Quero sentir-me desejado!
Sou um homem de 35 anos, casado há mais de 10 anos.
Gosto muito da minha mulher, mas a verdade é que a nossa vida sexual tem arrefecido nos últimos tempos. Sempre fui eu a tomar a iniciativa, mas cheguei a um ponto que já não o faço mais. Esta minha atitude acaba por originar alguns intervalos de tempo maiores do que eu gostava.
Não sou nenhum santo, mas nunca traí a minha mulher até entrarmos nesta espiral de desinteresse. Acabei por fazê-lo há pouco tempo e fui invadido por um misto de arrependimento e a sensação de voltar a sentir-me desejado.
Vou relatar aqui o episódio que me aconteceu. Fez muito bem à minha auto-estima.
Sei que não sou o “Homem Tipo”. Não vou ao ginásio, sei que não tenho um corpo de sonho… mas sempre me considerei um homem sexualmente activo.
No início deste mês, resolvi registar-me num site de encontros aqui da zona de Lisboa. Confesso que me senti um pouco constrangido por fazê-lo, mas depois de tantos anos sem “procurar”, pensei que fosse o modo em que menos me expusesse.
Foi difícil estabelecer o primeiro contacto. A maior parte deles, foram de raparigas muito novas. E isso não era o que eu estava à procura.
Até que um dia recebi uma mensagem de uma mulher chamada Cláudia.
Após as primeiras trocas de mensagens formais, começamos a ter alguma confiança para começar a falar do que nos levou a registar neste tipo de site. Ela é uma mulher de 46 anos, casada e mãe de dois adolescentes. Em traços gerais, o que a levou a procurar este tipo de contacto foram as mesmas razões. Voltar a sentir-se desejada.
Nunca partilhamos fotos entre nós. Sempre dissemos que queríamos manter o suspense até que nos conhecemos pessoalmente. Quando tivéssemos dispostos a nos encontrar já nos conheceríamos minimamente. E sem a pressão e o julgamento da aparência física.
Assim foi. Moramos na mesma cidade, mas em pontos completamente opostos. Resolvemos marcar um encontro num local público. Durante a hora do almoço iriamos almoçar a uma zona de restauração de um centro comercial muito conhecido em Lisboa. Para nos reconhecermos, nessa manhã, descrevemos o que tínhamos vestido. Eu com um fato escuro e gravata azul clara e a Cláudia com uma saia cinzenta, por cima do joelho e um casaco da mesma cor, mas mais escuro.
Admito que essa manhã foi de grande ansiedade. Apesar de haver alguma cumplicidade nas mensagens que trocamos, a percepção de como somos fisicamente iria alterar tudo.
Cheguei uns 10 minutos antes da hora marcada e apressei-me a um dos restaurantes para levantar o tabuleiro com o almoço. Sentei-me na zona em que tínhamos combinado e esperei.
Passados poucos minutos vi uma mulher a aproximar-se e, segundo o que trazia vestido, seria a Cláudia.
Vinha de cabeça ligeiramente voltada para baixo. Estava nitidamente envergonhada e constrangida. Não se sentou à minha frente. Puxou uma cadeira da mesa do lado e sentou-se.
Disse um olá muito tímido e olhou-me. Estava muito vermelha e senti-a muito atrapalhada. Retribuí o cumprimento e tentei estabelecer conversa de modo a que ela se sentisse mais à vontade.
Enquanto íamos falando deu para ir reparando em todos os pormenores. Estava impecavelmente bem vestida. Ao guardar a chave do carro na mala, reparei que era de um bom carro. De certeza que tinha um bom emprego e um bom nível de vida. Em termos físicos, reparei que era uma mulher bem cuidada. Não devia ter 1,70 cm. Mas tinha aquele charme da meia-idade. Cara esguia, cabelos pretos pelos ombros e pernas bem definidas. Fico doido com mulheres de collants :) Não era aquele tipo de mulher de parar o trânsito, mas fiquei bastante agradado. Estava com uma saia e casaco relativamente justos e uns sapatos de salto não muito alto.
