Deixa eu cuidar de você (7)

Um conto erótico de Felipe
Categoria: Homossexual
Contém 3573 palavras
Data: 18/04/2017 21:27:51
Última revisão: 18/04/2017 21:34:10

Boa noite a todos.

Obrigado pelos comentários, pelos votos e por estarem acompanhando o meu relato.

Hoje foi um dia dificil, relembrar coisas boas é excelente... Mas e relembrar as ruins? Não existe nada pior, é uma dor sentida pela segunda vez.

Beijo no coração de cada um :*

Vou continuar postando sim, não vou abandonar não.

Acordei e minha mãe continuou a dormir. Peguei meu celular no criado mudo e vi que tinha três ligações perdidas do Renato e uma mensagem, abri a mensagem

“Está tudo bem? Você nunca mandou mensagem falando que precisava falar comigo. Me retorna assim que possível” foi o que ele mandou. Respondi perguntando se poderia passar na clínica e ele insistiu em saber o que era, falei para ele não ficar preocupado e que o mais breve estaria lá.

Coloquei um short e camiseta, deixei minha mãe dormindo e fui até a cozinha, passei pelo quarto dos meus pais e ouvi meu pai roncando, uma das poucas vezes que vi ele faltando no trabalho. Fui até a cozinha e coloquei pó de café na cafeteira e saí de casa em direção a padaria. Comprei pão, frios e uns pãezinhos de batata recheados com catupiry. Cheguei em casa e servi o café em duas xícaras, arrumei o restante das coisas que comprei em uma bandejinha e levei no quarto para minha mãe. Quando cheguei no quarto, vi que ela estava sentada na cama e chorando. Quando me viu, limpou os olhos e ficou surpresa por eu estar entrando com uma bandeja de café da manhã. A ideia de fazer isso, foi pelo fato do Renato ter feito comigo também, nunca havia imaginado o quão bem e relaxante isso é. Tem um sentimento de bem querer.

- Meu filho – ela falou sorridente e ao mesmo tempo surpresa – Não acredito que você trouxe isso pra mim.

- Trouxe, eu que fiz o café –falei – Digo, coloquei o pó na cafeteira

Rimos do que tinha falado e vi que seu olhar carregava uma preocupação.

- Não pensa muito – falei – Vai envelhecer mais rápido – tentei brincar.

- Ah, meu filho – ela falou penosa – A mãe tem o melhor filho do mundo, embora tudo o que está acontecendo, tenho sorte de ter um filho tão bom.

Eu dei um beijo na sua testa.

- Vamos comer – falei – Se não, logo o café esfria.

Eu tomei café com minha mãe e conversamos ali no quarto mesmo, baixinho, avisei que meu pai não tinha ido trabalhar e vi que ela ficou preocupada. Avisei a ela que iria sair e ela falou que me daria uma carona, falei a ela que iria em outro lugar, por isso tive que descer uns 6 quarteirões de distância da clínica do Renato. Cheguei lá suando e fiquei esperando um pouco antes de entrar. Cumprimentei o pessoal da recepção e fui avisado que o Renato estava me esperando, não estava atendendo aquele horário. Bati na porta e ouvi ele falando para entrar. Entrei e encostei a porta.

- Não me avisaram que você já tinha chegado, pedi para me avisar– ele falou e levantou-se para me cumprimentar com um beijo.

- Falaram que eu poderia entrar e eu nem esperei te avisar – falei – Foi por isso.

Ele concordou e me deu outro beijo.

- O que houve? – ele perguntou – Estou preocupado desde que li a mensagem.

Contei a ele o que tinha acontecido, desde o momento que meu pai começou a brigar porque eu estava dormindo no sofá até o momento que conversei com minha mãe. Ele encostou na mesa e me olhava sério, seu olhar era de preocupação.

- Eu sinto muito – ele falou – Eu não queria ter causado esse problema, deveria ter tomado cuidado.

- O problema não é você – falei – O meu pai que é cismado com tudo que envolve gays e etc.

