O Hétero proibido. Essa história já passou por aqui. VII

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3106 palavras
Data: 07/03/2017 12:48:08
Última revisão: 07/03/2017 13:18:55

Juliano me fitou calado, apenas concordava com os olhos.

- O Julio dormiu. Qualquer coisa você me liga. - falei em despedida.

- Fica cara. Vai agora não, nós vamos precisar muito de tu aqui. Fica vai.

Juliano abaixou a cabeça, e desatou a chorar. Eu, idem.

Aproximei-me do sofá, e sentei ao lado daquele cara. Apoiei minha mão em sua escapula.

- eu não sei a proporção de uma doença como essa. Na verdade, não entendo nada de muitas doenças, mas a medicina ta bastante avançada.

- quando é pra morrer, não tem medicina que cure, Gabriel.

Os olhos verdes ou azuis - já não conseguia distinguir - estavam tão molhados que brilhavam.

- mas não é pra ele morrer.

- eu não posso perder o meu irmão Gabriel.

Meu rosto queimava, ardia, e ia sendo molhado pelas lágrimas que escorriam dos meus olhos.

- você não vai cara. Vamos ter fé.

Juliano me fitou. Seus olhos vararam os meus.

- eu não sei o que é isso.

Dei um sorriso sem jeito.

- vamos descobrir juntos. Ultimamente ta dando tanta coisa errada pra mim, que acho até que perdi minha fé.

Juliano me deu um sorriso.

- Eu tenho que ir nessa.

- precisa mesmo?

Confirmei com a cabeça.

- Essa semana tem prova. Preciso dar uma revisada na matéria.

Juliano consentiu.

- vou te deixar em casa. - disse ele se levantando, e apanhando a chave do carro, que estava sobre a mesinha de centro.

- não cara. Vou pegar um táxi. Tem que ter alguém ao lado do Júlio César pra quando ele acordar.

Juliano assentiu.

- me passa teu número. - disse ele mexendo no celular.

- anota aí. - falei.

Despedi-me do Juliano, peguei um táxi, e fui pra casa.

Sentia-me tão cansado. Era como se eu tivesse carregado cinquenta sacos de cimento.

Tomei um banho, jantei e tentei estudar, mas não consegui. Deitei, mas o sono não vinha. Pensava em mim, pensava no Fernando, pensava na doença do Júlio. Tava tudo tão carregado.

Impaciente, levantei da cama e fui ao quarto dos meus pais.

- tão acordado? - falei abrindo uma breja na porta.

- o que aconteceu Gabriel? - meu pai tinha a voz cansada. Será que ele estava brincando com minha mãe. Senti um pouco de vergonha ao ter chegado naquele momento.

- eu queria tirar uma dúvida pai. Posso entrar?

- entre. - disse meu pai.

Meus pais acenderam o abajur e sentaram de costas para a cabeceira da cama.

- o que ta acontecendo meu filho? - disse minha mãe.

- doença no coração é grave? - fui direto ao ponto.

- quem ta doente? - minha mãe assustou.

- é um amigo, mãe.

- o Victor?

- a senhora não conhece. Mas é uma doença perigosa?

- depende de muitos fatores Gabriel. - falou meu pai.

- como assim pai?

- não somos médicos pra falar com precisão meu filho. O certo seria ouvir o que um especialista tem a dizer sobre o assunto. - disse meu pai.

Minha mãe respirou fundo.

- na moiraria dos casos é grave sim, mas é como teu pai mesmo falou.

- O Alberto ainda ta trabalhando? - meu pai perguntou pra minha mãe.

- eu não sei, faz tempo que não vejo ninguém da família do Alberto. - respondeu minha mãe.

- pegue meu celular Gabriel.

- aonde ta? - perguntei.

- no bolso do meu paletó. - ele apontou com o dedo.

Fui ate a roupa do meu pai, e tirei o celular de dentro.

Meu pai fez uma ligação, e começou a falar com alguém que eu julguei ser esse tal de Alberto. Enquanto isso, deitei no colo da minha mãe, e fiquei recebendo um cafuné.

