❤EU AMO VOCÊ.❤ CAPÍTULO: 1
ATENÇÃO:
Esta é minha primeira história aqui. Na verdade estou fazendo algo diferente. Serão duas histórias diferentes, uma no passado e a outra q se passa no presente. Porém no fim as duas se completam formando uma só história que fala sobre a reencarnação de dois rapazes que se amam muito.
Espero que vocês gostem. Um abraço a todos e boa leitura.
❤️EU AMO VOCÊ❤️. CAP:1
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Manhã do dia 8 de Fevereiro de 2007. Carol desperta; seu marido como de costume já foi trabalhar. Ela se levanta e vai até o quarto do seu filho Tomás, mas não encontra ele lá. De pronto toma um susto e sai a sua procura pelo apartamento,mas logo avista o menino de 5 anos quietinho, debruçado sobre a mesa da sala com um caderno e um lápis, como se estivesse escrevendo. Ela chegou mais perto dizendo:
- Acordou bebê da mamãe? - O que meu filhotinho ta fazendo ai?
O menino se virou e sem titubiar disse: - Olha mãe o desenho que fiz pra você, é o mesmo que eu fiz pro Carlos mamãe.
- Pro Carlos filhinho, deixa a mamãe ver...
Pegou o desenho e se assustou, seu coração quase foi a boca. Era espantoso... No papel havia o desenho de uma máquina de costura antiga daqueles modelos pretos de costura reta.
Ela estava confusa, sua mente pensava em um turbilhão de coisas: Como seu filho tão pequeno poderia desenhar aquilo tão perfeito com um lápis, o desenho era quase que como se fosse uma pequena fotografia de uma máquina, tamanho a perfeição dos detalhes do desenho, mas como poderia ser isso? Ele era só um menino inocente, tinha apenas 5 anos, e essa historia desse Carlos, de uns meses pra cá, volte e meia ele falava nesse Carlos. No inicio ela e seu marido acharam que fosse coisa da imaginação, mas depois eles virão que estava ficando mais sério. O menino acordava de madrugada e chorava querendo o Carlos, dizia coisas estranhas, ela chegou mesmo consultar a pediatra do menino que a principio disse para que ela não se preocupasse, pois era comum nessa idade as crianças imaginarem coisas e até mesmo ter amigos imaginários.
Mas parece que quanto mais o tempo passava, mas aquilo piorava. A dois dias atrás o menino estava sentado no sofá da sala com ela, e na tv apareceu uma reportagem sobre carnaval, e então de repente o menino olhou pra mãe do nada e disse:
- Mãe eu já brinquei carnaval com o Carlos era no bloco e agente saiu correndo da polícia. A polícia queria pegar todo mundo.
Carol olhou pro seu filho sem intender nada e apenas deu um sorriso, como se não quisesse perguntar ou indagar, justamente pra aquela história não se prolongar e o menino não dizer mais besteiras.
Em outro dia ela estava na casa de sua mãe acompanhada de uma tia sua, irmã de sua mãe, as três conversavam e a tia em um dado momento puxou assunto de quando ela e sua mãe eram moças, relembrando o passado. Ali por perto no meio da sala Tomás brincava distraído, até que sua avó disse para a filha:
- E você tinha que ver o amor platônico que sua tia tinha pelo Tarcísio Meira, não perdia um capítulo da novela Irmão Coragem. E olha que ele já era casado com a Glória. (Nesse mesmo instante, Tomás que brincava distraído com seus carrinhos num canto da sala disse:)
- Eu via vovó essa novela...
- Que via o que menino, se nem sua mãe era nascida. (E tanto a avó, como a mãe e a tia riram do que o menino falou, mas Tomás para espanto delas retrucou dizendo:)
- Eu via sim, eu ia na casa do Carlos pra ver. (A tia espantada perguntou, pra irmã e pra sua sobrinha Carol:)
- Quem é esse Carlos? (mas que depressa Carol contornou a situação dizendo:)
- Não liga não tia, o Tomás agora anda dizendo que faz tudo com esse amiguinho dele. A pediatra falou que isso é normal, e que as crianças, nessa idade inventam as coisas, criam fantasias, e até amigos imaginários,é isso tia...(Sua tia olhou ela sorrindo e com o sorriso pareceu intender e concordar com a aparente explicação lógica).
Eram esses e outros fatos estranhos que andavam perturbando Carol, e agora ela estava parada com aquele desenho na mão, sem saber o que fazer, e o que pensar, nem mesmo o que dizer. Ela apenas voltou-se para o quarto pegou seu celular e sentada na beira da cama ligou para sua mãe, contou nervosa e pediu ajuda.
