Bilhete Premiado
Era o meu terceiro e último programa daquela noite de sexta-feira, o primeiro foi a domicílio, já os dois últimos foram no motel costumeiro. Desta vez o castigo do meu chefe foi deixar-me no batente a noite toda: foram três programas que me tomaram muitas horas. Sussa, já tive noites mais difíceis pensei. Pelo menos a grana valeu a pena.
Sai do quarto minutos depois do meu cliente e fui em direção ao táxi que me esperava. Ao aproximar-me da saída percebi que havia uma confusão, um carinha dentro de um carro estava obstruindo a passagem. O mesmo era hostilizado por um cara dentro de um carrão prata que esbravejava com o tronco para fora da janela, já que não tinha como passar com o seu possante. Um funcionário do motel aconselhava o carinha a sair dali, já a acompanhante do cara do carrão estava completamente desconfortável e tentava esconder o rosto.
Cheguei pertinho quando reconheci o culpado pela confusão: um gatinho de cabelos negros, que tinha no máximo 18 aninhos e que era muito delicinha. Era o garoto do qual eu tirei a virgindade em meu chá de casa nova, e parecia estar bebinho. Pedi calma aos dois homens e fui falar com o menino.
A quantidade de álcool, facilmente perceptível pelos olhos em brasa, movimentos desconcertados e bafão de cana, fez com que ele tropeçasse nas palavras. Falando raivosamente ele desabafou que era seu niver de 18 anos e que tudo deu errado. Começou a comemoração em um barzinho, na companhia da sua turminha e depois que o boteco fechou e foram colocados para fora, ele resolveu esticar a noite em outro local, somente com sua namoradinha virgem.
A garota não tinha noção de onde ele a estaria levando, quando viu as luzes neon que deixava claro que o local era para dar umas com força (trepar, no caso), a novinha teve um piti e o largou sozinho naquele Oásis do prazer.
Meu Amiguinho errou ao não dizer onde a levaria, e persistiu no erro levando a garota sem seu consentimento. Ainda tinha o detalhe de que ela não poderia entrar por ser menor de idade.
O doidinho continuou vacilando quando entrou pela saída do motel. Após o surto da garota que indignada desceu do carro e foi embora a pé, ele ficou parado no local bloqueando a passagem, já que ficou com raivinha de um cara que dava ordens para ele sair da frente.
Vishi! Quando chegou o Toninho Mamute, que faz a segurança das meninas, eu vi que não ia prestar. Depois que ficou sabendo do acontecido, o brutamonte já partiu pra cima do menino que voltou a xingar dizendo que não ia sair.
Antes que o Toninho o agredisse, eu disse que o menino era meu conhecido e que o levaria para casa.
— Esse moleque é folgadinho, Mila. Deixa comigo que vou por o pivete pra correr e jogar a lata velha lá fora.
O Toninho era conhecido por Mamute não apenas por ser peludão, mas também por ser enorme: 2 metros de altura por 1 de largura (isso com os braços cruzados). Ele jogaria mesmo o carro na rua só com um chute.
Pedi com jeitinho para ele relevar que eu faria o gatinho ir embora. O meninão só estava frustrado, pois a noite não rolou como ele queria. Além do mais ele era inofensivo, falei:
— Olha como ele é fofo. Até parece um bichinho de pelúcia. Vou levar ele pra casa e por pra dormir em minha cama. — Os demais não riram junto comigo.
— Ele parece mais é um nóia. — Falou o cara do possante.
— Eu sairia fora desse vira-lata, mas você é quem sabe, Mila. — Falou o Toninho.
Convenci o garoto, meio na base do empurrão, a ir para o banco do passageiro, assumi o volante e ao mesmo tempo em que saia de ré eu pedia desculpas para o pessoal em nome do menino. Pedi para o Mamute dispensar meu táxi, joguei um beijo pra ele e levei o aprendiz de bebum para o meu apto.
Estacionei na rua defronte ao prédio, não poderia guardar o veículo na garagem. Espero que ele ainda esteja aqui quando raiar o dia Desejei. O Palio era velhinho, e seu primeiro carro, o seu pai lhe deu como presente de aniversário. Logo após descermos e darmos dois passos... Argh! Ele vomitou muitão (felizmente não foi em cima de mim ou dentro do meu apto). Fui escorando o gatinho que mal conseguia manter-se sobre as pernas e subi até meu andar. Apesar de ter sido penetrada em todos os buracos naquela noite, eu ainda me pegaria com o meninão se ele tivesse condições, porém ele deitou e apagou assim que o deixei no sofá. Fui buscar um travesseiro e um edredom, a madrugada estava fria, tirei seu tênis e o ajeitei no sofá. Toquei em seu sexo por cima da calça conferindo se estava inteirinho e operante. Em seguida também fui dormir, era quase 4 horas da manha e eu estava só o pó.
