Projeto A.D.A - Capítulo 19 - Eu sou o seu Papai
Capítulo 19 – Eu sou o seu Papai
- Mila, eu preciso voltar para o meu posto.
A minha cabeça tinha parado de doer e eu ia subir para ver o que estava acontecendo.
- Não! Você não está bem!
Eu a abraço e dou um beijo simples na testa da minha Mila.
- Eu ficarei bem. Não se preocupa.
E agora eu a deixo e vou subindo para o setor militar de proteção ao Projeto A.D.A.
Ao chegar lá eu vejo uma confusão enorme. Militares atiravam em um grupo de pessoas compacto e de terno, só que eles sumiam e reapareciam alguns metros na frente a todo instante. Era uma quase esfera da morte piscando e deixando uma pilha de corpos de militares enquanto avançavam incólumes.
E naquela cena de guerra dantesca eu, depois de sacar a minha arma, fico de guarda com outro oficial da aeronáutica perto da entrada do setor de pesquisas.
- Tenente! O que está acontecendo? – Eu grito para o meu superior que estava escondido atrás de alguns barris e atirando.
- O agente Louis voltou para a base da DGA sozinho, só que que ao entrar no hangar e descer o elevador surgiram os outros agentes dele e um homem de sobretudo preto no meio. Eles estão desaparecendo como se fosse algum poder de teletransporte. E este garoto está derrubando todos os nossos companheiros como se fossem moscas só de tocar.
Eu boto a cabeça para fora e atiro na direção deles. E acontece conforme o tenente disse, eles desaparecem e surgem um pouco na frente. O jovem encosta em outros militares, e depois de um pequeno flash de luz verde, estes soldados armados desabam no chão.
- Tenente, aquele moleque tem alguma pedra mágica. Olha o pescoço dele e como brilha toda vez que os toca.
- Pedra mágica? Mas que porra é essa?! Não consigo acreditar que isso pode ser real.
- Eu também não. Mas este cara deve estar atrás da A.D.A. Temos que separar esse garoto dos agentes. Eu vou pegar o Agente Louis.
- Ok. E eu irei voltar e reportar essa informação ao setor de pesquisas e criar barricadas nos corredores internos de lá.
O tenente sai e eu fico de tocaia. O último homem antes da parte de pesquisas. Eu precisava proteger o espécime A.D.A, a doutora Simon e também a minha Mila.
E o garoto chega muito perto de onde eu estava escondido. E então ele começa a dar ordens.
- Perfeito, eu já acabei com todo mundo. O Louis me informou que agora são só um bando de cientistas fracotes. Eu vou separar vocês lá embaixo e toquem o terror nas Seções, e enquanto vocês distraem todo mundo, eu irei buscar a Ada.
A.D.A? Esse jovem realmente conhece o espécime.
E na hora que os agentes estavam entrando, eu pulo no Agente Louis e o separo do grupo. E sem tempo o garoto misterioso avança e abandona um de seus minions para trás.
- Amigo! Sou eu! O Sargento Jules! Não lembra de mim?!
- SAI!! SERVIR DEUSA!!
E eu começo a rolar no chão trocando socos e golpes com o Louis, os olhos dele estavam embaçados e bitolados, como os de um fanático religioso.
Mas o que mais me assustou foi esse termo ‘’Deusa’’.
- Que deusa? Acorda Louis!!
- TAWERET!! ORDEM DE TAWERET!!
Eu fico em choque.
Era o mesmo nome que a Mila disse que eu havia repetido para ela toda vez que transávamos.
- Eu não sei quem é essa Taweret. Mas eu preciso que você acorde. ACORDA, LOUIS!!!
E eu grito colado na cara dele. A minha testa do lado da ferida da A.D.A começa a vibrar como se tivesse consciência e vontades próprias. O som da minha voz começa a ecoar dentro do meu crânio e a ser amplificado. A minha gritaria parece que se transforma em uma ordem ou comando mágico, porque o rosto do agente Louis se desanuvia e ele emerge das profundezas do seu pesadelo de volta à realidade.
