Ação e Reação - De Saco Cheio

Queridos boa noite primeiramente quero agradecer os votos e comentários, ele estão me motivando a continuar escrevendo inclusive a segunda temporada já.Quero avisar que na parte 1 do capitulo do Mario houve um erro, quando Fernando olha a foto ele não tinha 6 anos nela e sim 4.

Venho avisar que esse é o penúltimo capítulo antes da segunda temporada que será marcada pelo Fernando indo morar sozinho.

Sem mais delongas vamos ao conto.

AbelhaleitorA: Que bom, mais um leitor novo comentando aqui, não pare seu trabalho por causa do meu conto rsrsrs. Mudando de assunto cara eu discordo com o fato do Nando ser mimado, se você tem 14 anos e é agredido por ser gay pela pessoa que você mais confia que deveria lhe proteger, tem síndrome do pânico , faz terapia e essa pessoa aparece de novo 5 anos depois e tenta fazer da sua vida um inferno você não é mimado.Nando aprendeu da maneira mais cruel que nem em todo mundo se pode confiar, e pior ele não odeia o primo Marcos, Fernando tem evoluído muito do início do conto pra cá.Ele é esquentadinho sim, sangue italiano e personalidade forte justificam isso.Enquanto Marcos joga na cara que é rico o Nando não faz isso,ele vai se tornar independente logo logo o que vai deixar Marcos muito puto.

Talles de Lima:Querido que bom você aqui comentando, não minto alguns leitores que comentam aqui eu eleio os comentários pra ver se não estou pecando no conto, se está faltando algo enfim.Sim foi uma fase difícil mas passou hoje estou bem.Você tem razão amor e ódio andam juntos, amor fraterno e carnal também.Marcos vai se mostrar muito, mas muito diferente com o primo quando passar por uma situação onde lembranças serão desenterradas.Continue acompanhando e obrigado por comentar.Em relação a faculdade, não se preocupa não a minha pós começa semana que vem de novo e eu to pirando já rsrsrs

Yaf: Olha se não é o maior fã do Luiz(confesso que também sou), que bom ter você opinando cara. Então o Marcos é um Geovane mais novo, entenda o Geovane é super protetor,tire dai suas conclusões, você percebeu que é o Marcos que sempre caça confusão com o Nando , no próximo capítulo que é o último em Caldas Novas vai ter um momento que o Nando vai pegar a carteira do Marcos sem querer e ele fica confuso com o que vê dentro.O Mario é o padrinho e realmente não tem grau de parentesco nenhum entre eles então não é pecado kkkkk, o Luiz vai se mostrar decidido nesse capítulo e ele fará algo com a Nando no próximo.O Geovane é pai, independente do filho ser o que é ele ama Marcos mas começa a poda-lo,querido não tem como esquecer o Luiz, ele vai explicar toda a situação pro Nando que infelizmente pra alguns é apaixonando por ele,só te digo algo,música,mojito, Calda Novas e um calor de 36° revelam surpresas e uma cena de ciúme dentro da piscina rsrs.O Nando vai se mostrar mais decidido quando ir morar sozinho.

Nayarah: Que bom que você gostou, o Mario estava um pouco apagado no conto, não só ele alguns personagens vou trabalhar melhor enfim...era a minha intenção revelar que ele é padrinho do Fernando só na 2° temporada, mas decidi adiantar um pouco pra dar um pouco mais de ação ao conto.Mario vai ter uma boa participação ainda no conto.Obrigado por comentar.

marc01CL: Como vai querido, então desde quando criei o Mario era essa a ideia, ser o padrinho do Fernando, foi um momento de tesão entre os dois e nada mais que isso, tanto Nando como Mario mereciam essa transa e por que não ser com o próprio padrinho, claro que ele só soube disso quando já tinham ido pros finalmente, decidi de última hora que seria com ele e não com um estranho por que o Nando não é promíscuo, pelo menos não por agora e também foi uma forma de aproximar os dois, mostra confiança da parte do Mario pro Nando, tanto é que ele se sentiu culpado mas tem aquele ditado quando um não quer dois não fazem, Nando que também queria explicou e Mario desencanou. Ahhh o Luiz....ele resolveu aparecer no Resort junto do Marcos e da “santa” Stephany que vai se mostra ser uma piranha de primeira, Luiz está fazendo ciúmes no Nando ao mesmo tempo que tenta não demonstrar na frente dos outros o interesse que tem pelo querido “ursinho carinhoso”, será amor ?será obsessão? Eu te confesso que to com muita raiva de mim mesmo por fazer a caveira do Luiz kkkk ele inda vai demonstrar ser muito instável, será que realmente existem loucuras em nome do amor?Ai que está o problema, o Nando está começando a perceber que gosta muito do Luiz mas algumas ações dele vão afastar Nando.O Marcos demonstra um ódio acima do normal pelo primo, mas o Marcos também usa isso pra chamar a atenção do primo, ele é um Geovane mais novo, o fato nunca foi a condição sexual do Fernando, ele usa isso pra atingi-lo, ele ainda acha que o Nando é aquele menino bobinho que ele quase matou a pancada quando ele tinha somente 14 anos, ai eu te digo, lembranças foram esquecidas ou pelo menos deixadas de lado, ambos terão que resolver isso....O Geovane avisou o Marcos aonde estariam, ele realmente não convidou o filho pra ir junto, mas Marcos é esperto e o fato deles terem ido viajar no carro que está no nome do primo, coisa que Nando não sabia, possibilitou eles de acharem o hotel, meu caro o que o Geovane tem de grande, tem de coração mole, eles discutiram mas não mandou o filho embora, vou tratar disso nesse capítulo.O Nando está evoluindo a cada dia mais, na minha “realidade” o Nando é um projeto que sofreu várias revisões e foi sendo aperfeiçoado cada vez mais rsrsrs . Agora querido, obrigado mesmo, eu decidi contar um pouco da minha história para os leitores por que eu devia isso a mim mesmo e ao Gabriel, hoje estou bem estou feliz, e a história vai continuar mais excitante a cada capítulo.