- pronto. - disse meu pai desligando o celular. - O Alberto vai ta atendendo no hospital do idoso amanha.

- quem é esse Alberto, pai?

- é um amigo nosso meu filho. Inclusive ele tem um filho que estuda na sua sala. - disse minha mãe.

- sério? Quem é?

- O André. - disse ela.

- Não falo muito com ele não, mas como vocês sabem que o André estuda na minha sala?

- Por que ele ele estava no dia da pescaria. - disse meu pai.

- na casa do pai do Kadu?

- isso.

- verdade. Lembro de ter visto ele lá. Mas não sei quem é o pai dele.

- se você quiser podemos ir até o hospital amanha e conversar com ele.

- mas como ele vai ajudar a gente?

- simplesmente, ele é o melhor cardiologista da cidade. - meu pai sorriu.

- se ele não entender do assunto é melhor rasgar o diploma. - completou minha mãe.

Sorri.

- eu quero ir sim pai. Que horas?

- horário do meu almoço. Amanhã vai ser corrido.

- pode ser. É bom que não perco aula, nem trabalho.

Meu pai concordou.

Voltei para o meu quarto e caí no sono. No dia seguinte, fui à faculdade, com ansiedade em poder falar com o tal médico.

Cheguei ao refeitório, e montei um café da manhã no capricho.

- tava amarrado? - disse Victor chegando de supetão.

- muita fome. Senta aí. - falei.

- vou pegar algo pra comer e já volto.

De boca cheia, eu apenas confirmei com a cabeça.

Victor montou seu café, e sentou a meu lado.

- a gente quase não se cruza mais. - disse ele comendo uma fatia do misto quente.

- esses dias ta passando ligeiro. To conseguindo nem dormir direito.

- por que?

- muita correria. Estamos na semana de prova, e eu prevejo que vou tomar bomba.

- ruim você tomar bomba, é muito inteligente pra isso.

- no ensino médio poderia ate ser mano, mas aqui a coisa é mais complicada.

- claro mano. Aqui é superior caralho. - Victor sorriu.

- to pensando em trancar cara.

- num é doido. Te dou uma pisa de pica de boi.

- é serio vei. Muita coisa pra pouco tempo.

- então desiste do trabalho pô, e do futebol, mas da faculdade jamais. Sabe quantas pessoas querem a tua vaga?

- quantas?

- sei lá.

Rimos.

- mas muitas, pode apostar. - Victor completou.

- Acho que tu tem razão.

- sempre tenho. - Victor riu. - Mudando de assunto, hoje eu vou levar a Amanda no médico.

- ela ta doente? - perguntei tomando um gole do meu café.

- não mano, vamos descobrir o sexo do bebe.

- eita porra. Tu deve não ta se aguentando hen!?

- morrendo de curiosidade mano.

- vai ser uma menina mano. Já to ate vendo tu andando com ela no shopping, e ela torrando todo teu dinheiro. - Sorri.

- vai ser um meninão. Vou levar ele pra assistir o jogo do mengão.

- é mano, quem tem dinheiro é outra coisa. - Sorri.

- até parece mano. Sua família é bem de vida.

- mas é deles mano. Quero o que é meu.

- então trabalha vagabundo.

- e o que eu to fazendo seu viado? Trabalho, estudo... E ainda faço bicos.

- é o que? Que parada é essa de bicos?

- um cliente de Sampa ta aqui na cidade. Ele ta me pagando uma graninha pra poder mostrar o que tem de bom por aqui.

- olha. Tu ta explorando o cara, safado.

- nada mano, se ele pode pagar, qual o problema?

Victor sorriu.

- mudando de assunto mais uma vez, tenho uma boa noticia pra ti.

- manda. Tô precisando de boas notícias.

- teu Deus chegou.

Eu fiquei sem graça. Sabia que ele se referia ao ao Fernando.

- ainda ta nessa mano?

- eu não, você. - disse Victor.

- já desencanei ha muito tempo.

- será?

