Na Ordem do Caos 6

Um conto erótico de Hayel Mauvaisanté
Categoria: Homossexual
Contém 2931 palavras
Data: 20/10/2015 22:09:09
Última revisão: 21/10/2015 01:49:58

Na Ordem do Caos

Capítulo 6 - Sacramento da Confissão.

===== Igreja Católica 20h01min =====

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Mais de 10 minutos de viagem em silêncio, minha mente viajava junto. A igreja parecia ser perto, em uma pequena praça toda ornamentada para época. Saímos do carro, percorremos a praça para chegar até o templo.

Eu gostava de igrejas, em especial as católicas antigas. Não só por toda arte arquitetônica e história que elas possuíam, mas por serem sombrias. Eram suas essências na minha cabeça, um lugar antigo e sombrio, onde você poderia ter contato com uma divindade de luz. Onde a escuridão era a aparência de um lugar onde teoricamente estava toda a benevolência...

— Vamos! – ordenava ele fazendo sinal para que eu o seguisse.

A igreja era católica, tinha um estilo neoclássico, devia ser aquelas matrizes da época do Brasil Colônia, mas com vidraças góticas de anjos e santos no alto. Quando entramos, podia ver como a igreja era imponente em sua forma, visualizei o presépio que ali estava muito bem detalhado perto do altar, muito belo. Fiquei admirando-o de longe. Pensava que haveria mais gente frequentando igrejas naquelas dias, mas tinha só duas pessoas, talvez uma deles fizesse parte da sacristia. Ainda mais, pensava em como o natal era uma época bastante interessante e atrativa, se eu tivesse família bem unida, eu adoraria comemorar essa data, mesmo não sendo cristão, aliás, tanto fazia, o natal nem pertencia ao cristianismo, foi apenas incorporado de festividades pagãs que muitas culturas antigas cultuavam seja pelo Deus Sol Mitra dos persas, adotado posteriormente pelos hindus e romanos, ou seja por culturas "bárbaras" da Europa que comemoram por o solstício de inverno no hemisfério norte, é o dia mais curto do ano, o dia 25 significava o nascimento de muitos deuses da luz exatamente por isso, é bem improvável que Jesus tenha nascido nessa data, já que não se sabe a data exata. O interessante disso tudo é que os dias das festas de solstício são as mesmas do natal, até o dia 24, quando um astrônomo ou um observador pode ver o sol parado no horizonte e depois inverte sua rota e tomando caminho para primavera.

Tomei a dianteira, fui me sentar no banco da primeiro fileira da frente, onde parecia ser bancos em madeira maciça, onde a estátua de Jesus ensanguentado na Cruz podia me confrontar. E eu admirava como a morte num local sacro que ali era representada. Maurício sentou-se perto de mim, na segunda fileira atrás. Onde eu podia escutá-lo.

— Aqui é um lugar interessante. – comentei inesperadamente. — Um lugar onde você pode adorar a morte, em nome da vida. E você ainda pode confessar seus pecados. – disse em um tom mais rígido olhando para cruz.

— Eu direi o que terei que dizer, com ou sem pecado. – sussurrou ele mais calmo. — Apenas me escute, por favor, só me escute...

************** 6 anos atrás

Historieta de Maurício.

Como você sabe, Claus. Jorge foi um dos primeiros homens que me envolvi, desde de que eu era menor, entre os 15 e 16 anos. Bem mais velho, com seus 22, era amigo da minha família, fazia negócios com meus pais. Um empresário em ascensão. Logo me envolvi com ele, fui conquistado por ele, um homem implacável, implacável até onde chegava em questões mais íntimas. Nossa relação foi muito conturbada durante os anos, os primeiros foram os melhores e únicos, mas tudo piorou quando fiz minha maioridade, ele queria me controlar. Eu já tinha conseguido um trabalho bom para minha independência financeira, mas a situação era insustentável. Ele dizia coisas como:

"Você não sabe como são as pessoas, você não precisa disso, eu poderia muito bem te aconselhar e te guiar, te levaria comigo.", de forma muito convincente.

