Minhas Duas Metades #22

Um conto erótico de Ju
Categoria: Lésbicas
Contém 2072 palavras
Data: 03/09/2023 21:42:42
Última revisão: 12/12/2024 00:33:14

Com nosso retorno, a vida foi seguindo. Meu namoro estava cada vez mais sólido; Paola era uma garota incrível e, a cada dia, eu gostava mais dela. Tínhamos um convívio muito bom, sem brigas, e sempre conversávamos sobre tudo. Quando tínhamos alguma discordância, resolvíamos da melhor maneira possível.

Tudo corria bem e, assim, os meses foram passando. Algumas coisas começaram a acontecer: minha mãe começou a me ligar quase todos os dias. O casamento dela estava muito mal, e Gabriel, infelizmente, começou a dar muito trabalho. Meu padrasto, em vez de procurar ajuda para lidar com o vício, preferia culpar os amigos ou qualquer outra pessoa. Isso gerou muitas brigas entre ele e minha mãe, que até cogitou uma separação.

Eu e a ruiva ainda nos falávamos sempre, mas agora eu tinha que dividir o tempo com Paola. As duas se tornaram muito amigas depois da viagem, o que às vezes me dava uma pontinha de ciúmes.

May continuou sendo uma parte presente na minha vida, vindo à lanchonete quase todos os dias e sempre ficando comigo e com Paola nos intervalos das aulas. Clara deu uma sumida, mas às vezes mandava mensagem ou aparecia na lanchonete; ainda estava namorando e, pelo jeito, o relacionamento se tornou bem sério.

Meu tio e Marcos continuam juntos e felizes, pelo que vejo. Marcos, ultimamente, vive mais aqui com meu tio do que na casa dele.

Ouvi o primeiro "eu te amo" da Paola, e ela teve uma crise de choro depois que respondi que a amava muito também. Ela é muito sensível com certas coisas, e eu amo isso nela. Na cama, a gente se dava muito bem; ela, assim como eu, gostava mais de toques, beijos, língua e dedos. Já usávamos alguns brinquedos; na verdade, eu usei nela porque ela quis experimentar. Eu realmente não gosto que usem em mim, mas gostei de fazer sexo com ela usando um pênis de borracha. Como ela gostou, às vezes fazíamos isso.

Já estava perto do meio do ano e as férias se aproximavam. Eu queria muito que chegasse logo para ir ao Rio ou para que a ruiva viesse para cá. Ainda não tínhamos decidido isso, porque ela disse que viria se o pai dela não fosse vê-la. Se ele fosse, não teria como, então eu e Paola iríamos.

O último mês antes das tão esperadas férias chegou, e também era o mês do meu aniversário. Eu fazia aniversário na última semana do mês. Paola e May queriam fazer uma festa, mas eu disse que não queria porque nunca gostei de festas; preferia um almoço ou jantar com as pessoas mais próximas. Elas concordaram, e a gente combinou de fazer no apartamento da irmã da Paola.

A irmã da Paola falou que iria fazer o possível para vir com a esposa. Eu já as conhecia por vídeo chamada e já tinha conversado com elas algumas vezes; eram muito gente boa, mas seria a primeira vez que as veria pessoalmente.

Rebeca disse que provavelmente não poderia vir porque estaria na semana de provas na faculdade e lá teria uma semana de aula a mais que aqui. Fiquei triste com essa notícia, mas já meio que esperava por isso. Ela prometeu que a gente comemoraria depois, só nós três. Não era o que eu queria, mas fazer o quê? Nem tudo é como a gente quer.

Na última semana, Paola voltou a fazer muitas perguntas sobre as vezes que fiquei com Rebeca e Clara. Ela é muito curiosa, mas começou a tocar muito no assunto. Até perguntei o porquê da curiosidade, se ela estava interessada em experimentar e estava com medo de falar. Para minha surpresa, ela disse que tinha curiosidade sim, mas que não faria porque isso poderia prejudicar nosso namoro. Eu disse que, da minha parte, isso não aconteceria porque eu tinha certeza do meu sentimento por ela e confiava nela. Mas se algum dia acontecesse, teria que ser algo que as duas quisessem e com alguém da nossa confiança.

Ela fez uma cara meio feia e disse:

Tipo a Rebeca, né?

Eu respondi:

Sim, tipo a Rebeca, mas não precisa ser ela. É só uma suposição. Além disso, você que vive tocando no assunto ultimamente.

