideia de terminar a noite batendo uma punhetinha em casa, meu olhar esbarrou nas costas de um homem alto e magro que estava em pé diante do balcão. Seus cabelos grisalhos estavam bem arrumados, seus ombros largos se destacavam na camiseta branca e sua bunda, embora não fosse muito grande, fazia um volume gostoso dentro do jeans. Deu logo vontade de comer. Passando a mão nos cabelos, ele virou de frente e eu tive uma surpresa. O cara era um coroa que, há pouco tempo, havia se mudado para o condomínio onde eu morava; seu apartamento ficava no mesmo andar do meu.

De vez em quando, a gente se encontrava no elevador ou no corredor e trocava umas palavras, só por educação. Geralmente esse vizinho estava de terno e gravata, óculos de grau e carregava uma pasta debaixo do braço. Seu jeito de andar era um tesão, mas nunca me atrevi a encará-lo com segundas intenções, porque ele mal olhava para mim, parecia nem me ver. Imaginando que deveria haver uma ou várias mulheres na sua área, não me permiti nem sonhar em ir para sua cama. Para nossa sorte, eu havia me enganado.

Imaginei que ele não queria ser visto ali, por isso tentei desviar o olhar e dei de cara com seu caralho bem arrumado dentro da calça ajustada. Com as ideias bagunçadas, levantei a cabeça e ele segurou meu olhar. Deixando claro que não se incomodava com o que eu poderia estar pensando a seu respeito, ele deu um sorriso de boca fechada, que foi o suficiente para me derrubar.

Meu vizinho estava lindo com aquela roupa básica. Ele não fazia o estilo garotão de meia idade, mas também não se encaixava no tipo tiozão. Seu corpo era bem cuidado, mas dava para ver que ele não tinha o interesse de ser um bombadão para rivalizar com os rapazes mais novos. Embora fosse magro, sua barriga se destacava um pouco dentro da camiseta. Uma barriguinha de chope, diria Tales; uma barriguinha aristocrática, diria Rodolfo; uma barriguinha charmosa, digo eu. O barman lhe entregou a bebida; ele levou a taça aos lábios e ficou olhando distraído para as pessoas que estavam na pista.

Até então, sempre fiquei com carinhas jovens como eu, mas desejava experimentar um maduro e essa era a melhor oportunidade. Meu vizinho era um coroa de abalar o tesão de qualquer novinho. Ele era um caminhão muito grande para minha pouca areia, mas, se me desse uma chance, eu ia meter tudo na sua carroceria, até transbordar.

Olhando para a pista, vi Tales saindo de mãos dadas com o cabeludo caralhudo. Afastados num canto, Rodolfo estava atracado com o negão barbudo. Respirando fundo, decidi que não terminaria a noite no cinco contra um.

Do alto dos meus vinte anos recém-completados, passei por cima da insegurança e fui até onde meu vizinho estava. Para tentar chamar a atenção, já cheguei pedindo um coquetel igual ao dele. Depois de levar sua taça à boca, ele me deu um sorriso de aprovação.

— Sempre peço esse; você tem bom gosto, rapaz. Adorei ver você aqui. Tudo bem, meu vizinho?

Engolindo a timidez, sorri para ele e me esforcei para não falar como se ainda fosse um menino.

— Tudo beleza. Também achei interessante ver você aqui. Nunca imaginei que meu vizinho frequentasse esses lugares.

Já comecei falando besteira. O cara deve ter ficado pensando que eu iria espalhar no condomínio que ele era um viadão safado que anda nas baladas pegando os novinhos. Antes que eu dissesse mais alguma coisa sem noção, ele estendeu a mão para mim, demonstrando que não estava preocupado com bobagens.

— Meu nome é Vladimir. E o seu?

Naquele terreno, meus passos ainda não eram firmes, mas o negócio estava ficando cada vez melhor. Vladimir estava se mostrando um homem mais interessante do que eu imaginava e eu estava disposto a ir fundo, mesmo fazendo uma ou outra bobeira.