- Mas eu deveria ter sido mais cauteloso – ele falou – Mas me diz, como está sua mãe diante dessa situação?

- Ela está meio perdida – falei – Mas confesso que estou surpreso, não imaginava que ela iria reagir tão bem. Ela falou que me apoia.

- Ufa, menos mal – ele falou – Eu ainda estou trabalhado tudo isso que me contou.

- Bem, por hora está tudo bem – falei.

- É, não é fácil – ele falou – Eu vou conversar com sua mãe. Vou aproveitar que ela já sabe que estamos namorando e vou falar das minhas intenções com você. Afinal eu fui seu fisioterapeuta, não quero que ela pense que de alguma forma eu me aproveitei da situação.

- Não precisa se preocupar com isso – falei.

- Ah, Lipe – falou – Eu gosto de ter as coisas bem resolvidas.

Ficamos conversando e falei que tinha que voltar para casa. Eu iria aproveitar para comprar sunga, bermudas e algumas regatas para levar na viagem.

- Falando em viagem – ele falou assim que toquei no assunto – Contou que irá viajar?

- Ainda não – falei – Achei melhor dar um tempo até eu falar.

- Fez bem – ele falou – Se seu pai já está encrencando, imagine se descobrir que iremos viajar juntos.

- É, isso é verdade – falei triste.

Ele me deu um beijo e pegou no meu queixo.

- Eu estou preocupado – ele falou – Mas estou contente por ter você me assumido para sua mãe, me sinto mais parte de ti agora.

- Eu te quero – falei – Quero muito.

- Eu também te quero, Lipe – ele falou e vi o brilho no seu olho – Eu te quero muito.

Ficamos nos beijando mais um pouco e avisei que realmente tinha que ir. Ele concordou e falou que iria me ligar depois.

- Vê se atende esse celular – ele falou sorrindo – Se não vou ficar com ciúmes.

- Para de ser bobo – falei e encostei a porta.

Passei em algumas lojas para comprar o que estava precisando. Acabei pegando mais do que deveria, afinal tinha ido de carona e na volta teria que voltar com um monte de coisas. Resolvi ligar para minha mãe e por sorte ela ainda estava ali por perto, falou que demoraria um pouco para chegar e enquanto isso eu fui tomar um açaí. Cheguei na lanchonete e fui atendido por um rapaz bem simpático, notei seu sotaque e perguntei de onde ele veio, respondeu que veio de Recife. Falou um pouco sobre sua família e eu fiquei ouvindo. Tomei meu açaí ali mesmo o balcão e fiquei dando um tempo até minha mãe chegar, perguntou se eu queria mais alguma coisa e respondi que não. Minha mãe chegou e eu fui até o caixa acertar, mas o mesmo tinha saído. Então o rapaz que me atendeu veio fazer a cobrança, paguei e estava saindo da lanchonete quando ele me chamou e me entregou um papel, tinha seu nome e número anotado. Eu fiquei surpreso com aquilo e sorri meio sem graça, foi a primeira vez que alguém fez aquilo comigo. Assim que saí da lanchonete, descartei o papel e só lembrava do nome do rapaz: Luciano.

Fui até onde minha mãe havia estacionado e coloquei as coisas no banco de trás.

- Felipe, deveria ter me avisado que iria fazer compras e eu teria ido contigo– falou minha mãe.

- Foi de última hora – falei.

- Entendi – ela falou e estava focada no trânsito, mas não hesitou em perguntar – Foi até a clínica?

Eu quase vomitei o suco que tinha tomado.

- Só dei uma passadinha – eu falei sem graça.

- Felipe – ela falou séria – Já te falei que não quero segredos.

- Eu tinha que resolver uma questão – falei – E sim, fui até a clínica do Renato. E aproveitando que estamos falando disso, eu vim comprar algumas coisas porque ganhei do Renato uma viagem para o Rio Grande do Norte.

