🌼💗EU AMO VOCÊ.💗🌼 CAPÍTULO: 18
🌼💗EU AMO VOCÊ.💗🌼 CAPÍTULO: 18
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Carlos andava triste, sentindo a falta de Reinaldo. Todos os dias pareciam cinzas e sem cor. Até que numa tarde o carteiro chamou no portão.
Depois de quase um mês chega uma carta de São Paulo para Carlos. Ele pega das mãos do carteiro, e seu coração bate mais forte. Eram notícias de Reinaldo.
Na verdade eram duas cartas de Reinaldo. Uma para ele e a outra para dona Mareze, apesar de estar com seu endereço. Ele entrou e abriu sua carta. A primeira que ele recebia e começou a ler. O conteúdo falava sobre o começo da vida dele em São Paulo.
Dizia que ele estava bem instalado na casa do tio. Que a sua tia, esposa de seu tio era uma mulher paraibana muito arretada mas de bom coração e acolheu ele como um filho e por isso mesmo ele ia ajudar o tio também com algum dinheirinho pelo menos pras compras. Pois não seria justo ele comer e beber e sua tia lava e passar suas roupas sem ele ajudar em nada. Falou que eles tinham uma filha de nome Vanessa de 10 anos e que a menina era uma princesinha. No seu trabalho, ele ia muito bem. Seu chefe parecia estar gostando muito dele, e até um dia chamou ele em sua sala para elogia lo. E dizer lhe que se ele continuasse um rapaz esforçado daquela maneira. Ele teria um futuro promissor. Falou que sua carteira estava assinada como Auxiliar de escritório e que ganharia Quinhentos e Quarenta Cruzeiros (0 equivalente a pouco mais de dois salários mínimos. Em torno de dois mil reais nos dias atuais).
Outra parte da carta falava da saudade ele sentia de Carlos e que por vezes ele tinha que bater uma punheta pensando em Carlos nú, para aliviar a falta que ele fazia.
Onde seu tio mora tem muitos bairros em crescimento e muitos lotes a venda, falou que ele e seu tio estavam vendo o preço e o financiamento de um para ele. O valor dos lotes era em torno de Três Mil Cruzeiros, mas eram financiados para ir pagando em prestações baixa por até 10 anos. Isso ajudaria muito ele ir pagando o terreno todo mês e ainda ir comprando o material.
A carta falava de muitos planos para o futuro dos dois. Ao que parece Reinaldo estava trabalhando muito. Ele tinha contado que o prédio era bem novo, e muito alto com 25 andares no total e que ele trabalhava no décimo sétimo andar. Contou que sempre levava marmita para comer e que almoçava sempre junto de seu tio. Assim economizava dinheiro sem gastar comprando comida, para o projeto da casa deles. Reinaldo estava mesmo muito empenhado em conquistar o sonho da casa própria e montar uma vida a dois com Carlos. Mesmo com todas as dificuldades passadas. Pois ele dizia que lá tinha se um problema enorme com condução que saia lotada com pessoas dependuradas nos ônibus. Ele falou que tinha que estar as 5hs da manhã no ponto do ônibus enfrentando uma fila pra pelo menos conseguir entrar. E ir dentro do ônibus, totalmente apertado, porém mas seguro.
Naquele tempo as conduções eram poucas, arriscadas de andar e muito precárias. Mesmo hoje nos dias atuais com muito mais conforto, tendo ônibus, trem, metro e até Uber, agente passa um sufoco, imagina naquela época...
No fim da carta, Reinaldo pedia que entregasse a carta para mãe dele, e pedia desculpas por mandar para o endereço dele. Mas porque temia a mãe não estar em casa no momento em que o carteiro passasse. E no fim ele dizia pra Carlos mandar resposta pra ele no endereço que continha no envelope da carta. Pois era o endereço da casa do tio dele, onde ele morava.
Carlos chorava de felicidade e alegria pela carta que recebeu. Se imaginava indo morar com Reinaldo em São Paulo. Não importasse onde fosse, podia ser num loteamento, numa invasão de favela. O importante era estar com Reinaldo, ter a oportunidade de ir embora para outro estado e começar vida nova.
A carta de dona Mareze, que Carlos foi correndo entregar, tinha quase os mesmo assuntos. Com pequenas diferença no assunto, como ele dizendo que sentia saudades da mãe. Mas claro que não descrito da mesma forma que ele disse sentir saudades de Carlos. Dizia que o tio mandava lembranças pra ela. E que logo logo, ele ia tirar ela dessa vida e trazer ela pra ir morar com ele também.
Enquanto isso no seu trabalho, algumas moças dava ponto pra ele (dar ponto = dar mole nos dias atuais). Ele apenas fingia não ver, não ligar. Se metia cada vez mais com seu trabalho e trabalhava com afinco e isso chamava atenção do seu chefe.
Algum tempo depois ele recebeu seu primeiro pagamento. Ajudou o tio fazendo toda a compra do mês para casa. E com isso aliviou muito o bolso do tio. E o restante guardou tirando apenas um pouco para mandar dentro de uma carta para sua mãe. Quando dona Mareze recebeu o dinheiro, ela pode pagar a conta de luz e fazer algumas comprinhas. Apesar de ser pouco, mas aquele dinheiro ajudou muito ela. Comprou também um bonito cartão de felicitações que chegou numa carta para Carlos dois dias depois do seu aniversário. Desejava felicidades em mais um aniversário que Carlos fazia.
E no que sobrou do seu segundo pagamento com o que ele guardou do primeiro, ele finalmente pode dar entrada no seu terreno. Agora para o próximo mês era começar a construir. O terreno ficava a algumas quadras da casa de seu tio.
Carlos escrevia sempre e recebia sempre as cartas de Reinaldo, como quase todas elas tinha algum conteúdo íntimo dos dois. Ele quis esconder as cartas e lembrou se da lata com a foto e começou a guardar todas as cartas ali, em cima da laje. Com o passar do tempo, ele achou que se colocasse debaixo da caixa dágua, estaria mas protegido e bem mas escondidos. E assim ele ia enchendo a latinha de biscoitos com cartas e mas cartas que chegavam...
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E no próximo capítulo:
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Abner chegou e parou na frente deles enfrentando os dois disse:
Abner: - Você acha que eu esqueci de vocês? - Eu só estava dando um tempo, para por minha vingança contra vocês em prática. - O próximo vai ser você macumbeiro do diabo. - Eu já me vinguei do seu amiguinho...
Gi já puta da vida e de saco cheio partiu pra cima de Abner, sem nem ele e nem Jean esperar e deu lhe uma mãozada na cara com força. Mas com tanta força que chegou a derrubar Abner no chão. Ela passou por cima dele pulando Abner e dizendo: - Vem bi, vão bora, deixa esse côco de cachorro caido ai na calçada.
Jean sem intender nada foi andando atrás de Gi.
Caindo no asfalto quente do calor do Sol, ele olhava pro chão da calçada, e com a ponta do dedo brincava com uma pedrinha rindo e dizia baixinho só pra pedrinha ouvir: - Eu vou matar o macumbeiro e Jesus vai me agradecer. Eu vou matar ele... E ria, ria muito. Se levantou olhando pro céu e rindo. A esquizofrenia de Abner parecia estar piorando cada vez mais...