Pais e Filhos - Cap. 24 – Daniel na Cova dos Leões

Da série Pais e Filhos
Categoria: Heterossexual
Contém 8395 palavras
Data: 25/03/2024 07:59:03

“Fez casa nos meus braços

e ainda leve

E forte e cego e tenso fez saber

Que ainda era muito

e muito pouco”.

Três anos passaram voando e eu estava de volta naquele lugar triste pra ver o meu amigo. Eu sentia muita falta dele, mas a vida tinha que continuar. Nayla estava ao meu lado e agora ela estava com 14 anos. Estava cada vez mais linda. Ela estava de mãos dadas comigo, enquanto do meu outro lado estava Mônica. Olhei pra ela e também estava mais linda do que nunca. Um pouco cansada por estar segurando nosso filho Daniel, que dali a um mês, completaria 2 anos.

Marlon estava ali com sua atual namorada, Valentina, irmã de Nikke. Ele bem que tentou dar uma chance e reatou com a Nandinha, umas duas vezes, mas o celular dela estava sempre recebendo mensagens de alguns homens, na maioria coroas, segundo ele me disse, e mesmo ela jurando que não tinha mais nada com ninguém, ele não aguentou a barra e se separaram. Ela ainda vive atormentando-o de vez em quando, querendo reatar o namoro.

Marina também estava ali com seu filho que se chamava Tarcísio Júnior e era a cara do pai. Ela estava muito emocionada, pois era a primeira vez que ela trazia o filho ao cemitério. Me despedi do meu amigo e peguei o Daniel no colo porque eu percebi que Mônica já estava ficando cansada. Chamei minha família pra ir embora, mas Marina quis ficar mais um pouco ali, com o filho. Marlon e Valentina disseram que iriam ficar com ela e eu me despedi deles.

(Eduardo) – Mais tarde a gente se encontra pra fazer um lanche lá em casa. Vamos, Nayla!

Saímos do cemitério e voltamos pra casa e Nayla estava empolgada com o aniversário de dois anos do irmãozinho. Ela e a mãe escolheram o tema de Circo e estávamos programando uma festa bem grande. Queríamos muita alegria e o circo era um tema perfeito pra isso.

(Nayla) – Pai, posso chamar a Jana e a Wanda pra virem lanchar com a gente? – Perguntou Nayla, dando pulos em cima de mim.

(Eduardo) – Claro, filha! Eu posso ir buscá-las. Quer ir comigo?

(Nayla) – Eu vou mandar mensagem pra elas agora e a gente vai.

Fiquei brincando com o Daniel no colo e Mônica ficou arrumando umas coisas no quarto. Daniel era uma criança tranquila e adorava brincar. Ele raramente chorava e ia no colo de todo mundo sem reclamar. Estava sempre alegre, sorrindo e qualquer palhaçada que a gente fazia, ele gargalhava de quase chorar.

(Mônica) – Môdi, o que significa isso? – Gritou Mônica do quarto.

(Eduardo) – O que meu amor?

(Mônica) – Você fez um teste de paternidade? Achei isso na sua gaveta de meias.

(Nayla) – A gente fez mãe, mas o papai nunca abriu o envelope pra ver o resultado.

(Mônica) – Por quê?

(Eduardo) – Acho que medo de saber a verdade. Depois do que aconteceu com o Tarcísio, isso acabou ficando em segundo plano.

(Mônica) – Então, vamos abrir ...

(Eduardo) – Melhor deixarmos assim ...

(Mônica) – Meu amor, tanto faz o resultado ... Você é o pai da Nayla, não importa o que esse papel vai dizer.

Peguei o envelope das mãos dela e rasguei, junto com o conteúdo.

(Eduardo) – Se o resultado não importa, então prefiro não saber ...

Joguei o papel rasgado no lixo e dei um beijo na Mônica, na Nayla e no Daniel.

(Eduardo) – Eu vou tirar essa roupa preta e botar algo mais confortável, porque tá muito calor.

Eu e Mônica fomos para o quarto com Daniel e aproveitamos para nós três tomarmos banho juntos para nos refrescar. Lógico que eu dava beijinhos na minha esposa e no meu filho, e ele se divertia toda vez que eu dava um beijo na mãe. Ele já sabia mandar beijinho e a gente chegava o nosso rosto próximo e ele dava beijinho na gente também. Quando de repente, como se fosse um furacão, Nayla entrou no banheiro gritando ...

(Nayla) – PAAAAIII ... PAAAIII ...

(Eduardo) – O que foi filha? O que foi?

(Nayla) – Eita, pai! ... Você tá com o negócio duro aí ... Que horror!

Peguei uma toalha e me cobri. Nayla estava eufórica.

(Nayla) – Pai, eu sou sua filha! Eu sou mesmo a sua filha!

Olhei pra mão dela e tinha um bolinho de papel picado.

(Nayla) – Desculpa, mas eu estava muito curiosa e eu catei no lixo pra ver o resultado! Eu sou sua filha! – Dizia Nayla emocionada e chorando.

O choro era de felicidade e Mônica também começou a chorar. Acho que finalmente ela estava tirando um peso gigante das suas costas, pois ela chorava de soluçar e até se sentou no box. Ela me disse depois, que as pernas ficaram bambas e teve que se sentar.

Eu queria dar um abraço em minha filha, mas ela disse pra eu tomar um banho frio primeiro e botar uma roupa. Eu tive que rir e ela também riu. Mônica me disse mais uma vez que me amava e eu devolvi o que ela disse. Ficamos deitados na cama, abraçados comemorando a notícia.

(Nayla) – Pai, nós temos que contar pro Tio Tarcísio!

(Eduardo) – Sim, filha! Hoje a tarde nós contamos pra ele.

{...}

Estávamos reunidos aqui em casa e o que era pra ser apenas uma reunião como tantas outras, acabou virando uma festa. Eu e o Edu queríamos comemorar a grande notícia de que Nayla era nossa filha, minha e dele.

Eu sei que isso não apaga o que aconteceu naquela maldita despedida de solteira, mas de certa forma estou vendo isso como uma compensação que Deus me deu. Provavelmente a minha menstruação atrasou devido às drogas que me deram, ou o estresse daquele momento, junto com o casamento e a ineficiência do coito interrompido.

Tarcísio ainda se recuperava do acidente fazendo fisioterapia com meu marido. Ele ainda estava andando com uma bengala, mas a cada dia estava mais forte, apesar dos médicos falarem que sua mobilidade nunca mais seria a mesma.

Ele e Nayla já tinham se entendido, de certa forma feito as pazes e ela até o chamava de “pai” de vez em quando, mas logo se corrigia e o chamava de “tio”. Ele não ligava, pois sabia que o verdadeiro pai era o Edu e quando ele soube do resultado do teste de paternidade, ele deu um abraço forte no meu marido e disse que Deus tirou uma filha, mas lhe deu outra.

Ficamos sem entender o que aquilo significava, mas ele contou pro Edu e pra mim em segredo que Marina estava grávida novamente. Nos abraçamos e prometemos não contar a ninguém, mas sabe como é ... Nós começamos a fazer brincadeiras sobre isso e acho que Marina acabou percebendo nossas insinuações.

(Marina) – Não acredito que você já abriu o bico, Tarcísio! – Disse Marina, dando uma bronca no Tarcísio e dando um leve beliscão nele.

(Tarcísio) – O que? O que foi?

(Marina) – Não se faça de bobo ... Gente, eu estava esperando passar mais um mês, porque dizem que dá azar, mas já que o meu marido bocudo já abriu o bico ... Sim, estou grávida!