- Como assim uma viagem, Felipe? – ela perguntou – Quando pretende viajar?

- Em poucos dias – falei – Eu ia te avisar quando estivesse mais perto.

- Primeiro, você é maior de idade e nem por isso deve sair fazendo tudo que lhe der na telha – ela falou – Segundo, seu pai quer que volte a trabalhar no posto e terceiro, com quem você vai viajar?

- Vou com o Renato – falei.

Minha mãe suspirou, mas não brava, e sim preocupada.

- Já sabe que vai ser um outro problema com o seu pai, né? – ela perguntou.

- Sim, se ele souber que vou com o Renato vai ser um problema sim – falei – Por isso estava evitando de comentar, nem sabia como falar que ganhei uma viagem.

- Não é essa questão, meu filho – ela falou – É porque ele já está cismado, só vai jogar mais lenha na fogueira.

- Eu sei – falei desanimado – Vou dar um jeito de falar que vou sozinho.

Ela ficou pensando e eu fiquei observando o movimento dos carros a nossa volta.

- Eu vou te ajudar – ela falou – Vou falar que foi o meu presente de aniversário, que você queria muito ir à praia desde que parou de andar e que eu fiquei esperando por esse momento.

Eu olhei pra ela com o maior sorriso do mundo.

- Ah não, mãe – eu falei quase pulando em seus braços – Ele pode até reclamar, mas não vai impedir que eu vá.

- Eu vou conversar com ele – ela falou – Mas não se esqueça, tem que voltar a trabalhar no posto.

- Eu sei – falei – Vou falar com ele que vou voltar a trabalhar.

Chegamos em casa e meu pai não estava. Fiquei ajudando a minha mãe a mudar alguns quadros de lugar e o Renato me ligou, parei o que estava fazendo para atendê-lo e minha mãe ficou me observando.

- Oi – eu falei e me distanciei um pouco da minha mãe.

- Pensei que não ia atender – ele disse.

- Estou ajudando a minha mãe a mudar uns quadros de lugar – falei – Já saiu da clínica?

Nesse momento minha mãe se aproximou e me perguntou se era o Renato que estava falando, respondi que sim. Ela fez sinal para que eu deixasse ela falar com ele e eu balancei a cabeça negativamente.

- Deixa eu falar com ele, Felipe – disse a minha mãe em alto e bom tom.

Renato ouviu a voz da minha mãe e perguntou se ela queria falar com ele, disse que sim e ele pediu para eu passar o celular para ela. Fiquei meio nervoso, mas passei o celular pra ela. Ela ficou ouvindo ele falar e só respondeu “Sim, nós iremos. Eu sei onde fica, não precisa vir nos buscar não. Eu vou com o Felipe”. Ela me passou o celular de volta e perguntei a ele o que tinha falado.

- Falei que precisava muito conversar com ela e se ela aceitaria jantar conosco hoje a noite – falou calmo.

- Ah, não acredito que fez isso – falei – Renato, deveria ter me falado.

- Ué, Lipe – ele falou – Eu te disse que precisava falar com sua mãe. Chamei para vir jantar aqui em casa.

Eu fiquei mudo no celular, não acreditava nas proporções que aquilo estava tomando.

- Está aí? – ele perguntou.

- Estou sim, estava aqui martelando essa sua ideia – falei.

- Não martela, lipe – ele disse e percebi que estava rindo - As 20:00 em cabeça? Espero vocês aqui em casa.

- Ok – respondi.

- Beijo – ele falou.

- Outro – desliguei.

Que loucura, pensei eu. Como assim ele convida minha mãe para jantar e ela aceita? Sei que ela não iria mata-lo, mas sei lá, não estava esperando por isso não.

- Por que está preocupado, Felipe? – minha mãe quis saber.

- Vocês combinando as coisas sem me falar – eu falei.

- E você não começou a namorar sem me falar? – ela fez uma cara de poucos amigos – Ele disse que queria falar comigo e eu aproveitei a deixa, tenho que falar com ele também.