CintiaC: Querida que bom que gostou do meu relato, fico feliz que tenha gostado do capítulo também. Você passou por uma barra hein, agora sei por que simpatizei com você, um espirita reconhece o outro rsrsrs, como disse na época foi complicado cheguei a me culpar por viver, mas como nada acontece por acaso depois da carta psicografada decidi me reerguer e voltar a viver, hoje devo muito ao Gabriel, fica aquela saudade gostosa, mas hoje já não me permito chorar mais, só faria mal a mim e a ele, o Robson é um anjo na minha vida, agradeço muito a ele, no início do nosso relacionamento fiquei meio com um pé atrás, o fato dele ser “ex – hétero” e meu primo foi complicado, minha vó não fala com a gente até hoje, dizendo que somos pecadores e que iremos para o inferno, mas liguei o foda-se, toda forma de amor é válida.Abraço.

paiper trovao: Obrigado, foi barra mas estou aqui firme e forte, eu aprendi muito com isso tudo sabe, quis expor um pouco da minha vida e explicar o motivo do conto.Sabe aquele ditado que diz que a ocasião faz o ladrão, então o Luiz é esse ditado em forma de pessoa rsrsrs...Você percebeu que Marcos faz de tudo pra ter a atenção do Fernando né?Então....

Plutão: Que bom que você encontrou o conto e esteja gostando.Respondendo a sua primeira pergunta feita no relato o Marcos é inspirado no Robson sim, ele odiou a ideia e fez um drama ao ponto de chorar dizendo que eu via ele desse jeito, como alguém que me machucava, eu tive que ficar longos 40 minutos explicando a ele que sim o personagem foi inspirado nele mas só a questão do soco inclusive esse que eu revidei já que nunca fui de levar desaforro pra casa, ai expliquei que ele não chegou nem perto do que o Marcos da história iria fazer e ele foi se acalmando, inclusive ele tem uma mania engraçada de sempre me fazer carinho no rosto do lado que ele me deu o murro, uma vez eu falei que já tinha esquecido e que ele não precisava ficar me alisando mas ele não e que era forma de mostrar que ele nunca quis me machucar enfim..também usei o nome Fernando já que é meu segundo nome por que eu gosto mais do que William. O William é o culto, o adulto rsrs o Fernando é o meu lado arisco, um pouco imaturo pelo menos é o que dizem rsrs, e o Nando do conto ainda está aprendendo a viver.O tio tenta ser imparcial e agora ele está mais esperto em relação ao Marcos, ele quer ter os dois embaixo de suas asas mas vai perceber que pode custar a integridade física de Nando.eles tem uma condição financeira muito boa mesmo.Ele sai de casa daqui a dois capítulos.Abraço.

Atheno: Respondendo ao seu comentário do relato, eu morei em São Luiz (MA) em 2011, entre janeiro de 2012 e agosto de 2012 em Belém e entre Setembro de 2012 a Agosto de 2013 morei em Marabá, depois disso voltei a São Luis onde fiquei até janeiro de 2014 ai já quase formando vim de volta pra Belo Horizonte cara, eu morei junto com os meus pais, eu não cheguei a morar com o Gabriel, mas como ele era da mesma construtora que meus pais e eu então estávamos sempre juntos, inclusive fui estagiário dele rsrsrs na época da doença foi tudo rápido 4 meses e meio pra ser exato entre o diagnóstico e sua morte.Cara conheci Parauapebas e uma galera que estudava comigo em São Luiz é dai.

Agora em relação ao corpo do Fernando ele se aceita como ursinho sim, claro a vergonha pelo corpo fora dos padrões impostos pela sociedade ainda pega ele as vezes, amigo vou te falar eu sou grande também tenho 178 e 95 kg faço academia pra manter peso e moldar um pouco o corpo sou peludo e te falo sou feliz assim, sou gordinho sou um bearzinho e adoro, o Robson é maior que eu, ele é parrudão meio sarado já que lida com fazenda, mas deve estar na faixa de uns 110 a 120 kg ele é alto 1,92 e tem uma cara de mal inclusive ele ta puto aqui do meu lado por que eu escrevi isso. Eu decidi criar o Nando e os homens da família Parcianelo desse jeito grandes e peludos por que vejo muito conto aqui na CDC com aquele clichê “ tenho olhos azuis, sou louro, magro com a bunda empinada e sarado de academia, gostosinho ”, cara nada contra mas simplesmente não me da tesão,não faria um conto usando uma aparência dessas, a minha família é do norte da Italia onde geralmente sua características são morenos de olhos verdes, castanhos ou escuros, decidi usar na família do Nando também, finalizando não sinta vergonha do seu corpo amigo, eu já passei por isso e desencanei, se permita ,não deixe de curtir por que você acha que podem achar seu corpo imperfeito, ligue o foda-se....

FlaAngel: Que bom que você gostou, o Fernando vem evoluindo mais e mais...você vai se surpreender com ele ainda.