Essa era a primeira vez que eu estava dando em cima de um homem que deveria ter a idade do meu pai; talvez um pouco mais. Isso estava mexendo com minha cabeça e com a cabeça da minha rola. Querendo mostrar que era mais adulto do que aparentava, apertei sua mão com força, mas me apresentei falando outra besteira.

— Eu sou Eduardo. Gostei do seu nome: Vladimir me faz pensar em vampiros.

Como se fosse morder meu pescoço, ele sorriu exibindo seus dentes grandes e bonitos. Com raiva de mim por estar me comportando como um adolescente sem assunto, olhei para baixo. Ao ver o tamanho dos pés de Vladimir, fiquei de boca aberta. Tocando em meu ombro, ele me fez olhar para seus olhos e mostrou que podia ler pensamentos.

— Ficou assustado? Quarenta e quatro. Com um metro e noventa de altura, não dá pra ter pé de princesa, não acha?

Olhando para sua barba grisalha e bem cuidada, desejei roçar meu rosto no dele. Engolindo em seco, falei algo sem maldade, mas soou como sacanagem.

— Você é todo grandão, Vladimir.

Arregalando os olhos, ele apertou meu ombro, porém não revelou a medida de nenhuma outra parte do seu corpo. O barman entregou minha bebida e eu tomei logo dois grandes goles.

— Eduardo, você pode me chamar de Vlad. Eu prefiro assim.

— Tá certo, Vlad. E você pode me chamar de Dado. É assim que meus amigos me chamam.

— Dado! Gostei. Você é Dado mesmo. O nome Eduardo me faz pensar num vampiro que esteve na moda há algum tempo. Um tal de Edward, conhece?

— Cara, já bati umas na intenção daquele branquelo.

Jogando a cabeça para trás, Vlad soltou uma gargalhada que se misturou com a batida da música. Porra! Bastaram dois goles daquela bebida para eu estar falando putaria explícita. Sem saber o que dizer, bebi mais uns goles. Com delicadeza, ele colocou minha taça sobre o balcão e pegou na minha mão.

— Vamos pra pista, Dado?

— Dançar?

— Dançar! Ou você acha que, só porque tenho cinquenta e três anos, não sei mais mexer o esqueleto? Garanto que não faço feio.

Dando uma de cavalheiro, eu o conduzi para o meio da pista. Como se já fôssemos namorados, ele começou a dançar sem soltar minha mão. O som atravessou minha pele e ecoou no meu cérebro. Meu corpo reagiu e logo a gente estava se requebrando e se jogando um para o outro. Eu estava bobo de ver como o coroa sabia mexer a bunda, quebrar a cintura e mover os braços e as pernas no ritmo do pancadão.

Vlad estava me dando aula de dança. Que sorte a minha ter ido àquela boate, naquela noite em que não estava com vontade de sair de casa. Não sei se a bebida contribuiu para isso, mas me soltei para valer e passei a me atirar contra o peitão dele. Girando os braços, ele me prendia ao seu corpo e a gente se roçava de forma perigosa. Nossos caralhos se batiam e eu senti minha cueca babada, talvez já tivesse vazado para o jeans. Eu não tinha coragem de tomar a iniciativa, mas estava louco para sairmos dali. A gente merecia foder muito para comemorar o começo da nossa história.

Mostrando que não estava para brincadeira, Vlad me agarrou pela cintura e passou a ponta da língua em meus lábios. Como se estivesse morrendo de sede, abri a boca, fechei os olhos e senti seu gosto pela primeira vez. Nosso beijo me deixou perdido. Sua barba cheirosa roçando na minha pele lisa, seu bigode macio fazendo cócegas no meu nariz, sua língua molhada desafiando a minha e suas mãos se apossando da minha bunda… Tesão da porra!

Para que ele percebesse que o novinho também era um macho atrevido, cravei as mãos em sua bunda e fiquei girando a cintura, para fazê-lo sentir o quanto minha pica estava dura. Como se estivesse com medo de mim, ele sussurrou em meu ouvido.