- Tudo bem – falei.

Ficamos lá arrumando os quadros, em seguida ela pediu para trocar a cortina e foi arrumando serviço. Estava exausto e fui para o meu quarto tomar um banho. Aproveitei para jogar um pouco de vídeo game e ela veio até o quarto me avisar para não atrasar.

No horário combinado, estávamos lá na portaria do condomínio onde o Renato mora. Ele veio nos receber e cumprimentou minha mãe com um beijo no rosto, me deu um abraço e acho que foi por respeito a minha mãe. Subimos para o seu apartamento e ao entrarmos senti um cheiro gostoso de comida. Ele viu que eu tinha sentido e logo adiantou a explicar.

- Minha mãe está cozinhando – ele falou com um sorriso – Ela está fazendo meu prato preferido, espero que gostem, vai ser surpresa por enquanto.

- O cheiro está excelente – disse minha mãe.

- Sentem-se – ele disse – Fiquem a vontade, ela já está terminando e vem aqui pra sala também.

Minha mãe e eu nos sentamos naquele sofá macio. Conversamos assuntos triviais e alguns minutos depois a mãe do Renato chegou. Ele apresentou uma a outra e eu beijei o rosto da dona Fátima a quem já conhecia.

- O jantar está pronto – ela falou – Vamos comer enquanto está quentinho?

Minha mãe ficou envergonhada, pois mal havíamos chegado. Mas com insistência da dona Fátima fomos até a sala de Jantar. Estava tudo arrumadinho na mesa. Havia um refratário enorme com nhoque a bolonhesa, um refratário pequeno com queijo ralado e uma garrafa de vinho.

- Fiquem a vontade – ela falou – Eu fiz com todo carinho para vocês, espero mesmo que gostem.

- Já estou vendo que está delicioso – falei – Amo massa.

- É o prato preferido do Renato – ela falou.

- Está muito bonito mesmo – minha mãe disse.

- Sirvam-se – dona Fátima disse.

Eu e minha mãe nos servimos e só então eles se serviram. Realmente estava excelente, a combinação da massa caseira com o vinho foi a melhor coisa que já havia experimentado. Jantamos e somente eu e o Renato repetimos. Fomos até a sala e logo o Renato se pronunciou.

- Pois bem – ele falou envergonhado - Eu os chamei para vir essa noite para esclarecer algumas coisas.

Minha mãe ouvia atentamente o que ele falava e dona Fátima segurava em sua mão.

- O Felipe me contou que haviam conversado e que já estava sabendo que eu e ele estamos namorando – ele falou – Primeiro quero dizer que eu gosto muito do seu filho, não premeditei nada disso e sinto muito termos escondido isso. Mas foi devido as circunstâncias.

- Sim, já estou sabendo – minha mãe falou.

- Eu queria falar que tenho as melhores intenções para com o seu filho, em nenhum momento pretendo machuca-lo e nem passar por alguma situação constrangedora – ele disse – Aliás, eu só quero vê-lo bem. E como disse a ele, espero que eu possa estar junto dele nos momentos de felicidade e no que ele precisar.

- Olha doutor Renato – minha mãe disse – Eu estou tentando entender tudo isso, não é tão fácil. Mas saiba que tem o meu respeito e apoio, não é fácil para uma mãe ver o seu filho namorar uma mulher e depois descobrir que está namorando um homem.

- Eu sei – ele falou – Leva um tempo até acostumar-se a tudo isso, a minha mãe sofreu bastante quando contei sobre mim. Mas quando contei que estava namorando com o Lipe, ela ficou contente por mim, ela sabe o quanto gosto dele.

- Isso é verdade – dona Fátima falou – O meu menino não parava de falar desse rapaz e eu o alertei que deveria ser cauteloso, afinal ele era seu paciente.

- Falando nisso – o Renato a interrompeu – Eu nunca me aproveitei dessa situação, simplesmente aconteceu.