- claro. - falei comendo uma maçã.

- não sei porque você tenta me enganar mano. Só quero o seu bem.

- tamo atrasados pro primeiro horário mano, bora nessa? - tentei evitar o rumo daquela prosa.

- vai indo. Vou comer mais um pouco.

- beleza. Quando confirmar que vai ser uma menina, me avisa.

- vai ser macho. - ele resmungou.

Despedi-me de Victor, e fui para sala. Assim que acabou a aula, me encontrei com Danilo no estacionamento.

- Vai comigo?

- to esperando o pai. Vamos ter que dar uma saída.

- então a gente se ver a noite.

- beleza.

- falou primo. - disse ele entrando no carro.

- falou brow.

Meu primo partiu, e fui ate o restaurante universitário, comer alguma coisa.

- tava de procurando. - disse o Beto pegando uma bandeja.

- o que você manda?

- você acha que rola de a gente treinar hoje a noite?

- pode ser cara.

- de rocha?

- na moral. Depois do trabalho, venho direto pra cá.

- aonde tu trabalha?

- quer ir la comprar alguma coisa? - tirei onda.

- vou te buscar quando tu sair. Não confio que tu venha.

- eu venho mano. Te dou minha palavra.

Montamos nossas bandejas, e sentamos um de frente para o outro.

- eu confio, mas ainda prefiro garantir.

- como você preferir mano. Bom apetite. - falei começando a comer.

- bom apetite. - disse ele colocando uma colher de comida na boca.

Assim que meu pai, e eu entramos na sala do médico, me deu logo um mal estar. Estava ansioso pra falar com ele, mas ao mesmo tempo, tinha medo de ouvir algo que não me agradasse.

- tudo bom Alberto? - disse meu pai.

- quanto tempo meu amigo. Como tens passado? - disse o médico.

- graças a Deus que não estamos precisando de um médico. - meu pai fez piada.

- e nem eu de advogado.

Rimos.

- lembra do meu filho?

- lembro sim. Ta um rapaizão hen!?

- maceta mesmo. Ele ta querendo tirar algumas dúvidas com você.

- pode tirar.

Olhei para o meu pai, e em seguida pra o doutor.

- ta com medo de perguntar? - o médico sorriu.

- eu não sei por onde começar.

- pergunte o que você me perguntou ontem. - disse o meu pai.

O médico me fitou, e eu fui falando aos poucos.

- é que eu tenho um amigo que descobriu um problema no coração...

O homem ouvia atentamente.

Saí daquela sala pior que entrei. O médico foi sincero ao extremo, porém disse que precisaria avaliar o Julio para saber qual era o problema que ele tinha.

Meu pai ficou conversando com o dr Alberto, e eu fui tirar água do joelho. Quando passava por um corredor que dava acesso ao hospital do câncer, eu vi uma pessoa familiar.

Puxei na memória, e consegui lembrar de onde conhecia aquela senhora. Era a mãe do Junior, tinha visto poucas vezes, e por isso não consegui recordar de imediato do seu rosto.

Uma moça toda de branco empurrava ela em uma cadeira de rodas.

O Junior não estava por perto, então resolvi me aproximar daquela senhora.

- oi. A senhora lembra de mim? - falei puxando assunto.

Ela me olhou e sorriu. Notei que ela estava sem dentes.

- oi. - sua voz saiu carregada.

- o que a senhora tem? - perguntei.

A mulher olhou para enfermeira, e sua feição mudou.

- ela tem câncer. - disse a enfermeira.

A senhora confirmou com a cabeça.

- nossa... Eu sinto muito.

- estou fazendo tratamento. - disse ela.

- eu posso ajudar em alguma coisa? - falei sincero.

- não meu filho. Só Deus pode me ajudar.

- posso orar pela senhora então.

A senhoria sorriu. A primeira vez que vi aquela mulher, a achei muito abatida, mas pensei que fosse apenas pela morte do marido.

Agora eu me sentia culpado duplamente.

A enfermeira entrou com a mãe do Junior em uma sala, e por um instante eu fiquei pensando qual valor tem uma vida.