Cellinho: Bom saber disso, eu notei que tem muito kardecista aqui na CDC e fico feliz que alguns acompanham meu conto, vai ser um assunto que devo tratar na segunda temporada em um capítulo, só estou tentando demonstrar sem gerar polêmica. Realmente conciliar amor e religião é complicado, mas no caso do Gabriel eu também fiquei chateado que como médium eu não consegui ter contato com ele, a médium que me ajudou e me entregou a carta psicografada me disse que foi uma maneira de não me abalar mais ainda pois na minha condição na época ele vim até mim seria complicado, ambos estávamos sofrendo.Quando finalmente recebi sua visita ele estava feliz o cheiro de flor e a calma no quarto que eu estava com o Robson era extremamente leve, eu sentia a energia positiva que ele transmitia a mim, cara ali eu percebi que tudo o que aconteceu me levou aquela noite, Gabriel não me deixou desamparado, ele me levou ao meu grande amor.Foi ali que começava uma fase nova na minha vida. Querido mudando de assunto e respondendo a sua pergunta eu moro em Belo Horizonte e não se preocupe com os erros ortográficos, se eu não revisar o meu conto mais de uma vez até parece que eu não fui alfabetizado rsrsrs...

Ação e Reação – De Saco Cheio...

Marcos Narrando...

Após a cena feita por Luiz decidimos almoçar logo, Stephany nos acompanhou no almoço e então se despediu da gente pois teria um compromisso mais a tarde e não poderia nos faltar,eu e Giovanna decidimos dar uma voltas pelo shopping e olhar algumas lojas já que ambos precisávamos comprar algumas coisas e resolveríamos tudo hoje mesmo.Estávamos andando por um corredor que tinha algumas lojas de marca e Giovanna logo olhou empolgada para uma vitrine, soltou da minha mão e me avisou que era pra mim ir me virando com as minhas compras que logo me encontraria, olhei pra ela frustrado mas dei de ombros, segui andando e mais e duas lojas a frente encontrei uma de grife que vende ternos masculinos, resolvi entrar, como eu estava precisando renovar meu guarda roupas mesmo e conhecia a reputação da loja pois era acostumado a comprar em uma franquia dela em São Paulo então sairia satisfeito.

Logo quando entrei na loja e olhei ao redor , vi que ali não entrava qualquer um, ainda bem, a loja era toda decorada com preto e cinza e era bem iluminada deixando o ambiente com mais classe, de fundo tocava uma musica eletrônica muito boa. Estava ainda próximo a porta e que haviam dois atendentes com clientes e olhei mais a fundo esperando encontrar alguém pra vim me atender, um atendente veio em minha direção,ele resolva mais do que o normal, veio se aproximando de mim e percebi pela voz fina e pelos trejeitos afeminados que se tratava de uma bichinha, ele ainda me secou de cima a baixo com um sorrisinho medíocre na cara, fiquei puto pois eu acho que essas lojas de grife deveriam contratar gente decente para atender os clientes e não essa gentinha.

- Posso ajudá-lo senhor? – perguntou ele todo cordial, me deu náusea só de pensar em ser atendido ou ser tocado por uma aberração dessas, eu já convivia com meu primo não precisava de mais um desses perto de mim.

- Pode... – respondi seco sem olha-lo – pode chamar outra pessoa pra me atender, pois fico mais confortável com alguém normal me atendendo – disse de forma arrogante e superior pra ele que tirou o sorrisinho da cara visivelmente constrangido. Quase fiquei com pena da cara que ele fez, mas lembrei que sou cliente, tenho dinheiro e é meu direito escolher quem me atende.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou um homem de meia idade vindo dos fundos da loja – algum problema senhor? – perguntou preocupado entre pra mim e o atendente.

- Sim! – disse de forma arrogante – quem é você? – perguntei.

- Sou Rafael, o gerente e dono da loja! – exclamou – posso ajudá -lo? – perguntou.

- Sim – disse cruzando os braços e fechando a cara – eu quero ser atendido por outro funcionário e não por ele – disse com olhar de deboche apontando pro atendente ao seu lado, Rafael olhou pra ele e este baixou a cabeça, ele ia se ferrar, sorri em pensar nisso.

- Pablo, pode deixar que eu atendo esse senhor, vá atender aquele casal que está entrando por favor – disse ele apontando pra porta e seu funcionário se dirigiu até eles. Fiquei indignado, pois ao contrário do que eu imaginava ele não chamou a atenção do viadinho e nem me deu satisfação.

- Por favor senhor... – pigarreou ele.

- Marcos... Marcos Parcianelo – disse estufando o peito e estendendo a mão a ele que não retribui o cumprimento, no entanto fez uma expressão de surpresa que eu não entendi. Achei a postura dele muito deselegante.

- Então, veio ver algum terno para o senhor? – perguntou ele frio mas educado.

- Olha – disse eu correndo os olhos pela loja – eu preciso de ternos, de preferência pretos ou então cinza escuro, corte italiano ou similar pois são pra uso profissional, também quero dois cintos e meia social – completei.

O Rafael me analisou e pediu para segui-lo, ele então me ofereceu água, café e licor os quais eu declinei, após ver alguns modelos gostei de dois deles, ambos com corte italiano, um preto e outro azul escuro quase preto, comprei os dois e levei ainda algumas camisas sociais e dois coletes.Enquanto esboçava um sorriso de satisfação pela compra o gerente me olhava sério, não era impressão minha, o Rafael estava me tratando de maneira fria, não gostei, ainda mais por que gastei uma boa quantia aqui na loja.

