A história impossível de nós dois. (Capítulo 41-Penúltimo Capítulo/Parte 1)

Continuando...

Lentamente fui despertando e quando consegui voltar a mim,notei que não estava mais na praça e sim em um pequeno quarto mal iluminado.Uma pontada forte na parte de trás da minha cabeça,deixou bem claro que eu não estava sonhando e sim vivendo algo bem real.Mais como eu havia chegado aquele local?

Tudo que lembrava era de ter chegado a praça e depois tudo tinha ficado escuro,e então acordei nesse quarto.Com meus pensamentos dando voltas sem chegar a lugar nenhum,decidi me levantar e tentar ver o que descobria,mais ao fazer isso,não sai do lugar e notei que estava preso.Ao olhar para os meus pulsos,vi correntes grossas e as seguindo com o olhar,percebi que me prendiam a parede.

Eu estava acorrentado!!!

O pânico subiu pelo meu corpo e se enrolou em volta do meu coração,como uma cobra em volta da sua presa.Mesmo sabendo que era inútil,tentei me soltar e a medida que puxava as correntes,senti o metal cortar a minha carne e o local queimar intensamente.

-Pare Lúcio,está se machucando!...Não vê que é inútil?-Uma voz perguntou,vinda das sombras e se aproximando a passos lentos.

Não precisei raciocinar para reconhecer aquela voz,mais custei a acreditar que fosse ele realmente,afinal ele tinha sido um anjo em minha vida desde o começo,e nunca pareceu ser capaz de cometer alguma maldade.

-Fred?...Não,não pode ser...Não,tu não!-Lamentei após,conseguir ver o seu rosto.

-Não queria que as coisas fossem dessa maneira,Lúcio...Mais você não me deu escolha.-Ele disse em tôm acusador.

-Tu que me acorrentou aqui?...Porque?-Perguntei,minha voz saindo com dificuldade.

-Você acha que eu queria chegar a isso?...Não Lúcio,tentei cuidar de você e te fazer feliz em algum longe daqui,mais você abriu mão de mim em um piscar de olhos e não pensou duas vezes até correr para os braços daquele maldito miserável.-Fred respondeu cada vez mais alterado.

-E só por isso me mandou aquele bilhete,pra me atrair e me trazer até aqui?-Perguntei de cabeça baixa,pois não conseguia lhe encarar.

-Não Lúcio,eu não fiz nada disso,apenas ajudei o meu irmão a fazer...Mais não imagina como dói vê-lo desse jeito,meu pequeno anjo.-Fred disse,se aproximando.

-Então me tira daqui...Se gosta de mim,me solta e deixa eu ir pra casa.-Implorei,meus olhos cheios d'agua.

-É muito tarde pra isso,Lúcio...Agora você tem contas a acertar e não posso tirar o prazer dele,não depois de tudo que fez por mim.-Fred disse,após se abaixar e apanhar o meu rosto,fazendo com que eu olhasse pra ele.

-Eu pensei que gostasse de mim!-Disse baixinho,o olhando com tristeza.

-Gosto?...Eu o amo desesperadamente,mais confesso que prefiro vê-lo morto a deixar que volte aos braços do Eduardo.-Ele disse abrindo um sorriso insano.

Suas palavras penetraram fundo no meu ser,despertando o choque e surpresa.Olhei para ele e senti como se não o conhecesse mais,pois o Fred que conheci era um homem meigo e carinhoso,não aquele louco e de palavras tão duras e cruéis.

-Me ama?...Que raio de amor é esse que deseja a minha morte e ainda sente prazer com a idéia?-Perguntei por fim.

-Engraçado!...Seu pai disse a mesma coisa,minutos antes de morrer.-Ele disse,se levantando e passando a caminhar em círculos.

Senti como se ele tivesse me dado uma bofetada e não consegui desviar os olhos de seu corpo que se movia lentamente.A medida que o choque inicial das palavras que havia dito,foi diminuindo,consegui entender seu significado e então o choque e a surpresa deram lugar a raiva e porque não,também ao nojo.

-Tu é um assasino...Um assasino miserável!-Disse,desejando estar livre e poder fazê-lo sentir tudo que estava dentro de mim.

-O amor que eu tinha por seu pai,era maior do que tudo que conhecia e as vezes me dava até desespero...Acredite em mim,Lúcio.Mata-lo foi como se eu matasse a mim mesmo...Uma dor tão grande que quase me destruiu!-Fred disse após alguns minutos em silêncio,sua voz demonstrando tristeza.

-Amava o meu pai?...Não,não é verdade...tu podia sentir qualquer coisa por ele,mais não chame de amor,porque quem ama não tira vida do outro por nada.-Rebati,a raiva se transformando em ódio após sua confissão.

-Por nada?...Seu pai queria me abandonar,logo eu que sempre fiz tudo por ele...E sabe o que ele dizia?...Que não aguentava o meu ciúme,que estava cansado das minhas cobranças e queria um pouco de paz...Mais eu não era burro,eu sabia que no momento que eu virasse as costas,ele iria pra os braços do Eduardo...E eu poderia suportar qualquer coisa,mais isso não,não podia e tive que matar o homem que eu amava.-Fred disse transtornado,seus olhos enchendo d'água.

-Tu é louco,seu doente...Assasino maldito,vá pra o quinto dos infernos.-Disse com tant ódio,que fiz as correntes chacoalharem.