- Sargento Jules? Onde eu estou? O que... O que eu fiz?
- Calma. É uma longa história, meu velho amigo. Me acompanha que a gente tem que impedir que sequestrem o espécime A.D.A
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E eu fico ali sozinha depois que o Jules subiu. Eu então corro para a Seção B e vou coordenando o que dava a fim de garantir a proteção e segurança ao espécime A.D.A e MOMON.
- Equipe, vamos então...
E na minha frente o Ovo Negro quebra as mini A.D.A tornam-se uma só novamente. Era tanto coisa bizarra e louca que estava acontecendo que eu me sentia sendo atropelada por um caminhão gigantesco de múltiplos eventos esquisitos e igualmente inexplicáveis, tudo isso em intervalo de tempo minúsculo e sem tempo de anotar a placa.
E mais um desses eventos acontece.
- Doutora Mila Virtanen, eu sou um tenente da DGA. O Jules me pediu para reportar algo, um jovem de uns 20 anos só invadiu esta base militar com os agentes do serviço secreto francês, Louis incluso entre eles.
- C-como isso é possível? Eles estão a mando de outra nação?
- Não sabemos ao certo. Mas há uma espécime de dispositivo brilhando verde em um colar no pescoço dele. Este jovem parece que hipnotizou todos os agentes. E além disso está se teletransportando.
Oi?
- Como é? Teletransporte?
- Isso mesmo. Eu sei que parece loucura. Mas é precisamente isso, ele está sumindo e aparecendo segundos depois, todos os militares foram derrubados. Ele já deve estar aqui.
Meu Deus! Ele matou o Jules?!
O que eu faço agora??
- Tudo bem, obrigada tenente.
E eu vou até o interfone e falo.
- Doutora Molly Simon, proteja o espécime A.D.A. Conto com você.
A doutora não parece me notar ou me escutar.
E ao olhar para a comporta eu entendo o porquê.
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- O que é isso?
Eu acordo a Ada e fico quieta no sofá e esperando o que iria acontecer.
‘’Eu preciso te proteger’’.
E no meio da confusão de sirenes e alarmes eu escuto essa voz na minha cabeça.
- Ada, é você?
‘’Sim, não posso deixar que ele te machuque’’.
Ele?
E o Ovo Negro começa a quebrar, e ao final a outra Ada sai e elas começam a se fundir. E por fim as duas mini Ada se unem e formam a Ada original.
E agora eu escuto sons de tiro e pessoas gritando, os sons se aproximam cada vez mais. Era como se um monstro tenebroso estivesse cada vez mais perto de minha Ada.
E eu escuto a comporta rangendo e sendo aberta por garras escamosas, como as de um dragão.
Assustada eu recuo com a Ada para um dos cantos.
E com uma cauda comprida como a da Ada esta criatura desce.
Só que tirando a garra afiada e a cauda de crocodilo.
Era só um garoto.
- Oi, Ada. Quanto tempo.
‘’É ele.’’
E a minha Ada se bota na minha frente, em uma posição de ataque como uma cascavel com a sua linguinha sibilando.
- V-você conhece a Ada? – Eu pergunto para ele.
E o garoto finalmente nota a minha presença.
- Sim, conheço. Como você acha que alguma coisa como essa nasceu?
- Ada... É verdade?
‘’Você não vai gostar de saber a verdade’’.
Ada.
Eu te amo.
Mas eu não posso ficar sem saber o porque que isso está acontecendo. Se o seu passado vai ameaçar você, a Mila e todas as outras pessoas eu preciso saber quem é você.
E eu faço a pergunta.
- O que a Ada é de você?
As garras viram só um par de mãos e a cauda encole até desaparecer.
- Ada? Simples. O que vocês chamam de Projeto A.D.A, na realidade é o meu papai.
Papai?
Ada.
Isso é verdade?
‘’Sim.’’
‘’Ele é o meu filho.’’
E enquanto eu estava chocada com esta revelação, nessa hora uma plataforma desce com 3 pessoas muito familiares.
- Mas o que vocês estão fazendo aqui?
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