Passava das 10 horas da manhã quando alguém me chamou, era o menino ao lado da minha cama. Ele não se lembrava de quase nada do que tinha aprontado e como chegou a minha casa. Resumi em segundos, estava morrendo de sono e quase não conseguia abrir os olhos. Já os dele não desgrudavam dos meus seios quase de fora do edredom, visto que eu estava pelada. Ele perguntou se o Palio que ele viu pela janela era o dele. Disse que sim. Depois quis saber se poderia tomar um banho, falei que tinha toalhas limpas e escovas de dente novas no armário do banheiro, além de um roupão masculino e que ele ficasse á vontade. Era para ele me acordar depois do seu banho que eu iria fazer o café para nós.
Ele voltou a me chamar pouco depois das 11.
— Nossa! Você ficou muito gato vestido com este roupão — vem... senta aqui! Provoquei.
Confessei que o curti de montão naquele dia da suruba e sonhava com um bis.
Quando perguntei se ele gostaria de repetir a dose, ele fez uma carinha de desilusão e disse que não tinha grana, gastou quase tudo no bar.
Falei que ele era bem gatinho e que ele já sabia disso. Finalizei dizendo:
— Então, que tal a gente se curtir agora e não pensar em grana?
Não esperei resposta, joguei meu edredom no chão e puxei aquela delicinha pra cima de mim e beijei seus lábios finos e macios.
— Huuuumm! Tá tão xeloso — brinquei com ele.
Enquanto ele percorria com os olhos o meu corpo nu, eu abri seu roupão e o incentivei a tirar. O abracei quando deitou ao meu lado e rolei com ele curtindo aquele corpo macio em contato com minha pele. Saboreei cada beijo e cada carícia antes de ajeitar os travesseiros na cabeceira da cama para ele sentar. Preenchi minha boca com seu pinto novinho de tamanho adulto e fiquei enlouquecida de desejos de senti-lo em mim. Sentei sobre ele e fundi minha boceta com seu pênis. O sexo que tive a seguir com aquele garoto foi diferente de todos os outros: não tinha pecado, era tipo algo inocente e cheio de paixão... sei lá. Só sei que foi mágico. Como ele consegue ser tão gostosinho pensei.
O amei em minha cama por mais de uma hora, até que ele reclamou de fome.
Depois daqueles momentos iniciais de atividade de auto impacto, levei o gatinho para a cozinha, iria alimentá-lo. Quem sabe ele ficaria animado e fortinho para um segundo tempo.
Ele era tão bom de cama como de mesa, comeu que nem gente grande.
Fim do intervalo. Fui pra cima dele que ainda estava sentado em uma cadeira ao lado da mesa. Fiquei em pé deixando ele entre minhas pernas, abri meu robe, depois o dele e sentei em seu colo e o envolvi deixando seu rosto colado aos meus seios e o cobri com o tecido de seda. Ah! Sua boca quente em meus seios arrancou meus gemidinhos. Foram segundos para seu pinto enrijecer. Eu o direcionei e introduzi em minha boceta e sincronizamos nossos movimentos suaves, sem pressa e de puro tesão.
Este garoto me enlouqueceu, eu queria tudo e de todas as maneiras.
Quando sai de cima dele, rapidamente tirei a louça de cima da mesa, me livrei do robe e deitei o tronco sobre a mesa e ofereci minha bundinha pra ele.
— Vem fofo, acaba de me matar.
Ele se aproximou e roçou em meu sexo; não era ali que eu queria, direcionei seu pau durinho em meu outro buraco... Ai! Estava sequinho e não entrava. Ajoelhei aos seus pés e brinquei com minha boca em seu sexo o lambuzando exageradamente com minha saliva, coloquei mais um pouquinho de saliva em minha mão e passei em meu buraquinho. Fiquei novamente em posição na mesa e olhei para trás com carinha de cachorrinha abandonada:
— Vem amor! — meu pedido foi quase uma súplica.
Ohooo, Deuuuss! Sentir seu pinto deslizar todinho até o fundo de minhas entranhas é como estar no paraíso. Segurei firme na beirada da mesa enquanto absorvia e saboreava suas estocadas. Não necessitei de apertos nos seios ou dedos no clitóris para chegar ao gozo. Nem o seu membro longo, roliço e morno foi fator importante. O fundamental foi saber que era enrabada pelo gatinho, foi o suficiente para ficar em estado de êxtase com meu corpo inteirinho tremendo quando cheguei a mais um orgasmo. Curti cada tremor que parecia choque de prazer. Minhas pernas amoleceram e meu corpo ficou sem controle. Eu estava satisfeita e só queria morrer em paz, porém antes de praticamente apagar tendo meu tronco sobre a mesa eu consegui murmurar:
— Uaau gato! — então, sobre a grana... quanto eu te devo? — e apaguei.