Já havia passado uma hora que estava na loja e já estava pagando pelas compras, estava de saída e o atendente que eu tinha dispensado passou por mim baixando a cabeça para não me encarar, melhor assim, gente do tipo dele tem que saber seu lugar.

- Senhor Marcos – ouvi Rafael me chamar, ele chegou perto de mim.

- Pois não – disse a ele.

- Antes de o senhor sair eu gostaria de lhe falar algo – ele estava sério, no mínimo iria se desculpar pelo atendente ou o modo que me tratou enquanto me acompanhava nas compras.

- Pode falar, sou todo ouvidos – disse sério e de forma arrogante.

- Olhas senhor Marcos – disse ele pausando e olhando pros lados pra se certificar que ninguém ouvia - eu conheço a muito tempo seu pai o Geovane, ele sempre compra os ternos aqui comigo e sempre vem com ele um rapaz muito educado chamado Fernando que pelo que sei é seu primo não é?Então, o atendente que você destratou por causa da condição sexual quando foi lhe atender é meu filho, e geralmente é ele que atende seu pai e seu primo, é pela educação deles e pela amizade que tenho com seu pai que eu não abro um processo por homofobia e danos morais contra o senhor ... – interrompi.

- Não fale de processos comigo – disse alterando a voz perdendo a paciência – eu ...fui interrompido.

- Baixa essa voz dentro da minha loja – disse ele de forma calma – é pelo respeito que tenho ao seu pai que peço que não volte aqui, pois não será recebido entendeu! – exclamou sério.

- Você acha que é quem pra falar comigo assim? – perguntei a ele com raiva.

- Eu sou um pai que faz de tudo pra proteger um filho, e agora me de licença, tenho clientes para atender, isso é tudo senhor Marcos, por favor – apontou para a saída da loja.

- Se eu soubesse que a educação de vocês era essa e o nível de gente aqui era duvidoso teria ido em outra loja melhor que esse – me virei e sai enfurecido, eu não acredito que um dono de loja me destratou por causa do filho bicha, é por isso que esse povo não se da bem na vida, esse mundo ta perdido, daqui uns dia teremos áreas onde só gays vão poder ir, ohh raça.

Estava espumando de raiva enquanto andava pelos corredores procurando Giovanna que já não estava mais na loja onde ela havia entrado, andei alguns minutos até que encontrei ela que estava de costas conversando com uma mulher que aparentava ter a idade dela, quando a mulher me viu disfarçou e saiu indo em direção ao estacionamento, eu achei estranho aquele comportamento e cheguei perto dela, quando toquei em seu ombro ela deu um pulo de susto.

- Quem era aquela conversando contigo? – perguntei pra ela que me olhou nervosa.

- Quem? – ela se fez de desentendida, Giovanna não sabia mentir.

- Qual é Giovanna, eu não sou burro, não me enrola, quem era aquela mulher que estava aqui conversando com você? – perguntei impaciente, ela decidiu me contar.

- Era uma amiga que há tempos não via, por acaso nos encontramos em uma das lojas e resolvemos tomar um café e por o papo em dia – explicou ela, era só isso, dei de ombros e chamei ela pra irmos embora, ainda tentava digerir a maneira como fui tratado na loja um pouco antes.

- Amor o que foi? – perguntou ela preocupada vendo meu semblante de raiva.

- Nada! – disse sem olha-la,estávamos de mão dada e ele parou me segurando também.

- O que aconteceu Marcos, você não estaria nervoso se não fosse nada – disse ela me encarando séria.

Contei a ela o que ocorreu na loja e ela ficou pasma me dizendo que o pior que fosse eu não poderia ter feito isso, pois poderiam me processar por homofobia ou danos morais e que eu devia ter me controlado já que como advogado eu sabia o que poderia me acontecer.

- Mas é errado Giovanna! – exclamei – eu tenho nojo de viado – Giovanna fez uma expressão de surpresa, não entendi.

- Sim é, eu mesmo tenho horror a essa gentinha, eles que são o expurgo do mundo, mas hoje tem leis Marcos, você não sai simplesmente falando, se você difamar um deles está fudido! – me repreendeu.

- Ta bom Giovanna vamos pro carro que eu quero ir pra casa – disse já cansado dessa conversa - só de saber que vou ter que aturar meu primo lá hoje eu já to com raiva – completei.

Fernanda me deu a mão e me disse que ia me levar pra sua casa que me faria esquecer do ocorrido.Passamos o resto da tarde transando que nem loucos, e depois descansamos um pouco.Eu estranhei a Giovanna ela costumava ser mais carinhosa e mais quente na cama, acabei dormecendo.

Acordei com uma ligação no meu celular, olhei na tela e vi que era meu pai,sai do quarto e pra atende-lo.

- Oi pai – disse enquanto me escorava na parede.

- Oi filho – disse ele com ternura, sempre gostei dessa forma do meu pai falar comigo – você está onde? – perguntou.

- Estou aqui na Giovanna, devo ir logo pra casa mas só pra tomar banho e buscar roupa, vou voltar e dormir aqui – disse, essa era a maneira de evitar o Fernando também.

- Tudo bem, só estou ligando pra lhe avisar que não estarei em casa no fim de semana – disse ele sério.

- Por que não? – perguntei curioso, se bem conheço meu pai seu programa de sábado é o boliche e a bebedeira com seu Antônio e o pessoal do clube e domingo em casa na piscina.