Foi aquela comemoração ... Jana e Wanda pularam de alegria pela chegada de mais um irmãozinho ou irmãzinha.

(Eduardo) – Mesmo debilitado , você ainda conseguiu fazer um filho? Tomar no cu ...

(Mônica) – Edu!!! As meninas aqui ...

(Tarcísio) – Hahahahaha, eu sou muito fértil ... mas confesso que todo o mérito é da Marina. Ela que estava cheia de fogo e praticamente me estuprou ...

(Jana e Wanda) – PAAAAIIII!!!!!

Marina deu um tapa na cabeça do Tarcísio e mais risos preencheram a minha sala. No meio daquela prosperidade, rapidamente a atenção se voltou para os que ainda não eram pais, e Marlon e Valentina se tornaram alvo das zoeiras.

(Eduardo) – Marina, agora só falta o seu irmão ...

(Marlon) – Pera lá, tio! Vamos com calma nesse assunto.

(Nayla) – É, pai! Eles ainda nem se casaram.

(Eduardo) – Isso mesmo, Nayla! Você está certa! Essas coisas só depois de se casar.

Jana deu um risinho estranho e todos olhamos pra ela, percebendo que ali tinha coisa, mas é melhor o pai e a mãe conversarem com ela. Eu já tinha muito trabalho com a Nayla, porque essa garota estava se desenvolvendo de uma forma, que já atraía olhares gulosos de muitos rapazes.

Nikke então tomou a palavra e disse que enquanto o Tarcísio era muito fértil, parece que o Gilson nem tanto.

(Nikke) – A Fátima está grávida, mas o Gilson não é o pai.

(Mônica) – Eles tiveram que fazer inseminação?

(Nikke) – Digamos que ela fez um tipo especial de inseminação ... sem ele ... – Disse Nikke de forma maliciosa.

Minha filha e as do Tarcísio, não entenderam, mas nós adultos que sabíamos da situação do casal, entendemos na hora, até porque não era segredo pra nós, o que Fátima estava fazendo com o Gilson.

(Nikke) – Eu e Fátima agora somos muito amigas e ela faz umas coisas que eu nem sei como o Gilson aguenta.

(Tarcísio) – Ele gosta da boa vida que ela dá pra ele.

(Valentina) – Como pode uma irmã ser tão legal e a outra uma bandida?

(Nikke) – Tarcísio escapou de uma boa. Que história maluca!!! Parece até coisa de novela!

(Mônica) – A Lena ficou maluca mesmo. Até gravidez psicológica ela teve.

(Nikke) – E ela jura de pé junto que estava grávida mesmo e perdeu o bebê no acidente.

(Tarcísio) – Tenho pena dela ... Alguém tem notícias?

(Nikke) – A Fatinha vai lá de vez em quando visitá-la, mas ela não fala nada. Está meio catatônica, mas quando ela falou pra Helena que estava grávida, me disse que a irmã botou as mãos na própria barriga e começou a chorar.

(Nayla) – É verdade que ela usa uma máscara?

(Nikke) – Parece que sim. Metade do rosto dela ficou deformado e está com cicatrizes. Outras partes do corpo também.

(Tarcísio) – Gente, vocês podem me bater depois do que eu vou falar, mas eu me sinto um pouco culpado dela estar assim. Eu acho que faltou, da minha parte, um pouco mais de responsabilidade afetiva. – Disse o meu amigo de forma bem emocionada.

(Wanda) – Não pai! Ela é cruel e maluca.

(Tarcísio) – Eu já contei isso pro Edu, porque eu e ele agora não temos mais segredos e creio que a Mônica deve saber disso também, mas o restante não deve saber ...

(Janaína) – O que pai?

(Tarcísio) – Marina, me desculpe se eu nunca te contei isso, mas eu engravidei a Lena duas vezes e numa delas, ela já era casada com o seu pai. Sinto muito por isso ...

Marlon se retirou da sala e foi pra cozinha. Ele e Tarcísio sempre tiveram uma relação meio conturbada.

(Valentina) – Eu vou falar com ele ... – Falou Valentina se retirando da sala também.

(Marina) – E o que aconteceu com esses filhos?

(Tarcísio) – Ela tirou. Na primeira vez, ela me comunicou a gravidez e eu até disse que iria assumir a criança, mas não iria me casar, até porque eu estava com a sua mãe, Wanda.

(Wanda) – Poxa, pai ... Sacanagem com a mamãe ...

Jana e Nayla levaram ela pro quarto e nós ficamos ali tentando dar apoio ao Tarcísio, que estava se abrindo com todos.

(Tarcísio) – Na segunda gravidez, se é que ela realmente estava grávida, ela nem me participou. Já foi avisando que ficou grávida, mas que já tinha tirado, porque um filho que não fosse do Otávio, poderia acabar com o casamento deles.

(Marina) – Como você pôde? Meu pai não merecia isso...

Ela ficou chorando um pouco e tentamos remediar a situação, mas ele mesmo sabia que estava errado.

(Tarcísio) – Hoje eu me arrependo profundamente do que eu fiz. Eu sei que fui muito irresponsável, mas eu era imaturo e queria só curtição. Acho que se eu tivesse feito a mesma coisa que o Edu fez, talvez a gente não estivesse passado por isso tudo.

(Eduardo) – Acho que você deveria esquecer isso. Já passou e agora você tem uma esposa linda, três filhos lindos e mais um a caminho.

(Tarcísio) – Quando eu estiver recuperado totalmente, eu quero visitar a Lena e pedir perdão a ela. Eu sinto que preciso fazer isso.

(Marina) – De jeito nenhum!

Nessa hora, Marlon e Valentina voltam da cozinha e ele disse que já estava na hora de ir embora. Ficou um clima meio pesado, mas a gente sabia que isso era passageiro.

Falei com todos que dali a um mês seria a festa do Daniel e que a gente iria se divertir muito e após as despedidas, Nikke também disse que já estava na hora dela ir.

Ela tinha um encontro com um cara, mas segundo ela, não era nada sério. Nayla me pediu se Jana e Wanda podiam dormir em casa e eu e Eduardo deixamos. Tarcísio e Marina precisavam de um tempo sozinhos pra botar tudo pra fora depois do dia de hoje.

O resto da tarde, virou noite e logo fomos dormir. Edu foi levar Tarcísio e Marina em casa, porque ainda era meio complicado pra ele, e meu marido me disse que queria conversar com os dois mais um pouco.

Fiquei eu e as meninas sozinhas arrumando a cozinha e arrumando o quarto pra dormimos mais tarde. Fui pra cama e fiquei brincando com o Daniel um pouco. Ele adorava quando eu beijava a barriguinha dele, fazendo barulhos de pum. Ele gargalhava com isso, mas então comecei a ouvir outras gargalhadas.

Eram as garotas no quarto da Nayla que também se divertiam com alguma coisa. Tudo parecia voltar aos eixos e eu fiquei esperando meu marido chegar.

Este um mês passou voando e o dia da festa de aniversário do Daniel chegou. O salão, com a temática de Circo estava lindo e tinham várias crianças e vários de nossos amigos por lá. Paulo e Keyla que agora moravam em MG, vieram pra festa. Paulo agora era motorista de Uber e estavam sempre vivendo no aperto. Apesar de tudo, aos poucos foram se aproximando da gente de novo, mas todos nós sabíamos que a amizade nunca mais seria a mesma. Edu se comprometeu a ajudar financeiramente os estudos do William e disse que com isso, eles não precisavam se preocupar.

