O Misterioso Fora da Lei Cap.10 (ÚLTIMO CAPÍTULO)
Cap.10
Depois do início do nosso namoro, eu passava bastante tempo na casa dele. Ele me fazia muito bem, então eu gostava de estar com ele. Exatamente por isso passei a dormir cada vez mais vezes na casa dele. Chegava após mais um dia de batalha na casa dele. Era noite. O bairro estava tranquilo. Buzinei bastante esperando que ele abrisse o portão para eu entrar, mas nada aconteceu. Nem um sinal. Estranhei.
-Será se ele não está em casa ? - estranhei mais ainda porquê em menos de meia hora atrás ele havia me dito que estava me esperando na casa dele. Comecei a ligar em busca de chama-lo, porém as ligações apenas chamavam. Ninguém atendia. Lembrei-me que ele havia me dado uma cópia da chave do portão da casa dele, justamente para contratempos como esse. Fui até o portão, abri com a chave, coloquei a moto para dentro, fechei novamente. Fui andando em direção a porta da casa dele. Coloquei a chave, imaginando que estaria trancada. Porém não, estava aberta – ué ? Será se ele foi embora e deixou aberta a porta ? - fui entrando na casa, uma bagunça enorme. Parecia que um furacão havia passado e revirado tudo – será se alguém entrou aqui pra roubar ? - fui na cozinha, peguei uma faca e subi as escadas com cautela. Porém não vi ninguém. A casa estava ultra bagunçada, e vazia. Foi só então que eu notei falta de algumas coisas. Alguns aparelhos eletrônicos haviam sumido. Mas o que mais eu estranhava era que ele havia me dito a poucos minutos atrás que estava ali, me esperando. Como pode ter acontecido algo em poucos minutos dessa forma. Sai andando na rua de novo, olhei ao redor. Vi então algumas pessoas sentadas em frente de casa. Fui andando até elas – oi...
-Oi Marcelo, tá tudo bem ? - eram vizinhas conhecidas.
-Tudo... Vocês não viram o Ivan não ?
-Eu vi ele saindo com uns rapazes.
-Com uns rapazes ?
-É, uns três... Pareciam jovens... Porquê ?
-Não... Só por dúvida mesmo... Obrigado.
Voltei pra dentro da casa, me perguntando quem seriam esses rapazes e aonde ele estaria. Lembrei então do circuito interno das câmeras. Corri pra TV que não havia sido levada e voltei alguns quadros. E arregalei os olhos quando vi quem eram os rapazes.
-É o Leonardo... - a câmera mostrava perfeitamente o que tinha acontecido. Eles bateram no portão. Ele abriu. Eles entraram praticamente invadindo, porém sem fazer alarde. Atacaram ele com um pano que eu julguei ter clorofórnio, que logo fez ele dormir. Entraram na casa, bagunçaram tudo, pegaram algumas coisas, e sem alarde o levaram dali, com as coisas roubadas. Minha raiva ao ver aquilo foi tão grande que eu soquei a TV.
-Eu vou matar aqueles garotos ! - peguei uma arma que escondia em casa, enchi ela de balas e em seguida corri rapidamente, peguei minha moto e sai. Sem saber pra aonde ir, sem saber para onde olhar. Andava, olhava para um lado, pro outro, só imaginava o medo que ele estaria passando. Eles foram longe demais. Foi então que eu recebi uma ligação no celular. Olhei, era o André – André ? O que você quer ?
-Preciso da sua ajuda Marcelo.
-Porquê ? O que houve ?
-Eu vi os meninos do grupo do Leonardo arrastarem o Ivan para dentro daquele prédio abandonado que tem perto da escola. Eu tô sozinho aqui, se for fazer algo vou acabar virando vitima também. Chamei a polícia, mas você sabe como é, vão demorar duas horas pra chegar.
-Valeu André...
-O que você vai fazer ?
-Vou matar aqueles garotos.
-O quê ? Marcelo... Você vai se encrencar...