- Eu sei que não, doutor Renato – minha mãe falou – E o Felipe não é nenhuma criança.

Eu estava ali ouvindo eles falarem de mim como se eu não estivesse ali.

- Eu queria o apoio da senhora – ele falou – Eu quero que saiba que só quero fazer o seu filho feliz

Minha mãe ficou pensando e logo falou.

- O meu apoio vocês já tem – ela falou – O único problema é o pai do Felipe, ele não aceita de maneira alguma. O Felipe também deve ter lhe contado o que aconteceu.

- Sim – Renato falou cabisbaixo – Ele comentou.

- Pois bem – minha mãe falou – Eu não aconselho a enfrenta-lo com esse assunto. Mantenham nesse sigilo, o meu apoio vocês tem.

- Já é o suficiente – Renato falou – Eu estou muito contente por isso. Garanto que não vou fazer o seu filho sofrer.

- Isso eu sei – minha mãe falou – Peço que sejam cautelosos.

Ficamos conversando e minha mãe quis saber muitas coisas. Comentou que falaria ao meu pai que eu iria viajar sozinho, era melhor assim, disse ela e ele concordou. Graças a Deus minha mãe se deu super bem com a mãe do Renato. Não nos beijamos, afinal minha mãe não tinha costume de ver algo assim Eu e minha mãe fomos embora e dona Fátima comentou que iria chamar-nos para uma bela feijoada. Minha mãe ficou empolgada, ama feijoada.

Fomos para casa e minha mãe comentou que estava mais aliviada. Meu pai estava em casa e perguntou onde estávamos, minha interviu falando que havíamos ido ao cinema. Eu fui para o meu quarto e logo minha mãe entrou.

- Seu pai falou para acordar cedo amanhã, precisa de você no posto – ela falou – Ele não vai poder te levar pois irá em outro lugar antes.

- Tudo bem, pode me dar uma carona? – perguntei a ela-

- Posso sim – falou – Você tem que voltar a dirigir mocinho, não pode ficar assim. A propósito, falei com ele sobre a viagem.

- Eu sei, estou precisando mesmo – falei – O que ele falou sobre a viagem?

- Que você mal tinha voltado a trabalhar e já estava querendo descanso – ela falou – Mas expliquei que era o meu presente e ele deixou de reclamar.

- Obrigado, mãe – falei – Amanhã não irei perder hora não.

- Acho bom mesmo – ela falou – Boa noite, meu filho.

Ela me deu um beijo e saiu. Desde que voltei a andar, não dirigi. Eu fiquei com um certo receio de dirigir, não me sentia confiante. Dormi e no dia seguinte acordei para ir trabalhar. Avisei ao Renato que voltaria a trabalhar e ele me desejou boa sorte.

No trabalho nada tinha mudado, só o questionário dos funcionários a respeito do acidente e o mesmo lero-lero. Vi que meu pai estava com muita coisa pendente para fazer e tentei adiantar o máximo que pude. Eu estava contente de estar ali, gostava do que fazia. Fiz pedido para conveniência e acertei assuntos juntos ao escritório que auxiliava na contabilidade do posto. Foi corrido até e na volta fui para casa com o meu pai. Ele questionou algumas coisas sobre a viagem e mantive o cuidado de não dar um vacilo para que ele pudesse desconfiar de algo.

Trabalhei mais alguns dias e as vezes quando meu pai não estava, o Renato passava lá para me buscar. Logo chegou o dia da nossa viagem. Arrumei minhas malas na noite anterior e fui para o trabalho. Era tanta ansiedade que o dia não passava. Meu pai não estava no posto, então pedi para o Renato pegar minha mala e me pegar no trabalho. Precisava ficar até um pouco mais tarde do horário que costumava ficar, estávamos atrasados até, mas tinha que terminar algumas coisas já que passaria alguns dias fora. O Renato chegou e ficou me aguardando, avisei que já estava indo. Tranquei o escritório e fui até o seu carro que estava estacionado próximo a conveniência.