Gilson e Fátima também estavam lá e ela ostentava um barrigão lindo e Gilson estava todo bobo, falando a todos que o filho dele iria pegar todas as mulheres. Eles estavam juntos com um outro rapaz, que o Gilson apresentou como um “sobrinho”, mas os mais chegados sabiam muito bem que era um namoradinho, e talvez até o pai do bebê da Fátima.

Marlon e Valentina estavam meio brigados. Dava pra sentir que não estavam bem. Marina me disse que era por causa da tal Nandinha, que continuava a perturbar a vida do casal. Tarcísio e Marina estavam muito bem, e ela já mostrava discretamente uma barriguinha, com o Tarcísinho no colo.

Eu e o Edu estávamos só curtindo tudo. Ele agora estava mais presente e praticamente deixou tudo ao comando de Nikke e só aparecia na academia algumas vezes por semana e era pra malhar e resolver alguma pendência, caso houvesse.

A festa estava maravilhosa! Tinha mágico, palhaços e contorcionistas. Todos estavam se divertindo muito. Meus pais e meus sogros toda hora pegavam o pequeno Daniel e enquanto isso eu verificava se estava tudo em ordem com os convidados e com os comes e bebes.

Os palhaços eram uma atração à parte. Suas maquiagens e máscaras eram engraçadas e divertiam a todos, arrancando risos de todos nós, mas infelizmente, um desses palhaços iria causar dor e desespero mais uma vez na minha família.

Comecei a olhar, tentando localizar Daniel, mas não o via com ninguém. Fui até Edu e perguntei a ele.

(Mônica) – Edu, você viu com quem o Daniel está?

(Eduardo) – Acho que está com seu pai. A última vez que eu o vi, estava com ele.

(Mônica) – Acabei de falar com ele ... Já andei olhando pela festa e não acho o nosso filho em lugar nenhum.

Comecei a ficar desesperada e Edu também. Perguntamos a várias pessoas, até que Nayla nos disse que um dos palhaços mascarados o pegou pra tirar uma foto na mesa de aniversário junto com outras crianças.

(Eduardo) – E depois, Nayla?

(Nayla) – Eu falei pra vovó que iria comer um hambúrguer e pedi pra ela pegar o Daniel e levar pra você.

Fomos correndo procurar a mãe do Edu e ela disse que tinha pedido ao palhaço pra me entregar o Daniel, que acenou com a cabeça, sendo muito gentil.

(Mônica) – Onde está esse palhaço?

Procuramos por toda a festa, mas não havia sinal dele ...

{...}

Eu estava há dois anos vivendo como um vegetal. Perdi totalmente a vontade de viver e só não tirei a minha vida, porque me faltava coragem pra isso. Os dias se arrastavam e eu não me conformava em ter perdido o meu bebê. Eles tentaram me convencer que era uma gravidez psicológica, mas eu não estava maluca, porque na época, eu podia sentir o bebê dentro de mim.

Eu agora estava sozinha ... presa na ala psiquiátrica de um presídio em Bangu. Sem dinheiro, sem família, sem minhas joias, sem meu Tarcísio e sem meu bebê. Meu corpo que era elogiado por todos, agora era horrível, com marcas de queimaduras e cicatrizes. Meu rosto estava tão feio que eu tinha vergonha e nojo de me olhar no espelho.

Meu rosto estava tão feio, que meu apelido era Barbie paraguaia e por isso pedi pra uma médica, que me arranjasse uma máscara que cobrisse o meu rosto e assim ela me deu uma que tampava um pouco mais da metade, deixando à mostra somente uma parte do meu rosto que não ficou com marcas de queimadura. Fiquei parecida com uma versão feminina do Fantasma da Ópera.

Somente duas pessoas me visitavam no presídio. Uma delas era a minha irmã e a outra era a Nandinha. Minha irmã que eu achei que fosse se compadecer de mim, começou a me atacar com suas palavras mordazes que me machucavam muito. Ela me culpava pelo fracasso do seu casamento.

A outra me trazia notícias sobre todo mundo. Eu não falava nada, mas ouvia tudo com atenção. Era melhor assim. Se eu ficasse me passando por maluca, ficaria melhor do que na ala prisional comum. Aqui pelo menos, eu não precisava me misturar tanto com a bandidagem.

Eu já estava conformada em viver aqui pelo resto da minha vida, quando minha irmã fez uma brincadeira de mal gosto, que me tirou do sério. Ela me disse que tinha transformado o Gilson num outro homem. Ele ainda usava uma gaiola de castidade no pênis, para que ela tivesse a certeza de que ele não mais a trairia.

Disse que estava dando mais que chuchu na serra, mas de vez em quando transava com o Gilson e um belo dia, ela me aparece aqui grávida e fica me perguntando se eu podia imaginar quem era o pai. Fiquei calada, como sempre, mas quando ela disse que o pai era o Tarcísio, eu olhei pra ela com raiva e eu não pude conter algumas lágrimas.

A filha da puta riu da minha cara e disse que era brincadeira. O filho era de um negão que frequentava a academia e ela disse que estava torcendo pra criança puxar a cor do pai e humilhar ainda mais o Gilson.

Além disso, botou um cara novinho pra morar na casa dela, porque toda hora ela tinha vontade de trepar. Nunca imaginei que a minha irmã ficaria assim e falando dessa forma.

Depois, ela acabou me dizendo que o Tarcísio seria pai novamente, pois Marina estava grávida de novo. Minha vontade era de gritar, mas eu não iria dar esse gostinho a ela e por fim me disse que essa seria a sua última visita durante um bom tempo, porque a maternidade iria tomar muito do seu tempo.

Quando Nandinha veio me visitar, eu decidi que iria falar depois de muito tempo. Minha voz não era mais a mesma, estava mais grossa e eu disse a ela que ainda tinha um bom dinheiro guardado e que se ela me ajudasse a fugir dali, poderia ter a grana toda pra ela.

A princípio ela não queria me ajudar, mas eu disse que também iria ajudar a separar o Marlon e a Valentina e aí ela topou na hora.

Falei com ela, que eu precisava que ela conseguisse entrar no presídio com drogas, porque só assim eu teria como conseguir ajuda com outras detentas. Expliquei a ela pra enfiar alguns saquinhos dentro da xoxota e no cu também.

Tinha uma agente prisional que era corrupta e que participava de uns esquemas e assim ela conseguiria entrar sem muitos problemas. Falei com ela pra arrumar um exame falso de gravidez e assim ela passaria com maior facilidade na hora de ser revistada.

Em pouco tempo consegui uma quantidade suficiente de drogas, que eu negociava com outras detentas por dinheiro e com esse dinheiro eu consegui subornar uma enfermeira e uma agente prisional que iriam me ajudar na fuga.

Tudo saiu como o planejado e finalmente eu estava livre. O único problema é que a minha aparência chamava muita atenção, então eu ficava escondida todo o tempo.

Tarcísio e Marina estavam morando na minha casa pelo que a Nandinha me disse e agora eu tinha que achar uma forma de poder me locomover sem chamar a atenção.

Por sorte, eu sempre tive alguns amigos influentes e que tinham medo de que eu abrisse a minha boca. Graças a isso, consegui algum dinheiro e fiquei muito entusiasmada quando descobri que a festa de aniversário do filho do Eduardo e da Mônica seria com temática de Circo. Era perfeito pra mim.

Rapidamente providenciei uma fantasia e com a ajuda da Nandinha foi simples me infiltrar na festa. Ela conseguiu que uma amiga pegasse o emprego de animadora e no dia da festa eu a substituí, sem que a empresa percebesse a troca.

A todo momento fiquei com medo de que me reconhecessem pela voz, mesmo com ela mais grossa, eu não poderia botar tudo a perder. Era a minha única chance e então falei somente o necessário e respondia a todos com mímicas e gestos corporais, como se eu tivesse realmente incorporada no personagem.