As suas chantagens emocionais eram constantes. Mas quando consegui meu emprego, conheci pessoas novas, adquiri liberdade. Suas palavras não tinham tanto efeito ao ser proferidas. Comecei a me impor, e ele teve que ceder.

"Eu te amo, mas não sou sua propriedade", dizia eu a ele nas nossas discussões.

Mesmo ele sendo controlador, não usava da violência contra mim, ele sabia que as consequências poderiam ser piores pra ele. Eu já era consideravelmente maior e mais forte que ele. A questão se complicou mais quando saímos de férias juntos, ele teve que voltar mais cedo depois de uma das nossas brigas. Lá eu o trai com um nativo. Ele acabou sabendo. Foi um tempo tenso entre nós.

Ele também já teve seus adultérios, que sempre fora o principal motivo de nossas brigas. Terminamos inúmeras vezes, mas eu o amava. Sua chantagem emocional me abalava muito.

"Se você me deixar, eu juro. Eu me mato! E você se sentirá culpado por isso pra sempre", gritava ele quando me confrontava.

Aquilo me amedrontava, eu tinha medo de perdê-lo. Eu tinha medo de não conseguir me libertar dele. Ele me tinha de uma forma... Inexprimível. Mas isso tudo, só nos fez ficar mais distantes um do outro. Eu não o via mais da mesma forma, eu já não o amava como antes. Tudo esfriou, vivíamos um traindo ou outro.

Foi quando te conheci, Claus. Uma visita na sua antiga escola, em outro estado, eu tinha uma palestra do meu ramo na época. Estava eu andando devagar pelo pátio, e quando menos vi, você esbarra em mim, como se tivesse correndo ou apressado. Perceptível que você era muito novo. Mas faltava muito pouco para sua maioridade. E você apenas me olhou espantado.

"Nossa... Alto", você disse de um modo inocente e ao mesmo tempo espantado. "Desculpa senhor", logo em seguida você disse corado.

Aquilo me exasperou profundamente, como se eu fosse um velho. Pensava: 'garoto abusado, me tratando como velho!', entretanto, também fiquei encantando. Ainda mais quando o vi na sala, numa fileira da parede no meio. Achei você Claus, o mais interessante e bonito dali pra mim. Não pensei duas vezes em te conhecer melhor. Tinha resolvido abordar você no fim da palestra.

"Ei você!", chamei-o categórico.

"Oi", disse você tímido como se quisesse se esconder. Olhava para baixo o tempo todo.

"Seu nome", pedi com um tom de voz mais agradável.

"Cl-Cla-Claus", respondia você gaguejando.

Eu sorri, parecia inacreditável de como você era fofo e extremamente tímido. Estava nervoso perto de mim. Segurava e apertava firme a alça da mochila.

"Efêmera, a vida de uma mariposa

Iguala-te a ti, Claus

Em seu tesouro escondido, rubra rosa

Envolto de tanto Caos".

Declamei um pequeno poema que tinha pensado na hora, e você parecia ter se sentido tão especial ali. Eu pude sentir você. No seu doce olhar.

"Lindo...", só foi o que você conseguiu expressar. "Você é muito bom", me elogiou entusiasmado. Você tinha um brilho nos olhos. "Obrigado", e aquele foi um dos seus agradecimentos mais sinceros que eu pudera lembrar. Até eu fiquei envergonhado com tanto prestígio por um simples poema pouco planejado.

Naquele dia, pedi teu número, passamos a nos mandar mensagens diariamente, a gente se falava com ligações, mesmo com sua voz tímida. Eu de algum modo dava um jeito de viajar só para vê-lo. Eu te conquistei, eu queria. Eu podia. Cheguei achar que estivesse apaixonado. Logo você passou a me chamar carinhosamente de 'Pequeno Urso', uma antítese a mim. Eu gostei. Mas toda vez que me chamava assim, eu sentia uma amargura dentro de mim. Eu sentia você apaixonado. Contudo, eu não podia brincar com você.