Não se sentara à minha frente para não dar muito nas vistas. Não nos podíamos esquecer do nosso estado civil.
Acabamos por almoçar e falar de coisas triviais. Não tocamos em nenhum assunto das nossas vidas pessoais. Senti que ela estava com muito receio que alguém conhecido a pudesse ver a almoçar com um estranho.
Despedimo-nos com um até já e ela dirigiu-se apressadamente para o estacionamento.
Na altura fiquei decepcionado pelo encontro tão impessoal. Mas enquanto ia a conduzir de volta para o serviço, apercebi-me que a atitude dela era devido ao receio do que estava a fazer.
Assim que cheguei à empresa enviei-lhe uma mensagem pelo site de encontros. Devo ter entrado e saído uma 50 vezes para confirmar que ela me tinha respondido. Mas até à hora de sair do escritório, nada.
Pensei que ela estava arrependida e que nem sequer tinha coragem de responder. Apesar de não termos feito nada de mal, sabíamos que aquele encontro não estava correcto. Para mim também estava a ser uma luta interior.
Na manhã seguinte, e para meu espanto, tinha uma mensagem dela. Devia ter umas 50 linhas…
Na mensagem ela agradecia a minha simpatia, que tinha gostado muito de me conhecer, mas que não queria continuar com o contacto. Era uma mulher casa há mais de 25 anos e não queria por isso em causa.
Acho que utilizou a mensagem para desabafar. Descreveu todas as situações que levaram o casamento dela àquele ponto, mas no final dizia que tinha dois filhos quase homens e que isso era o mais importante na sua vida.
Li o texto umas 2 ou 3 vezes. Não sabia o que fazer. Nem sabia se havia sequer de responder.
Depois do almoço ganhei coragem e enviei-lhe nova mensagem. Disse-lhe que compreendia tudo o que ela tinha partilhado comigo e que isso, só tinha aumentado a consideração e apreço que tinha por ela. Estiquei a corda. Disse-lhe de que gostava muito que nos pudéssemos encontrar novamente.
A resposta dela foi imediata. Disse-me que estava fora de questão. Não iria responder a mais nenhuma mensagem minha.
Fiquei desanimado. Admito que nos dias que se seguiram, tive alguma dificuldade em pensar noutra coisa. Já estava interessado mesmo sem a conhecer pessoalmente. Mas depois do nosso encontro, fiquei muito empolgado. Era este tipo de motivação que eu precisava na minha vida. Poder estar com alguém que realmente me desejava. E pela mensagem que ela me enviara a pedir para nos afastarmos, li nas entrelinhas que ela estava a tomar essa atitude para não cair na tentação de fazer alguma coisa que depois se arrependesse. E essa era a dica que eu tinha para não desistir.
Espaçadamente, passei a enviar-lhe mensagens a perguntar como ela estava, que sentia saudades de trocar mensagens com ela… Até que 1 semana depois, consegui ter uma resposta. O início do texto foi um pouco rude. Dizia-me que tinha pedido para não insistir, mas que compreendia o que eu estava a fazer. Porque a real vontade dela até era outra.
Respondi-lhe prontamente a pedir para combinarmos outro almoço. Mas agora num restaurante mais sossegado e em que nos pudéssemos sentar na mesma mesa. Perto do final da tarde ela respondeu. Ficou marcado para o dia seguinte.
Foi uma semana complicada a nível de volume de serviço, mas faltar ao almoço do dia seguinte estava fora de questão. Marcamos um local relativamente perto do meu emprego, para não me esticar no tempo que iria demorar.
Quando cheguei ao restaurante, ela já lá estava. Cumprimentei-a com um beijo na cara e ela respondeu-me do mesmo modo. A primeira coisa que ela disse foi congratular-me pela minha insistência. Disse-lhe que se não fosse isso não estaríamos ali a almoçar juntos.
