O FUTURO!? – HISTÓRIA BASEADA EM FATOS REAIS - CAPÍTULO 05

Um conto erótico de David Raphael
Categoria: Homossexual
Contém 3619 palavras
Data: 04/04/2020 21:33:26
Última revisão: 05/04/2020 08:06:29

CAPÍTULO 05 – A DOR SE TORNA UMA COMPANHEIRA QUANDO MENOS ESPERAMOS.

Era sábado a noite e estava esperando a Julia e o Lucas para irmos para o aniversário do Victor.

Ele tinha falado que era coisa simples, mas não era. Tinha muita gente quando chegamos, logo fomos conduzidos para uma mesa, onde o Victor foi falar com a gente.

- Boa noite pessoal, fiquem a vontade a festa é de vocês.

A Juh deu os parabéns, o Lucas e depois eu.

- E você falou que era coisa simples. – Falei ao dá um abraço nele.

Ele sorriu em resposta.

Curtimos bastante. A festa do Victor estava perfeita, ele sabia fazer festas. Teve banda ao vivo e tudo mais. Tinha alguns rostos conhecido do colégio.

A Julia dançou com o Lucas, com o Victor e comigo, apesar de eu dizer que não estava muito afim de dançar, ela me arrastou para dançar.

Ficamos até de madrugada então fomos para casa.

*****

Quando cheguei no colégio na segunda-feira, o Victor ia chegando e fomos juntos para a sala.

A professora de matemática precisou sair mais cedo e só deu duas aulas. Estávamos livres até depois do intervalo.

- Tem certeza? – Perguntava a Julia ao Lucas quando eu chegava perto deles.

- Tenho sim. – Respondeu ele e mudaram de assunto quando cheguei.

Dois minutos depois o Victor chegou e ficamos um tempão conversando. Deu hora do intervalo e a Julia foi comprar lanche para a gente com o victor e fiquei com o Lucas em baixo da árvore que costumávamos sentar.

- Não tive oportunidade de agradecer pela surpresa. – Falei olhando para o Lucas, que me retribuiu com um sorriso.

- Não precisa agradecer.

- Vocês ficaram a semana toda tramando a surpresa não foi?

Ele assentiu.

- Sempre que estávamos falando do assunto você chegava e não tínhamos como falar. Parecia até que você sabia.

- Eu estava desconfiado que você estavam fazendo algo, mas não sabia o que era. Estava para perguntar já.

- Imagino.

Ele se aproximou de mim e colocou o braço por cima dos meus ombros me abraçando.

Iam passando dois caras do segundo ano, junto de outra garota, um deles eu conhecia, era o Breno, ele era da minha altura, cabelos cortado na máquina 1, negro olhos castanhos escuros, mas o que chamava mais atenção nele era o sorrido, ele tinha os dentes tão brancos que pareciam leite, estudou comigo no fundamental, sempre estávamos na mesma turma, até que ele repetiu o nono ano por ter brincado muito. Ele sempre foi um babaca, sempre fazia bullying com os garotos. O outro garoto sussurrou alguma coisa no ouvido da menina, mas não falaram nada. Já o Breno não perdeu a oportunidade e soltou um comentário.

- Olha só, acho que temos um casal novo no terceiro ano. – Ele olhou para a gente deu uma risada e continuou. – Deveria ser proibido isso no colégio.

- O que deveriam proibir? – Perguntou o Lucas encarando-o.

Eu me encolhi, não gostava desse tipo de piada, muito menos que o pessoal soubesse que eu era gay.

- Dois viados se agarrando nos corredores.

Eu gelei, qual era a necessidade daquilo?

- Não seja idiota – começou o Lucas se levantando e ficando de frente com o Breno, ambos se encarando – se eles não proíbem que animais estudem aqui, porque vão proibir que dois caras “andem se agarrando” – o Lucas usou os dedos para fazer as aspas.

- Pelo menos não sou uma bicha. – Rebateu o Breno e olhou para mim por cima do ombro do Lucas.