- Estou indo pra Caldas Novas com o Mario e o Fernando passar o fim de semana lá e só devo voltar segunda na parte da tarde – disse ele, percebi ele estava animado e meu primo ia junto mas eu não ia aceitar, faltaria o serviço e ele é meu funcionário por mais que eu não quisesse admitir se tivesse algum imprevisto no escritório precisaria dele, não permitiria uma falta sequer.

-Pai, o senhor pode ir mas o Fernando não!- exclamei como ordem.

-Por que não? – perguntou meu pai mudando o tom de voz – eu vou fazer uma coisa diferente com ele pois a semana não foi fácil não, e seria muito bom se você entendesse isso Marcos – meu pai disse de forma calma quase como um aviso.

- Não vai não, ele está trabalhando pra mim agora pai! – exclamei com raiva.

- Eu sou o chefe dele Marcos! – falou impaciente alterando a voz - mas acima de tudo sou o tio, ele vai sim e se você tentar se intrometer ou encrencar com ele nós vamos ter uma longa conversa depois ta me entendendo? – avisou meu pai, engoli em seco, não teria coragem de passar por cima de uma ordem dele, por mais que eu odiasse o Fernando eu não desapontaria meu pai.

- Ok, mas já que todo mundo vai eu também vou, ou não faço mais parte da família? – perguntei de forma irônica.

- Marcos eu nâo disse que você não faz parte da família, mas vou logo lhe avisando, o fim de semana eu vou passar com o Fernando e com o Mario, pois eu devo isso a seu primo, já que fui muito duro sem ele merecer – que papo era esse do meu pai, será que ele vai amolecer o coração pro Fernando de novo.

- Tá, mas em que hotel vocês vão ficar? – perguntei pois se conseguisse iria sair agora a noite e dormir por lá.

- Olha Marcos nem sei o o nome direito, depois eu olho e te falo – disse meu pai, era visível ele não queria me dizer o hotel, fiquei chateado.

- Pai faremos assim, amanhã eu vou pra Caldas Novas e encontro vocês ai, pode ser? – perguntei a ele que demorou mas respondeu.

- Tudo bem Marcos, mas vê lá o que você vai aprontar hein... – disse irônico.

- Vou com a Mercedes ta bom – avisou ele.

- Ok – sorri, a caminhonete está no meu nome, se eu entrar com meu login no sistema descubro em que hotel eles estão.

Meu pai desligou o telefone e eu conversei com a Giovanna que no outro dia sairíamos cedo pra Caldas Novas, ela se animou e eu resolvi ir em casa arrumar algumas coisas.

Luis Narrando...

Após o Fernando me flagrar com a Stephany no shopping percebi a burrada que havia feito e me senti muito mal. O problema foi ver que o Fernando estava com o Felipe e nem me deu moral, aliás quem sou eu pra exigir alguma coisa dele já que eu que fiz a merda toda, resolvi dar um tempo e sair do shopping, além do fato de ter magoado ele, já não aguentava mais olhar pra cara Stephany e ouvir o Marcos criticar e debochar do Fernando, me alterei um pouco com Marcos e antes de acontecer algo mais sério resolvi sair dali sem me preocupar se eu tinha sido mal educado ou não.Eu tremia de raiva, mas tive que ter o sangue frio e não quebrar a cara do Marcos ou apelar feio com ele mesmo sendo o meu melhor amigo, se isso acontecesse quem pagaria o pato seria o Nando já que o Marcos não suporta a ideia do primo ser gay, imagina se ele sonhar que eu o seu amigo sou apaixonado pelo meu “ursinho carinhoso”,eu prefiro passar por covarde e não me expor do que ver ele machucado de novo, eu não me perdoaria , as vezes posso ser egoísta, mas algumas coisas implicam da gente ficar junto, Nando pensa assim e por enquanto eu preciso só do seu perdão e ficar perto dele pra mim já basta.

Pego meu carro e saio cantando pneu do estacionamento do shopping, ouço meu celular tocar e vejo no visor que é o Marcos me ligando, não atendo, na terceira tentativa ele desiste, eu preciso me acalmar, não tenho saco pra atura-lo agora,vou direto pra casa.

Após tomar um banho e tirar o resquício da noite passada, eu relaxei e decidi ler alguma coisa, ler me acalmava e assim correu o resto da tarde, já era noite e estava sentado no quarto curtindo a solidão quando meu pai entra no quarto sem bater.

- Meu filho, está tudo bem? – perguntou ele preocupado, já que quando cheguei em casa mal cumprimentei ele.

- Sim pai está, não precisa se preocupar – deixei o livro de lado lhe dando atenção e sorrindo.

- Tem certeza? – perguntou desconfiado, meu pai me conhece muito bem e sabe quando estou preocupado ou triste com algo.

- Estou pai, é só cansaço, a semana foi pesada né? – tentei disfarçar.

-Tudo bem meu filho, eu sei que tem alguma coisa lhe incomodando, mas se você não quer falar sobre isso não vai ser eu que vou força-lo, se precisar de mim estarei indo me encontrar com uma pessoa, estarei no celular é só me ligar – meu pai me deu um abraço e depois do que ele disse percebi que ele estava arrumado e perfumado, pensei comigo mesmo a noite vai ser boa pra ele.

- Boa sorte com a Maria pai! – disse, ele se virou com cara de espanto, ele mesmo se entregou.

- É... – interrompi meu pai com uma gargalhada, ele estava envergonhado.

- Depois conversamos pai, vai curtir sua noite – disse jogando um travesseiro nele.