Quando finalmente consegui pegar a criança no colo, saí da festa e levei o bebê comigo. Era muita gente e eu o enrolei com um pano e quem me visse com ele, acharia que eu estava carregando um amontoado de pano. O plano era sumir no mundo com o meu filho e finalmente eu poderia criá-lo. Ninguém iria tomá-lo de mim.

Rapidamente fui pra casa onde eu estava escondida em Vargem Grande. Ela era simples, mas bem equipada porque pertencia a um dos sugar-daddy da Nandinha. O coroa era gente fina e a deixava ficar ali, sempre que ela quisesse. Fiquei lá aguardando o documento da nova identidade e uma certidão pro meu filho. Eu também precisava de mais grana, pra poder fugir pro Paraguai ou Argentina.

{...}

(Mônica) – Nós temos que achar a Helena! – Disse Mônica totalmente desesperada.

(Eduardo) – Não temos certeza se foi ela ...

(Mônica) – Claro que foi ela. Quem mais poderia fazer isso?

(Eduardo) – Nós somos ricos agora e qualquer bandido pode ter feito esse sequestro.

(Mônica) – Algo me diz que foi ela ... Eu quero meu filho de volta, Edu ... Eu tenho calafrios, só em pensar no que ela pode fazer com nosso filho.

(Tarcísio) – Eu recebi uma notícia que não é nada boa ... Helena fugiu do presídio ... A polícia manteve em sigilo, porque as circunstâncias da fuga são uma vergonha pra instituição prisional.

(Mônica) – Eu disse! Eu sabia, Edu! Aquela maluca raptou nosso filho. – Mônica aos prantos, me abraçava e continuou a falar ... – Ela não vai parar, enquanto não morrer ...

(Eduardo) – O que mais o delegado disse?

(Tarcísio) – Ele está interrogando o dono da empresa de festas, que vocês contrataram e fazendo perguntas aos convidados da festa.

O tempo não passava e a angústia só aumentava. Mônica já havia tomado um calmante e estava arrasada. Ela não parava de chorar e eu fiquei ao seu lado, mas a todo momento alguém aparecia pra falar comigo.

Uma dessas pessoas foi o Marlon e ele estava muito aflito e quis conversar comigo em particular.

(Marlon) – Tio, escuta esse áudio que eu recebi da Nandinha.

“Marlon, meu amor ... Acho que eu fiz merda ... Me perdoa, mas eu confiei nas pessoas erradas ... Eu queria ter te conhecido antes de ser assim como sou. Você pode me encontrar daqui 15 minutos?”.

(Marlon) – O que você acha, tio?

(Eduardo) – Não sei ... É muito vago.

(Marlon) – Eu também acho, mas nós não temos mais nada. A polícia parece que está perdida.

(Eduardo) – Marca o encontro na sua casa e eu irei contigo, mas ficarei escondido ... e não mostre isso pra mais ninguém.

(Marlon) – Ok. Vou mandar uma mensagem pra ela e, enquanto isso, a gente já pode ir pra lá.

Ele foi indo na frente e eu fui falar com Mônica.

(Eduardo) – Meu amor, eu vou ter que dar uma saída ...

(Mônica) – Aonde você vai, Edu?

(Eduardo) – Eu vou na delegacia conversar pessoalmente com o delegado.

(Mônica) – Eu quero ir também. Quero ficar ao seu lado.

(Eduardo) – Melhor, não ... Descanse, que eu já volto. Fica aqui com a Nayla e os outros.

(Mônica) – Ela te ligou, não é? Ela fez igual daquela vez! Eu não vou deixar você sair de casa.

(Eduardo) – Eu já disse que vou na delegacia e pra você não ficar preocupada, vou com o Marlon, ok?

(Mônica) – Eu sei que aí tem coisa ... Eu te conheço e você não me deixaria aqui, se não fosse algo importante ... Só toma cuidado, por favor ... – Falou minha esposa, com preocupação e carinho.

(Eduardo) – Não se preocupe que eu já volto. Qualquer novidade, eu te aviso.

Dei um beijo em minha esposa com muito carinho e amor e fui atrás de Marlon, que já estava no carro. Fomos até sua casa em questão de minutos e logo em seguida, o porteiro avisa pelo interfone que a Nandinha estava subindo e eu aproveitei pra me esconder no quarto de hóspedes, enquanto ele conversaria com ela na sala.

(Marlon) – Oi, Nandinha! O que está acontecendo?

(Nandinha) – Marlon, meu amor, eu estou numa enrascada. Não sei o que fazer.

(Marlon) – O que você fez?

(Nandinha) – Eu juro que eu só queria ter você de novo pra mim. Eu juro que eu mudei e nunca te trai. Você me deu tanto carinho e acho que foi a primeira vez que alguém me olhou com respeito. Antes só me viam como um artigo de luxo, algo pra mostrar pros outros, ou simplesmente queriam sexo.

(Marlon) – Eu juro que tentei, mas você continuou com os mesmos hábitos. Ficava conversando com todo mundo que te bajulava e dava presentes.

(Nandinha) – Eu sei, mas é que alguns viraram amigos, porém eu te entendo ... Eu só queria provar pra você que eu mudei mesmo.

(Marlon) – Essa é a sua chance. Eu e Valentina demos um tempo. Ela quer estudar, fazer especialização, MBA e diz que um relacionamento agora só iria atrapalhar o estudo dela.

(Nandinha) – Então, me dá mais uma chance. Eu serei sua a todo momento. Farei tudo por você e nunca mais falarei com qualquer amigo que eu tenha feito antes de conhecer você.

(Marlon) – Me conta no que você se meteu.

(Nandinha) – Eu ajudei a Lena a fugir da prisão ... – Disse a ninfeta safada.

(Marlon) – Porra, Nanda? É sério isso?

(Nandinha) – Eu não tive opção. Ela me prometeu que iria separar você e a Valentina e me ajudar a te reconquistar. Eu estava carente e acabei caindo na conversa dela.

(Marlon) – Você sabe onde ela está?

(Nandinha) – Talvez ... Fiquei horrorizada quando fiquei sabendo do sequestro do bebê ... Até porque de certa forma, eu ajudei a Lena a fazer isso.

(Marlon) – E como você ficou sabendo?

(Nandinha) – A própria Lena me contou ...

Saí do quarto cheio de raiva, com vontade de estrangular a garota, mas Marlon me conteve.

(Nandinha) – Edu, o que você está fazendo aqui? Você me enganou, Marlon! Eu confiei em você ... – Disse a ninfeta meio chorosa e aflita.

(Marlon) – Nanda, o meu tio está desesperado e a Mônica também. Imagina se fizessem isso com alguém que você gosta muito.

(Eduardo) – Se você nos ajudar, eu tento te ajudar com a polícia depois. Te dou a minha palavra.

(Nandinha) – Eu ajudo, mas tenho uma condição. Quero uma noite de amor contigo, Marlon!

(Marlon) – Como você pode pensar nisso num momento desse?

Ele olhou pra mim e eu estava me segurando pra não cair de joelhos e pedir a ele que fizesse o que ela pedia.

(Eduardo) – O que acontecer aqui entre vocês dois será um segredo que eu levarei pro túmulo. Eu só quero o meu filho de volta.

(Nandinha) – Eu quero que você me possua. Quero foder muito ... e assim que eu terminar contigo, eu digo onde ela pode estar e eu também quero que vocês me ajudem com a polícia depois.

(Marlon) – Se algum dia a Valentina souber disso, eu acabo contigo! Entendeu, Nandinha?