Eu me levantei.

- Vamos sair daqui Lucas. – Falei.

- Por que? Ele quem está incomodado então ele saia. – Falou o Lucas, voltando a atenção para mim e depois voltando a encarar o Breno.

- Não estou a fim. – O Breno se aproximou do Lucas e ambos ficaram se encarando. – Faça um favor e desapareça, bicha.

- Sabem o que dizem? – Falou o Lucas encarando o Breno ainda mais sério.

O Breno ficou calado, deixa que o Lucas usou para rebater a ofensa.

- Que quando as pessoas se importam tanto com duas pessoas que se gostam é porquê essa pessoa tem uma queda por uma das pessoas. Então posso deduzir que não é de mim, pois mal nos conhecemos nem tivemos interação nenhuma, como sou novo no colégio. Então, só pode ser... – Ele se virou para olhar para mim.

Vi o Breno bufar de raiva e então serrou o punho e partiu em direção do Lucas, que estava distraído olhando para mim.

- CUIDADO! – Gritei ao ver ele deferir um soco em direção ao Lucas, ao tempo que o Victor segurou seu pulso, dando tempo de Lucas recuar.

- Já chega Breno. – Falou ele.

- Vic... Victor? – Ele parecia surpreso por ver o Victor ali.

- Você ficou maluco? – O Lucas ia partir para cima, mas eu o segurei.

- Lucas, por favor. – Pedi e ele se recompôs.

- Você e seu preconceito idiota, não é? – Falou o Victor ainda segurando o braço do Breno.

- Você não tem nada com isso Victor. – Rebateu ele.

- Claro que tenho, pois são meus amigos.

- Sério? Eles?

- Saia. – Ordenou o Victor.

O Breno hesitou por um momento.

- Agora, Breno.

- Você é um idiota, sabia.

- Já fui chamado de coisas piores, maninho. Agora sai, antes que eu mesmo tire você daqui.

O Victor era irmão do Breno? Estudei com o Breno o ensino fundamental todo e nunca soube que ele tinha um irmão.

O Breno olhou para o Victor, em seguida para o Lucas e segurou o olhar em mim e então saiu com os dois que estavam com ele, que entraram mudos e saíram calados.

- Ele é seu irmão? – Perguntou a Julia.

- Meio irmão.

- Ele é um babaca. – Falou o Lucas.

- Lucas! – Repreendi.

- Não precisa David, ele falou a verdade, o Breno é um baita de um idiota.

A Julia olhou para a minha mão que segurava o braço do Lucas ainda e então automaticamente soltei.

- Sério? – Falou ela. – Eu sei que vocês estão juntos.

- O que? – Eu olhei para o Lucas e depois para ela. – Como?

- Eu contei. – O Lucas quem respondeu antes dela. – Eu falei com ela para planejar o seu aniversário e a Juh não é nenhuma idiota e logo sacou e me questionou, desculpa não ter falado antes.

Eu não respondi nada.

- Eu só fiquei chateada por não ter sido você a me contar, David. – Falou ela.

- Victor. – Comecei a falar, mas ele me interrompeu.

- Relaxa, eu sabia, na verdade imaginava, vejo o jeito de vocês dois quando estão juntos. De boa.

A confusão passou, lanchamos e fomos para a aula.

Era um alívio não precisar contar para os meus amigos.

*****

A semana transcorreu normalmente, na sexta-feira marcamos de ir ao cinema, quando cheguei no shopping o Victor já estava lá, logo encontramos a Julia e depois o Lucas chegou. Assistimos o filme e depois fomos lanchar. Depois fomos para um bar famoso na cidade que ia ter banda ao vivo para curtimos.

Chegamos lá e pegamos uma mesa próximo ao bar. A Julia resolveu beber, mesmo a gente avisando que ela não tinha idade, mas o garçom não pediu os documentos, nenhum de nós parecíamos ter a idade que tínhamos. O Victor tinha completado 18 anos, o que facilitava para ele beber.

