A minha TRANS formação (O início )
Meu nome de batismo é Carlos e o ano em que tudo se inicia é 1980. Acordo num hospital e fico sabendo que meus pais haviam falecido num acidente de carro, eu olhava para o lado e via minha tia Silvia no auge dos seus 30 anos, com um corpão lindo vestindo um body rosa que realçava seu lindo decote me olhando com aqueles olhos azul piscina, sempre ao meu lado acariciando meu cabelo e tentando me acalmar. Eu havia sobrevivido, mas não seria mas o mesmo! Tive meu testículo amputo devido ao acidente e isso aos 8 anos de idade ou seja antes mesmo de entrar na puberdade eu já estava castrado ! Estava condenado a não produzir testosterona, hormônio responsável pelas características masculinas adquiridas durante a puberdade. Após uma semana , fui levado pela minha tia para o local que seria o meu novo lar, já que ela era minha única família que me restava. Minha tia era costureira, uma mulher guerreira que cuidava sozinha de 2 filhas lindas mais ou menos regulando com a minha idade Fernanda e Beatriz que apesar da pouca idade já demonstravam desde de pequenas que teriam grande poder de sedução.
E eu um garoto puro, mimado pelos pais crescia no meio de 3 mulheres lindas e cada vez mais admirando esse girl power das minhas primas. Comecei a ter um sentimento de inveja da forma como os meninos a paparicavam, de como elas se vestiam, de como elas reviravam os olhos, de como elas andavam, eu queria aquilo para mim ! Eu vivia e respirava num universo feminino sem poder fazer parte! Eu vivia um conflito !
Devido ao acidente, minha voz não engrossava, meu corpo não nascia pelos eu tinha um rosto feminino , um corpo feminino ( só não tinha seios). Devido ao convívio com minhas primas, comecei a adquirir trejeitos bastante feminino como a forma de andar, de sentar , de falar. Minha tia olhava, entendia o que estava acontecendo mas nada falava, no fundo ela sabia que eu nunca poderia ser homem no quesito macho e meio que deixou as coisas rolarem
Na escola até uma certa idade as coisas iam bem, mas ao chegar nos meus 12 anos, período em que os meninos começam a passar pela transição hormonal e se tornarem homens meu drama interior começa a aumentar, pois era nítida a diferença na voz que era extremamente feminina devido ao fato de meu corpo não produzir testosterona. O bullyng e as humilhações eram cada vez mais frequentes, eu estava explodindo por dentro, sofria e nada falava em casa.
Acho que enquanto eu tomava porrada apenas na escola eu suportava, mas quando o bullyng começou a vir por parte de minhas primas a coisa começou a ficar insuportável. Certa vez vi minha prima Fernanda beijando um menino na rua, o garoto era muito gato e acho que fiquei com inveja e fui correndo contar para minha tia que foi no local pegou minha prima pelo braço e a colocou de castigo. Minhas primas quando souberam que fui eu quem contou começaram a me humilhar , me chamando de viado, de invejoso e contaram para minha tia que todos na escola me ridicularizavam e que eu era o viadinho da escola....
Confesso que aquilo foi a gota dágua, o machucado estava se tornando uma ferida dolorosa e de difícil cicatrização, tive uma momento de surto e sai quebrando os pratos e copos entrei no meu quarto e me tranquei caindo na cama em prantos. Um silêncio após alguns minutos da origem a batidas na porta.....era minha tinha falando ; “ Carlinhos abra a porta, precisamos conversar ! “continua......)