Meu pai saiu e eu comecei a lembrar de quando eu trouxe o Nando pra cá e transamos loucamente aqui na minha cama, eu realmente estava sentindo falta dele, acho que o pior de tudo era que eu fui um sacana com ele o tempo todo, a Stephany é só um passatempo, eu tenho que ser franco com ela e dizer que entre eu e ela não vai mais rolar nada.

Sou tirado dos meus pensamentos quando o meu celular toca, olho no visor e vejo que é Marcos me ligando.Resolvo atender já que corri dele a tarde inteira.

- Alô – tento atender um pouco mais alegre.

- Luiz! – disse ele – eu estou tentando falar contigo desde hoje a tarde, aliás o que foi aquela cena no almoço? – perguntou.

- Marcos! – exclamei, respirei fundo – eu queria me desculpar mas fiquei com vergonha, eu estava de ressaca e fora que a semana foi difícil cara então estourei com vocês – tentei ser o mais convincente o possível.

- Você me assustou, até achei que era por causa do Fernando...- interrompi ele.

- Olha Marcos é por causa dele também, eu não gosto de quando falam das pessoas e elas não estão pra se defender, como eu te disse ta na hora de crescer – repreendi ele.

- Tudo bem, depois conversamos sobre isso – disse ele mudando de assunto – agora, me diz? Que tal ir a Caldas Novas amanhã? – perguntou ele, eu estava sem cabeça pra curtir, queria ficar sozinho e pensar em como me reaproximar do Nando.

- Acho que não Marcos – disse desanimado – já está tarde e amanhã é domingo – comecei botar dificuldade.

- Vamos cara – disse Marcos – o meu pai essas horas deve estar chegando lá – completou.

- Ué! – exclamei – o seu pai em Caldas Novas? – perguntei curioso.

- Sim – afirmou Marcos – ele foi com o Mario e o “Fernando” – Marcos pesou botando raiva na parte Fernando, depois que ele disse isso me animei, meu ursinho estava lá também, era uma maneira de tentar me aproximar já que com certeza ele não ficaria perto de Marcos.

- Ok – disse convencido – eu preciso relaxar mesmo, que horas saímos então? – perguntei me animando.

- Podemos sair daqui umas 5 horas da manhã que tal? – perguntou.

- Por mim tudo bem, então combinamos de nos encontrar na saída pra Araguari pode ser? – perguntei a Marcos.

- Pode – disse ele pensativo – como sou seu melhor amigo, amanhã terá uma surpresa esperando você ? – não sei por que mas me arrepiei e não gostei do tom quando ele disse isso.

- Marcos, não vá fazer nada de sacana hein – disse reprendendo ele.

- Relaxa, você vai gostar, espera só – disse ele rindo.

- Cara, se for sacanagem eu te quebro -disse rindo nervoso.

- Relaxa, você vai gostar – senti uma malícia no tom de voz dele – até amanhã então – completou.

- Até – Marcos finalizou a chamada e eu fui correndo arrumar algumas coisas pra levar, estava feliz, teria a chance de me entender com meu ursinho, enquanto estava na euforia de pegar sunga, toalha e protetor pensei em ligar pro Fernando, mas ai lembrei que provavelmente ele estaria na estrada ou chegando lá, não pegaria bem.

Após tudo pronto deitei e logo peguei no sono.Acordei de madrugada com o meu pai chegando em casa, ouvi passos e e risos que vinham da sala,ele se deu bem pois veio acompanhado.Como já estava dando a hora de levantar eu fui a cozinha tomar água.Quando cheguei próximo a sala comecei a ouvir uns gemidos baixinhos e som de beijos estralados sendo dados, fui de mansinho pois não estava acreditando que o meu pai trouxe alguém pra transar aqui em casa e pior na sala, foi pensado nisso que distraidamente acendi a luz da sala e meu queixo quase caiu no chão quando vi quem era.

- Maria!, pai! – a cena era inacreditável cômica, jamais imaginaria meu pai fazendo isso,ambos deitados no sofá cama da sala de TV, meu pai estava com uma das as mãos na nuca de Maria e a outra em sua cintura, ela sentada em seu colo, ela cavalgava enquanto ambos gemiam e se beijavam, fiquei envergonhado e quando eles perceberam ficaram estáticos.

- Filho! – exclamou meu pai.

- Luiz! – Maria saiu do colo do meu pai e se enrolou em seu vestido.

- Vocês hein... – disse cruzando os braços, meu pai pegou uma almofada e levantou se cobrindo.

- Filho não é isso que você está pensando – interrompi.

- Não é que eu estou pensando, é o que eu estou vendo Pai! – disse rindo e olhando de forma sarcástica pra eles - eu que tenho que lhe dar explicações, me desculpa, liguei sem querer a luz e aliás eu já sabia a muito tempo que você e Maria tinham alguma coisa – meu pai me olhava com alívio enquanto segurava Maria pela mão.

- Alguma coisa não filho, eu amo a Maria – pela primeira vez em anos vi o mesmo olhar que meu pai dava a minha mãe e fiquei feliz por ele, Maria retribui o olhar com o mesmo brilho – e se ela quiser eu caso com ela amanhã mesmo, chega de esconder o que sinto por ela - puxou Maria que fez cara de surpresa, era visível a vergonha em seu rosto, os dois saíram se ajeitando indo pro quarto do meu pai.

- Boa noite filho... – interrompi.

- Boa noite pai, depois quero saber dessa história melhor – disse piscando pra ele que ficou um pouco sem graça – aliás daqui a pouco vou pegar estrada, vou a Caldas Novas com Marcos – completei.

