A Vida & Morte De Renato - Capítulo 05

Boa Tarde... Rsrsrs.

Mais uma vez, estou passando para postar outro capítulo da história, e estou muito feliz que estejam me acompanhando e gostando do que criei para vocês, porque minha intenção é sempre agradar, e eu sei que as vezes eu não consigo.

Caso ainda não falei, a história já está pronta, e todos os capítulos revisados, então não se preocupem com a demora para postar, porque isso não vai acontecer.

No mais, espero que estejam bem e que possam acompanhar até o final, e claro, que possam ler também pelo Wattpad e votar por lá, e claro, se puderem, me sigam. Rsrsrs. Fiquem bem, todos vocês.

― Hpd: Obrigado pelo elogio. Rsrsrs. Fico feliz que esteja gostando... Um abração para você.

― flor de lis: Eu sei muito bem como o Renato se sente, já passei por isso, e acho que muita gente também já passou, então... Rsrsrs. Mas eu espero que esteja gostando da história, e que possa acompanhar até o final... No mais, um abraço para você.

― diego campos: É horrível, já passei por isso algumas vezes, infelizmente. Rsrsrs. Sobre o que você espera, realmente vai ter que esperar, e eu espero que não me mate no capítulo de segunda feira. Rsrsrs. Um beijão.

― Monster: Pois é, são muitos, e isso infelizmente acontece na vida real, eu apenas procurei retratar um pouco da verdade cruel ao invés de partir para o romance. Espero que esteja gostando, e um abraço para você também.

― LipM: Fico feliz que esteja gostando, sério mesmo... E quanto a Leandro, a história ainda está no começo, então há muitas surpresas ainda, não se preocupe. Rsrsrs. No mais, um abração, e obrigado.

― Stocker: Eu vejo muitos contos e histórias que esquecem essa parte, como se o sexo anal fosse sempre limpo, como se o passivo simplesmente não sujasse, que estivesse sempre limpo, e essa não é a verdade, então eu procurei mostrar o outro lado, que não é bem assim. As pessoas fazem o enema, aquelas que querem, é claro, e há aquelas que preferem fazer sem ele, mas em fim, eu quis retratar o que realmente acontece, e eu espero que esteja indo pelo caminho certo... Sobre a observação, obrigado. Rsrsrs. Depois que postei que eu vi, e não deu tempo de corrigir, então ficou com a minha ideia inicial mesmo, mas vou ter mais atenção. Rsrsrs. Um abração, e obrigado.

― Rose Vital: Sobre Leandro, não posso falar, mas saiba que a história está apenas no começo, e muita coisa ainda vai acontecer, muita coisa mesmo, então não se preocupe. Rsrsrs. E mais uma vez, obrigado por sempre estar comigo, eu agradeço muito. Rsrsrs.

― Malévola: Obrigado... Rsrsrs. Fico muito feliz que esteja gostando da nova história, mesmo, e espero que continue acompanhando, porque tem muita coisa para acontecer ainda.

― RAQU£L*-*: É completamente possível que um pai se comporte dessa maneira, basta você olhar para o mundo a sua volta e perceber o que acontece, e é muito triste saber a verdade, saber que um pai é capaz disso, e do pior. Abri meus olhos há muito tempo, e apesar de as vezes dizerem que eu tenho uma visão pessimista das coisas, eu acredito que eu apenas veja a realidade nele, mas em fim... Sobre o relacionamento dos dois, muita coisa ainda vai acontecer na história, então não se preocupe. Rsrsrs. No mais, um abração e um beijão.

― isabela^^: Sim, infelizmente ele sofre de mais, mas nem todo o sofrimento é para sempre, então... No mais, espero que esteja gostando. Rsrsrs.

― Drika (Drikita): Renato se sente refém de tudo o que acontece com ele, como se estivesse sobre a Síndrome de Estocolmo. Ele tem medo, medo de passar dificuldade na rua, de ser ainda pior quando na infância, quando passara fome, e por esse motivo não sai, por não ter dinheiro o suficiente para se manter... Isso, isso é atitude de uma pessoa sem opinião, mas também de alguém que tem medo de assumir para o mundo quem realmente é, e essas pessoas fazem de tudo para passarem despercebidas... Sim, ele não iludiu o Renato, e foi completamente sincero com ele quando disse tais palavras... Rsrsrs. Seu suplício vai demorar um pouco. Renato ainda tem que se encontrar na vida, e vai passar por muita coisa ainda... No mais, um abração para você. Rsrsrs.