- Pensei que não iriamos viajar mais – ele falou – Estamos atrasados.

- Tinha que terminar algumas coisas – falei – Se não meu pai encheria o saco.

Eu fui para o aeroporto sem tomar banho, embora não estava suado e nem fedendo. Mas não daria tempo de ir tomar banho e trocar de roupa, atrasaria mais ainda. Chegamos no aeroporto e fizemos o checkin, ficamos aguardando o horário do nosso voo e aproveitamos para tomar um cappuccino.

- Eu estou muito ansioso – ele falou.

- Eu também – falei – Vai ser divertido.

- Sim – ele falou – Com você tudo é divertido.

Ele me deu um beijo rápido e continuamos o nosso lanche. Embarcamos e poucas horas depois havíamos chegado ao nosso destino. Tentei ligar para minha mãe e avisar que havíamos chegado bem, mas deu caixa postal, resolvi deixar para ligar depois. Chegamos ao hotel e só pensava em tomar um banho, estava de noite e só iriamos fazer alguma coisa no dia seguinte. Antes de tomar banho tentei mais uma vez ligar para minha mãe e ela não atendeu.

- Para quem está ligando? – o Renato perguntou.

- Estou tentando avisar a minha mãe que chegamos bem – falei.

- Ela deve estar ocupada – falou – Vai tomar banho.

- É, deve ser – falei.

Dei um beijo nele e peguei minhas coisas para tomar banho. A água estava maravilhosa e o estresse foi saindo do corpo. Me troquei e o Renato estava assistindo. Tentei ligar para minha mãe e de novo caiu na caixa postal. Fiquei preocupado, mas o Renato me tranquilizou e chamou para eu assistir com ele. Estava cansado e acabei dormindo, acordei e peguei meu celular. Tinha duas chamadas perdidas da minha mãe e retornei.

- Felipe, meu filho – ela disse desesperada – Seu pai descobriu tudo.

Minha mãe contou que meu pai ficou sabendo que o Renato estava indo me buscar e pediu para que um funcionário do posto me seguisse de moto toda vez que eu fosse embora do posto com o Renato. E justamente no dia da nossa viagem, ele nos seguiu até o aeroporto e viu nosso beijo. Ligou para o meu pai e contou tudo, ele chegou furioso em casa e bêbado como nunca, discutiu com minha mãe e ela com medo foi até a casa da minha tia que mora em outra cidade, acabou ficando sem bateria e só aquela hora conseguiu falar comigo. Eu fiquei sem palavras e Renato veio ver o que estava acontecendo, mas eu não conseguia falar. Mal cheguei na cidade e parecia que a viagem já estava terminando ali.


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Comentários

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Situação difícil, Espero que tenham superado,e que ainda estejam juntos.

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Poxa, estragou a viagem deles. Acredito que seu pai tentou te agredir, ou ao Renato. Triste. Que seja uma crise passageira.

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O Felipe é inútil, não tem profissão, ficou um filhinho da mamãe. agora vai depender do macho.

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Égua desse pai nojento... Tem q fazer não? Eu em... Qro vê q rumo isso vai tomar

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Esse é momento de analisar o relacionamento.

Parabéns pelo conto.

Continue

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Bem, não é de todo inesperado. Diz o ditado:" Mentira tem pernas curtas." Agora é ver o que acontece. Acredito que o Felipe será posto para fora de casa. Isso precipitará a ida para a casa do Renato. Como fica o trabalho no posto? Um abraço carinhoso,

Plutão

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:o ah não, velho escroto, desculpa, é seu pai, mas não merece isso

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Meu dels eu já li imaginando isso, aff funcionário babão ng merece

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Não acredito q a lua de mel acabou!... to louca pelo proximo capitulo esse conto prende a gente, tomara q tenha um belo final

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Eita que as coisas vão pegar fogo. Deixar eu perguntar, o conto é verídico ou fictício?.

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Xiii, melhor nem pisar em casa, senão apanha, e muito!

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