-Não,não fale assim comigo meu anjo...Eu fiz isso porque o amava,mais o culpado é o Eduardo...Ele me obrigou a matar o seu pai!-Fred disse,enquanto caia de joelhos a minha frente.

-Como é que é?-Perguntei chocado pela mudança repentina em sua atitude.

-Se o Derson tivesse conseguido matar o Eduardo há seis anos atrás,eu não teria que ter feito isso com seu pai e hoje nós três seríamos uma família...Então é tudo culpa dele...Se ele tivesse morto,tudo seria diferente.-Fred disse com desespero.

-E porque o tal Derson não conseguiu matar Eduardo?-Perguntei,já imaginando a resposta.

-Por causa da maldita noivinha dele,aquela vagabunda o protegeu e tomou os tiros que eram pra ter dado um fim a vida daquele desgraçado.-Fred respondeu em uma nova mudança,agora demonstrando rancor.

Fred havia sido o responsável pela morte de uma moça inocente e nem sentia remorso ao confessar isso,ao contrario,tratava isso como um fato comum e sem importância.

-Sai daqui...Vai embora...Sai!-Disse,sem suportar mais ter que olhar pra cara dele.

-Não,não me peça isso...Por favor entenda,ela merecia a morte,por ter se envolvido com aquele demônio.-Fred rebateu,agora mostrando desespero.

-Demônio aqui é tu,seu maldito...Como teve a coragem de tirar a vida de alguém inocente,que nunca te fez nada?-Perguntei,enquanto o encarava.

-O que posso fazer se ela preferiu dar sua vida em troca da dele?...O pior é que o desgraçado aprendeu a se cuidar e minhas novas tentativas de acabar com a vida miserável dele,falharam e eu fui obrigado a abrir mão do homem que amava.-Fred disse,tentando me tocar.

-Não chegue perto de mim,seu assasino...Desgraçado,maldito!-Disse,tentando me manter longe de suas mãos imundas.

-Não me trata assim meu anjo,não sabe o quanto me mágoa.-Fred disse transtornado,levando as mãos aos cabelos e os puxando com força.

-Eu acreditei que tu era legal e eu tinha um carinho enorme por ti,te considerava como alguém especial,um amigo a quem nunca poderia perder...Mais agora eu vejo o verme que tu é,tu não merece nem o ódio que sinto pelo mal que causou ao meu pai.-Disse quase aos gritos,tentando chuta-lo para longe de mim.

-Tudo que fiz foi por amor...Me entenda!-Ele pediu mais uma vez,tentando se aproximar.

-SAI DE PERTO DE MIM!-Gritei.

-Lúcio eu sei que tá com raiva,mais diz que gosta de mim...e eu te tiro daqui e nós vamos ser feliz em outro lugar.-Fred implorou.

-Isso é patético,Frederico...Implorando amor de um vermezinho como esse?...Você é digno de pena!-Uma voz fria e agourenta soou,interrompendo o que eu ia falar naquele momento.

Em questão de minutos,um homem saiu das sombras.Sua aparência era tão grotesca e disforme,que fechei os olhos,sentindo meu estômago embrulhar.

-Não feche os olhos...Aprecie a obra do seu pai,veja no que ele me transformou.-O homem disse.

-Quem é tu?-Perguntei sem fazer o que pediu.

-Em outra vida,me chamavam de Carlos,mais agora prefiro que não me chamem por nenhum nome,não me considero mais humano para merecer isso.-Ele respondeu.

-O que quer comigo?...Me deixa ir embora!-Pedi em lágrimas.

-Seu pai era um monstro sem alma,já você é a semente que ele deixou e não posso permitir que floresça...Meu objetivo é eliminar você,e se você for esperto,não vai resistir.Afinal deve saber que matar você,é um bem que faço para a humanidade.-Ele rebateu com frieza.

-Os dois são doentes...Tu e ele precisam de um bom tratamento,seus loucos.-Disse agoniado.

-Prometi ao Fred que lhe contaria a sua história,quem sabe ao terminar de ouvir,não mude de opinião e perceba que a morte é bem melhor do que carregar o sangue de um homem tão mal quanto Lúcio Barroso.

-Ou talvez continue adorando o pai como sempre,afinal ele é capaz de se banhar no sêmem de alguém bem pior...Eduardo Almeida!-Fred disse,de costas para nós dois.

-Bem lembrado,só que se nós dois analisarmos bem,Eduardo chega a ser melhor que Lúcio Barroso...Mais isso não limpa o sangue de tantos que ele carrega nos ombros...Lúcio Barroso pode ser considerado como Satanás encarnado e Eduardo como aquele outro demônio,tão perigoso quanto.-Carlos disse pensativo.

Continua...

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Olá,boa noite...

E meu celular resolveu dificultar as coisas,mais amanhã posto a segunda parte deste capítulo.

Chria bem tinha que parar em algum lugar,né?kkkk

Missy vou tentar não sumir de novo,prometo.

Martines desejo realizado,se bem que ainda há mais.kkkk

VALTERSÓ eu arrisco a dizer que Lúcio pode confiar nele mesmo.kkkk

Thitop assim que finalizar este,toco o do Miguel também que têm muitos mistérios.kkk

Ru/Ruanito,impact,Atheno,K.m.s,BRUNO NEGAO e Vitinho165 obrigado pelos comentários e notas.

Espero que gostem desse capítulo...

E até mais!