Espero que gostem do capítulo de hoje. Um beijo.

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A Vida & Morte De Renato: / Utópicos: />

Quando acordou, as cinco da manhã, Renato se levantou da cama sabendo que seu dia seria assim como todos os outros.

Ele então se encaminhou para o banheiro, urinou e se locomoveu até a cozinha, onde preparou o café da manha e fez o seu desjejum.

Depois de tudo pronto, seu banho foi iniciado, assim como todos os dias, só que hoje com dois minutos de atraso, e esse pequeno atraso acabou não dando em outra. Seu pai bateu na porta do banheiro, e quando o fez, o motivo para o rapaz passar a ficar apavorado apareceu.

― Renato! Abre a porra dessa porta que eu quero tomar banho! ― Ele grita do lado de fora do banheiro.

― Eu já vou sair! ― Renato grita, com o corpo ainda cheio de espuma, espuma que ele se livrou em poucos segundos, segundos o suficiente antes de a água ficar gelada. Seu pai havia desligado a chave do banheiro.

― Sai! Agora!

Rapidamente Renato se enrola na toalha, tomando fôlego para suportar outra briga pela manhã. Quando ele abre a porta, encontra seu pai nu com a toalha pendurada no ombro, assim como toda manhã.

― Mas é um viadinho filho da puta mesmo né! ― Seu pai o pega pelo punho e o prensa contra a parede. ― Eu tenho que chegar mais cedo no serviço hoje seu vagabundo!

― Desculpa... ― Renato praticamente choraminga.

― Desculpa? Seu desgraçado!

― Eu perdi dois minutos preparando seu café porque eu entornei a primeira garrafa na pia. ― Sim, realmente o pequeno acidente aconteceu na cozinha.

― Não quero saber! ― Ele sentia a respiração quente e o mau hálito de seu pai invadindo suas narinas. ― Da próxima... ― Infelizmente e sem intenção, Renato interrompe o pai, e se arrepende amargamente por isso.

― Eu não tive a intenção... ― Ele se dá conta da burrada que fez, e como era de se esperar, levou um soco no rosto, o deixando tonto.

― O que eu já falei sobre me interromper? O que? Me responde caralho! ― Ele grita.

― Que... ― Renato sentia o gosto de sangue na boca. ― Que se ao acaso eu te interrompesse enquanto estiver falando, vou apanhar.

― E o que você fez? ― Ele segura o pescoço do filho, quase o sufocando.

― Te interrompi... ― Ele custa a falar.

― Que isso não se repita! ― Rodolfo arremessa Renato contra a parede, que encontra dificuldades para respirar logo em seguida.

Encontrando dificuldade, Renato se levanta do chão, ainda tremendo, e recolhe a toalha que ficou no piso, a enrolando outra vez na cintura. Tonto, caminha lentamente até seu quarto, trancando a porta atrás de suas costas.

O processo a seguir já foi feito outras milhares de vezes, e nessa manhã, teria de ser repetido.

Renato, com as mãos no fundo de seu guarda roupa, apanha um pequeno estojo escuro e o coloca em cima da cama. Com suas mãos tremendo e olhos lacrimejando, ele se ajoelha, abrindo a pequena caixa. Com lágrimas escorrendo pelos olhos, o rapaz pega um pequeno estojo de maquiagem, e finalmente se levanta.

A passos lentos, e temendo se olhar no espelho, Renato finalmente se olha, observando o estrago que seu pai havia feito em seu rosto. Com muito cuidado, ele começa a passar o pó compacto em sua face, esfregando a espuma de modos a não machucar muito o seu rosto. A camada teve de ser aplicada três vezes para finalmente cobrir a marca do soco que havia levado.

Todo mundo na vizinhança tinha total ciência do que acontecia naquela casa. Todos eles sabiam das agressões, dos primeiros pedidos de socorro proferidos por Renato quando ele ainda tinha quatro anos, mas ninguém fazia nada, ninguém nunca fez nada, nem sequer olharam para o garoto enquanto ele passava na rua. Talvez seja por medo do progenitor do rapaz, ou talvez seja por eles não se importarem, e provavelmente ninguém nunca saberá a resposta para a negligência, e no momento, para Renato, o fato de ninguém nunca o ter ajudado não importava mais. Passou anos apanhando do pai e tendo que esconder as marcas por vergonha, por receio de alguém além saber do que acontecia e chegar aos ouvidos do seu pai, o que pioraria as coisas, então ele continuava naquele processo matutino, escondendo os socos, os tapas, os chutes que levara na costela. Ele passava horas escondendo as marcas para que ninguém comentasse, para que ninguém sentisse pena dele, porque pena ele já sentia por si mesmo e não precisava de mais ninguém para isso.