Depois de ganharmos confiança, ela começou a contar-me algumas coisas relativas ao seu casamento.
Descobrira à cerca de 1 ano atrás que o marido era frequentador de casas de acompanhantes de luxo. Essa notícia dera cabo de toda a sua autoconfiança. Mas nunca tivera coragem de o confrontar com isso. Disse-me que a verdadeira razão pela qual ela se tinha inscrito no site de encontros era para se vingar do marido. Mas que no dia que nos tínhamos conhecido tivera a prova que não o conseguiria fazer. Por mais que quisesse, não conseguiria envolver-se com alguém estando casada. Expliquei-lhe que sentia o mesmo. Também eu nunca tinha traído a minha mulher. Mas com os últimos desenvolvimentos, começara a achar que talvez tivesse coragem e necessidade de o fazer. Ela disse-me que procurasse outra pessoa, porque ela não me poderia proporcionar o que eu estava à procura.
No fundo percebi que ela estava a tentar lutar contra o que sentia. Notei que se eu soubesse ser paciente talvez conseguisse baixar a guarda.
E assim fiz. Durante essa semana fomos trocando algumas mensagens. Passei o fim-de-semana a pensar nela…
Logo na segunda-feira de manhã enviei-lhe uma mensagem a marcar novo almoço. Ela respondeu só a meio da tarde a dizer que estava em casa de férias. Por isso é que não tinha visto a mensagem logo de manhã. Que talvez pudéssemos almoçar na quarta-feira, mas que só conseguia confirmar na véspera.
Como eu já estava a prever, não me disse nada. Na quarta de manhã enviei nova mensagem e passados alguns minutos ela respondeu a dizer que podia almoçar nesse dia. Mas teria que ser no mesmo restaurante que tínhamos ido na última vez. Queria resguardar-se de ser vista por alguém conhecido.
Assim fizemos. Desta vez consegui ser eu o primeiro a chegar. Passados quase 20 minutos ela chegou cumprimentando-me e pedindo desculpa pelo atraso. Sentou-se e, após pedirmos o que queríamos para o almoço, ficamos a olhar um para o outro. Estávamos sem assunto. Ela estava com uma roupa mais desportiva. Estava de calças de ganga justas e uma camisola preta larga. Reparei que a camisola não a favorecia, mas tinha ficado impressionado novamente com as pernas dela.
Estávamos sentados frente-a-frente sem dizermos uma palavra. Eu estava excitadíssimo. Coloquei uma mão por baixo da mesa e pousei-a na perna dela. Ela ficou surpreendida e baixou a cabeça envergonhada. Como a toalha da mesa era bastante grande, ninguém iria notar que eu tinha a mão na perna dela. Para meu espanto, sinto a sua mão posicionar-se por cima da minha. Tinha a pele muito macia. Entrelaçamos as mãos e ficamos assim durante alguns segundos.
Senti que tinha havido um grande progresso em relação à postura que ela sempre mantivera. Disse-lhe que estava muito contente por estarmos a almoçar juntos. Ela, com um sorriso envergonhado, disse que sentia o mesmo. Foi um almoço atípico. Não falamos. Depois de pagarmos, levantamo-nos em direcção à saída sem trocar uma única palavra. Ao abrir a porta senti o vento na cara e ganhei coragem. Perguntei-lhe quando poderíamos estar juntos novamente. Disse-lhe que sentia uma enorme vontade de dar o próximo passo. Ela ficou sem resposta. Baixou a cabeça como se quisesse fugir do assunto. Tirou o telemóvel da mala e pediu-me o meu número. Apontou-o e perguntou-me se eu conseguiria sair do serviço a meio da tarde. Fiquei sem chão. Era o que eu mais queria, mas quando fui confrontado com a realidade, fiquei desorientado. Disse-lhe que sim. Ela iria enviar-me uma mensagem com uma morada. E pediu-me para estar nesse locar às 15h30 em ponto. Fiquei muito preocupado sobre a localização desse apartamento. Estaria ela a dar-me a morada de casa? Estava louco para estar com ela. Mas não me estava a agradar nada ir a casa dela.