Alguns minutos após o gatinho ir embora, fiquei temerosa que ele tivesse feito um estrago em meu peito, pois já sentia a sua falta. Ele deixou um vazio dentro de mim e o meu sexo desejava aquele menino, queria ter muito mais com ele.
Mais tarde... Ainda naquele sábado, depois que acordei de uma soneca gostosa que repôs minhas energias, decidi abrir a maleta e valise. Comecei pela maleta que trouxe da pousada, tinha um cadeado que eu não tinha a chave, mas não seria problema, pois eu abriria o zíper - santa internet que ensina tudo - enfiei a ponta da caneta forçando o zíper e... Sussa penetrou. A seguir foi só deslizar a Bic para o lado, abrir a coisa e perceber depois que foi pura perda de tempo. Dentro só havia um par de sapatos e uma muda de roupas. Nem ao menos um bombom para compensar o meu esforço.
Já a valise não tinha zíper e era muito mais robusta. Para piorar, era fecho duplo com segredo de três dígitos. Nem perderia meu tempo tentado as combinações, parti logo para a ignorância, peguei minha faca Tramontina (tipo peixeira) e com um sorrisinho maligno igual ao do Chucky parti pra cima da danada... Que droga! Minha faca quebrou e não abri nem o primeiro fecho.
Pouco depois voltei da portaria munida de uma chave de fenda enorme e um martelo que peguei emprestado com o Geraldo da portaria. Várias porradas depois, um grito de dor e palavrões, pois acertei uma martelada na mão, o negócio estava aberto.
Caraca mano! A valise estava cheia de dólares. Assustada eu fechei o bagulho rapidinho e olhei para a janela me certificando de que a mesma estaria fechada. Aguardei um pouco enquanto as batidas do meu coração voltavam ao normal. Abri novamente bem devagar... Jeeesus, quanta grana Pensei. Comecei a contar os maços, eram 25 com 10 mil em cada um deles. Tinha 250 mil dólares, um quarto de milhão de notas de 100 aparentemente novas. Fiquei na dúvida se era dinheiro falso ou verdadeiro.
No compartimento interno para documentos havia um bloco de papel com algumas anotações que provavelmente só o Matheus poderia decifrar... Menos a última anotação que era a data e horário de um voo para Frankfurt/Alemanha que sairia de Cumbica/Guarulhos na quinta-feira seguinte ao seu desaparecimento. O mesmo compartimento continha uma chave que era diferente das demais que eu conhecia e tinha um número gravado nela, Imaginei que seria do Locker do aeroporto do qual o coroa fez referência no sábado que nós viajamos para Camboriú.
Será que iria viajar em segredo e não contaria nem para mim? E o aluguel do meu apto e outras contas que é ele quem paga, como ficaria?
Era muita coisa para pensar ao mesmo tempo, naquele momento eu queria era saber se a grana era verdadeira. Tirei 300 dólares: três notas de três maços diferentes. Iria pedir para alguém de confiança verificar se era dinheiro de verdade. Escondi aquela pequena fortuna e só depois que soubesse se era tudo verdadeiro é que decidiria o que fazer. Se fosse falso eu já sabia, queimaria de imediato antes que fosse presa como falsária.
Eu não iria até Viracopos verificar o guarda volumes (Locker), pois diariamente tinha a impressão de que era seguida. Provavelmente isso estaria relacionado ao Matheus e a alguma coisa que alguém procurava e que poderia estar no armário misterioso do aeroporto. Quanto mais pensava no assunto, com mais medo eu ficava. Com certeza estaria correndo perigo e era hora de dar um perdido para bem longe.
Peguei meu passaporte em uma gaveta no guarda-roupa, conferi as datas... Maravilha! Faltavam anos para vencer; lembro que minha mãe teve problemas na época em que iríamos para Orlando, pois seu passaporte venceria em 5 meses e o prazo de vencimento para viajar para os estados unidos é de no mínimo 6 meses. Ela teve que renovar.
Olhei a data do meu Visto (Visa) e também venceria depois de alguns anos, beleza.
Nos próximos dias eu cuidaria dos detalhes para encerrar o contrato e entregar o apartamento, também encerraria meu vínculo com a agência.
O passo seguinte era comprar a passagem.
Caso não tenha lido o “Primeiro Programa” (é o conto que inicia esta série)
Continua com:
Noiva de Mentirinha
Ficha Rosa
Pausa para Namorar
Jogos Sexuais - Noite de Terror
Profissão Puta
Cantinho dos Prazeres
Bacanal Beneficente
Encontros e Desencontros
Adestrando um Cavalo
Cadelinha de Madame
Sereia do Rio
Hominho por uma Noite
Ao seu Lado
Beijos e até o próximo conto!