"Eu te amo. Eu te amo incondicionalmente", dizia você com as palavras mais tímidas, parecia inseguro, mas seguro do que queria dizer.

"Claus, isso não está certo. Eu não posso", dizia eu tenso.

Foi a primeira vez que decidi me afastar, eu estava te enganando. Não queria matar a imagem que você criara de mim, foi mais fácil fugir, achava eu. Mas logo você não deixava. Me enchia de mensagens, ligações, cheio de súplicas e lamúrias.

Não consegui aguentar nem dois dias, me apeguei, nunca tinha conhecido alguém persistente assim. Deveria entender que era só amizade. E você criava acordos, nos falávamos quase todo dia, ao acordar até dormir, fazia parte da minha vida. Você chegava com suas neuras, suas intimações, suas tristezas, eram tantas que chegavam a me irritar. Ignorava a maioria, eu era grosseiro, insensível com suas dores, por vezes te maltratei, mas ao mesmo tempo era a pessoa mais fofa. Você nunca me deixou mesmo assim, você parecia aguentar minha bipolaridade. Coisa que a maioria preferia nem ficar perto quando estava agressivo ou mal humorado. Quanto mais eu te batia, mais você ficava perto. Sempre que me dizia os seus 'eu te amo', sentia uma grande pressão sua sobre mim, me obrigando a corresponder, eu não podia. Tinha que dar uma solução a esta questão. Decidi fugir de novo, desta vez foi 3 meses.

"Por que faz isso comigo? Não entende que preciso de você? Sem você eu sinto que não tenho nada nem ninguém, você é a pessoa mais importante do mundo, você é o meu mundo", dizia você em suas mensagens. Cortava o coração, me sentia um canalha.

Tempos depois, você voltou, menos emotivo. Escondia mais o que sentia, parecia começar a entender. Porém ainda via dentro de ti, o motivo de você insistir tanto comigo. Terminei mais uma vez com Jorge, eu me sentia mais liberto, pudemos ser amigos íntimos mais uma vez. Eu me aproveitei diversas vezes de sua paixão, você era um garoto virgem e assexual. Dizia ser demissexual. Comigo, revelava que faria o que eu quisesse, mesmo conhecendo meu fetiches por urofilia, fisting, CBT, prolapso e BDSM. Aceitava fazer tudo isso, se fosse comigo, ainda você não esperava nada em troca. Mesmo que eu me sentisse obrigado. Comecei a crer que era a essência do seu ser era simplesmente amar. Nunca vi alguém tão altruísta.

"Me sinto tão vazio e inferior perto de você, não tenho muitas coisas, ou muito conhecimento, por isso tento fazer o que eu puder por quem eu gosto", dizia você com um sorriso triste.

De fato, eu não te amava. Porém eu continuava ali, sem entender porquê, mesmo que toda vez que aparecesse com um novo namorado, seu coração destroçava em pedaços, ficava calado, guardava toda dor pra si.

"Toda vez que escutava seu nome, eu podia escutar meu coração se partindo".

Claus, você se mostrava cada vez mais distante, não queria estragar minha vida. Eu era insensível, não importava tanto o que poderia sentir, aliás, estava vivendo minha vida, tentando ser feliz. Considerei por um tempo que foi você que se foi, mas foi eu no momento que te usei e larguei de lado que realmente fugiu da sua vida.

"Nossa amizade está acima de qualquer coisa que eu possa sentir", dizia você com um presente e um desenho meu.

Fiquei emocionado. Não sabia o que dizer, você se esforçava tanto para me ter perto, dizia que me ter longe era a coisa mais dolorosa do mundo. Eu sentia verdade em suas palavras, mas minha experiência com Jorge me fazia pensar em como tudo o que você fazia poderia se parecer com ele, mesmo que você não tivesse as atitudes psicopatas dele. Então eu tinha voltado com Jorge, nessa nossa montanha russa.