Em coisa de meia hora sua mãe estava chegando no seu apartamento. Ela também ficou espantada e perguntou pro menino:
- Fala pra vovó,quem foi que desenhou isso?
- Fui eu mesmo.
- Mas onde você viu isso, aqui na casa da mamãe não tem isso, nem na casa da vovó?
- Eu vi na casa do Carlos, eu já fiz esse desenho pra ele.
- Isso é uma maquina de costura, nem a vovó nem a mamãe usa isso.
- Eu sei vó, é a mãe do Carlos que usa, ela faz roupa ai.
- Ela costura nessa máquina.
- É vó, é isso mesmo...
Isabel olhou pra filha Carol e disse:
- Vai dar o lanche dele, pro menino não ficar com fome, cuida dele e depois vamos conversar...
Feito isso, ela foi com mãe pro quarto deixando o menino na sala vendo um cd do Cocoricó...
- Eu não sei mas o que faço mãe como vou contar pro Raul que o filho dele continua falando essas coisa, e mais... Como vou falar que o filho fez esse desenho ai; isso é surreal mãe; contando ninguém acredita, eu mesmo não acreditaria se não visse com meus próprios olhos, se eu mesma não pegasse esse desenho das mão dele. O que eu faço mãe?
- Filha é importante você manter a calma nessa hora, não conte nada pro Raul, isso só vai piorar as coisas, vamos tentar uma ajuda de uma psicóloga por exemplo. Agente procura uma que aceite o seu plano de saúde. Tem muitas especializadas em crianças. O importante é não entrarmos em pânico.
O fato é que elas procuraram e levaram o menino a uma psicóloga, e a princípio pareceu tudo muito bem, nas seções, a psicologa, dava brinquedinhos de montar, pra ele brincar, procurava conversar e puxar mais assuntos sobre o tal Carlos e entre uma conversa e uns jogos ela ia fazendo suas anotações, algum tempo depois ela disse para Carol que isso poderia ser sim lembranças do passado do menino em outras vidas, que isso era algo comum nas crianças mas que logo passaria.Disse que ela não estimulasse isso no menino e desse sempre muita atividade pro garoto afim de que ele ocupado não tivesse tempo de ficar pensando e lembrando de coisas do passado.
No fim de tudo pareceu dar certo. O tal desenho ela rasgou e jogou fora, com o passar dos dias e das semanas o menino não falava mais nesse Carlos. Parecia que tudo estava melhorando e indo de vento em poupa. Mas como nem tudo é flores. Um dia o menino acordou do seu sono da tarde e procurando a mãe disse:
- Mãe,menino pode beija na boca do outro menino? - O Carlos bem beijou na minha boca.
A mãe entrou em parafusos, ela custava acreditar que isso estivesse acontecendo, logo agora que ela estava podendo respirar aliviada e ficar tranquila; esse inferno volta de novo.
É claro que ali no momento ela repreendeu Tomás; disse que isso não pode, que menino só pode beijar menina, que isso é feio, que Papai do Céu briga, e falou mais algumas coisinhas do tipo pro menino.
Em seguida ela ligou pra mãe. No telefone, a mãe falou com ela se podia comentar isso tudo com a irmã dela, a mesma que tempos atrás comentava da novela quando Tomás interrompeu dizendo que já tinha visto a novela. Ela disse pra filha:
- Eu mesma não gosto de falar certas coisas com sua tia, você sabe como ela é, mas Helena é evangélica, ela pode fazer uma oração no menino, não custa nada.
- Olha mãe, também não queria que esse assunto chegasse até minha tia, mas se for pra isso ter fim de vez, sou capaz até de virar crente. Pelo meu filho faço qualquer coisa.
Bem... E assim fizeram. Isabel conversou e contou tudo pra sua irmã Helena, e claro que ela se prontificou a ajudar sua sobrinha Carol. Ela foi até a casa da sobrinha e depois de escutar a sobrinha falar disse:
- Minha filha você não tem que ir pela cabeça dessa gente, dessas psicólogas, isso ai é só pra comer dinheiro de vocês. Essa gente tem estudo, mas não tem conhecimento da Palavra de Deus. O negocio desse menino é espiritual. Isso ai é seta malíguina que tua sogra ta mandando pra você e como você é uma escolhida do Senhor acaba é pegando na criança inocente, por isso que o menino ta ficando maluco filha. Isso é casta de demônio. Até espirito de homossexualismo ta pegando nessa criança inocente. Mas isso não vai ficar assim não minha filha, porque ta amarrado e reprendido no Sangue do Cordeiro. Nos vamos fazer uma oração nessa criança agora...