— Dado… cuidado… menino…

— Sou menino não, Vlad. Sou homem. Tá sentindo não?

Dançando com seu boy ali perto, Rodolfo me lançou um olhar de incredulidade. Ele deveria estar se perguntando se eu havia perdido o juízo, já que não haveria outra explicação para eu estar me agarrando com uma maricona; era assim que ele se referia aos viados que já haviam passado dos quarenta. Confesso que antes, eu também falava assim e ria de alguns caras como Vlad. Eu já fui um otário; que vergonha!

Para ajudar Rodolfo a também deixar de ser otário, agarrei Vlad com força e lhe dei um beijão de parar o baile. Quando estávamos quase sem respirar, ele tirou a língua da minha boca e colocou a cabeça em meu ombro, num gesto de entrega, quase de submissão a mim.

— Dado, vamos sentar um pouco? Pode ser? Hum?

Ver aquele homem grandão e bem vivido me dando o poder de decisão me deixou todo machão. Abraçando Vlad por trás, eu o conduzi até uma mesa e, assim que ele se sentou, pedi licença para ir ao bar. Quando voltei e coloquei as taças na mesa, ele me olhou como se não estivesse entendendo.

— Um meu e um seu. Você disse que é o seu preferido.

Depois de tomarmos um gole, ele passou a mão em meu rosto e me deu um beijo com gosto de vodca e morango.

— Não é comum o novinho pagar uma bebida para o coroa. Obrigado, Dado.

Entrelaçando meus dedos com os dele, tomei mais um gole e lhe dei outro beijo. Sentindo-me um homão do caralho, dei uma pegada na coxa dele e falei baixinho no seu ouvido.

— Eu sou homem pra valer, Vlad. Não se esqueça disso.

Indiferentes às pessoas que dançavam e se pegavam na pista, eu e ele ficamos namorando, conversando e rindo de nós mesmos. De forma resumida, ele me contou que era de Salvador e tinha vindo morar em Aracaju para trabalhar em um novo escritório de advocacia. Procurando não ser maçante, falei que morava com meu pai, minha mãe e meu irmão Luca. Comentei que estava no terceiro período do curso de Ciência da Computação e terminei dando um suspiro.

— A faculdade tá arrancando meu couro. Rotina puxada do caralho.

— Você é jovem. Esse é o momento de dar tudo de si para criar seu futuro.

— Você também é jovem, Vlad. Nem parece que tem cinquenta e três. Meu pai tem quarenta e nove, mas não parece ser mais novo que você.

Antes de acabar de falar, senti que tinha mandado mais uma bola fora. Porra! Acho que o jeito muito seguro de Vlad estava bagunçando minhas ideias; eu estava agindo como um garoto desmiolado, e não era essa a impressão que eu queria deixar. Já dava para saber que era perigoso namorar um cara maduro; eu estava adorando me colocar à prova. Valia a pena. Colocando a mão sobre a minha, ele me tranquilizou.

— Eu gosto muito de ser esse cinquentão. Espero que você amadureça bem como eu.

De mãos dadas com seu boy, Rodolfo acenou para mim, avisando que estava indo foder. Instantes depois, meu celular começou a tocar e vi que era ele. Era chato atender na frente de Vlad, mas poderia ser algo importante.

“Dado, preciso de um help. Chamei um carro e ele já está chegando. Deixei minha carteira no seu bolso. Será que você pode trazer aqui na frente, por favor?”

Eu não queria sair de perto de Vlad, mas não dava para deixar meu amigo na mão.

— Vlad, vou aqui resolver um assunto do meu amigo e volto já. É só um minuto.

Na frente da boate, houve uma batida e o trânsito estava uma confusão. Não sei quanto tempo gastei para encontrar o carro em que meu amigo estava e retornar para perto de Vlad. Ao atravessar a pista de dança, tive um susto: ele não estava mais onde eu o havia deixado. Desnorteado, rodei pela boate e não o encontrei. Em silêncio, xinguei Rodolfo, o macho dele, os viados que não paravam de dançar, os carros, a porra toda.