(Nandinha) – Parece que você está aprendendo a mentir. Eu quase acreditei em você ...

(Eduardo) – Eu vou embora pra deixar vocês a vontade, mas você bem que poderia me adiantar o bairro pelo menos.

(Nandinha) – Vem aqui meu amor! Me dá um beijo gostoso!

Marlon se aproximou dela e deu um beijo, mas parece que ela não gostou.

(Nandinha) – Você está com nojo de mim! Isso não vai dar certo e eu vou embora.

(Eduardo) – Não !!! Marlon, segura ela enquanto eu ligo para a polícia. Eles irão adorar saber desta história.

(Nandinha) – Não, Edu. Não ligue para a polícia, eu só quero uma chance de reconquistar o meu amor.

(Marlon) – Espera! Volta aqui!

Marlon então deu um beijo daqueles com muita língua e passando a mão por todo o corpo dela e já foi tirando a roupa que ela usava.

(Nandinha) – Ela está em Vargem Grande, numa casa que um dos meus Daddy me deu. Quando você chegar no bairro eu te dou o endereço.

(Eduardo) – Ok, Nandinha! Vou confiar em você. Se me enganar ... se prepare. Obrigado, Marlon! Eu já vou indo pra lá.

(Nandinha) – Edu, não leve a polícia. Lena não é mais a mesma e algumas vezes fica surtada por qualquer coisinha.

(Eduardo) – E você não pensou nisso quando ajudou aquela doida a sequestrar o meu filho?

(Nandinha) – Me desculpa, Edu! Ela não me disse exatamente o que iria fazer. Achei que ela iria estragar a festa de outra forma ... Ela falava muito em se matar e achei que ela iria fazer isso durante a festa.

(Eduardo) – Se alguma coisa acontecer ao meu filho, você irá se arrepender.

Saí de lá e deixei os dois se resolverem. Será que estou indo pra uma armadilha? Aviso ou não a polícia? Eu tinha que me decidir rápido.

{...}

(Mônica) – Tarcísio, o Edu está demorando muito! Estou com um mau pressentimento.

(Tarcísio) – Ele já deve estar voltando.

(Marina) – Se acalme, Mônica ... Ele está bem. Tenho certeza de que já vai mandar notícia.

Ela veio me abraçar e ficou fazendo carinho na minha cabeça. Com isso, eu fui me acalmando e toda vez que meu celular tocava eu atendia desesperada. Eu não tinha novidades e tinha que repetir tudo para os meus amigos e família.

Depois de longos minutos conversando com minha mãe pelo celular, eu percebo que o celular do Tarcísio toca e ele fica conversando com alguém, mas num volume muito baixo.

(Mônica) – Tarcísio, se for o Edu, eu quero falar com ele.

(Tarcísio) – Não é ele. É a mãe da Wanda, que quer saber notícias também.

(Mônica) – Manda um beijo pra ela.

Nada de relevante acontecia e eu não aguentava mais ficar ali parada.

(Mônica) – Eu vou pirar! Se eu ficar mais um minuto aqui sem fazer alguma coisa, eu vou pirar ...

Tarcísio recebe outra ligação, mas dessa vez, ele vai atender longe de mim, o que me deixa desconfiada e eu fico só observando ... Alguma coisa está acontecendo e ele está escondendo de mim. Depois de ficar uns cinco minutos falando com alguém, ele chama a Marina e diz que vai ter que sair, mas volta logo.

(Mônica) – Tarcísio, o que está acontecendo? Com quem estava falando?

(Tarcísio) – Pera aí, Mônica ... Nem a Marina faz isso comigo... Era a mãe da Jana. Ela também queria saber como as coisas estavam e te mandou um abraço.

(Mônica) – Aonde você vai?

(Tarcísio) – Eu vou em casa buscar algumas roupas. Parece que todos dormiremos aqui.

(Mônica) – Você não pode ficar abusando ainda e além do mais, eu estou precisando sair de casa um pouco. Eu vou contigo ...

(Tarcísio) – Acho melhor você ficar aqui, já que o Edu pode ligar a qualquer momento. Eu já estou bem melhor e acho que consigo ir sozinho.

(Mônica) – Eu vou ligar pro Edu...

No primeiro toque, ele me atendeu e disse que ainda estava na delegacia e iria demorar mais um pouco, mas que o delegado estava seguindo algumas pistas. Pedi a ele que viesse logo pra casa e ele disse que viria assim que conversasse com o delegado, mas antes de desligar, ele me perguntou se o Tarcísio ainda estava aqui em casa.

Eu disse que sim, e ele disse “ok” e mandou um abraço a todos, se despedindo em seguida. Falei com Tarcísio e eu percebi que algo estava muito esquisito, porque ele não conseguia me olhar nos olhos.

{...}

Eu já estava em Vargem Grande aguardando uma mensagem do Marlon, quando recebo uma mensagem do Tarcísio, informando que estava a caminho e me pedindo o endereço, mas como eu ainda não tinha, disse pra ele me encontrar num posto de gasolina.

Alguns minutos depois, Marlon me manda uma mensagem informando o endereço e diz que vai voltar pra minha casa pra ficar junto de Valentina. Eu o agradeci e ele me pediu que nunca falasse isso com ninguém, nem mesmo com Tarcísio ou Mônica. Eu concordei e ele me pediu pra tomar cuidado.

Mandei a informação pro Tarcísio por mensagem e fui até o endereço, estacionando um pouco distante, pra não chamar a atenção.

Sem fazer barulho, fui até a casa e pulei o muro com certa facilidade, indo até a janela mais próxima pra ver se tinha alguém na casa, mas ela parecia deserta. Acho que a Nandinha nos enganou, mas de repente escuto uma voz e dou a volta na casa pra tentar outro acesso e vejo uma pessoa de costas usando claramente uma peruca.

Tento ir a outra janela e então eu o vejo. Minha primeira reação é chamar por seu nome, mas eu não poderia fazer isso. Vejo que alguém entra naquele quarto e começa a arrumar uma mala. Pelo jeito, ela já estava se preparando pra sair a qualquer momento. Eu deveria esperar o Tarcísio e a polícia chegarem, mas eu tinha que fazer alguma coisa.

Foi então que eu tive uma ideia. Me afastei pra pegar uma pedra. Fui até a janela da sala e joguei a pedra no vidro, atraindo a atenção para aquele local. Imediatamente dei a volta correndo até a porta dos fundos e dei um chute na porta com toda a minha força.

Percebi que Helena foi correndo pro quarto e eu fui atrás dela, mas não consegui chegar a tempo.

(Helena) – Se afaste, Edu! Se afaste ou eu juro que enfio essa tesoura nele. – Disse Helena com um olho arregalado.

Ela usava metade de uma máscara e parecia estar falando sério.

(Eduardo) – Helena, por favor. Não faça isso!

(Helena) – Eu te disse daquela vez, Duduzinho ... Eu disse que faria mal a alguém que você ama.

(Eduardo) – Eu te dou o que você quiser. Te dou tudo o que eu tenho. Eu te dou a minha vida, caralho ... mas não faça nada com o meu filho.

(Helena) – Seu filho? Acho que você se enganou. Esse bebê é MEU filho e você o está assustando. – Disse Lena, visivelmente perturbada.

(Eduardo) – Largue essa tesoura, Lena! Você pode fugir ainda. Eu prometo que não vou te entregar pra polícia, mas deixa o meu filho fora disso.

(Helena) – JÁ DISSE QUE O FILHO É MEU! AGORA SAIA DAQUI!!!

(Eduardo) – Eu não vou deixar você ir embora com ele. Terá que passar por cima do meu cadáver.