Meu pai me deixou no trabalho, e aquela tarde foi longa. Eu não parava de pensar no Julio, e agora também na mãe do Junior.

Quando terminou meu expediente, o Beto me esperava.

- veio mesmo hen!? - falei subindo em sua triton.

- não acreditou que eu viesse? - disse ele dando a partida.

- pra falar a verdade não. É uma viagem longa né!?

- por isso mesmo. Tu poderia se perder pelo meio do caminho. - disse ele rindo.

- mas eu ia cara, só demoraria um pouco mais a chegar. - sorri.

- não gostou de eu ter vindo te pegar? Olha só o tamanho da viagem que eu te livrei.

- gostei sim pô, tô reclamando não. Se quiser vir todo dia, num fique acanhado não. - sorri.

Troquei de roupa, calcei a chuteira, e fui para o aquecimento.

Beto já passava algumas instruções aos outros jogadores.

- o que eu faço Beto? - perguntei.

Beto colocou a mão no queixo.

- da umas três voltas no campo, e depois vamos fazer um treino sem bolas.

- beleza.

Como os outros já haviam feito o aquecimento, eu acabei correndo sozinho.

- terminei Beto. Jogo agora? - perguntei.

- ainda não. Quero fazer um treinamento especifico contigo.

Consenti.

Beto usou metade do campo para treinarmos, e na outra metade, o professor instruía o restante do time.

- vou colocar uns cones intercalados, e quero que você ultrapasse eles. ok?

- beleza.

E assim foi feito.

- muito bom. Vou acrescentar mais cones, e quero que você repita o mesmo movimento. Dessa vez com bola.

- certo.

- isso aí Gabriel. - Beto me acompanhava, e me incentivava.

Fizemos vários exercícios antes do coletivo.

Quando terminou o treino, eu estava destruído.

- caralho mano, hoje você acabou comigo.

- isso é só o começo. - Beto piscou e entrou em uma das cabines do vestiário.

Após o banho, saímos do vestiário, apenas Beto e eu.

- mano, queria pedir um favor.

- fala. - disse Beto.

- tô com vergonha velho.

Beto riu.

- vergonha de mim?

- vergonha de pedir o favor.

- é algo tão constrangedor assim? - Beto me fitou.

- nem tanto cara, é que queria uma carona, e tenho medo de ta sendo muito escorão.

- só a carona?

- é. Tô sem carro hoje.

- tranquilo. Achei que fosse outra coisa.

- o que tu achou que fosse?

- não... Nada. Deixa pra lá. - Beto falou de forma estranha, como se esperasse que eu fosse pedir outra coisa.

O capitão do time me deixou na casa do Julio.

- podemos marcar outro treino pra essa semana? - disse ele parando o carro.

- podemos sim cara. O jogo é nesse final de semana né!?

- isso.

- pode marcar sim, vou sacanear com o time não.

- posso pegar pesado? - Beto riu.

- pode sim velho. Não sou de ''arregar'' não. - Dessa vez, eu que sorri.

- olha lá hen!? Vamos ver se você vai da conta pra o que eu tenho preparado pra você.

Fiquei meio sem graça. Não sei se Beto falava com duplo sentido, ou se era coisa da minha cabeça.

- rapaz mano, se o time todo aguentar, eu não vou cair fora. - Sorri, e tentei agir com naturalidade. - Deixa eu ir nessa, a gente vai se falando.

- beleza. - disse ele me cumprimentando.

Desci do carro, e toquei a campainha da casa do Julio. O carro do Beto ficou parado, com o vidro da janela abaixado.

Juan veio abrir o portão principal, e só então Beto deu partida no carro.

- boa noite Juan.

- ola Gabriel. - disse ele.

Juan usava uma cueca samba canção. Acho que o cara já estava se preparando para dormir.

- eu posso entrar?

- claro.

O cara fechou o portão, e caminhamos pelo pequeno trajeto de cimento.

Juliano estava deitado no sofá da sala. Aparentemente já dormia.