Estávamos na mesa quando o Victor foi pegar uma bebida no bar e um cara se aproximou dele e ficaram conversando até que o Victor foi para a mesa com ele e nos apresentou a ele.

- Pessoal esse é o Wallace. Wallace esses são o David, Lucas e Julia.

- Prazer. – Falamos ao mesmo tempo.

- E vocês se conhecem de onde? – Perguntou a Julia.

- Juh. – Repreendi.

- Somos amigos de várias datas. – Falou o Wallace.

Era um cara bonito, tinha uma voz bem grave.

- Várias datas? – Questionou a Julia.

- Sim. – Respondeu o Victor e o Wallace sorriu.

A Julia ficou encarando o Victor esperando respostas. Ele começou a rir e falou.

- A gente já namorou a um tempo atrás, nos reencontramos e estamos vendo o que rola.

- Sério? Porque eu só tenho amigos gays, cada um mais bonito que o outro, isso é um desperdício. – Falou ela como se estivesse decepcionada.

Todos rimos.

Quando eu olhei para o Victor ele estava me encarando, então desviou o olhar quando eu olhei para ele.

O Victor era gay não dava para imaginar, ainda mais com um irmão preconceituoso como o dele.

Ficamos até tarde no bar. Então resolvemos ir pra casa, o Wallace estava de carro e não bebeu porque estava dirigindo. Ele foi o motorista.

- Vamos lá pra casa hoje? – Chamou o Lucas me dando um beijo.

- Hoje não dá. Estou cansado, outro dia.

- Tá bem.

Deixamos a Juh em casa, o Lucas e foram me deixar em casa.

- Você e o Lucas estão juntos a muito tempo? – Perguntou o Wallace.

- Não. É recente.

- Ele é novo no colégio, se conheceram a pouco tempo. – Falou o Victor.

- E vocês? – Perguntei. – Como se conheceram?

- No colégio, na cidade em que eu morava o Wallace era um tipo de cara estilo o Breno, mas se derreteu quando me conheceu. – Falou o Victor rindo.

- Não foi bem assim. – Falou o Wallace.

- Claro que foi. – Você tinha preconceito, mas sabia que gostava de homens e só teve coragem de assumir depois de muito tempo que nos conhecemos.

- Eu tinha 12 anos quando nos conhecemos, aceitei o fato de eu ser gay quando tinha 14 anos, não pode me culpar, já que minha maturidade não foi tão precoce como a sua, aos 11 anos.

- O que? – Falei espantado. – 11 anos?

- Desde que comecei a entender o que era eu sabia do que eu gostava. Eu sou decidido no que quero e quando quero. – Falou ele olhando para mim no banco de trás do carro.

Eu dei um sorriso sem graça. Aquilo parecia uma indireta.

Me deixaram em casa e seguiram.

*****

Já era meio do ano as provas tinham acabado e estávamos na ultima semana de aula. Sempre que podíamos, eu e o Lucas estávamos sozinhos dando unas pegas na casa dele. Ainda não tínhamos feito sexo 100% como penetração e nada. Nem nunca tínhamos tocado no assunto.

Na última sexta feira ele me chamou para ir para a casa dele, pois seus pais estavam fora poderíamos dormir lá de boa, não que os pais dele empatasse, ao contrário eles gostavam de mim.

Cheguei na casa dele por volta da 19:00 e quando vi já estávamos nos beijando, eu queria ir além daquilo e acho que ele também. Ele estava me chupando quando parou, levantou e pegou na cabeceira da cama uma camisinha.

- Quero você dentro de mim. – Falou ele sussurrando no meu ouvido e dando uma mordida.

- Tem certeza? – Perguntei.

- Ainda me pergunta?

Ele deitou de barrida para cima e enquanto eu colocava na camisinha no meu pênis, que a essa hora já estava a ponto de bala. Peguei o gel lubrificante que ele me deu e lambuzei meu pênis todo. O Lucas pegou um pouco e colocou em seu ânus, para lubrificar também, eu peguei o gel coloquei na mão, lambuzei meu dedo indicador e comecei a introduzi-lo no ânus do Lucas, massageava enquanto olhava a cara de prazer que ele fazia, gemendo, coloquei o dedo todo.