Após ter coberto os hematomas no rosto, Renato guarda a pequena caixa no fundo do seu guarda roupa e pega seu uniforme. Depois de vestir sua cueca, a calça, a maia e o tênis e por fim colocar sua camisa, o celular de Renato toca. A tela quebrada o impossibilitava de ver quem era, mas mesmo assim, ele resolve atender.

― Alô. ― Renato diz.

― Alô, Renato? ― Logo de imediato Renato reconheceu a voz de seu gerente, mal humorado como sempre.

― Senhor Pedro. ― Ele diz.

― Um dos funcionários se acidentou de moto essa madrugada, e ele cobria o turno da noite. Há uma possibilidade de você trocar de turno? Posso fazer uma alteração e colocar você a noite por pelo menos duas semanas.

― No caso eu iria para o restaurante apenas a noite? ― Não era o que Renato queria. Passar o dia inteiro atoa era algo horrível para ele.

― Sim.

― Senhor Pedro... ― A voz de Renato treme devido a angustia que estava sentindo no momento.

― Problemas em casa outra vez? ― Nem foi preciso Renato lhe dizer nada. ― Pode ficar o dia inteiro se quiser, mas como da outra vez, não vai receber um adicional por isso.

― Não tem problema. ― Renato seca uma de suas lágrimas.

― E não quero saber de funcionário meu dormindo no meio do expediente, fui claro?

― Sim senhor.

― Ótimo. Nos vemos as oito. Passar bem.

― O senhor... ― O gerente desliga em sua cara.

Depois de tudo pronto, Renato pega as suas coisas e sai de casa, antes mesmo de seu pai sair do banheiro. No momento em que cruza a porta, seu coração se sente mais leve e os batimentos do mesmo se acalmam.

Cerca de uma hora e meia depois, Renato chega no restaurante, e como ele sempre chegava quarenta minutos antes do esperado devido aos horários de ônibus, ele agradeceu pelo atraso de meia hora do ônibus hoje não ter atrapalhado o batimento de seu ponto logo na entrada.

Depois que se instalou e terminou de arrumar as coisas, com a ajuda dos outros funcionários, Renato começou a desempenhar sua função. Ele recebia os clientes, anotava os pedidos, os entregavam as refeições e/ou lanches. Era responsável para limpar as mesas caso algo acontecesse. Renato também tinha que cuidar das contas as vezes, quando o responsável pelo fechamento das mesas não estava disponível, e ele não odiava ter que fazer tudo isso, pelo contrário, para Renato, quanto mais trabalho melhor. Para ele, quanto mais sua cabeça ficasse ocupada com o serviço, melhor, e por isso motivo que ele passou a gostar de virar o turno no restaurante.

Depois do turbulento primeiro turno, a noite finalmente cai, e com ela, o frio, que dessa vez veio pra valer. Por estar sempre se movimentando muito, o rapaz quase não tinha tempo para sentir a ausência de um agasalho, salvo raras exceções, onde ele ficava parado por poucos minutos, mas fora isso, correu tudo bem, como sempre.

Por volta das onze e meia da noite, quando o movimento diminuiu um pouco, Renato nota Caled Erico entrar no restaurante com uma bolsa carteiro de couro pendurada em seus ombros. Ele estava ainda mais bem apresentável que da primeira vez. Trajava um terno cinza claro que caia muito bem com seu tom de pele e cabelo.

No momento em que seus olhares cruzaram, ambos sorriram genuinamente.

― Boa noite. ― Renato o entrega o cardápio sorrindo.

― Boa noite garoto. ― Ele folheia com calma, sorrindo, e então olha atentamente para o garçom. ― Pode me trazer o mesmo que pedi no sábado. Ainda se lembra?

― Arroz branco, bife de boi acebolado e suco natural de acerola. ― Ele diz sorrindo.

― Exato. E não precisa ter pressa, tenho todo o tempo do mundo... ― Ele diz ao abrir sua bolsa e tirar um notebook dela, o colocando sobre a mesa. ― Trabalho. ― Ele olha para Renato e reponde uma pergunta ainda nem feita.