(Helena) – Você só está dificultando as coisas ... Você vai deixar o meu filho traumatizado, não é João Pedro? Ele é tão bonito ... Foi duro carregar ele nove meses, ainda mais dentro de um hospital de malucos.

(Eduardo) – O que ...

(Helena) – Sim ... No hospital da cadeia ... Lá tem uma ala de malucos e todos queriam passar a mão no meu barrigão ... Eu quase coloquei o nome dele de Ken... Só porque me chamavam de Barbie, mas Ken era um nome muito americanizado.

(Eduardo) – Lena, nós todos iremos te ajudar, mas você tem que entregar o bebê. Ele está assustado e ...

(Helena) – VOCÊ ESTÁ ASSUSTANDO O MEU FILHO! – Gritou Helena com uma voz grossa e rouca, tão assustadora, que me fez sentir um arrepio.

Eu não sabia o que fazer ... Acabei pedindo ajuda a Deus que me desse uma única chance e me ajudasse.

(Helena) – O que você disse? Você me chamou de Barbie paraguaia? Repete se você for homem!

(Eduardo) – Eu não disse isso. Eu só pedi a Deus que...

(Helena) – Disse sim ... Eu ouvi ... Toda hora alguém me chama de Barbie paraguaia.

A situação estava saindo do controle e eu via Helena ficar cada vez mais nervosa e ansiosa. Ela não dizia coisa com coisa e fazia movimentos estranhos, até que eu escuto um barulho e ela também.

(Helena) – QUEM ESTÁ AÍ? EU VOU FAZER UMA LOUCURA SE VOCÊ NÃO APARECER.

(Tarcísio) – Sou eu, Lena. Sou eu ... Acalme-se ...

(Helena) – Olha, João Pedro. É o seu pai! Papai chegou, mas ele agora tem outra família, não é meu amor? Ele abandonou a gente ... Nunca foi nos visitar ... Ele não é um bom pai pra você.

(Tarcísio) – Lena, solta o Daniel.

(Helena) – EU JÁ DISSE QUE É JOÃO PEDRO! – Gritou Helena novamente com aquela voz assustadora e ela continuou... – Liga não, filho ... Mamãe vai te proteger desses homens malvados e nós iremos pra bem longe.

(Eduardo) – Lena, eu lhe peço ...

(Helena) – Não se aproxime ... Tarcísio, pega aquele lençol e amarra o seu amigo. Eu não confio nele.

(Tarcísio) – Lena, eu ...

(Helena) – FAZ LOGO O QUE EU ESTOU MANDANDO!!! – Gritou Helena, ameaçando meu filho com a tesoura.

(Eduardo) – Tarcísio, faz o que ela está mandando, pelo amor de Deus!!!

Tarcísio então pegou o lençol e me amarrou, mas com uma certa folga, pra que eu pudesse me soltar com alguma facilidade.

(Helena) – Isso, meu amor ... Agora eu quero que você vá até o banheiro.

(Tarcísio) – Lena, não faz isso ... Eu te amo ...

(Helena) – NUNCA MAIS DIGA ISSO!!! SEU IMUNDO! COMO VOCÊ OUSA DIZER ISSO? – Gritou Helena mais uma vez, mas agora com os olhos cheios d’água.

(Tarcísio) – Mas é a verdade.

(Helena) – Você me ama mesmo? – Disse Helena agora de forma meiga e doce.

(Tarcísio) – Vamos criar esse moleque num lugar bem longe. Só nós três.

(Helena) – Eu não sei ... Você só me usou durante anos.

(Tarcísio) – Vamos deixar o passado pra trás ... O que importa é o futuro.

(Helena) – Você me ama mesmo? Jura que me ama?

Tarcísio fez que sim com a cabeça e se aproximou um pouco de Helena.

(Helena) – Não tem como você me amar. Eu agora estou feia e acabada. Não sou nem 10% da mulher que eu era.

(Tarcísio) – O que importa é o que eu sinto por você e o que você sente por mim.

Helena então pediu pra ele me arrastar até a sala e disse pra ficar atrás da mesa. Ela, então colocou o Daniel no quarto e fechou a porta. Pegou a tesoura e rasgou toda a sua roupa, ficando nua e em seguida tirou a máscara.

(Helena) – Olha pra mim, Tarcísio! Olha o que fizeram comigo! Diz que me ama e que deseja esse meu corpo deformado e cheio de cicatrizes.

Helena tinha o seu corpo todo marcado por cicatrizes e marcas de queimadura. Era difícil olhar pra ela e ver como uma pessoa, que era uma das mais lindas que eu já vi, se tornar um ser grotesco e doentio.

Tarcísio olhava pra ela, mas não conseguia manter o olhar por um segundo, olhando pro chão ou olhando pra mim.

(Helena) – OLHA PRA MIM, TARCÍSIO!!! VOCÊ NÃO DISSE QUE ME AMAVA? – Berrou Helena mais uma vez, encarando o meu amigo.

A tensão estava no ar e Tarcísio olhava pra Helena emocionado, mas eu não sei o que aconteceu na cabeça dela, e a loucura voltou com força total.

(Helena) – Foi o que eu pensei! Ninguém me ama! NINGUÉM!!!

Helena pega a tesoura e vai pra cima do Tarcísio e eu que estava tentando me soltar há algum tempo de forma lenta pra não chamar a atenção, faço um movimento brusco, mas em vão.

Até que eu vejo um vulto passar por mim, que se joga em cima da Helena e eu reconheço sendo a mulher da minha vida. Mônica e Helena lutam desesperadamente e quando Tarcísio tenta interferir e eu consigo me libertar, já é tarde demais.

A tesoura estava alojada no pescoço e o sangue jorrava aos borbotões, pintando o chão da sala de vermelho. Mônica estava embaixo da Helena, que cuspia sangue pela boca e suas últimas palavras foram:

(Helena) – Eu só queria que ele me amasse ...

Seu corpo continuou vertendo sangue e ficou rapidamente sem vida, enquanto Mônica desesperada, tentava sair debaixo dela.

(Mônica) – Onde está ele? Onde está o meu filho?

(Eduardo) – Está no quarto. Vamos chamar a polícia e ir embora daqui. Finalmente, tudo acabou ...

Tentamos nos limpar e tirar o excesso de sangue, para só depois interagir melhor com o Daniel, que apesar de tudo estava até calmo demais ... Não queríamos mexer no corpo dela, até a polícia chegar e por isso ficamos dentro do quarto, como se ali fosse um porto seguro, bem distante do caos que estava a sala daquela casa.

Mônica explicou que não deixou Tarcísio sair sozinho e ele teve que confessar o que estava acontecendo. Ficou no carro, esperando o Tarcísio, mas ele estava demorando e quando ouviu gritos, decidiu entrar.

Eu, Mônica e Tarcísio combinamos nunca mais falar sobre o que tinha acontecido ali e o melhor era seguir nossas vidas, fingindo que isso tinha sido apenas um pesadelo e que tudo estaria bem no dia seguinte.

Infelizmente, esse pesadelo durou alguns meses e foi necessário muita terapia e acompanhamento psicológico pra mim e pra Mônica.

Ela sonhava todas as noites com Helena entrando na nossa casa e sequestrando nosso filho e, às vezes, sonhava com ela falando que iria voltar do mundo dos mortos pra se vingar de todos nós.

Tarcísio agora tinha tantos filhos pra se dedicar e se esforçava ao máximo. Queria ser o melhor marido possível e decidiu se dedicar em tempo integral a isso. Ele ainda tinha sequelas do atropelamento e seu corpo nunca mais foi o mesmo, apesar de inúmeros tratamentos de fisioterapia.

