Tio Eduardo - Cp 16

Um conto erótico de Boyzinho23a
Categoria: Homossexual
Contém 950 palavras
Data: 16/05/2016 22:50:15
Assuntos: Gay, Homossexual

Passei a madrugada em claro, andando pela casa, pensando no que aconteceu mais cedo.

Eduardo não ia me perdoar.

Não queria que nada disso tivesse acontecido, não queria magoar Eduardo, afinal eu o amava, eu devia ter contado que eu e Gui transavamos logo no início.

Mas agora, arrependimento não vai mudar o que aconteceu.

Quando percebi já era hora de ir pra escola novamente, não dormi cinco minutos se quer.

Fui ao banheiro, me olhei no espelho, meus olhos estavam inchados, resultado de não dormir e chorar a noite toda.

Cheguei bem mais cedo dobque de costume no colégio, e me dirigi ao pátio, que estava vazio devido ao horário.

Me sentei em um dos bancos afastados, coloquei meus fones de ouvido no máximo. Minutos depois uma mão tocou meu ombro, me virei assustado, era Guilherme.

Ele se sentou do meu lado.

- E aí?

Dei um sorriso desanimado e abaixei a cabeça.

- Me desculpa - ele continuou - eu sei que a culpa foi minha, eu não devia ter ido no seu quarto.

- A culpa não é sua - falei calmamente olhando pro chão - é nossa, nós devíamos ter contado isso antes, antes dessa mentira virar uma bola de neve gigante.

- Verdade.

Ficamos em silêncio por um longo tempo, até que Guilherme voltou a falar.

- Vou tentar dar um jeito nisso, vou falar com seu Tio sei lá.

-Falar com ele Guilherme? - olhei nos olhos dele - tenho certeza que nós somos as últimas pessoas que ele quer falar agora.

- Não importa, vocês se amam cara, ele vai dar dar o braço a torcer e vai te perdoar.

- Acho que não, não precisa falar com ele, melhor não arrumar mais briga.

O sinal tocou, avisando que era hora de entrar pra sala de aula.

Não prestei atenção em uma palavra da aula de hoje.

Voltei pra casa, cruzei a sala e subi direto pro meu quarto.

Havia barulho na casa, Eduardo já estava lá, estava conversando com alguém.

Não sabia o que fazer quando visse ele.

Tirei o uniforme do colégio, vesti um short, e uma camiseta e desci as escadas descalço.

Fui até a parte de trás da casa, Eduardo estava lá com um homem, que parecia ter vinte e poucos anos, era moreno, devia ser o novo ajudante dele.

Parei a uns cinco metros deles.

- Boa tarde!

Tinha esperança que Eduardo fosse me responder, mas ele simplesmente me ignorou e não olhou pra mim.

- Boa tarde - o homem me respondeu - sou Fernando, vou trabalhar aqui agora, prazer.

- Prazer, Iago.

Fiquei parado ali por mais alguns segundos e Eduardo não disse absolutamente nada.

- Vocês já almoçaram?

Perguntei, e mais uma vez Eduardo ficou calado.

- Já sim Obrigado - respondeu Fernando percebendo que Eduardo não ia me responder.

Sorri.

Entrei novamente pra casa, preparei um prato, esquentei no microondas e subi para comer no meu quarto.

Os dias seguintes se passaram da mesma forma, Eduardo sem dirigir uma palavra ou olhar sequer à mim.

Essa situação estava insuportável.

Toda vez que nos encontrávamos pelos corredores da casa ele dava meia volta e fazia questão de não olhar pra mim.

Tentei puxar conversa com ele inúmeras vezes, e inúmeras vezes fui ignorado.

Na quinta-feira, quando cheguei do colégio, Eduardo estava sentado na ponta do sofá da sala, anotando alguma coisa numa agenda.

Sabia que seria ignorado novamente, mas tinha que tentar.

Me sentei do seu lado.

Ele fingiu não me ver, mesmo estando três palmos de distância dele.

- Eduardo, por quanto tempo você vai ficar assim comigo?

Ele ficou calado.

Isso estava começando a me irritar.

- Achei que você fosse homem, mas por essa atitude idiota estou vendo que você é um moleque.

Na mesma hora ele se levantou, e olhou pra mim fixamente.

- Atitude de moleque? Acho que quem teve atitudes estúpidas aqui foi você.

Finalmente, ele disse algo diretamente pra mim.

Me levantei também.

- E por que a gente não resolve isso conversando, como gente civilizada, o que vai adiantar você ficar me ignorando?

- Não tem nada pra resolver Iago, já decidi, não quero mais.

Ele começou a andar em direção a área de trás da casa.

Corri e parei na frente dele.

- Como você pode não querer mais se ainda me ama?

- E quem te disse que eu ainda te amo?

- Eu sei que ama, eu tenho certeza.

Ele ficou em silêncio.

- Olha pra mim e fala que não me ama!

- Só quero distância de você agora.

Ele não voltou a olhar pra mim, só me empurrou com força pro lado me fazendo tropeçar, e continuou andando.

Subi pro meu quarto e desatei a chorar.

Era impossível aguentar o homem que eu amava me tratar dessa forma, não aguentava mais.

Quando meu choro cessou, peguei meu celular e disquei um número.

Chamou, chamou...

- Alô filho?

- Mãe, quero ir embora daqui!

- Oi, como assim?

- Quero morar com a minha Vó.

- Mas por que Iago?

- Nada demais mãe, só quero ficar um tempo lá, acho que vai se melhor pra mim.

- Se você quer né. amanhã eu volto pra casa, nós conversamos e vemos se é isso que você quer.

- Não precisa, mãe, eu quero mesmo, eu vou de ônibus, daqui até lá é só uma hora e meia.

- Mas Iago, e a escola?

- Quando você vier esse fim de semana você cuida da minha transferência, perder uns dias de aula não vão me fazer mal.

Desliguei.

Era fácil convencer minha mãe.

Coloquei minhas coisas numa mala grande de rodinhas.

Tomei um banho e peguei meu dinheiro.

Desci as escadas fazendo barulho para que Eduardo ouvisse.

Quando meu viu com a mala ele arregalou os olhos mas não disse nada.

- Onde você vai?

Ele perguntou quando cruzei a porta.

Não respondi, só saí.

Continua...


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Comentários

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Finalmente iago tomou uma atitude legal, quando ele sair no mesmo estante o eduardo vai querer falar com ele

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kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Pelos contos que tenho lido, os passivos so servem pra serem putas, são todos fracos e covardes afffff.

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FAZENDO MESMO JOGUINHO QUE EDUARDO. VC NÃO É HOMEM PRA RESOLVER ? VAI FUGIR? PIMENTA NOS OUTROS NÃO DÓI NA GENTE.

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