Paulo Cabral Cap.8

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 751 palavras
Data: 23/05/2016 02:30:31

Cap.8

Depois de alguns minutos, ele enfim serviu o jantar.

-Pessoal, venham comer !

-Eba... - a criançada gritou, correndo em direção a sala de jantar... Eu os segui em seguida, sorrindo.

-Tem certeza que essa comida vai estar boa ? - perguntava, botando pilha.

-Absoluta...

-Olha lá ein...- ri. Mas quando coloquei na boca, toda a minha desconfiança se desfez. Estava maravilhosa.

-E então ?

-Você venceu. Está ótimo... - falei rindo.

MINUTOS DEPOIS

Já deitado na minha cama, não parava de pensar nele. Era incrível e estranho, meus pensamentos acabavam retornando a ele querendo eu ou não. Aos poucos, parando para pensar eu entendia o porquê. Ele era o primeiro que não me via como uma carne a ser usada. Todos os meus clientes me procuravam apenas quando queriam se satisfazer. Os meus “amigos”, em sua maioria, quando queriam alguma coisa. Nunca alguém me tratou bem, me viu como algo além de um garoto para ser usado. Eu acho que era por isso que eu não parava de pensar nele. Ele era o primeiro homem que me via realmente como sou.

NARRADO POR MARCOS

Depois daquele jantar maravilhoso, estava sentado na varanda do meu apartamento, sentindo o vento bater. E por mais que eu tentasse, não conseguia parar de pensar nele. Tomava mais um gole de vinho, e ele voltava a minha mente. Era como se estivessemos interligados. Desde a minha primeira paixão não sentia algo tão forte. Seu sorriso, sua voz, seu corpo, tudo girava na minha mente. Porquê será ? Será se é a carência depois de ter sido traído ? Ou será se ele é realmente especial e o meu eu percebeu isso ?

NARRADO POR PAULO

Fui dormir aquele dia leve como uma pena. No outro dia, eu acordei cedo. Eram umas 07h30 quando os meus olhos abriram. Fiquei mexendo no meu celular durante alguns minutos. Levantei, peguei a primeira camisa que vi e quando mexi nela para me vestir, um cartão caiu no chão. Quando eu fui olhar, era o cartão da empresa dele.

-O que será que eu faço com isso ? - parei para pensar durante alguns segundos, olhei para o espelho. -Porquê eu não vou até lá ? Vai que tenha algo que me interesse... Seria ótimo poder me livrar dessa vida. - parei para pensar durante alguns segundos. Até que me decidi.

-Eu vou até lá... - dizia, me levantando da cama rapidamente.

MINUTOS DEPOIS

Vesti uma roupa social e fui em direção a empresa dele. Quando cheguei lá, vi diversas pessoas que pareciam importantes, extremamente bem vestidas. Fiquei apenas olhando, enquanto andava por dentro da empresa. Até que vi uma pessoa sair do elevador. Era ele. Saiu do elevador falando no telefone, e quando me viu, sorriu. Desligou e veio em minha direção.

-Paulo ? O que está fazendo aqui ?

-Você não disse que eu podia vir, porquê você poderia resolver aquele problema ? - ele sorriu

-É, eu disse. Venha comigo, vamos ver como eu posso resolver aquele problema.

MINUTOS DEPOIS

Nós olhamos as vagas que estavam disponíveis, e ele me mostrou a que mais se encaixava.

-Acredito que essa é a melhor para você. Já faz faculdade, tem a idade certa e mostra vontade. Eu acho que você vai se dar bem – olhei a faixa salarial, não era ruim. Realmente não era parecido com o que eu faria depois de formado, mas no momento era bom.

-Tem certeza que você pode me dar essa vaga ?

-Absoluta. Existem tantas vagas sem preenchimento, você não tem noção... - ele preencheu mais algumas coisas. - fique feliz Paulo, você enfim se livrou daquela vida sem dignidade – sorri – você pode começar a trabalhar amanhã. Boa sorte... - falou, me dando alguns papeis depois de imprimi-los

-Obrigado – falei, sorrindo – muito obrigado Marcos...

MINUTOS DEPOIS

E a partir de então eu parei de fazer programas. Minha dignidade voltou. Eu nunca mais tive que fazer nada com alguém por dinheiro. Só por vontade.

-Alô ? - atendia o telefone.

-Você tá livre agora ? - pela primeira vez depois de ano podia dizer outra coisa.

-Na verdade não. Eu não estou mais fazendo esse tipo de coisa.

-O quê ?

-Procure outro garoto. Eu não estou mais fazendo programas... - falei, desligando o telefone... Estava feliz, e era como se tirasse um peso nas costas. E enfim eu podia ser feliz como eu queria.

MINUTOS MAIS TARDE

Estava em casa, fazendo o lanche do Gabriel, que comeria assim que chegasse da aula. Quando de repente ouvi batidas na porta. Fui abrir.

-Você quer dar um passeio na praia ?

Continua

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Comentários

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que legal que ele conseguiu um emprego digno e deixou de ser gp...tomara que os dois fiquem juntos...

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