Você vai me entender se eu disser que em alguns momentos nos deparamos com alguém que desperta dentro de nós um desejo insuportável. É só nele que pensamos, só ele que imaginamos, só ele que queremos. E esse desejo se torna ainda mais insuportável quando vem misturado de amor. Porque daí não queremos apenas o corpo, desejamos a alma, o coração. E isso pode ser perigoso quando não sabemos se estamos preparados para uma aventura tão surpreendente quanto essa.
Eu desejava Jake. No começo pensei que fosse apenas um desejo carnal, nada que uma noite de sexo resolvesse. Mas eu sentia insegurança. Não conseguia me declarar, dizer o que sentia, não conseguia reconhecer se ele queria o mesmo que eu. Conforme nossa amizade foi se consolidando, não era mais apenas o meu corpo que desejava o seu, passei a sentir afeto, carinho, vontade de construir um futuro, viver uma história, algo que talvez uma noite de sexo pudesse iniciar.
Mas como daria esse primeiro passo? Ele estava na minha frente, no meu apartamento, com a camisa regata permitindo que seus bíceps ostentassem toda a beleza que possuíam. Aquela franja discreta que quase caía sobre os seus olhos castanhos o deixavam ainda mais sexy. Embora estivéssemos resolvendo os últimos detalhes da nossa apresentação para a a faculdade, não era nisso que eu realmente pensava. Como seria senti-lo? Ouvir seus gemidos? Ter suas mãos pressionando o meu corpo? Ter os seus lábios murmurando o meu nome enquanto eu lhe oferecesse prazer? Eu queria isso. Precisava disso. Precisava saciar minha pele, precisava atender minha alma.
Naquela tarde em especial, depois de finalizado nosso trabalho, ficamos falando de bobagens, sobre o futuro, sobre o amor. Ele disse que se sentia pronto para amar, mas não sabia se seria amado. E eu disse que talvez já estivesse sendo e só precisava abrir um pouco mais os olhos. Ele ficou me olhando enquanto exibia aquelas covinhas bem acentuadas. Pensei que fosse dizer algo, meu coração acelerou quando seus lábios se abriram, mas ele apenas sussurrou que precisava ir.
Abri a porta.
Abracei-o como de costume.
Mas antes que ele cruzasse pela passagem peguei em sua mão. Puxei-o para mim empurrando a porta. Coloquei-o contra a parede e permite que nossos olhos se encontrassem. Eu me sentia assustado. E via surpresa em sua face. Perguntava com o olhar se ele queria o mesmo que eu. Seu rosto confirmou que o que eu sentia não era apenas meu.
Beijei-o com desejo. Enquanto nossas línguas travavam uma batalha desesperada, nossas mãos passeavam extasiadas por nossos corpos. As camisas foram lançadas ao chão. Nossas peles enfim se tocaram como eu sempre desejei.
Beijei o seu pescoço sentindo sua respiração ficar cada vez mais ofegante. Acariciava seu abdômen, sentindo cada saliência ali presente, enquanto desfrutava do seu sabor agridoce. Suas mãos pressionavam os meus ombros. Seu corpo se pressionava contra a parede. Ele estava tão entregue quanto eu.
Mordisquei o volume que se formara em sua calça. Ele pulsava ao toque dos meus lábios. Minhas mãos tocavam seu peitoral quando as suas se colocaram sobre elas. Nossos dedos se entrelaçaram enquanto eu sentia seu coração disparado. Abaixei sua calça. Arranquei a cueca. Não poderia ter tido surpresa melhor.
Seu membro enrijecido saltou livremente. Apontava para mim como que convidando para o deleite. Mas mantive a calma. Massageei seus testículos enquanto apenas aproximava minha boca da cabeça de seu pau. Soprava o ar quente. A cada soprada uma pulsada. Ele me queria e eu o almejava.
Finalmente senti a textura de seu pênis entre os meus lábios. Aconhegando-o dentro da minha boca, circundei-o com a língua degustando de seu gosto irresistível. Tornei a tocar em seu peito sentindo o coração ainda mais alegre. Comecei a chupar com vontade. Fazia movimentos ininterruptos. Às vezes aumentava, em outras diminuía o ritmo. Sentia que Jake ficava a cada instante mais rendido.
Suas mãos pressionaram os meus braços e me ergueram rapidamente. Ele me chocou contra a parede ajoelhando-se diante de mim. Não esperou mais. Abaixou minha bermuda e minha cueca ao mesmo tempo. Observou meu membro duro por alguns segundos. Se eu soubesse que ele também queria...
Minha cabeça foi para trás automaticamente logo que ele engoliu o meu pênis. Seus movimentos eram impiedosos. O calor da sua boca me fazia estremecer. Não pude contar o gemido, ainda que contido. Ele me levava para um lugar onde nunca estive antes. Era incansável. Ao mesmo tempo em que cruel. Senti que transbordaria em sua boca. Ainda não era o momento.