Achei que Vlad não acreditou que eu voltaria; ele deve ter pensado que eu tinha combinado com Rodolfo para poder sair da boate à francesa. Se a gente já tivesse trocado o número do celular, eu ligaria para ele e desfaria o mal-entendido. Que vacilo. Desanimado, decidi ir embora. Na calçada, ao pegar o celular para chamar um carro, uma moto parou na minha frente. Um arrepio percorreu meu corpo e imaginando que fosse um assalto, estendi o aparelho para o ladrão safado.

— Dado, estava procurando você. Tô indo pra casa. Quer carona?

No mesmo instante, esqueci a vergonha por ter pensado que aquele motoqueiro fosse um ladrão interessado no meu aparelho ultrapassado. Ao ver o sorriso de Vlad dentro do capacete, tive vontade de meter pica nele em cima daquela máquina grandona. Sem perder tempo, peguei o capacete que ele estendeu para mim e enfiei a cabeça dentro.

— Monte aí e segure firme. Daqui para nossa casa, é um voo só.

Apaixonado pelo motoqueiro grandão, saltei na sua garupa, grudei meu peito nas suas costas e me preparei para voar. Eu adoraria que a viagem durasse até o dia amanhecer. As avenidas estavam quase desertas e era gostoso demais viajar no escuro com o corpo colado com o do gostosão.

O percurso entre a boate e o condomínio não era tão longo quanto eu gostaria. Em pouco tempo, deixamos a moto no estacionamento e andamos até o elevador. Na porta do meu apartamento, Vlad parou e ficou me olhando. Eu estava imaginando que terminaríamos a noite na sua cama, por isso fiquei sem reação.

— Está entregue, Dado. Espero que você durma bem.

— Vlad… pensei…

— Precisamos dormir, Dado. Depois a gente conversa. Teremos muito tempo. É só atravessar o corredor.

Eu tentei, mas não sei se consegui disfarçar minha frustração. Porra, o cara me deixou em ponto de bala e me manda ir dormir no melhor da festa. Captando meu sentimento, ele pegou na minha mão e falou baixinho, como se receasse que alguém pudesse nos ouvir.

— Nossa primeira noite foi incrível. Eu só saí de casa porque estava meio pra baixo e tive a felicidade de encontrar você pra me jogar pra cima. Você é muito grande, Dado. Espero que a gente possa se conhecer cada vez mais, pra podermos ir muito além das aparências.

Mesmo chateado por achar que ele me deixou na mão, compreendi que estava começando a me envolver com um homem muito experiente e não fazia sentido agir como um menino birrento, que quer tudo de uma vez só. Vlad estava me dando a chance de viver um namoro maduro, eu não ia estragar isso. Sorrindo com sinceridade apertei sua mão e falei algo muito inteligente.

— Foi uma noite incrível mesmo, Vlad. Vai ser ótimo a gente se conhecer melhor. Você é maior do que seu corpo.

Depois de passar os olhos pelo corredor, ele me puxou para seu peito e me deu um beijo de namorado. A consciência de estar aos beijos com meu vizinho na porta do meu apartamento fez minha pica se animar. Vlad percebeu isso e me apertou contra o seu corpo, para mostrar que estava igual a mim.

— Durma bem, Dado. A gente vai se falando.

— Valeu, Vlad. Foi tudo gostoso.

Deitado na minha cama, li as mensagens que Rodolfo havia mandado. Ele queria saber o que havia rolado entre mim e a maricona. Mesmo com preguiça, mandei uma resposta para cortar logo essa onda.

“O nome dele é Vlad. Ele não é uma maricona. Vlad é um homão do caralho.”

Pensando na conversa que tivemos, na dança, nos beijos e na pegação, comecei a dar carinho à minha pica lisa e torta. Usando o polegar e o apontador como tesoura, eu ameaçava cortar a cabeça comprida da filha da puta. Meu caralho não era grandão e nem grossão, mas era bonito, limpo e acredito que muito gostoso. Se tivesse condição, eu adoraria poder chupar meu pau e tomá-lo no cu.