Assim fiz. Pedi ao meu chefe para me ausentar durante 1 hora e fui ter com ela à hora marcada.
Passei na farmácia para comprar uma embalagem de preservativos e quando cheguei ao local até as pernas me tremiam. Toquei à campainha e abriram-me a porta de entrada do prédio. Quando me aproximei da porta do apartamento, com um gesto, ela pediu-me para entrar sem fazer barulho. Depois de ela fechar a porta, perguntei-lhe onde estávamos. Ela disse-me que era o apartamento da irmã que tinha ido trabalhar para o estrangeiro há 2 anos. E ela ficara com a chave para ir lá passando para confirmar se estava tudo ok.
Estava tão excitado e louco de tesão que até tinha dificuldade em pensar. Puxei-a para mim e dei-lhe um beijo na boca intenso. Ficamos assim até que as minhas mãos começaram a percorrer o corpo dela. Aquelas pernas deixavam-me maluco. Passados alguns minutos, fiz o movimento para lhe tirar a camisola e o soutien. E ela consentiu. Pude apreciar o peito dela pela primeira vez. Pequenos e um pouco descaídos. Notei nela alguma vergonha, mas voltei a beija-la com todas as minhas forças. Eu também tenho algumas marcas da vida. Mas o que eu queria mesmo era estar com ela. Independentemente de como somos ou como estamos. Só passados alguns segundos ela começou a passar as mãos nas minhas costas. Até essa altura, ela estava petrificada.
Eu estava tomado pela excitação. Comecei a desapertar-lhe as calças e ao mesmo tempo tirava o preservativo do bolso das minhas. Baixei-lhe as calças e no mesmo movimento, as cuecas foram atrás. De certeza que tinha feito a depilação poucas horas antes. Notei isso. Mas isso significava que quando fomos almoçar, ela já tinha pensado na hipótese de estarmos juntos. Esse clique na minha cabeça foi o que precisei para me despir rapidamente e colocar o preservativo. Num movimento abrupto, encostei-a à parede e levantei-lhe ligeiramente uma perna. Com a outra mão encaminhei o meu caralho para a cona dela. Sentia-me demasiado excitado. Nem me lembrava da última vez que tinha sentido o mesmo. Tentei não ser muito bruto, mas acabei por penetra-la com menos calma do que a situação assim o exigia. Ela deu eu gemido forte e acabou por dar um pequeno grito quando o sentiu todo enfiado. Em cerca de 10 estocadas vim-me com um touro. Arfava como se tivesse corrido a maratona. Vi que ela não me olhava directamente. Perdia o olhar no branco da parede da sala. Sem tirar o preservativo, aproximei-me dela. Puxei-a e beijei-a impetuosamente. Passados 2 ou 3 minutos de estarmos assim, e depois de já ter tirado o preservativo, coloquei um novo e penetrei-a novamente. Desta vez mais devagar. Sentia no meu pescoço a respiração dela mais forte a cada estocada minha. Em pouco tempo ela atingiu o orgasmo e eu, com a excitação dessa percepção, acabei por me vir novamente. Desta vez caímos no chão. Em cima de um tapete felpudo. Abraçamo-nos e ficamos imóveis durante algum tempo. Ela olhou-me e deu-me um beijo rápido. Estava sorridente. Vi na cara dela a felicidade de quem se sentia desejada. Precisamente o mesmo que eu sentia nesse momento.
Despedimo-nos e apressei-me a voltar para o serviço. Perto do horário de saída enviei-lhe uma mensagem pelo site de encontros a dizer que tinha adorado cada segundo que tínhamos passado juntos. Que nunca me iria esquecer do que tinha sentido quando os nossos corpos se tinham tocado pela primeira vez. Aquela sensação de pele com pele…
Mais tarde, ela respondeu apenas com um smile :)