Para e me ouve, porra... Por favor não me manda embora, eu te amo 1
Apesar de ser apenas 06:30 h da manhã de um sábado nublado e frio, quase todos os membros da família Maia Lemos estavam em volta da mesa da ampla sala de jantar da mansão tomando um rápido café antes do compromisso a que todos foram convocados...
_ Onde esta o Rômulo que ainda não esta aqui embaixo pra tomar café com a gente? Algum de você bateu na porta do quarto dele? Perguntou Lídia Maia Lemos, Mulher forte e determinada que peitou o mundo ao ser expulsa de casa pelos pais com apenas 18 anos de idade por estar grávida.
_ Mãe, a senhora sabe que o seu queridinho só acorda na hora que quer e aposto com quem quiser que ele aina tá dormindo e nem ta aí pra sua ordem. Falou Catarina da Maia Lemos, jovem beldade da Sociedade local que ao completar 21 anos de idade se tornara uma das mais belas herdeiras da pequena cidade litorânea em que moravam.
_ Filha acho que você esta certa. Saulo, sobe lá e chama seu irmão meu querido.
_ Mãe a senhora sabe que eu não estou aqui pra ser a babá de ninguém. Minha vontade é jogar um balde de água fria nesse folgado do Rômulo. Falou Saulo da Maia Lemos com uma leve pontada de ciumes do irmão mais velho, do alto dos seus 20 anos de idade.
Com o passar do tempo, ela sempre disse aos filhos, três ao todo, que havia comido o pão que o diabo amassou do meio-dia pra tarde e pisoteou antes do anoitecer. Ao longo dos últimos vinte e três anos, dera a volta por cima de várias maneiras que a vida lhe mostrou como fazer e se gabava muito disso.
Ao conhecer Horácio de Holanda Lemos, grande empresário que tinha uma firma de exportação e importação de frutos do mar e seus derivados, estava grávida do filho Rômulo que ao nascer foi imediatamente adotado pelo homem que passou a amar de todo coração e jurou que jamais o faria sofrer, desde que pudesse evitar.
_ O Voo do pai de vocês chegará em uma hora e meia e daqui até o Aeroporto nós levaremo quase uma hora pra chegar. Nesse caso vamos e quando o Horácio estiver em casa, ele que se entenda com o pai.
Quando a empregada veio avisar que o motorista já havia trazido o carro e estava esperando todos da família para conduzi-los ao Aeroporto, Lidia e Saulo notaram que o carro de Rômulo não estava na sua vaga de garagem. Os dois apenas se olharam e nada mais disseram...
Onde esse menino esta, meu Deus? Pensou Lidia, sem saber a resposta.
Os três embarcaram no carro e seguiram para o Aeroporto.
Rômulo já estava no saguão do Aeroporto Internacional havia mais de uma hora e quando estava retornando de um dos cafés no segundo piso, ouviu pelo serviço de som que o Voo proveniente da Espanha chegaria no horário em pouco mais de trinta minutos.
Poxa até que enfim essa porcaria de voo chegará no horário... Tô com uma saudade danada do pai ... Pensou o garoto enquanto seguia pelo saguão bebendo seu café.
Dizer que era o mais bonito dos três filhos do casal Lidia e Horácio Lemos já havia virado praticamente uma rotina aos ouvidos do rapaz que estava com 23 anos de idade, era alto, forte e loiro. Totalmente diferente dos irmão que eram mais ou menos altos e morenos de cabelos pretos como o pai.
Fisicamente ele não tinha traço nenhum do pai. Alguns amigos mais chegados e parentes próximos o achavam a cara da mãe, principalmente a cor dos cabelos e dos olhos verdes. Ele por conta disso morria de ciume do irmão Saulo, o mais novo, por ser a fotocópia fiel do pai. Várias foram as brigas entre os dois pela atenção do pai e quase sempre Rômulo levava a melhor.
Quando as aulas da faculdade voltasse no início do próximo mês, ele cursaria o último semestre de Administração de Empresas e não via a hora de trabalhar ao lado do pai que idolatrava desde quando se entendeu por gente.
Foi com grande surpresa que ao chegarem no saguão do Aeroporto Internacional, os maia Lemos viram o pródigo Rômulo muito bem sentado numa das cadeiras de espera tomando um copo de café e imediatamente a mãe correu ao seu encontro:
_ Meu querido, isso é que chamo de excelente surpresa. Você chegou que horas aqui? Eu pensei que estava em casa e dormindo. E olha que durante a nossa vinda pra cá, e os dois irmão ficaram surpresos de o ver ali com a mãe, eu falei para s meninos que você falaria co seu pai só quando ele estivesse em casa. Agora me responda uma coisa rapazinho, de onde o senhor esta vindo? Onde passou a sua noite?
_ Ei, D. Lidia, dá pra respirar pelo menos? Mãe a senhora esquece que já tenho 23 anos de idade? Olha como estou vestido e vê se ainda uso fraldas... Uso? Eu não esqueceria a volta do meu pai nem por decreto, D. Lidia. Não nego que ontem saí com a turma e que ficamos até amanhecer lá no mirante do farol. Eu vim direto pra cá... Ufa mãe, assim a senhora sufoca, viu?
Lidia olhou nos lhos do filho e ficou surpresa com sua reação...
_ Ta acontecendo alguma coisa que eu não esteja sabendo, rapazinho? Perguntou a mulher já cheia de interrogações no rosto.