Fantasiando que estava metendo na bunda de Vlad, fiquei dando socadas estaladas dentro do meu punho apertado. Para aumentar o prazer, escancarei as pernas e meti um dedo no cu. Com os olhos fechados, joguei a cabeça para trás e fiquei sussurrando umas putarias.

— Toma, viado… putão… eu arrombo mesmo. Caralho… Vai se foder… tomar no cu, porra!

No momento em que o leite subiu fervendo pelo talo fino, apertei os dentes, para suportar a dor de botar a gozada para fora. Quando a porra caiu quente na minha barriga, tive a sensação de que meu vizinho havia mordido meu pescoço e soltei um gemido abafado.

— Vladimir…

Foi uma puta gozada. Fiquei todo mole. Se na fantasia já era gostoso foder com Vlad, na real seria coisa de doido. Satisfeito com tudo o que havia rolado desde que nos encontramos na boate, espalhei a gala sobre os pentelhos e caí num sono muito bom.

Uma noite, ao voltar da faculdade, peguei o elevador com um garotão que nunca tinha visto por ali. No meu andar, descemos juntos e ele entrou no apartamento de Vlad. Sem querer acreditar naquilo, entrei no meu apartamento e demorei a dormir.

Um carinha boa pinta como aquele chegar àquela hora ao apartamento de um cara como Vlad só podia significar uma coisa. Dentro de mim, tudo se misturou: raiva, ciúmes, tristeza, decepção. A sensação de ter sido feito de trouxa era cruel. Meu vizinho não era tudo o que eu havia pensado. Ele era mesmo um viadão safado que pegava garotos por aí.

Pela manhã, quando ia saindo para a faculdade, a porta do apartamento de Vlad se abriu e o garotão saiu. Quando comecei a andar em direção ao elevador, ouvi algo que me deixou ainda mais triste.

— Se precisar de mais algum dinheiro, mande mensagem.

— Certo.

Eu não queria olhar para aquele sacana, mas estava atrasado para a faculdade, por isso entramos juntos no elevador. De cara fechada, olhei disfarçadamente pelo espelho e reconheci que ele era bonitão. Com raiva de Vlad, pensei: “Esse putinho deve cobrar caro, ainda mais para passar a noite toda fazendo o papel de namoradinho da maricona.”

Quando chegamos ao térreo, ele sorriu para mim e se despediu como se fôssemos amigos.

— Vai lá, fera. Está na hora de cada um pegar no seu trampo, não é?

Mesmo irritado, não pude deixar de perceber que o bonitão era gente boa, por isso me esforcei para falar como se fôssemos brothers.

— Valeu, parceiro. Vamos tocar a vida e dar nossos pulos.

— É isso aí. Qualquer coisa, tô na área. Meu nome é Fred.

— Beleza, Fred. Eu sou Dado.

No ponto de ônibus, mais uma raiva. Alguém buzinou para mim e, quando olhei, era Fred montado na moto de Vlad. Porra, o coroa estava colocando tudo nas mãos do safado. O GP estava se dando bem.

Forçando um sorriso, levantei o dedão e retribuí o gesto de amizade do jovem motoqueiro. Assim que ele disparou pela avenida, gritei dentro de mim.

— Vai tomar no cu, porra! Você e Vlad se merecem, seus putos! Eu quero que vá todo mundo se foder!


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Comentários

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Ahh Emirs, você é muito foda! Tava com saudade da sua escrita gostosa, contagiante e despachada. Já ansioso pelo próximo capítulo!

PS: vi que tirou o Mecânico e o Professor da Casa, tenho dó de quem não acompanhou "ao vivo" rs

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Nao acredito que parou assim. Vai ter mais? Fred me pareceu ser filho de Vlad. E vc? Vai continuar só na punheta ou vai tomar uma atitude de homem?

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