Depois de entregar o pedido de Caled a cozinha, Renato volta a se comprometer com seu trabalho, atendendo clientes e limpando algumas mesas que haviam se sujado de comida.

Quando o prato do estranho ruivo fica pronto, Renato o entrega, com calma, e abandona a mesa com um sorriso. Realmente, apesar do primeiro momento mal iniciado entre os dois, o jovem havia gostado da companhia de Caled, e sabia que era reciproco.

Por volta das duas da manhã, quando restavam ainda quatro clientes, Renato se coloca de pé frente as mesas e coloca os braços para trás do corpo. Quando seus olhos param no homem ruivo, percebe que estava sendo chamado, e então calmamente, Renato se dirige até ele.

― Pois não? ― Ele tira o bloco de pedidos do bolso de seu avental e pega uma caneta.

― Acho que já passamos do ponto onde temos que nos tratar com formalidade, não acha? ― Ele para de escrever algo em seu notebook e olha para Renato.

― É o meu trabalho... ― Renato sorri. ― O que vai pedir?

― Que você se sente aqui comigo, que me faça companhia. ― Ele sorri.

― Infelizmente eu não posso. Se eu me sentar com um cliente meu gerente me manda embora.

― Você pode chamar o seu gerente para mim? ― Caled fecha o seu computador portátil.

― Caled...

― Eu não vou lhe meter em confusão, não se preocupe.

― Tudo bem.

Com cautela, Renato se dirige a sala onde seu gerente se encontrava. Quando se aproxima da porta, o rapaz bate na superfície de madeira três vezes, até que escuta Pedro mandando que ele entre.

― Pois não? ― Ele pergunta olhando nos olhos de Renato.

― Há um cliente querendo falar com você.

― Qual? ― Ele se levanta.

― Um ruivo trajando terno cinza. Está sentado no fundo.

― Obrigado, pode ir.

Renato se retira da sala de Pedro e fecha a porta, caminhando até seu posto a passos lentos e compassados. Quando se posiciona, outra vez com as mãos para trás, ele olha para Caled e acena com a cabeça, e em quatro segundos, Pedro aparece, se dirigindo até a mesa do homem ruivo trajando terno cinza. Eles conversam por cerca de um minuto, e quando Pedro se vira, Renato percebe que ele estava com um sorriso no rosto, e passado o estranhamento, ele deixa a situação pra lá, até que Pedro se aproxima.

― O Senhor Caled Erico gostaria de trocar uma palavrinha com você. Pode se sentar a mesa dele, e, por favor, tire o avental. ― Pedro diz e rapidamente se retira.

Renato se encaminha para trás do balcão e pendura seu avental ali, junto com outros que já haviam sido colocados no mesmo lugar, e caminhando vagarosamente, ele chega a mesa, se sentando frente ao homem bem vestido, que sorri para ele.

― O que você fez?

― Ofereci dinheiro a ele. ― Ele para outra vez de escrever.

― Você fez o que? ― Renato estava surpreso.

― Ofereci dinheiro a ele a troco de sua companhia essa madrugada.

― Ele me vendeu? ― Renato abre a boca.

―Ele me emprestou um de seus funcionários. ― O homem de terno cinza ri.

― Por dinheiro...

― E foi caro. Mas eu só queria passar um tempo com você.

― Por quê? ― Renato pergunta.

― Porque te acho interessante.

― Interessante? Não há nada de interessante em mim Caled. ― Renato sorri sinceramente.

― Você está enganado... ― Ele para de falar quando nota as marcas roxas nos punhos de Renato, que estava apoiado sobre a mesa. ― Seu pai? ― Ele pergunta.

― Eu não quero falar sobre isso... ― Renato esconde seus braços debaixo do forro.

― Tudo bem...

― E não precisa ficar com pena de mim.

― Eu não estou. ― Ele ascende um de seus cigarros, fazendo Renato arregalar os olhos.

― Você não pode fumar aqui... ― Renato olha para os lados.

― Está incluso no pacote. ― Ele sorri outra vez.

― Se você diz... ― Renato sorri e observa o homem voltar a escrever em seu notebook.

― O que está fazendo? ― Renato pergunta com curiosidade nos olhos.

― Escrevendo uma história para um amigo. ― Ele traga seu cigarro outra vez e o coloca na ponta da mesa.