"Sei que você o ama, só quero que você seja feliz", me desejava você ao saber.

Quando você surgia com seus casos, pequenas paqueras, eu ficava cheio de ciúmes, eu nunca entendia porquê, já que eu não te amava. Mas sentia e muito, sempre com minhas indiretas chateado, isso te confundia. Fazia você voltar a mim. Até o dia que você me prometeu nunca mais dizer "eu te amo", você mudava...

Jorge descobrira nossas conversas, você sabe que ele tinha contato com traficantes, assim como eu também. O jeito que você me tratava, muito mais que um amigo. Uma promessa em vão. Jorge ameaçou te fazer mal, assim como tentou com outros que tive. Não tinha outro jeito, precisava te deixar, precisava deixar você viver sua vida, vida que tirei boa parte.

"Eu sinto que há algo errado, eu posso sentir tudo que você sente", dizia você preocupado. "Por favor, não suma de novo, dói", você falava choroso, lágrimas caiam.

"Claus, me deixa em paz, não quero ser seu amigo", foi tudo o que pude te dizer duramente.

Você me deletou da sua vida, assim como eu havia te deletado. Foi doloroso pra mim também, perdi o amigo que mais gostava. Entretanto, sei como foi pior pra você. Jorge me dizia "Ninguém nunca vai te amar como eu te amo", eu pensava como aquilo poderia ser verdade. Mas estive enganado por tanto tempo, você me amou mais do que a própria a vida, mais que eu pudéssemos imaginar, então toda vez que me falava eu te amo... Eu tinha medo de você.

Jorge morreu um ano atrás, ele estava bêbado após uma briga de nossos inúmeros términos, ele dirigia e acabou sofrendo um acidente. Eu fiquei de luto por meses, ainda o amava, mesmo com todas as imperfeições, assim como você me amava cada espinho que eu tinha e que fazia você sangrar. Consegui superar sua morte, colocar minha vida nos trilhos de novo, mas desta vez me sentia liberto totalmente. E nos últimos lembrei de você, de como foi um idiota que roubou sua vida. Pensei por vezes que você estava seguindo adiante, se eu interferisse, pioraria tudo novamente. Eu não queria ser um muro na sua vida. Por isso quando soube de você, só pude pedir perdão e cada vez mais pensava em como tudo poderia ser diferente senão fosse o meu medo.

========== Igreja Católica 20h18min ==========

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Ouvir cada palavra me destroçava, eu olhava para baixo, tentava encontrar razão onde só tinha emoção, apertava a calça nos joelhos, meus olhos lacrimejavam, meu nariz escorria. Eu podia sentir o gosto salgado das minhas tristes lágrimas, as amigas que me acompanharam por tanto tempo, voltavam com força. Eu não sabia mais de onde tirar forças, tanto tempo tentando ser forte, dizimava-se ali ao lado dele. Nem conseguia ver mais direito Cristo crucificado, limpei o meu rosto com a manga e olhei para aquele teto com pinturas de querubins de tons pastel em estilo barroco-rococó.

— Claus... – arfava ele perto do meu ouvido.

Aquele homem que me fez mudar de vida tantas vezes, que me fez mudar, aquele que prometi esquecer, não o via mais como o maior babaca do mundo, mas era meu espelho do passado em quem me transformara. Não tinha ideia do que eu poderia sentir por ele mais. Tudo se unia em um complexo vórtex onde estava minha vida, minhas emoções, ideias e pessoas.

— Eu não sou... – balbuciava eu diminuindo as lágrimas. — Eu não sou igual a ele. – disse firme olhando para o teto celestial.

— Eu sei, Claus – disse ele com pesar. — Foi burrice minha. – ressaltou com a voz diminuindo. — Espero que agora possa me entender – sussurrou ele com a voz trêmula.

— Eu entendo... – murmurei olhando para Jesus. — Mas as coisas já estão feitas – disse eu olhando para minhas mãos vermelhas.