Ele nunca mais pôde correr ou fazer os exercícios que era acostumado.

Paulo e Keyla ficaram cada vez mais distantes em MG, mas todo mês eu ligava pra eles e mandava o dinheiro que eu prometi.

Gilson e Fátima agora eram um casal, de certa forma, liberal. Pelo que entendi, ela estava liberada, mas ele, só quando Fátima estava de bom humor ... Era muito estranho isso, mas procuro não me meter e nem julgar.

Marlon e Valentina ainda estavam juntos e acho que ele nunca contou o que teve que fazer, mas alguma coisa no relacionamento deles tinha azedado e todos notavam isso. Estavam noivos, mas era um casal explosivo que brigava por qualquer coisa.

Nayla estava namorando com um garoto da escola e de vez em quando, ela me fazia algumas perguntas e me falava umas coisas que me deixavam de cabelo em pé ... Ser pai de menina, é foda!

Daniel parecia não ter traumas do que aconteceu. Acho que foi o único que não ficou afetado, mas a Mônica às vezes ainda tinha aqueles pesadelos e se tornou uma mãe superprotetora e a nossa rotina sexual caiu bastante. O sexo não era mais incrível como antigamente.

Eu tinha que fazer alguma coisa pra animá-la ... mas não sabia o que.

Até que um dia, eu chamei-a pra ver um filme. Era o filme Lendas da Paixão e ela olhava pra tela hipnotizada, vendo o seu ator preferido Brad Pitt. Ela suspirava e eu já esperava que o sexo dessa noite seria igual antes, mas me decepcionei, pois tivemos um sexo morno e meio sem graça.

O tempo foi passando e eu tive uma ideia maluca e gastei um bom dinheiro com isso. Falei com ela que iríamos fazer uma viagem de fim de semana, pra comemorar nosso aniversário de casamento. Seríamos só nós dois e deixaríamos a Nayla e o Daniel com nossos pais.

Ela não aceitou de jeito nenhum, pois não queria ficar longe do Daniel.

Ela tinha medo de deixá-lo com qualquer pessoa, mas eu fui duro e direto com ela e disse que a gente precisava se reconectar e que ela merecia um final de semana especial. Aos poucos fui convencendo, mas não disse o que iria fazer. Seria uma surpresa. E que surpresa!!!

Durante a semana eu avisei a ela que nessa viagem iriamos jantar em um restaurante muito chique, que ela se preparasse e se arrumasse adequadamente.

Na sexta-feira, malas arrumadas, partimos. A primeira surpresa: estávamos indo para o aeroporto. Somente neste momento eu disse para Mônica que eu tinha fretado um jato particular para nos levar para Nova Iorque e que nos hospedaríamos na suíte principal do The Plaza New York.

Chegamos ainda na sexta-feira, no início da noite e ela ficou maravilhada com a “mansão”, que tinha piscina, adega, e diversos outros confortos. Passamos a noite de sexta-feira curtindo o hotel, passeamos pelas redondezas e conversamos muito, botando todos os nossos medos e inseguranças pra fora. Foi muito difícil pra nós dois, mas ela fez questão de me contar tudo que aconteceu na despedida de solteira e no dia da suruba.

Fomos dormir quase de madrugada e dormimos de conchinha até às 10h da manhã quando fomos acordados pelo despertador.

Eu falei para Mônica que iriamos passear pela Quinta Avenida e que ela aproveitasse para comprar uma roupa bem bonita, incluindo lingerie, para o jantar da noite. Fizemos as compras e voltamos para o hotel. Descansamos um pouco e iniciamos os preparativos para o jantar. Depois de prontos nos dirigimos para o restaurante onde uma mesa já estava reservada.

Assim que nos sentamos e pedimos as bebidas, eu pedi licença para Mônica e disse que precisava resolver um assunto. Ela não entendeu muito bem, mas aceitou, me pedindo para voltar rápido.

Assim que cheguei no saguão do hotel, avistei o meu convidado especial, indicando para ele a mesa em que minha esposa estava. Ele para lá se dirigiu, ao mesmo tempo em que eu enviava uma mensagem para Mônica.

“Mônica, meu amor, aproveite o seu presente de aniversário e tenha uma noite inesquecível. Lembre-se que eu te amo. Ah, já ia me esquecendo, só me avisa quando eu puder voltar. Vou passear no Central Park. Bjs”.

(Brad Pitt) – Olá, Mônica ... Como você está? Soube que você é minha fã e seu marido me convenceu a vir até aqui te conhecer.

(Mônica) – Mas ... O que significa isso?

Só depois é que Brad Pitt explicou para Mônica que eu havia feito uma doação de um milhão de dólares para uma das organizações humanitárias que ele administra e em contrapartida pedi para ele ter um encontro com a minha esposa.

Fiquei um pouco apreensivo sobre o que poderia acontecer neste encontro, mas eu já tinha decidido tudo na minha cabeça, desde o momento que eu fiz o contato com o Brad Pitt. Entretanto, uma coisa é pensar ou imaginar e outra é saber que a sua esposa está jantando com a sua grande paixão e que ela poderia seduzi-lo e levá-lo para o quarto depois. Eu já tinha tentado de tudo e eu queria minha esposa de volta como ela era antes e se esse fosse o preço a pagar ... por mim ... ok.

Pouco mais de uma hora depois eu recebo uma mensagem de Mônica dizendo que eu já podia voltar, que estava me esperando na suíte. Eu achei estranho e, assim que chego, pergunto a ela, que está nua na piscina ...

(Eduardo) – O que aconteceu? Ele teve ejaculação precoce? Não vai me dizer que ele broxou.

(Mônica) – Seu bobo! Ele já tem quase 60 anos ... Broxar é mais do que normal, na idade dele ... – Disse Mônica rindo.

(Eduardo) – Então ele broxou mesmo? É o Broxa Pitt, kkkk.

(Mônica) – Hahahahaha, Edu, meu amor ... Não aconteceu nada. Tivemos um jantar maravilhoso e eu fiquei encantada com o bom humor dele. Aquele homem é um conto de fadas de uma adolescente que só existe bem no fundo do meu coração, mas você é a minha realidade e é quem eu amo de verdade. Você é tudo pra mim!

(Eduardo) – Caralho, Mônica! Eu tive que fazer inúmeras negociações.

Fui tirando a minha roupa e entrei na piscina, indo até onde ela estava.

(Mônica) – Foi o melhor presente que eu já recebi na vida e eu te agradeço e muito pelo que você fez, mas eu não preciso de um Brad Pitt. Eu preciso de você, meu amor ... Só de você.

Levei Mônica pra borda e comecei a chupar seus seios e pescoço, provocando arrepio e deixando seus mamilos durinhos. Suas mãos rapidamente seguraram o meu pau duro e ela me provocava dando um leve aperto nele.

Minhas mãos seguraram firme a sua bunda e ela saiu do meu abraço e me recostou na borda, me pedindo pra fechar os olhos. Ouvi um barulho de mergulho e em seguida senti o meu pau ser chupado. Abri meus olhos e vi que ela estava embaixo d’água fazendo um boquete em mim.

Estava muito gostoso, mas comecei a ficar preocupado pelo tempo que ela estava embaixo d’água. Peguei em seus ombros pra puxar ela pra cima, mas ela tirou minhas mãos e continuou a me chupar com mais rapidez, até que ela emergiu quase sem ar e veio me beijar a boca.

(Eduardo) – Sua maluca!

(Mônica) – Sou maluca por você! Te amo, Edu!

“O amor é bom.

Não quer o mal.

Não sente inveja ou se envaideceSem amor, eu nada seria”.