-Não tô nem aí... Eu avisei... Eles foram mexer com o que é mais importante pra mim... Eu vou mata-los !
Aquela altura eu estava tomado pela fúria. Podiam mexer com qualquer pessoa, menos com ele. Eu não suportava que arrancassem um fio de cabelo dele. Aquilo não ficaria assim.
TEMPO DEPOIS
Cheguei rapidamente no hotel que havia falado o André. Como ele havia descrito, a polícia passava longe dali. Desliguei, peguei a arma, fui subindo dentro do hotel. Olhava para todos os lados. Depois de subir alguns andares, ouvi alguns sussurros. Vinha de uma sala. Andei rapidamente até lá. Me posicionei perto da porta. Ouvi um grito.
-Corre, tem tira aqui ! - quando abri a porta, já não tinha mais ninguém. Apenas uma outra porta se mexendo, entregando que eles haviam acabado de sair. Meu olhar focou nele então. Se encheu de lágrimas, quando o vi. Estava lá, desmaiado, desnudo, com a camisa rasgada. Corri até ele.
-Ivan, Ivan ! Você está bem ? O que fizeram com você ? - peguei ele e o abraçei – Ivan, fala comigo por favor... - dizia, dando leves tapas no seu rosto – o que esses rapazes fizeram com você ? - Olhei o corpo dele, não havia hematomas. Acho que não havia dado tempo pra eles tentarem fazer qualquer coisa – eu te amo tanto – dizia, deslizando a minha mão pelo rosto dele - não sei o que seria de mim se eles tivessem atentado contra a sua dignidade.... Você é tudo o que eu tenho. A coisa mais importante pra mim... Eu nunca vou te deixar... Nunca mesmo...
-Você jura ? - ele falou, ainda de olhos fechados, com uma voz bem baixa, quase um sussurro – você jura que me ama ?
-Juro... - e então, lentamente ele devolveu o abraço. Estava atordoado, por que haviam o dopado. Mas pelo menos ele estava bem.
-Vamos... - olhei ao redor, as roupas de baixo dele não estavam por ali. Tirei um casaco que vestia e enrolei na cintura dele, de forma que ele não ficasse mais desnudo – eu vou cuidar de você... - o coloquei na minha costa, e daquela forma o levei para casa.
TEMPO DEPOIS
Rapidamente chegamos em casa. Levei ele na minha costa até a cama. Ele ainda estava muito atordoado.
-Aonde estamos ? - perguntou, abrindo levemente os olhos.
-Em casa meu lindo... - ele sorriu.
-Que bom saber disso... - falou, olhando para mim.
-Você está bem ? Eles não fizeram nada com você ?
-Não... Você chegou antes que eles fizessem algo comigo. Apenas levaram as minhas coisas...
-Mas ele vai ver só... - falei, me pondo em pé.
-O que você vai fazer ?
-Nada demais... Não vou demorar... Quando eu voltar, vou cuidar de você. Enquanto isso, fique quietinho ai... - antes que eu pudesse me afastar, ele me segurou.
-Por favor... Não o mate... Você não é um assassino ! E além disso, não vale a pena matar ele...
-Eu não vou matá-lo... Mas ele vai ter o que merece...
MINUTOS DEPOIS
Fui andando até o local aonde meus antigos comparsar ficavam.
-Marcelo ! Você por aqui ? Achei que tinha saído dessa vidadeles dizia.
-Eu sai... Mas eu tenho um trabalho pra vocês...
-Ah é ?
-É... Pago metade agora e a outra metade quando terminarem. Acho até que vocês vão gostar desse trabalho. Levem camisinha... - eles dois se olharam e logo entenderam o que eu queria dizer...
Eu sabia aonde o Leonardo morava. Ele vivia sozinho, num prédio. Subi os andares até o apartamento dele. Toquei a campainha e me escondi. Achei que ele não fosse abrir, com medo. Porém ele abriu. E tão logo o fez, eu acertei um soco na cara.