- o Julio Cesar já ta dormindo? - perguntei num tom de voz baixo.

- já sim, mas a gente acorda ele.

- não velho, precisa não.

- ele vai gostar de te ver. - disse Juliano levantando do sofá, e se espreguiçando.

- mas ele não vai ficar chateado se for acordado?

- nada, ele vai é curtir saber que você veio.

Juliano caminhou ate a escada, e eu o acompanhei.

- eu não avisei que viria, porque achei que estariam acordados. - falei enquanto subíamos as escadas.

- a gente não é de dormir cedo não, só que como não tem nada pra fazer a preguiça acaba imperando. - Juliano sorriu.

Reparei, que da mesma forma que Juan, Juliano também usava uma samba canção. Senti-me um pouco invasivo em chegar sem comunicar.

Juliano abriu a porta do quarto lentamente, e para nossa surpresa Julio Cesar já estava acordado. O cara ria de um programa que passava na tv.

- Gabriel? - disse ele com um controle remoto nas mãos.

- e aí Julio. Vim ver como tu ta. - sorri.

- levando. - disse ele.

Coloquei minha mochila do chão do quarto.

- ta cansado? - aproximei-me da cama.

- de não fazer nada. - sorriu - Fui na obra dar uma fiscalizada, mas a maior parte do dia eu passei em casa.

- então acho que tu não vai negar meu convite.

- já aceitei.

- uai. Cê não sabe nem que convite é.

- e se for pra ir pro inferno? - Juliano riu.

- né isso!? - sorri.

- confio no Gabriel, e sei que deve ser coisa boa. - Julio já foi levantando.

- ou não. - sorri. - Hoje tem rodizio de massas em uma pizzaria aqui da cidade, pensei que talvez vocês quisessem dar uma passada lá.

- massas rima com vinho. - disse Juliano.

- eu adoro massas. Vamos sim. - disse Julio Cesar.

- o convite é pra todos, ou exclusivo pra nosso doente? - Juliano passava as mãos no cabelo do queixo, e me olhava com desconfiança.

- pra todos. - sorri. - e é por minha conta.

- opa, 0800 é comigo mesmo. Vou só me arrumar.

- eu espero. - falei sorrindo.

Juliano foi o primeiro a sair do quarto.

- vou aguardar la na sala. - falei ao Julio Cesar.

- ta com medo de me ver pelado?

- hã!?

- relaxa! Eu vou trocar de roupa no banheiro, assiste aí. - Julio me passou o controle remoto.

Julio entrou no banheiro, e eu sentei em sua cama. O seu cheio estava estampado nos tecidos da cama, aquele cheiro lembrava o de Fernando.

- Fernando, Fernando, por que você não sai da minha cabeça? - escorei a cabeça na cabeceira da cama, e senti uma lágrima escorrer.

Eu queria que alguém me explicasse qual a diferença entre paixão, amor e loucura. Queria entender o que era aquilo que eu sentia pelo Fernando. Por que aquilo me fazia tão mal, e ardia tanto dentro do meu peito. Viver sem o Fernando era igual a não viver. Quanto mais eu pensava, mais saudade eu sentia, no entanto não pensar nele era tão impossível como esquecer de respirar.

Chegamos na pizzaria, e o local estava animado.

- acho que hoje eu vim mais a caráter. - Julio Cesar sorriu.

- e eu vim parecendo um mendigo. Passei o dia com essa roupa. - sorri.

- ta um mendigo engraçadinho. Eu te adotaria - disse Julio sentando ao meu lado.

- O que vai ser? - disse Juan.

- massa. - falei inocente.

Todos riram.

- o que falei de errado? - olhei para eles sem conseguir entender.

- nada não Gabriel. - Julio Cesar sorriu.

Fiquei desconfiado.

Os garçons começaram a passar com diferentes sabores de pizza. O Juliano batia colocado, já Julio era mais contido.

Uma dupla sertaneja começou a tocar umas músicas, animando ainda mais o ambiente.