F I M


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Comentários

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👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾 meus parabéns dupla dinâmica. Excelente saga, mto satisfatório de ser até o final.

Só agradeço por disponibilizar pra gente essa obra de arte

Abraços

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Olá bom dia.

O que dizer desta grande novela, mais uma vez parabéns a dupla, por essa história cheia de surpresas do inicio ao fim, o final foi bem condizente ao casal "EDUARDO E MÔNICA". O Brad Pitt. foi uma viagem grande mas ficou legal, dei risadas quando li.

no geral os finais de cada personagem também foram de acordo com o que fizeram de ruim e de bom durante toda a trama.

no mais um grande abraço a vc MisterAnderson e na

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Parabéns. Um final feliz, emocionante e merecido, ao casal.

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Sim. Foi um final bem novela mesmo. Tradicional, com direito a surpresinhas no último capítulo. Abraços CF74

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Exatamente. No estilo novela mesmo.

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E um Fanfarrão mesmo, se são 427 capítulos e acabou com pouco ma8s de 10% da história, praticamente só falou dos pais, na segunda temporada acho que falará dos filhos...

Agora falando sério, é um fanfarrão mesmo, a , como wempre, esta certa... cheio de pegadinhas. Tarcísio morto, DNA... KKKKKKK

História perfeita, final de PEIMEIRA temporada perfeita!

Agirá sentirei im vazio 3 vezes por semana...

Um forte abraço a dupla e meus agradecimentos!

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Hahahaha. Nunca confirmei isso. Era 120 e depois passou pra 427 hahaha seria um Senhor dos Anéis ou maior talvez.

Tive que fazer as pegadinhas. Vocês estavam acertando tudo. Várias deduções precisas. Até achei que fui hackeado numa delas, porque foi muito precisa. Não me lembro exatamente o que agora.

Não sei se vai ter segunda temporada, mas desdobramentos pode ser que sim para alguns personagens.

Obrigado amigo. Abraços

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Que novelão!

Desfecho genial de uma história genial.

Parabéns meus queridos.

Destaco alguns pontos:

1 - Eu SABIA que ele ia rasgar o DNA, desde o spoiler do DNA de Schrodinger, mr fanfarrão kkkkkkkk. Aonda bem que a Nayla leu

2 - QUE SACANAGEM a primeira parte hahahaha td mundo achando que era o túmulo do Tarcísio e do nada "de tarde a gente conta pra ele... Kkkkk

3 - A nandinha é outro potencial de surto hein? Pqp mulher pirada...

4 - Esses sonhos ai da Monica, mulher queimada que quer voltar dos mortos pra perturbar... Acho bom a Nikki indicar a doutora que ajudou o Pedro a perder o medo de água pra mônica começar a fazer sessões de regressão hein??

5 - DO NADA O BRAD PITT. HAHAHA AMEI..Haha

500 estrelas, é pouco. Parabéns novamente

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Obrigado pelo comentário Asas de Cera.

Mas não foi spoiler, foi uma dica. Acho que poucos entenderam.

Confesso que me diverti quando pensei nessa pegadinha... As duas na verdade, a do túmulo e a do DNA, porque todo mundo tava acertando um monte de coisa. Eu tinha que ser um pouco fanfarrão com vocês kkkkk

A Nandinha está apaixonada. Mulheres apaixonadas fazem muitas coisas malucas. Não so mulheres, quanto homens também.

Esse sonho da Mônica foi só pra dar uma piscada pra uma sugestão que deram. Helena Krueger. Fiquei muito tentado. Foi uma ideia maneira, mas não dava. Eu e já tínhamos fechado a história há muito tempo. Mexer muito nela poderia complicar, mas tentei homenagear de alguma forma...

E o Brad Pitt tinha que aparecer. Foi citado algumas vezes durante a historia e eu achei que seria interessante e que ninguém iria prever isso.

Abração Asas de cera. E obrigado pelas estrelas

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Confesso que quando vi o sequestro no fim me assustei... em meio a tantas reviravoltas kkk

Mas foi um final justo... se o Tarcísio tivesse partido dessa não seria incoerente também, mas ficou bom ele ali... coitada da Marina, com o tempo a cabeça vai pesar

Parabéns pelo conto Anderson

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A história tinha que ter mais uma emoçãozinha. As reviravoltas foram difíceis, porque do jeito que a história foi contada, permitiu que vários leitores deduzissem de forma assertiva.

TB achei justo com vários personagens. Sei que alguns personagens ficaram meio em aberto, mas foi proposital, porque minhas histórias se cruzam com outras. Portanto alguns irão reaparecer em algum momento.

Espero que a cabeça da Marina não pese e que o Tarcísio enfim amadureça e tenha aprendido um pouco com isso tudo que aconteceu.

Obrigado por ter acompanhado até o final Dany. Abraços

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Deus do céu,no início achei que o Tarcísio tinha morrido, já desconfiava que o Edu era o pai esse final da Helena ficou ótimo, acho que faltou uma conclusão para o Marlon e a Valentina.

Seria legal explorar a relação do Gilson e a Fátima talvez em em uma conta com poucos capítulos.

Um excelente trabalho desses dois autores,meus sinceros comprimentos ao Mister e a e até o próximo.

PS: Quando sai o próximo? Kkkkkkk

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Pois é EvansL... Foi uma pegadinha com vocês kkkkkk igual ao exame de DNA...

Gostei do seu comentário, mas fiquei um pouco preocupado... Será que alguém me hackeou?

Só posso falar isso por enquanto... Abraços EvansL. E o próximo vai ser concluir a história que comecei num fim de semana passado, mas é bem curtinho.

A próxima grande saga vai demorar um pouco, mas escreverei uns mais curtos enquanto isso.

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Irmão, eu sou dá área de Ti kkkkkkk tô sabendo de tudo já

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P... Q.... P...

Quando o Edu rasgou o exame eu quase gritei!!! AAAAAHhhhhh Folhinha verde, não!!!!!

Felizmente o bom senso retornou à dupla dinâmica e colocaram a Nayla para corrigir essa insanidade!

Parabéns pelo episódio e pelo conto todo!

Obrigado por tantos momentos deliciosos de leitura.

Agora... OBrad Pitt vai ficar muito p da vida quando começar a ter milhares de solicitações de jantar com esposas... Parece que vai complicar a rotina dele...

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Folhinha verde é com a Ju kkkkk

Mas foi proposital essa pegadinha. E tem a ver com o gato que eu falei no outro capítulo. Enquanto o envelope tivesse lacrado,ele poderia ser ou não ser o pai, mas aberto poderia ter o resultado que ele não era o pai. Ele preferiu tem 50% de chance, do que ter uma notícia ruim.

Obrigado Vinix. Gostei muito dos seus comentários ao longo de toda a história.

O Brad Pitt foi demais. Eu viajo muito kkkkkkk Abraços

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Caro Mister, me reservei de ler esta estória de uma vez só!! Valeu pelo comprometimento de tempo e dedicação em nos presentear com mais este conto!! Abs e sucesso para você e para !!

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Caro Antoper, muito grata por nos acompanhar.

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Então você vai ler ainda né? Só não lê muito os comentários, pra não tomar spoiler. Porque muitos leitores acertaram algumas coisas que aconteceram durante a jornada.

Abraços Antoper

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Obrigado a todos que reservaram um pouco do seu tempo pra ler essa história e aos que fizeram comentários. Espero que tenham gostado de ler, da mesma forma que eu gostei de escrever.

Um obrigado mais do que especial pra , que me ajudou e muito na realização dessa história, com várias modificações e inserções que deram um novo volume e peso ao que eu idealizei.

Obrigado

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