― E sobre o que é a história? ― Renato estava interessado. Ele adorava ler.

― Não quero ocupar seu tempo com minhas futilidades.

― Você pagou pelo meu tempo, se esqueceu? ― Renato sorri, arrancando um sorriso do homem ruivo.

― Tudo bem... ― Ele fecha o notebook, como se nem fosse precisar mais dele. ― Bem, a narrativa conta a história de Iricus, um nobre rapaz filho de um rei muito importante de um país escandinavo. Ele era um jovem de vinte e cinco anos sem muitas ambições. Vivia apenas pelo nome de seu pai. ― Caled para por um momento, mas volta a história quando constata que Renato estava interessado. ― Seus medos do comum faziam de sua pessoa um ser mal visto pela sociedade da época, que visava a importância apenas de homens fortes, corajosos e dispostos a tudo, só que Iricus não era o que procuravam, ainda mais se tratando de um príncipe, sucessor do trono ocupado pelo pai. ― Ele faz uma breve pausa. ― Tudo começou quando seu pai adoeceu, cerca de dez anos após o inicio da história, e apesar de recebido treinamento para futuramente assumir o cargo de rei, Iricus se viu apavorado com a ideia de assumir o trono, pois ainda não se sentia preparado. Seu pai ainda estava novo, e tento Iricus ainda trinta e cinco anos, ele nunca imaginaria que o poder chegaria em suas mãos tão rápido, e assim o fez. Um mês após seu pai se tornar um homem acamado, o príncipe, que agora estava prestes a se tornar rei, teve de se casar com a filha de uma família muito importante na cidade, assim poderiam dar sucessão a linhagem, e mesmo essa não sendo a mulher pela qual ele era apaixonado, Iricus aceitou a proposta lhe feita, se casando com a moça uma semana depois. ― Ele faz uma longa pausa, parecendo se recuperar de algo que lhe afligia.

― Pode continuar... ― Renato parecia encantando com o rumo de tudo.

― Dois dias após o casamento, o rei faleceu de causas naturais, deixando o trono para o inexperiente Iricus, que temia não ser capaz de lhe dar com tudo o que vinha pela frente. Os três primeiros anos foram relativamente fáceis para o novo rei, que já era pai de dois filhos e um pequeno bebê, mas mal sabia ele que dias turbulentos viriam. Tudo aconteceu tão rápido que Iricus foi incapaz de tomar medidas provisórias e rápidas em relação a guerra eminente, resultado na morte de cinquenta aldeões. O povo foi a loucura, pedindo sua cabeça, e o novo rei não sabia o que fazer. Sua mãe, viúva, tentou acalmar os nervos de todos, mas foi em vão. As pessoas estavam com medo de a guerra avançar, e por isso, pediam proteção, e como a primeira batalha não havia dado resultados positivos, eles queriam uma garantia de que não iria acontecer novamente, mas infelizmente Iricus não podia lhes dizer que tudo ficaria bem, pois seria mentira. ― Ele faz outra pausa, tragando de seu cigarro.

― Nossa... ― Renato parecia surpreso.

― Como ele nunca teve sorte, a revolta se iniciou outra vez, ocasionando uma nova guerra, e com a ausência de soldados suficientes, o novo rei foi obrigado a participar da batalha, e ele saiu de seu castelo sabendo que nunca mais voltaria, e foi isso o que aconteceu... ― Ele traga outra vez, colocando as cinzas no prato com os restos de sua refeição. ― Durante a batalha, que durou dias, o rei se descobriu um corajoso guerreiro. Seu medo não existia mais, e tudo o que ele desejava naquele momento era vencer a guerra, e dias depois, mediante a tanta destruição, conseguiram tal feito. Depois de tanta perda, apenas quatro soldados e o rei permaneceram vivos, respirando, mas isso foi por pouco tempo. Três desses soldados não aguentaram a volta a cavalo, que duraria quatro dias, e acabaram morrendo no meio do caminho, e durante o trajeto, precisamente no meio dele, o rei e o último soldado sentaram para finalmente descansar.

― O soldado estava muito ferido? ― Renato pergunta.

― Muito pelo contrário, o soldado estava em perfeitas condições, em melhor estado até mesmo que o rei, que estava extremamente ferido, mas ainda aguentando.

― E o que aconteceu?