- Coloca mais um. – Pediu ele, quase em um sussurro.

Continuei e coloquei o indicador e o dedo médio. Ele gemia de prazer enquanto eu o penetrava com os dedos.

- Me fode David. – Falou ele em um gemido.

Eu espalhei mais o lubrificante do meu pênis e então forcei no ânus dele. Comecei a penetrá-lo e ele gemendo. Quando coloquei a cabeça toda ele gemeu, a essa hora eu não sabia se tinha sido de dor ou de prazer.

- Tá tudo bem? – Perguntei meio preocupado.

- Caralho, que cabeça grande. Coloca tudo vai, eu estou bem, coloca de uma vez.

Eu estava meio preocupado, mas fiz o que ele pediu. Senti meu pau entrar no ânus dele abrindo passagem e coloquei de uma vez. Ele deu um gemido e berrou.

- CARALHO!

Esperei um pouco para ele acostumar e então comecei um movimento de vai e vem. Ele gemia de tanto prazer e aquilo estava me deixando vadio. Ver a cara de tesão dele enquanto eu fodia ele, ver aquele garoto lindo gemer no meu pau me deixava maluco de tesão. Deitei por cima dele e o beijei. Ele agarrou meu pescoço e pediu mais e mais.

Estava fodendo-o com força, passamos de uma velocidade razoável para uma mais agressiva. Ele gemia cada vez mais. Eu me apoiei no cabeceira da cama dele enquanto via a cara de prazer dele, o que me deixava mais excitado ainda. Fiquei de joelhos na cama e pude ver aquele ânus engolindo meu pau, meu pau entrava e sai dele e eu aumentando a velocidade. Estava fodendo ele e então o puxei para um beijo, ele mudou de posição me deixando deitado e ele por cima e começou a sentar no meu pau.

- Caralho David. Se eu soubesse que era tão bom assim, já teria feito antes.

Ficamos naquela posição por um tempo e fomos mudando. Ele ficou de quatro na cama e eu em pé.

Depois de um tempo ele falou que ia gozar. Deitou na posição inicial, barriga para cima e eu voltei a fuder ele naquela posição, que tinha se tornada a minha favorita, pois podia ver a cara de prazer dele. Ele não chegou a tocar no pau, quando vi ele já estava gozando na própria barriga, senti o ânus dele apertar meu pau e não aguentei, o êxtase veio de imediato e comecei a gemer de prazer e gozei.

Acabamos deitados lado a lado na cama. Ele com a barrida cheia de gala e eu ao lado dele.

- Caralho. Você é demais. – Falou ele me dando um beijo.

- Você me deixou vadio. – Admiti.

Ele sorriu e levantou para ir ao banheiro tomar banho. Fiquei deitado esperando normalizar a pressão, pois a mil parecia que tinha ido a mil. Levantei depois de uns instantes e fui para o banheiro tomar banho.

Tomamos banho e fomos comer.

*****

O período de férias foi meio tedioso, o Lucas tinha viajado com os pais para visitar um dos avós dele que era em outro estado. Nos falávamos todos os dias por telefone, mas a saudade, ainda assim era muito grande.

Falava com a Juh por telefone, que tinha viajado também e com o Victor que tinha viajado também, com o Wallace.

Minhas férias estava sendo um pouco chata. Passaram-se os 60 45 dias de recesso e voltamos ao colégio. O Lucas só retornava na semana seguinte, ele chegaria na cidade no fim do dia, vinha de carro com os pais, já a Juh e o Victor estavam de volta. Estava morrendo de saudade deles.

Ficamos o intervalo todo conversando, a Juh não parou de falar nenhum minuto de como tinha aproveitado as férias saindo com as primas.