Paola: Sim, eu sei, amor. Mas é que às vezes acho que você sente falta do que vocês faziam. Não é ciúmes, tá? Só penso nisso às vezes.

Eu: Não sinto, amor. Sinto falta da Rebeca, sim, e muita, mas é falta da minha amiga e não do sexo com ela ou do que a gente fazia na cama. Até porque você me completa totalmente nesse sentido, amor.

Paola: Entendi, mas achei que te completava em tudo. (fez bico)

Eu: Amor, tem coisas que não tem como você fazer. Tipo, se May for pra longe da gente, você vai sentir saudade dela. E mesmo comigo do seu lado, essa saudade não vai sumir. Entendeu o que quis dizer?

Paola: Entendi sim, amor, e você tem toda razão.

Eu: Então desfaz esse bico! (risos)

Paola: Desculpe, amor. É que às vezes me sinto um pouco insegura ainda.

Eu: Pois não devia. Eu amo você e não sinto falta de nada no nosso relacionamento. Para mim, ele é perfeito. Se algum dia você quiser experimentar a três, eu faria sim, mas só se você quiser e se sentir segura para fazer isso. Não que eu sinta falta disso ou de qualquer outra coisa que fiz com Rebeca. Como disse, sinto saudades da minha amiga, não da minha parceira de sexo, ok?

Paola: Entendi, foi muito importante ouvir isso, amor.

Ela parou de tocar no assunto, e eu também não falei mais nada para não deixá-la insegura. Não sei por que, mas, por algum motivo, ela parecia insegura com aquilo ultimamente. Mas não devia, porque era tudo verdade o que eu disse a ela.

Esqueci daquilo e os dias se seguiram. Notei que Paola começou a agir um pouco diferente em algumas coisas. Antes, ela sempre deixava o celular perto de mim quando ia ao banheiro, mas agora ela sempre o levava com ela e até colocou senha. Notei que, algumas vezes, ela estava mexendo nele e, quando eu chegava perto, ela parava e fazia uma cara meio estranha.

Achei que era coisa da minha cabeça, mas falei com Rebeca sobre isso. Ela disse que realmente era coisa da minha cabeça, que Paola me amava muito e não esconderia nada de mim para me magoar. Ela me aconselhou a desencanar disso.

Na semana do meu aniversário, eu saí da sala e fui procurar Paola. Saí um pouco antes porque tinha terminado a prova e fui liberada. Quando a vi, ela estava falando ao celular. Fui me aproximando e vi que ela sorria, e a conversa parecia boa. Quando ela me viu, fez uma cara de assustada e ouvi ela dizendo que precisava desligar, e assim o fez.

Eu: Quem era?

Paola: Ninguém importante, amor. Uma amiga minha.

Eu: O papo parecia bom.

Paola: Ela só queria saber como foi a aula.

Eu: Ah, é da sua sala então?

Paola: Sim, ela faltou hoje.

Eu: Nossa, em dia de prova?

Paola: Então, ela está doente. Vai trazer um atestado e pedir para eles repetirem a prova.

Eu: Hum... Entendi.

Paola: O que foi, amor?

Eu: Nada, vou voltar pra sala. A gente se fala depois.

Sinceramente, não acreditei muito no que ela falou. Saí dali bem desconfiada. Será que ela estava mentindo para mim?

Começou a passar um monte de coisas na minha cabeça. Infelizmente, as lembranças do que aconteceu com Márcia voltaram a me assombrar. Eu não queria nem pensar que Paola poderia estar me enganando, mas isso começou a passar pela minha cabeça.

No final da aula, ela estava me esperando para a gente ir embora. Claro que ela percebeu que eu estava meio estranha, mas fingiu que não notou. O clima estava ruim. Pensei em falar com ela, mas não falei por medo de estar enganada e de acusá-la de algo que ela não fez.

Não sabia o que fazer. Ela não apareceu durante o dia na lanchonete porque a gente tinha combinado de estudar bastante durante nosso tempo livre por causa das provas.

Trabalhei e estudei o máximo que pude, até consegui me distrair um pouco. À noite, liguei para ela, conversamos sobre coisas aleatórias e nos despedimos para ir dormir. Fui tomar um banho e, antes de dormir, liguei para Rebeca, mas deu ocupado. Resolvi dormir, mas logo Rebeca me ligou.