― Eles se sentaram perto de uma queda de água, onde o soldado começou a tratar das feridas do rei, que parecia não estar bem. O soldado passa então a elogiar o novo rei, Iricus, pela bravura em campo, lhe dizendo que nunca esperava que ele fosse capaz de tal feito, superando a bravura até mesmo do pai, que nunca pisou fora do castelo. Iricus mesmo não conseguia ouvir quase nada, mas passou a prestar atenção na história mística que lhe era contara sobre outro jovem que recebe uma maldição da vida eterna. Na história que lhe foi contada, esse outro jovem, durante uma fuga de prisioneiros, acabou se perdendo na floresta, e lá, se deparou com um estranho homem pacífico que alegou ter visto seu futuro, lhe contado sobre ele se tornar um guerreiro incrível. O soldado contou ao rei quase morto a sua frente sobre o que o velho disse. Iricus ouviu da boca do homem ao seu lado sobre o dom que ele recebera através do idoso, dom que poderia ser considerado uma maldição, mas esse só poderia ser recebido por outra pessoa quando o guerreiro tivesse uma visão no momento em que visse alguém, e que se ele decidisse que esse alguém era digno de tamanho poder, ele deveria causar sua morte do indivíduo pelas suas próprias mãos, de modos que esse dom passaria para outra pessoa, causando a morte do antigo hospedeiro. ― Ele faz outra pausa. ― Por fim, logo após o soldado proferir suas últimas frases, Iricus sentiu as mãos do guerreiro em seu pescoço, e a última palavra que ouviu naquele dia foi a de que ele será um rei incrível. ― O estranho finaliza sua história.

― Nossa... ― Renato se encontrava impressionado. ― Que história incrível. ― Ele tinha lágrimas nos olhos.

― Você gostou? ― Caled também estava surpreso.

― Não tem como não gostar. É incrível... Porque você não faz dessa história um livro?

― A história de Iricus poderia sim se tornar um livro, mas não acho que seja necessário. Tudo não passa de um pequeno rascunho. ― Ele encarava Renato fixamente.

― É uma pena, porque eu adoraria ler o desfecho de tudo... ― Renato sorri.

― Eu gostaria de lhe contar toda a história de Iricus, mas infelizmente eu não tenho tempo...

― Eu... ― Renato é interrompido quando sente seu celular vibrando no bolso, mas ele ignora. ― Eu gostaria muito de saber o final de tudo.

― A vida dele ainda não teve um fim. ― O homem ruivo sorri.

― Não? ― Renato sente o celular vibrar outra vez, então resolver atender. ― Você me dá licença? É por um minuto apenas...

― Não se preocupe garoto, não vou a lugar nenhum... ― Ele acende outro cigarro.

Renato se encaminha para uma área mais afastada do restaurante, para não poder ser ouvido por ninguém. Ele tira o telefone do bolso, e sem poder ver o remetente da chamada devido o visor quebrado, ele atende.

― Alô. ― Renato se pronuncia.

― Renato... ― Era Leandro.

― Oi Leandro, o que... ― Ele é interrompido.

― Onde você está?

― No restaurante, por quê? ― Renato se assusta com o tom de urgência na voz de Leandro, que parecia aflito.

― Eu tenho ordens específicas de não contar o que irei lhe falar para ninguém, mas eu me importo muito com você, e se você está na linha fogo, tenho que tentar ao menos te defender...

― Leandro, o que está acontecendo? ― Renato estava assustado.

― Essa noite foi encontrado um corpo na floresta. A vítima é um homem de trinta anos, desconhecido e sem identidade...

― Porque está me contando isso? Não tenho estômago para essas coisas, você sabe.

― Só me escuta caralho. ― Leandro xinga. ― Eu fui até a cena do crime, assim como seu pai e outros dois policiais. Juntos nós analisamos o local, procuramos provas, algum material que poderia nos dar alguma resposta, e por fim, eles constaram que aquilo não passou de um assassinato, obra de uma pessoa louca que queria relembrar o que aconteceu há dois anos nessa cidade, mas na época do acontecido eu estava estudando, eu estudei a porra do caso de cima para baixo. Eu estudei os métodos do assassino, estudei seus meios, a forma como ele abatia as vítimas, e agora, voltando do necrotério, onde fui escondido para não dar bandeira, constatei que se tratava da obra do mesmo autor dos outros crimes.

― O que? ― Renato tremia. Esse foi um caso que lhe deixou sem sair de casa a noite por meses, lhe causando extremo pavor.

― O que Renato? O assassino ainda está solto. Prenderam o homem errado, mataram o homem errado na cadeia.