O Victor falou pouco da viagem com o Wallace. Estávamos na última aula quando a Diretora do colégio entrou na sala e conversou com a professora em particular antes de falar com a gente.

- Bom dia pessoal. – Falou ela.

- Bom dia! - Todo da sala responderam em um coral.

- Estou aqui para dá uma notícia não muito boa sobre um colega de vocês.

Quando ela falou aqui meu coração disparou e o Lucas veio no meu pensamento imediatamente.

- O Lucas. – Sussurrei e o Victor e a Juh olharam para mim.

- O colega de vocês, o Lucas, sofreu um acidente de carro quando chegava na cidade com os pais hoje cedo.

- Meu Deus. – Meu coração parecia que ia sair pela boa. – Como ele está? Perguntei me colocando de pé.

- Calma David. – Falou o Victor ficando de pé ao meu lado.

- Os três estão vivos. Os pais deles sofreram escoriações leves, estão passando por avaliação, mas o Lucas está em estado grave internado, ele quem recebeu todo o impacto da batida. Eles estão no Hospital do Estado aqui na cidade.

Daquela hora em diante não lembro de mais nada, só lembro que sai da sala em direção ao portão de saída. Lembro que o Victor e a Juh viam comigo ao meu lado pedindo para eu ter calma.

Lembro de chegarmos no hospital com a Juh e o Victor e irmos nos informar como eles estavam. A recepcionista falou que não poderia nos dá informações. Ficamos no hospital um bom tempo até que os pais dele apareceram. Eles nos viram e foram nos encontrar.

- Como ele está? – Perguntei. – O que aconteceu? – A mãe do Lucas não falou nada, apenas me abraçou.

- Ele está na sala de cirurgia. – Foi o pai dele quem falou. – Está sendo operado, pois está em estado grave, ele ficou preso nas ferragens. Os médicos falaram que precisamos ter fé e de um milagre.

Eu abracei a mãe do Lucas e ficamos ali os dois. Ficamos esperando por horas, o Victor tinha avisado a minha mãe e aos pais dele o que tinha acontecido e que estávamos no hospital, eles foram para lá para dá apoio.

Meus pais ficaram lá e depois foram para casa, eu não quis ir, pois disse que queria notícias primeiro do Lucas e ia ficar com o Juh e o Victor lá.

Depois de 5 horas o doutor chamou os pais dele para conversar. Eu queria muito está lá dentro com ele, mas não podia. Ficaram lá dentro um tempão. Vários familiares e amigos do Lucas estavam lá, esperando por notícias.

Algum tempo depois o pai dele veio lá de dentro chorando, pensei logo no pior.

- Cadê a tia? – Perguntou uma garota, prima do Lucas que eu não sabia nem o nome.

- Ela passou mal. – Falou o pai dele com a voz cortando com o choro. – Os médicos medicaram ela. Está na enfermaria.

- E o Lucas? – Perguntei impaciente.

O pai dele foi até mim e pegou na minha mão.

- O doutor disse que só um milagre agora. Ele foi operado, deveria ter acordado já, mas não acordou. Está entrando em estado de coma.

- Não. – Falei desesperado.

O Victor e a Juh me abraçaram e começamos a chorar.

Ficamos naquele hospital até tarde. Então o Victor me convenceu de ir para casa descansar, pois tínhamos aula no outro dia e tínhamos que ir e a tarde a gente voltava. O pai do Lucas pediu para eu ir descansar pois qualquer notícia ele prometeu me ligar.

O Victor chamou um táxi, que deixou a Juh em casa e foi me deixar em casa. Quando cheguei em casa contei aos meus pais. Minha mãe disse que iria visitar ele no dia seguinte de manha e que a tarde depois que eu retornasse do almoço ela me levava lá também.

Tomei banho e fui me deitar, não consegui pregar o olho um minuto sequer. Passei a noite acordado. No dia seguinte no colégio só era o assunto que comentavam. A Carla falou que estava organizando uma corrente de oração na hora do intervalo para rezar por ele. Ela não sabia de mim e dele, eu acho, mas sabia que éramos amigos e apesar de brigarmos de vez em quando eu e a Carla sempre dividimos nossos medos, ela sabia que ele era importante para mim, por isso estava sempre do meu lado.