- Tudo bem, divirta-se e cuidado na estrada – meu pai me abraçou ainda nu o que foi estranho e entrou no quarto fechando a porta.Fiquei pensando na cena que a pouco havia presenciado na sala, em como meu pai perdeu tempo em ser feliz pensando no que os outros iriam dizer, ai que me dei conta, estava passando pela mesma coisa com o Fernando, será que valia a pena não me expor?Olhei no relógio e rapidamente tomei banho, café da manhã e arrumei as coisas saindo logo em seguida.

Encostei a caminhonete no acostamento da BR e esperei Marcos chegar.Como combinado já era quase 5 horas da manhã quando vejo o carro de Marcos encostando a minha frente, ele encostou o carro e vi que saíram do carro ele, Giovanna e... Stephany! Entendi tudo, a surpresa de Marcos era trazer a Stephany junto, eu mato ele, como ele pode fazer isso sem me consultar, ele não tinha o direito de fazer isso.

Ela veio em minha direção, Giovanna entrou no carro de novo, ficando Marcos e Stephany me olhando,resolvi sair da caminhonete e cumprimenta – los.

- Oi amor! – disse Stephany com voz melosa – vindo me abraçar.

- Oi Stephany – disse seco dando a mão pra ela apertar e não o abraço e o beijo como ela queria.

- Stephany, a partir daqui você pode ir com o Luiz, minha missão está feita – disse Marcos sorrindo enquanto vinha me cumprimentar, Stephany foi pra caminhonete e me esperou la dentro – bom dia Luiz, está melhor? – perguntou sem malicia.

- Estava! – disse seco – o que a Stephany está fazendo aqui? – perguntei em tom calmo.

- Calma amigo – disse ele surpreso – eu quis te fazer uma surpresa cara, você precisa relaxar, achei que a Stephany poderia lhe ajudar com isso – disse ele com malicia no tom de voz.

- Cara – disse sem paciência – eu não tenho nada com ela só foi sexo e você bem me conhece eu não sou de me aproveitar dos outros Marcos! – exclamei sério.

- Luiz, eu liguei ontem pra ela, me desculpa cara, eu achei que vocês tinham voltado, você não me falou nada – disse ele sem graça.

- Desculpa cara – disse botando a mão no ombro dele, a culpa não era do Marcos, faz tempo que não conversamos sobre mulheres. – eu devia ter falado com você – completei.

- Tudo bem, mas e ai? – perguntou ele.

- Agora ela vai junto, mas vou falar a verdade pra ela – disse pensativo.

- Tudo bem, mas e então vamos? – perguntou sorrindo.

- Vamos! – exclamei e dei as costas entrando na caminhonete, saímos e o dia começava a nascer.Um pouco mais de duas horas e meia chegamos em Caldas Novas e enquanto Marcos foi procurar o pai no hotel em que estavam eu resolvi conversar com Stephany.

- Stephany, eu sei que a nossa noite foi legal, foi bom te rever, mas eu não posso e nem quero compromisso contigo, pois eu amo outra pessoa, me desculpe se eu te dei esperanças, eu já gostei de você, mas essa pessoa é o meu amor – fui interrompido.

- Como é Luiz, você só me usou foi isso? – disse ela ofendida – quer dizer que eu fui passatempo de uma noite pra você esquecer uma paixãozinha de merda é? – agora ela estava sendo inconveniente.

- Pode parar Stephany, se eu bem me lembro nós terminamos por que você me traiu! – exclamei - então não venha se fazer de rogada pra cima de mim - me defendi, eu sei que o que fiz foi errado, mas quem é ela pra me julgar.

- Cafajeste! – disse ela me dando um tapa forte no rosto, eu merecia.

- Olha aqui sua doida, você pode se virar pra voltar pra casa por que no meu carro você não vai ouviu? – disse com raiva, ela saiu e foi pro banheiro, eu pedi um café já que estávamos na padaria e fiquei sentado ali pensando no que tinha acabado de acontecer.

Stephany voltou do banheiro e se sentando novamente na mesa, seu olhos estavam vermelhos, fiquei um pouco incomodado, não gosto de fazer os outro chorar.

- Olha Luiz, me desculpe eu fui muito leviana com você – disse ela que parecia arrependida.

- Tudo bem Stephany, eu também peguei pesado com você, que tal começarmos de novo – disse sorrindo – amigos? – perguntei.

Ela olhou a minha mão que estava estendida, pensou um pouco e apertou.

- Amigos! – exclamou ela sorrindo – agora podemos aproveitar o domingo? – perguntou ela se animando.

- Sim! – nos levantamos pagamos a conta e saímos encontrar Marcos que me mandou por mensagem o hotel em que estava.Chegando lá vi seu carro encostado na rua e ele do lado de forra conversando com alguém ao celular.

Curioso olhei na direção que Marcos olhava e vi Fernando que estava debruçado no para peito da sacada do quarto conversando com alguém no celular e parecia um pouco nervoso, da onde eu estava ele não me via mas eu conseguia vê-lo e que visão,quase gozei quando vi ele que estava só de shorts de dormir pois a sacada era de vidro e possibilitava tal visão, suas pernas grossas naquele shortinho e seu copro fofinho com poucos pelos nas pernas, barriga e peito me excitaram de tal maneira que minha vontade era de subir lá e pegá-lo de jeito, mas não faria isso, teria que segurar a onda e me reaproximar como amigo.