_ Ta sim mãe. Tô com saudade do meu pai que ficou dessa vez quatro meses em Madri enquanto resolvia as cagadas que o pessoal de lá nos meteu e morto de sono, com fome e stressado... Satisfeita?
_ Precisa falar assim com ela, Rômulo? Disse Saulo. Catarina apenas olhava o irmão mais velho com uma velada raiva por conta de suas atitudes.
Mãe me desculpa essa explosão... Não posso contar a senhora o que ta me consumindo, não ainda ... Foi tudo o que o rapaz pensou ao lembrar de Murilo, seu amigo da faculdade.
Um silêncio quase aterrorizante se fez presente entre os membros da família e cada um sentou sem fazer o menor esforço para quebrá-lo.
O sistema de som finalmente avisou que o voo havia chegado e todos com sorrisos nervosos e cheios de expectativas levantaram das cadeiras e se dirigiram para o portão de desembarque.
Quando Horácio de Holanda Lemos finalmente chegou perto da família para os abraços de praxe, Lidia sentiu o coração acelerar mais uma vez e mentalmente agradeceu a Deus pela volta do marido.
_ Meu Deus Saulo, você cresceu meu filhote. Olha só Lidia a altura que esta esse rapaz... E você Catarina, minha nossa que moça linda você se tornou... Rômulo, as férias estão te dando uma canseira, né filhão? Isso tudo é olheira por conta de minha chegada ou por mais uma noite na farra? Rômulo largou o pai e se afastou sem que ele percebesse.
_ E quanto a mim, Horácio? Será que você não tem nada a me dizer?
_ Por Deus Lidia, tava ficando louco sem você por lá... Os dois trocaram um longo beijo na presença de todos e riram de puro contentamento ao se olharem nos olhos quando terminaram o carinho.
As malas foram colocadas no bagageiro do carro da família e Catarina teve que voltar com Rômulo. Durante a volta pra casa os dois quase não se falaram e o silêncio só foi quebrado pelo toque do celular de Rômulo...
_ Fala camarada... O que tá pegando?
_ Tô ligado pra saber se tu vai poder ir na festa que a Paulinha ta dando para os novos amigos que chegaram pra morar na cidade?
_ Danilo se tiver de ir, só apareço no final da tarde. O coroa chegou de viagem agorinha mesmo e estamos indo pra casa. Tô virando desde ontem e ainda não dormi nada... Tô pregado, man.
_ Puta que pariu Rômulo, só faltam dez dias de féria macho... A gente tem que aproveitar ao máximo. Bora lá meu... Quando tu for embora eu não terei mais o parceiro de noitadas e farras, macho.
_ Puta que pariu digo eu Danilo... Tô acordado desde ontem, até o coroa reparou nas olheiras, man... Nada disso... Tu vai e se der prometo aparecer no final da tarde. Tu sabe que adoro a Paulinha, cara... Agora essa festa de boas vindas para um casal de irmãos que veio sei lá de onde, só porque ela ta interessada no cara, é dose. Já que o filho da puta ai morar por aqui, ela sabe que terá todo o tempo do mundo pra dá em cima dele ou dá logo pra ele, sacou?
_ Beleza, vou dizer a ela que tu... Quer saber, fera? Não vou dizer nada... Foda-se.
_ Foda-se você também, man.
Catarina que acabara de ouvir toda a conversa, perguntou:
_ A filha da puta da Paulinha ta dando uma festa e não me chamou? Quem ela pensa que é pra fazer isso?
_ Uma das meninas mais ricas do Brasil e que você não gosta de jeito nenhum, lembrou? Tu arranja as inimizades e acha ruim depois... Bonito isso. Após o irmão falar, a menina calou-se e nada mais disse até chegarem em casa.
Quando se reuniram na sala de jantar, tomaram um lanche leve que Lidia havia mandado servir e após terminarem a pequena reunião familiar, subiram todos e Rômulo pôde finalmente tomar um bom banho e dormir sem hora pra acordar... Seu último pensamento foram as palavras que Murilo lhe dissera em frente a faculdade... Vê se não vai me trair por lá, hein? Nem sei o que faria a você se isso viesse acontecer com a gente .
_ Não tem como te trair aqui não... Relaxa. Depois de falar com seus botões Rômulo apagou.
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OLÁ MEUS QUERIDOS. FINALMENTE CHEGOU O TEMPO DE MATAR AS SAUDADES DE CADA UM DE VOCÊS, MESMO NÃO TENDO ESSE TEMPO.
QUERO AGRADECER MAIS UMA VEZ PELO CARINHO COM QUE SEMPRE ME TRATAM TODA VEZ QUE COLOCO A CARA NA JANELA...
COMEÇAMOS HOJE MAIS UMA JORNADA E DEVO CONFESSAR QUE JÁ ESTOU CHEIO DE EXPECTATIVAS QUANTO A ACEITAÇÃO DE VOCÊS PELA NOVA TRAMA QUE PROPONHO ESCREVER.
ACREDITO QUE SERÁ SURPREENDENTE O TEMA DO CONTO.
BORA SER FELIZ, POVO DO LADO ESQUERDO? ...
QUE BOM PODER CONTAR COM O APOIO DOS AMIGOS NOVAMENTE.
BEIJOS ESTALADOS E APERTADOS ABRAÇOS A CADA UM DE VOCÊS.
NANDO MOTA.