Já passava das dez, quando eu vi a pior imagem da minha vida: Fernando entrou acompanhado de uma garota. O cara pousou os olhos em mim, e pareceu não se importar em ter sido visto.

Cortei uma fatia da pizza, mas não consegui leva-la a boca. A visão do Fernando ficou congelada em minha mente, e me travou completamente.

Eu queria sair dali, eu queria encontrar um lugar pra respirar.

Julio olhou para mim, e em seguida para a mesa do Fernando.

- não é só uma simples amizade né!? - perguntou ele.

- que!?

- você e o rapaz da outra mesa. São mais que amigos né!?

Olhei para Julio, depois para Fernando, e uma lágrima teimosa acabou caindo.

Continua...


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Comentários

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Berg, tu escreve muito bem cara parabéns!!! Estou ancioso pra o próximo capítulo!!!

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Acho que o Gabriel está dando uma moral desnecessária para o Fernando, o cara só da bola fora e Gabriel não desencana. Segue pra frente, eu queria era o Gabriel com o Victor, mas até o Beto serve.

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Berg, se você me ama continua esse conto, Gabriel é muito eu na vida mano kkkkkkkkkk to adorando

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Mas aparecer com uma polda na frente do Gabriel? Kkkk q coisa. Tem que atentar pro nosso protagonista não ser desejado até pelos cachorros da rua né, pq se não vira clichê msm. E esse outro não estava quase morrendo? Já ta se entupindo de massas vinhos? Pode aumentar esses capítulos tmb, já pode

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Fernando pau no cu faz merda outra vez, afff!!

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Continua.... Teu conto é muito bom... Sou teu fã! E eu quero dar na cara desse Fernando!

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NOSSA, COMO FERNANDO ESTÁ SENDO CANALHA. O CORAÇÃO CARENTE DE GABRIEL NÃO VAI AGUENTAR AS SEDUÇÕES DE BETO, JULIO, JUIANO, JUAN ETC ... RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS DEPOIS NÃO RECLAMA FERNANDO BABACA.

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nossa como sempre incrível. Aí, fico mega ansioso pelos proximos capitulos. poderia aumentar um pouco né. falando de Gabriel , fico impressionado com ele. Não tentar dar uma explicação a Fernando. E fica nessa de ficar ignorando o cara, e depois fica cheio de sentimentalismo, loucura.

posta logo! Bjjjs

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e toma cuidado nessas colocações do personagem Gabriel para tbm não cair no clichê dele ficar sendo desejado por todo mundo e virar a puta da história rsrsrsrsr

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quando eu ia falar...passaram na frente...rsrsrjustamente Martines tirou as palavras da minha boca, o Fermando vai se arrenpender do que fez, ai seria uma boa hora pro gabriel dar o troco com beto num restaurante em que o Fernando esteja com os amigos!!!! ou familiares e não aguente e assuma o posto dele ao lado do gabriel,levante e mande ele sair de perto do namorado dele!! achei que o irmão do Fernando já tinha contado o mau entendido porém, o berg seguiu minha dica de não fazer uma reconciliação muito rápida pro conto não ficar meloso demais, e também a dica de voltar a deixar o conto maior,continue assim a nos instigar......e poste logo kkk

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To começando a torcer pelo Beto! Ele parece estar interessado no Gabi... esse Fernando é muito babaca! Pegando raiva dele!

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Queria muito que o Fernando e o Gabriel ficassem juntos....

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Não disse que o Fernando ia fazer merda, que ia "trair" o Gabriel, agora quando o Victor falar pro Fernando sobre os bicos do Gabriel, ele vai se arrepender. O Gabriel merece coisa melhor, o Juliano e o Beto tão solteiros e o Beto já tá começando a investir kkkk

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Não disse que o Fernando ia fazer merda, que ia "trair" o Gabriel, agora quando o Victor falar pro Fernando sobre os bicos do Gabriel, ele vai se arrepender. O Gabriel merece coisa melhor, o Juliano e o Beto tão solteiros e o Beto já tá começando a investir kkkk

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