Pessoas que nem conheciam ele direito estavam reunidos na hora do intervalo para rezar pelo Lucas, professores, funcionário, todos estavam ali.

Depois do almoço, tomei um banho e minha mãe me levou no hospital. Eram as mesmas notícias, pedindo orações. O Victor e a Juh logo chegaram e ficamos lá até o fim da tarde.

No decorrer da semana nossa rotina foi esta: colégio, casa, hospital, casa. O Lucas não sai do coma e não podíamos vê-lo, só os pais dele. Duas pessoas apenas por dia, os pais deles. Apesar de eu querer muito ver ele, eu não poderia tirar este direito e chame dos pais deles vê-lo.

No quarto dia e Mãe do Lucas falou que não iria ver ele. Ia ceder para eu o visitar. Eu não disse que não, pois eu queria muito vê-lo, então aceitei. Quando cheguei no hospital na quinta-feira, me deixaram entrar.

Passei pelos procedimentos de segurança e fui visitar o Lucas. Ao entrar na sala meu deu uma dor ao vê-lo daquela maneira. Cheio de tubos, deitado ali, vegetando. Eu me aproximei da cama e peguei na mão dele.

- Lucas. – Meus olhos encheram de lágrimas. – Por favor, você tem que sair dessa. Você é forte demais e teimoso demais para se deixar vencer.

Eu fiquei alguns instantes lá e depois saí para que o pai dele pudesse entrar.

Passaram-se dias e nada do Lucas acordar do coma. Uma semana, duas, três semanas e nada. Todos sempre rezando por ele. Todos os dias eu ia para o hospital e sempre que podia entrava para ver ele.

Passaram-se três semanas e meia, eu não queria, mas já estava perdendo as esperanças dele levantar daquela cama. Eu estava a ponto de explodir, não aguentava mais vê-lo naquele estado.

Quando cheguei no hospital por volta das 14:00 estavam todos lá.

- O Lucas acordou do coma. – Falou o Victor que já tinha chegado lá.

Ao ouvir aquilo eu desmoronei. Comecei a chorar, o Victor correu e me abraçou.

- Chore meu amigo. – Falou ele me abraçando. – Coloque tudo para fora.

Fiquei com o Victor por um tempão, até me recompor. Estavam fazendo uma bateria de exames, ninguém ia poder vê-lo naquele dia, só os pais. Eu, talvez no dia seguinte.

- Vamos David. – Falou o pai do Lucas chegando onde eu estava. – Vamos ver nosso garoto.

Eu me levantei e o acompanhei. Eu ia poder ver em fim ele, falar com ele.

****************

Boa noite pessoal.

Como de costume, mais um capítulo, espero que gostem, não é uma das melhores fases da minha vida, mas está aí.

Abraço a todos e um ótimo final de semana.


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Comentários

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Li seus contos todos hoje eles estão demais só peço uma coisa não demores a postar

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Nossan, seu conto sempre com gosto de quero mais hahah coitado do Lucas, espero que saia dessa, uma situação dessas é desesperadora!! Pronto pro próximo capítulo, sem unhas para roer hahah

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Muito bom como sempre! Que barra isso com o Lucas, tomara que ele melhore e não fique com sequelas! Nota 10?

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Nossa David que barra essa do Lucas em coma. Espero que depois dessa ele tenha ficado bom. Que bom que os seus amigos aceitaram vc e o Lucas numa boa. Já estou ansiosissima pelo próximo capítulo. Bjs qrdo.

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EXCEÇENTECAPÍTULO APESAR DA TRAGÉDIA. RECEIO DE LUCAS FICAR PARAPLÉGICO. SERIA RUIM DEMAIS.

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Caraaalho

Que tenso

Só espero que o Lucas não invente de perder a memória agora

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