Me dei conta que Marcos falava com Fernando e que estava visivelmente estressado ao telefone também, mas teve um momento que ele ria ao telefone enquanto o olhar de Fernando era de frustração, cheguei a conclusão que teria que tomar muito cuidado enquanto estivéssemos com eles no resort e se fosse preciso defender meu “ursinho’, percebi que não era mais uma questão de escolha e sim de necessidade, mesmo Marcos sendo meu amigo se ele levantasse a mão pra Fernando eu não iria mais deixar.Defenderei ele como amigo, mostraria que ele pode confiar em mim, o Fernando é importante demais pra mim ficar negligenciando ele, e mais importante ainda pra sofrer nas mãos do Marcos.

- Você gosta dele né? – pergunta Stephany me tirando dos meus pensamentos.sua cara era um misto de curiosidade e seriedade.

- Do que você está falando exatamente Stephany? – perguntei já sabendo a resposta.

- É ele que você ama não é ? perguntou ele apontando pra Fernando.

- Sabe Stephany, eu poderia dizer que não, mas é ele sim – finalmente tinha falado com alguém sobre isso.

- Bom Marcos, eu espero que você saiba o que esteja fazendo, mas não se preocupe seu segredo está bem guardado – disse ela pondo a mão no peito próximo ao coração.

Marcos voltou pro carro e seguimos ele até o Resort. Algum tempo depois estávamos tomando cerveja e eu me sentia leve e feliz, pois havia tirado essa culpa do peito, Stephany já sabia e agora o próximo seria meu pai, ele teve coragem de assumir seu amor por Maria, eu faria o mesmo por Fernando.

Vejo que Mario se aproxima e nos cumprimenta dando atenção especial a Marcos que falava em italiano com ele, Mario apontou em direção, me virei e vi ele encostado em uma arvore olhando ao redor. Fernando estava mais gostosinho ainda usando uma sunga vermelha que em contraste com seu corpo branco e cabelos castanhos ficava interessante, ele de repente olha em nossa direção mas como estava de óculos de sol não pude ver seus olhos, nesse momento Stephany se abraçou em mim e eu fiquei sem graça de me esquivar do seu abraço, Fernando percebeu e fechou a cara, Mario chamou ele que veio até a nossa mesa, percebi que ele me olhava com indiferença e que estava ali forçado, Stephany olhava pra ele com cara de deboche, isso eu percebi, falaria com ela depois.

- Olá – disse ele seco a todos, percebi que o clima na mesa pesou.

Marcos analisava ele e pela primeira vez eu fiquei com ciúme.

- Sabe Fernando – Marcos analisava ele – você devia saber que sungas são pra pessoas magras – debochou ele e Giovanna e Stephany deram um risinho. Eu fiquei sem ação, Nando estava visivelmente envergonhado e seus olhos encontraram os meus, eu covarde me encolhi, não consegui fazer nada, grande bosta que eu sou.

Ele então olhou sério ao primo.

- Engraçado Marcos, eu não perguntei sua opinião, você devia procurar olhar pro seu rabo e não pro dos outros , se é que você me entende – disse com ironia.

- Até por que muitos olham pro seu não é Nando? – Marcos perguntou com deboche e as meninas riram alto agora.Chega!

- Nando Marcos vamos manter... – fui interrompido por Fernando.

- Luiz não pedi sua ajuda, eu tenho boca pra me defender, não preciso que façam isso por mim – ele disse de forma seca fechando a cara pra mim fiquei chateado, era direito dele me falar isso mesmo, Marcos percebeu ese levantou fazendo menção de pegar ele pelo ombro, iria dar briga.

- Olha como você fala com os outros Fernando,assim vou ter que te ensinar a ser educado– quando ia fazer algo Mario tomou a frente de Fernando segurando Marcos pelo pulso e lhe falando algo que mais ou menos deu pra entender como sendo uma ameaça, Marcos se sentou novamente e estava pálido, se fossem brigar Marcos levaria a pior com certeza.

- O que está acontecendo aqui – disse um funcionário se aproximando, sua feição era de medo já que Mario olhou ele de cara fechada.

- Nada! Encontramos uns amigos mas já estamos de saída, desculpe o transtorno – disse Fernando forçando um sorriso e saindo puxando Mario pela mão.Não gostei disso, será que houve algo entre eles e eu não sei.

- Nossa!Francamente Marcos – disse Stephany com cara de deboche – esse seu primo gosta de uma confusão, é a terceira vez que vejo metido em algum barraco – Giovanna deu um risinho e Marcos fechou a cara, pode ser impressão minha mas parece que ele não gostou do comentário.

- Nossa e o que é aquela sunga hein – disse Giovanna debochando – seu primo além de gordo é brega - disse ela rindo, Marcos não riu e me encarou esperando minha reação.

- Cada um se veste do jeito que quer Giovanna – olhei pra Stephany – e você cuidado, o Fernando é gente boa enquanto eu estiver perto peço que vocês não falem mal dele ok? – estava sério, Marcos me olhava um poco incomodado.

- O que foi Marcos? – perguntei a ele.

- Nada – disse ele – eu acho que exagerei com Fernando, eu não precisava ter feito isso com ele, foi mal cara? – é serio isso Marcos ficou incomodado, eu vi na cara dele isso.

- Ótimo! - exclamei – agora que tal aproveitarmos o dia hein? – perguntei animado mudando de assunto.

Olhei pra fora e vi Fernando de longe abraçado ao seu tio, de alguma maneira eu iria conversar com ele nem que pra isso tivesse que arrastar ele pelos cabelos pra dentro do meu carro...