― Não... Você deve estar enganado, você está enganado.

― Eu não estou enganado caralho! Se eu estivesse enganado os policiais daqui já teriam comunicado o corpo as autoridades superiores, mas ninguém fez isso, ninguém pode fazer isso. Tem coisa errada nessa história.

― Leandro, por favor, se acalma...

― Eu vou ter que manter minha boca fechada e concordar com o que está acontecendo até que eu descubra o que realmente aconteceu naquele lugar... E Renato, eu só te peço uma coisa, cuidado ao sair a noite, ainda mais nesse horário de trabalho louco seu. Eu te imploro, redobre seu cuidado. Eu vou passar mais quatro horas aqui, e se não fosse por isso, iria te buscar.

― Leandro.

― Chama um táxi, faz isso por mim.

― Tudo bem...

― Agora eu tenho que ir. O clima nessa delegacia está estranho...

― Tudo bem Leandro... ― Renato diz, e sua voz sai fraca

― Vou desligar Renato. Te amo.

E a ligação cai.

Naquele momento, Renato não sabia como proceder tudo aquilo que acabou de lhe ser informado. Não era possível que tudo o que disseram a população há dois anos era mentira, que o assassino que havia sido preso não era o mesmo autor dos crimes hediondos que aterrorizou toda a população. Não era real tudo aquilo que lhe foi dito, não era possível. Acreditar nisso seria acreditar que seu pai, além de extremamente violento, é corrupto, e acreditando nisso, seus medos aumentariam de alta escala, e Renato não poderia sentir mais medo, e por fim, a última coisa que lhe foi dita ao telefone, a última coisa que Leandro disse a Renato, o ‘Eu te amo’. O rapaz escutou aquelas palavras na hora da ligação, mas só agora as processou, e a frase soou extremamente verdadeira para ele, completamente real, ele sentiu, ele conseguiu sentir as palavras em seu coração. Leandro finalmente havia dito, mas em meio a tanta confusão, nada a respeito poderia ser feito, e ambos teriam que esperar.

― Está tudo bem? ― O homem ruivo pergunta no momento em que Renato se senta a mesa, tremendo.

― Não... ― Renato diz.

― O que aconteceu?

― O Leandro, ele...

― Seu namorado?

― Ele não é meu namorado. ― Renato olha para o homem, que o encara. ― Ele me contou uma coisa, e eu... não sei como processar tudo de uma só vez.

― Vai com calma, Renato... ― O homem se levanta da mesa. ― Você está ainda mais branco, e está tremendo.

― Eu estou nervoso. ― Renato tenta sorrir. ― E com medo. ― Renato fica ainda mais branco. ― E com fome... ― Ele sorri, mas seu sorriso se apaga.

― Renato... ― Caled coloca a mão esquerda na testa do garoto, constatando que ele estava frio. ― Alguém trás uma água aqui, por favor! ― O ruivo grita, e em segundos, uma mulher apavorada da cantina chega, entregando o copo. ― Toma.

― Obrigado... ― Com dificuldade, Renato toma a água.

― Há quantas horas você não come? ― Ele pega nas mãos do garçom.

― Há quarenta e oito... ― Renato tenta sorrir. ― Comi um biscoito ontem pela manha e um pouco de suco.

― Isso não é coisa que se faça... ― Ele se levanta. ― Me espere aqui.

O estranho de cabelos ruivos demorou cerca de dois minutos para voltar, mas quando retornou, chegou com um prato de sopa de galinha e outro cheio de macarrão branco temperado à alho.

― Come, você está precisando se alimentar.

― Não precisa se preocupar comigo...

― Se não comer por bem, vai comer por mal. ― Caled coloca a colher nas mãos de Renato, que com muita dificuldade, começa pela sopa.

Minutos depois, Renato se encontrava deitado em um sofá no canto do restaurante, área reservada para ocasiões especiais, como comemorações de aniversários ou confraternizações. Sua cabeça estava apoiada no colo do homem estranho, que lhe acariciava os cabelos. Quando finalmente abriu os olhos, se deparou com o olhar azul do ruivo, que o encara fixamente.

― Onde estamos? ― Renato pergunta.

― No restaurante. ― O ruivo então passa a checar a temperatura do jovem, e quando constata o bem estar do mesmo, fica aliviado. ― Nunca mais faça uma coisa dessas, fui claro?