E assim foi feito, ela botou o menino no meio dela e da Carol e com as mãos sobre a cabecinha da criança que aleio a tudo e inocentemente, só fazia ficar quietinho enquanto ela orava e reprendia os espíritos de prostituição e homossexualismo e mais sei lá quantos espíritos aquela mulher repreendeu naquele dia. No fim convenceu Carol de ir na Igreja dela, e com o passar do tempo Carol passou a frequentar com o menino, depois levando o marido também. A vida seguiu seu curso, e realmente o menino nunca mais falou nada sobre o tal Carlos ou coisa do tipo, apenas uma coisa permaneceu: o desenho. A medida que Tomás crescia, mas habilidade ele ganhava pra desenhar, seu dom era visto agora por seus pais evangélicos e a tia Helena como um dom dado pelo Espírito Santo de Deus. E realmente era espantoso como ele desenhava bem qualquer coisa. Qualquer objeto ou paisagem. Usava seu talento para desenhar na Igreja como em cenário para as peças de teatro ou do grupo de coreografia, entre outras coisas.
Os anos se passaram e já no começo do ano de 2018 agora Tomás um jovem rapaz de 16 anos, era muito querido e amado por todos na sua escola, e na sua Igreja. Chamava atenção com seu corpo magro e esbelto de cor moreno,cabelos pretos ondulados e olhos grandes e negros. Era charmoso e já atraia olhares das moças da Igreja. Tudo parecia ir bem, na vida dele. Ele vivia uma vida de classe média alta, tinha todo o conforto, e morava em Botafogo, que era um bom bairro de zona sul do Rio de janeiro. Seu pai ganhava bem, era gerente geral de um banco a quase 20 anos. Porém com acrise que estava no país em especial nesse ano, acabou sendo mandado embora. O banco mandou vários funcionários de várias agências embora e agora a situação estava complicada.
Viu seu pai chorar com sua mãe uma noite no quarto deles ajoelhados clamando ao Senhor por uma resposta, uma ajuda. E em silêncio no seu quarto também implorava pela ajuda de Deus. No meio desse caus todo uma luz apareceu. Um amigo de seu pai, dos tempos de trabalho no banco arrumou emprego pra ele numa financeira no bairro do Méier. O salário não era ruim, mas ainda assim seria praticamente a metade do que ele ganhava no banco. Porém era pegar ou largar. Era isso ou continuar na merda e desempregado, mas para isso eles teriam que mudar de vida radicalmente.
Com a venda do seu apartamento em Botafogo daria para comprar tranquilamente outro apartamento no Méier, mas acontece que a essa altura do campeonato ele já estava afundado em dívidas e com o que sobraria dificilmente ele conseguiria comprar algo no Bairro do Méier. Foi então que olhando nas imobiliárias, um vendedor lhe sugeriu uma casa no Engenho de Dentro que é um bairro ao lado do Méier. Ficaria bem próximo ao seu trabalho e ao comércio. Ele foi ver com sua esposa, a casa era realmente boa, tinha ao fundo um quintal bom, cimentado e com uma mangueira no canto direito. Na lateral o espaço pra garagem. Enfim, a casa era boa, porém desgastada do tempo, precisava ser pintada, os pisos estavam bons mas eram antigos,precisavam com o tempo serem trocados por novos, e com o tempo eles se adaptando a nova vida e com o dinheiro de seu emprego aos poucos ele ia reformando, quem sabe futuramente ele conseguisse depois um emprego melhor e até se mudasse de novo. Deus tava no controle da situação e logo tiraria ele e sua família dali pra algo melhor, aquilo tudo era temporário, era apenas uma provação de Deus. E foi assim falando essas coisas que ele convenceu sua esposa e seu filho Tomás a morarem ali. Pintaram a casa e se mudaram. O dinheiro dele deu pra quitar quase a casa toda, ele ainda pagaria a casa por uns 5 anos, mas o valor da prestação era algo que daria pra ele pagar tranquilo todo mês. Porém teriam que ter gastos menores. Tomás mesmo, agora teria que estudar numa escola pública. Isso era um fato.
E ESSE FOI O PRIMEIRO CAPÍTULO, NÃO É LÁ GRANDES COISAS, MAS É MAIS PRA EXPLICAR O DESENROLAR DOS FATOS QUE VEM DA HISTÓRIA. NO PRÓXIMO CAPÍTULO VEM MAIS EMOÇÕES E SURPRESAS NOVAS...
ATÉ LÁ ENTÃO.