-Seu maldito ! - começei a bater nele. Dei vários socos, o chutei. Estava com muita raiva dele - como é que você tem coragem de me desafiar ? E principalmente, de mexer com o Ivan – ele não falava nada, apenas gemia com cada golpe.
-Até que enfim você criou coragem ! Seu covarde !
-Covarde ? - bati nele tão forte que minha mão chegou a doer – Fala agora o que você fez com as coisas dele... - falei, segurando ele pelos cabelos – fala caramba !
-Estão ali, estão ali... - falou ele, apontando para uma mesa. Fui até lá, e realmente estavam todas as coisas que ele havia tirado da casa do Ivan. Peguei tudo, olhei o celular, a nossa foto estava na capa – o que você vai fazer comigo ?
-Eu... Nada... Por mim te jogava daqui de cima. Mas eu prometi pro Ivan que não ia te matar. Além disso, não sou assassino. Porém, uma surra é pouca coisa pra alguém que queria estuprar o meu amigo, apenas pra me atingir. Já conhece os meus amigos ? Falei, apoantando para os dois homens que me acompanhavam – esse é o Ed. Esse o Marcos... Olha, eu fiquei sabendo que eles são bem dotados... E que adoram destruir inúteis como você, que não tem coragem de enfrentar os outros sozinho e precisa de uma escuderia atrás pra defender. Presta atenção – peguei ele pelos cabelos de novo – eu vou dizer uma vez só. Se você, ou algum daqueles pau mandados seu ao menos olhar pra mim, ou para os meus amigos, você vai implorar pra eu te matar... Te asseguro disso... - me virei e olhei para os dois – acabem com o cu desse enrustido. E façam o favor de não deixar rastros quando saírem... - apenas continuei andando e sai daquele apartamento. Não sei o que aconteceu com ninguém daquele grupo. Todos eles sumiram da escola no dia seguinte.
TEMPO DEPOIS
Voltei para casa, e procurei esquecer tudo aquilo. Eu só tinha que me concentrar em uma pessoa. Tranquei a casa toda, voltei ao quarto. Ele dormia. Desci novamente a cozinha. Fiz alguma coisa para ele comer. Subi novamente em direção ao quarto. Deixei a refeição ao lado da cama. Me deitei, fiquei olhando para ele. Ele era tão lindo. Acelerava o meu coração de uma forma descomunal. Era a razão do meu viver. Enquanto eu o admirava, ele abriu os olhos.
-Já voltou ? - falou, me vendo.
-Já...
-O que você fez ?
-Eu... Nada... Só recuperei as suas coisas. Estão todas ali... Eu preparei um banho para você e, fiz um jantar...
-Sério ?
-Sim... - falei, vendo ele se sentar. Peguei a bandeja e coloquei nas pernas dele. Logo ele começou a comer, com o meu olhar atento – você é tão importante pra mim... Quando te vi naquele prédio, imaginei mil coisas... Que eles haviam feito mil coisas com você e eu não havia conseguido impedir. Me culparia pelo resto da vida se eles tivessem te feito algo... Eu te amo.... Te amo muito – falei, beijando o rosto dele.
-Que bom que se deu conta disso... - falou, pegando o meu celular. Tirou uma foto. Ficou lindíssima. Postou no Facebook, mudando o status de relacionamento, e com o status “Amor da minha vida”.
FIM
E ai ??? Gostaram ??? História nova logo logo kkkk
Paulinho: Pois é... Mas pra mim é mais importante os comentários... É a forma de eu perceber o que vocês acham das histórias.
Sr.Tnr: Pois é <3
Marcos Costa: ;)
Edu19>Edu15: E como...
Quelsilva: E trouxe... Mas a sorte estava do lado do nosso casal...
Max: Tudo tem um fim kkk
Felipe RN: Pois é <3
Ru/Ruanito: Um dia a morte chega... Acho que o castigo já foi muito bom...
Beijos :)