― Fazer o que? ― Renato se prepara para levantar, mas o estranho Caled não deixa.

― Fica deitado ai... ― Ele coloca as mãos na cabeça do jovem, que permanece deitado por mais um instante. ― Ficar sem comer por tanto tempo. ― Ele responde a pergunta.

― Me desculpa, por favor... ― Renato suplica.

― Só não faça de novo, eu te imploro. Não quero lhe ver mal.

― Eu não vou fazer, eu juro. ― Renato encara o homem. ― Porque está fazendo isso?

― Isso o que? ― Ele pergunta.

― Cuidando de mim... Você nem me conhece.

― Eu te conheço o suficiente para me importar com você.

― Ninguém nunca se importou comigo...

― Eu sei, mas eu não estou dentre a maioria. ― Ele sorri. ― Agora levanta, vou te levar pra casa.

― Não precisa... ― Renato ia recusar, mas se lembrou do que Leandro havia lhe pedido.

― Faço questão.

Renato é o primeiro a se levantar, e assim que o faz, sente a mão direita do homem ruivo concertando seus cabelos, e por fim, acariciando seu rosto. Depois disso, saem pela porta do restaurante, e logo Renato entra no carro daquele completo estranho, mas que lhe parecia extremamente confiável.

Iam rumo a sua casa, onde tudo o que ele precisava no momento era deitar na cama e apagar por pelo menos um dia inteiro.

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Comentários

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25/02/2016 22:01:31
Alguém por favor mata esse pai do Renato. Que filhudumaputaaaaa. Eh de ficar depressivo só em ler kkkkkkkk. Bjo gato to amando
25/02/2016 00:54:34
Muito bom Matheus. Esse Caled é bem misterioso, agora mais ainda depois dessa historia que ele contou. Amo suas historias ^^
24/02/2016 21:17:07
A cada crueldade do Rodolfo para com o Renato, tenho ganas de esquarteja-lo. Será que este assassino seria alguém que trabalha para o pai dele? E esta história que o Caled contou será que este príncipe seria ele mesmo? Leandro está se colocando em risco, mas não pode se furtar em avisar ao Renato. Theus a cada capítulo fico mais envolvida e triste pois infelizmente ainda há casos de abuso e agressões doméstica e como no caso do Renato os vizinhos sabem, mas muitos têm medo de represálias e tb há os que não estão nem aí, já que para eles a vida de outrem não lhe dizem respeito, dando uma de Poncio Pilatos, anjo beijos e abraços mil.
24/02/2016 21:06:09
lindo capitulo.... mais tive a impressão que essa historia toda de Iricus e na verdade o próprio Caled... e achando muito que meu lindo Renato vai ser seu próximo hospedeiro desse dom.... ai ainda mais cheia de duvida ainda mais ansiosa....
24/02/2016 18:47:36
Eu fico me tremendo a cada capítulo que leio, você consegue se superar a cada história, é incrível como você consegue passar tantas emoções diferentes em texto, super ansioso pro próximo capítulo <3
24/02/2016 18:35:50
Eu imagino q até tenha pessoas assim como o Renato, que não fazem absolutamente nada p tentar mudar suas vidas... Eu tenho mais raiva do que pena de pessoas q se acomodam com o sofrimento, não sei lhe dar com isso nao rsrs. ele é muito passivo com tudo q acontece com ele.(literalmente falando tambem) 😆
24/02/2016 18:33:11
top esse cap...pq eu tive a impressão que de que a história que Caled contou seria sobre ele msm e não uma história qqr??? e qto a esse novo assassinato???será que o pai de Renato tem algo haver com isso td??? afinal ele não foi o responsável pela investigação à dois anos onde um responsável foi julgado e condenado pelos crimes???que venha os próximos cap...
24/02/2016 18:05:38
não me surprienderia em nada se esse assassino fosse o pai do renato. , prq prq pra tratar o filho como trata com os outros de fora com certezafaria pior.agora esse caled é muito misterioso e isso me fascina.rsrs mas eu tbm fico com um pé atras com relacão a ele..aqui não consegui te encontrar no whattpadnem pelo nome e nem pelo link.tenta me achar .ai voce me manda convite.sou felicia martins.meu icone é azul .beijo seu lindo.
24/02/2016 18:03:08
Quem será esse misterioso Caled ? Sérias dúvidas agora rs. Abracos man...
24/02/2016 17:22:04
Maravilhoso. Começando a compreender futuro do conto.


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