Falei para ela tudo e, mais uma vez, ela disse que eu estava me preocupando à toa, que Paola não era como a Márcia e que, durante todo esse tempo, nunca deu motivos para eu desconfiar dela. Por isso, merecia um voto de confiança e eu não deveria fazer nada que pudesse me arrepender depois.

Falei que ela estava certa e que iria dar um voto de confiança para Paola. Conversamos mais um pouco e fui dormir.

No outro dia, procurei agir normalmente com Paola e foi o que fiz. As coisas pareciam estar de volta ao normal. Paola voltou a deixar o celular perto de mim, tirou a senha e estava mais carinhosa que o normal. Eu realmente acreditei que estava desconfiando dela sem motivos.

Na sexta, não fomos à aula. Tínhamos feito todas as provas e resolvemos começar as férias mais cedo. Além disso, era meu aniversário. A gente ia comemorar no sábado, mas Paola queria fazer um jantar só para nós duas na sexta, uma comemoração só nossa.

Eu falei que iria ajudar ela a preparar tudo, mas ela não deixou. Disse que ia arrumar tudo sozinha.

Era 20 horas quando ela veio me buscar. Quando chegamos ao apartamento, vi que estava meio escuro. Entrei e ela me levou até a sala, pedindo para eu sentar no sofá. Ela aumentou um pouco a luz do ambiente com um controle remoto. Dava para ver que tinha uma decoração linda toda em vermelho, com balões em forma de coração, pétalas de rosas no chão e vários buquês de rosas ao redor. Mas não vi nenhuma mesa de jantar.

Eu: Que lindo, amor!!!

Paola: Gostou mesmo?

Eu: Eu amei de verdade, amor, mas não era pra ser um jantar?

Paola: Vamos dizer que vamos pular o jantar e vamos direto para a sobremesa. 🤭

Eu: Como assim?

Paola: Queria te dar um presente especial, tanto para mim quanto para você. Algo para a gente lembrar para sempre. Então, com uma ajuda muito especial, preparei uma surpresa para você.

Eu: Ainda não estou entendendo direito, mas até agora gostei do que vi.

Paola: Só fica sentada e aproveita, amor.

Ela saiu de perto de mim, pegou o controle remoto e ligou o som, diminuindo novamente a luz do ambiente. Vi uma pessoa entrando na sala, mas não conseguia ver direito quem era. Paola se sentou ao meu lado e fui perguntar quem era, mas ela fez sinal de silêncio. Achei melhor me calar.

Quando a pessoa chegou mais perto, notei que era uma mulher com um vestido vermelho colado no corpo. Ela usava uma máscara branca que cobria todo o rosto e tinha cabelos pretos lisos, além de um corpo cheio de curvas.

A mulher começou a dançar ao som da música. Era uma dança provocante, e ela começou a tirar o vestido aos poucos enquanto dançava.

Logo, ela estava só de lingerie, que, por sinal, era muito sexy. Ela se aproximou mais e começou a rebolar na nossa frente. Eu estava ficando muito excitada com aquilo. Olhei e vi que Paola estava mordendo os lábios, olhando para a mulher rebolando. Fiquei ainda mais excitada. A mulher tirou o sutiã. Estava um pouco escuro, mas deu para ver que tinha seios lindos; sua pele era clara, mas eu percebi que ela tinha se bronzeado, pois tinha marquinhas nos seios.

Ela passava as mãos neles, provocando. Às vezes, se virava e rebolava aquela bunda linda. Olhei e vi que Paola estava com a mão entre suas pernas, fazendo carinho na sua menina por cima do vestido. Ela com certeza estava mais excitada do que eu. A mulher levou a mão à máscara e foi tirando. Com a máscara saindo, vi também que seu cabelo, na verdade, era uma peruca. Quando ela tirou a máscara, a peruca saiu junto e eu reconheci seu cabelo de verdade e seu rosto. Mesmo meio no escuro, eu a reconheci na hora.

Eu: Rebeca?!

Continua…


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Foto de perfil de Forrest_gumpForrest_gumpContos: 386Seguidores: 86Seguindo: 67Mensagem Sou um homem simples que escreve história simples. Estou longe de ser um escritor, escrevo por passa tempo, mas amo isso e faço de coração. ❤️Amo você Juh! ❤️

Comentários

Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Não acredito será que vamos ter um trisal ?

Então esse segredo todo era a visita da Rebeca hehehe. Mais não demora postar mais não deixa a gente curioso.

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