Empurrei-o um pouco para trás. Ergui-o com desespero. Coloquei-o de costas para mim e forcei seu corpo contra a parede. Meu peito se pressionou contra as suas costas largas. Meus lábios chupavam seu pescoço. Minhas mãos seguravam sua cintura. Enquanto o meu pau roçava contra sua bunda farta. Ele gemia baixo. Eu sussurrava seu nome. Precisava dele. Ele não sabia o quanto.
Não aguentava mais.
Penetrei o cara que eu amava.
À primeira investida ambos soltamos um generoso gemido. Era o anúncio de que finalmente fazíamos uma conquista. As estocadas continuaram. Vagarosas. Queria sentir cada centímetro do meu pau entrando em seu corpo quente. Uma das minhas mãos estava sobre o seu peitoral, forçando-o contra mim. A outra apalpava sua bunda, tão generosa. Suas mãos pressionavam minha bunda. Era como se ele quisesse me colocar ainda mais dentro de si.
"Ashton"... Meu nome soou em sua grave e rouca voz. "Shiii"... Sussurrei contido. Eu não queria palavras. Não queria diálogos. Queria apenas que nossos corpos conversassem. Sentir suas costas contra o meu corpo enquanto eu o amava era indescritível. Senti-lo estava sendo melhor do que eu imaginava. Precisava de mais.
Aumentei as investidas. Nossos corpos se chocavam com força. O som se espalhava pelo apartamento, misturado aos nossos gemidos desesperados. Eu o pressionava contra mim enquanto aumentava a velocidade das estocadas. Ele estremeceu. Parecia desfalecer em meus braços. Eu sabia que estava tudo bem porque suas mãos se apertaram contra a minha bunda e seu gemido aumentou de intensidade. Meu pau pulsava dentro de si. Eu estava quase chegando ao clímax. Precisava parar.
Sai de dentro de Jake ficando alguns segundos distante. Ele permaneceu imóvel, encostado contra a parede, recobrando o controle sobre a respiração. Quando se virou para mim pude ver um filete de porra que saía do seu pau e tocava o chão. Ele havia gozado.
Mas eu queria que gozasse mais.
Peguei-o no colo. Suas pernas se enrolaram em meu corpo. Minha boca dominou a sua enquanto meus braços sustentavam o seu peso. Meu pau tornou a preencher o seu cu estreito. Os movimentos não foram lentos. Mas ansiosos. Seu pau melado, mesmo assim enrijecido, deslizava sobre minha barriga espalhando a porra que ainda lhe restava. O mundo parecia inexistente. Era como se existisse apenas ele e eu naquele momento.
Tendo-o em minha boca. Penetrando-o com intenso desejo. Levei-o para o meu quarto. Deitei-o na beirada da cama sem sair de dentro do seu corpo. Suas pernas me prenderam contra si enquanto as estocadas aumentavam de ritmo.
Nossos lábios se separaram. Os dele se voltaram ao meu pescoço enquanto os meus buscavam por um pouco de fôlego. Enquanto eu metia sem me preocupar com nada além de sentir o meu amado, suas mãos deslizavam sobre as minhas costas molhadas, meu peito úmido, sobre meu corpo que fervia. As minhas acariciavam seu rosto. Pressionavam sua cintura. Sentia o calor de sua carne. Tentei encontrar os seus olhos, mas estavam fechados. Seus lábios se espremiam enquanto os gemidos soavam. Ele estava pronto para transbordar outra vez. E eu o acompanharia.
Saí de dentro do seu corpo. Deitei-me sobre ele. Permiti que os nossos membros umedecidos pelo tesão se deslizassem um sobre o outro. Ele pressionou as pernas ao meu redor erguendo-se da cama, ficando preso a mim, esfregando-se contra o meu corpo enquanto eu sustentava o nosso peso com os braços. Naquele momento eu percebi que o tanto que nos desejávamos era imensurável. Senti seu pênis pulsar e o líquido quente espirrar seguidas vezes. Foi quando Jake relaxou fazendo o corpo tornar a descansar sobre a cama. Continuei me esfregando contra si enquanto buscava pelo contorno de seu pescoço. Meu pau formigou angustiado. Meu tesão se espalhou por sobre a barriga de Jake. Estava feito.
Deitei-me ao seu lado recobrando a respiração. Ele se aconchegou a mim repousando a cabeça em meu peito. "E agora?". Perguntou. Toquei em sua mão. Nossos dedos se entrelaçaram. Estava respondido.
(Na parte 2, Jake e Ashton se assumem como namorados. Será postado em breve! Espero que tenham gostado!)