— Eu não vi outra escolha e tive medo. – balbuciava ele.

— Até hoje me sinto vazio... – disse enquanto fitava minha mão. — Me sinto tão vazio diante de você, do Lourenço e de todos. – analisava cada marca. — Antes eu entregava todo meu amor, única coisa que tinha, afim de ter uma amizade ou alguém especial para compensar tanto vazio que havia dentro de mim. Agora apenas me fecho e me afasto afim não estragar quem me quer bem. – dizia eu reflexivo.

— Eu ainda sinto aquele Claus que me esbarrou uma vez dentro de você... – arfou ele se aproximando. — Mas não vejo ele em você. – murmurou ele tristonho. — Eu destruí você. – lamentou ele encostando a mão no meu banco.

— Não... – dizia eu apreciando a visão da igreja. — Eu me destruí. – afirmei apertando a mão esquerda no banco. — E me arrependo por isso até hoje. – lamentava com muita angústia. — Fui muito imaturo e instável. Estraguei tudo pra todos, especialmente minha vida. Deixava de fazer coisas só pra falar contigo... – confessava eu com os olhos marejados.

— Você foi lindo enquanto ser amoroso em sua pureza. – comentou ele ao meu ouvido.

Eu pensava em tantas coisas, em como minha vida deveria seguir, se Maurício faria parte dela... Se eu havia voltado para o passado. Eu seria verdadeiramente feliz? Eu já não era o mesmo de antes, mesmo que ainda contenha traços. Maurício foi tudo o que eu sempre quis, mas ele ainda era tão cheio de incertezas quanto eu.

— Só mais uma coisa – sussurrei — Você tem algo a ver com a morte de Jorge? – questionei concentrado.

— Não... Não diretamente. – respondeu ele sério.

— Preciso de ar. – disse eu me levatando e andando o mais rápido que pude.

— Espera Claus! – exclamou ele seguindo e me segurando pelo braço. — Eu ainda não terminei.

No momento me inclinei, pude ver aquele homem gigante com olhos marejados, chorando... Eu odiei vê-lo assim. Meu coração que tanto escondia batia forte, podia ouvir cada batimento, podia sentir minha respiração.

— Diga o que precisa falar – disse abaixando a cabeça e me soltando dele.

— Eu não te encontrei por acaso aquele dia – revelou ele enquanto me fitava. — Eu sabia que você iria passar por ali...

Tudo ficava cada vez mais surreal, as amarragens das moiras da minha vida se ampliavam.

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Bom, meus sinceros obrigados a quem acompanha essa estória, aconselho a não procurarem alguns termos sexuais no google citados nessa parte, se não conhecerem claro. Parece que agora vocês podem compreender melhor os "mistérios" em torno de Claus e Maurício, queria me aprofundar nas histórias pessoais de alguns personagens dessa trama, mas ela toda é sobre Claus. Quem sabe numa próxima história específica.


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Comentários

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O. J. Carmo, sabe ainda não assisti Nymphomaniac, mas Lars Von Trier é simplesmente incrível. Muita vontade pra ver um filme tão longo haha. Talvez a semelhança seja apenas alguns fetiches sexuais abordado e a tensão em torno disso de um casal seja apenas de cama ou não. A relação de Maurício e Jorge foi bastante conturbada.

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Nossa. Quando cheguei ao fim, por alguma razão eu liguei a história de Maurício com a de Nymphomaniac de Lars von Thrier... O que aconteceu entre os dois me lembrou um verso "o amor é como um tijolo, pode construir uma casa ou ser um tumulo para um corpo morto"

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Meu deus esses fetiches do mauricio até me dão medo ( nada contra , é que eu apenas não gosto ) , esta muito bom , enfim descobrimos , o que o que ah por traz das peles do mauricio , tadinho do claus ja achava q ele sofria , descobrir o q o mauricio fez com ele , não o feriu mas sim o destruiu , o matou . Beijos de sangue e fogo de um targaryen .

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