CORAÇÃO DE VIDRO - 8
*Eu queria agradecer a todos pelos comentários... sério! Vocês são lindos! Obrigado pelo apoio e pelo incentivo! Obrigado apenas por gostarem da história! Isso me deixa muito feliz e mais animado cada vez que vou escrever!
Acho que há algumas coisas que eu gostaria de contar sobre Homero e Daniel, então a história pode se prolongar um pouco... espero que não se incomodem!*
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-Praia? -o Dani se remexeu no meu colo e seus olhos esverdeados brilharam de surpresa.
-Praia! -acenti.
-Mas amanhã eu tenho aula, senhor Lopes.
-Falte!
-Amanhã o senhor trabalha, não trabalha?
-Vou faltar.
Pelo seus olhos eu soube que ele estava louco de vontade de ir... mas ele achava que seria muito incomodação pra mim faltar o trabalho pra passar um tempo com ele.
Sua testa franzida e seu olhar desconfiado me confirmavam isso...
O que na verdade ele não seria incomodação alguma! Eu mostraria isso a ele!
-Está decidido! Nós iremos ficar uma semana! Iremos tirar umas pequenas férias.
Soube também que não seria tarefa fácil convencer o Dani a ficar uma semana quando ele pulou do meu colo e saiu correndo pela casa.
Ele corria e dizia: Não vou tirar o senhor do seu serviço! Não quero incomodar!
Eu ria dele pulando feito uma pulga por todo o lugar. Aquele guri corria rápido!
Pela casa estávamos fazendo um pega-pega. Eu corria atrás dele rindo e me divertindo como nunca, mas o Dani estava sério e com um olhar culpado por achar que estava incomodando-me.
Aquela brincadeirinha, de alguma forma, me deixou excitadíssimo, então tratei de pegar o Dani para convencê-lo de ele não me incomodava e para fodê-lo! Ah, sim! Ia fodê-lo para o meu prazer e para o prazer dele...
Mas seria uma tarefa complicada, porque o guri corria rápido e era muito ágil. Quando eu pensava em pular em cima dele e pará-lo ele já havia corrido para outra área.
Após um tempo nessa correria ele notou minhas segundas intenções ao correr atrás dele e começou a rir e a se divertir comigo na brincadeira.
Ele até começava a facilitar as coisas, pois eu me aproximava o suficiente para abraçá-lo e beijar seu pescoço, mas ele sempre escorregava entre meus braços.
Ele se incinuava, mesmo que inocentemente, pra mim. O Dani era meio desastrado, porque tropeçava e caía em algum lugar. Eu não sabia se ria ou se gemia de prazer com ele empinando aquela maravilhosa bunda pra mim. Então eu me aproximava pra ajudá-lo, mas ele levantava e saia correndo que nem um pinguím pela casa, rindo e tropeçando nas coisas.
Meu pau explodia de tesão com aquela brincadeira tão inocente! Aquele guri foi um sopro de vida no meu caminho.
Depois de algum tempo eu finalmente o encurralei no quarto de hóspedes e nos tranquei ali.
Ele me olhou em expectativa. Notei o volume no seu calção, pois ele também estava gostando da brincadeirinha. Lambi os lábios de prazer.
Peguei a chave e balancei no ar exibindo a ele, depois a coloquei na minha cueca e sorri maliciosamente.
-Quer sair? Então pega a chave, meu anjo!
A cara de safado que ele me direcionou quase me fez gozar naquele mesmo instante! O guri me seduzia com o mais simples suspiro! Ele era um sereiano e eu um simples marinheiro encantado com seu canto.
Deitei na cama e observei ele se aproximar de mim como um gato se aproxima do jantar.
Gemi quando ele apalpou com vontade o enorme volume no meu calção e aproximou o rosto, beijando por cima do tecido jeans.
-Isso, Dani! Meu safado, gostoso! Beija meu pau! -gemi, sentindo ele tirando meu membro de dentro da cueca.
Ele cheirava meu pau e meus pentelhos. Meu cheiro deveria causar o mesmo efeito nele que o cheiro dele causava em mim.
Engolia com facilidade e chupava como ninguém! Eu urrava de prazer ao ver meu pau sumindo naquela boca aveludada. O olhar inocente que ele me direcionava me deixava louco.
Nos coloquei em um delicioso 69 aonde eu chupei aquele pau lindo e linguei seu buraquinho rosa que piscava freneticamente com minha língua.
O Dani gemia como um gatinho e engolia minha rola com mais vontade! O guri parecia ter fome de rola! Que boca deliciosa!
Seu cuzinho tinha um gosto que me deixou doido! Era completamente diferente de qualquer coisa que eu já havia provado!
Chupava, lambia e cheirava aquele rabinho lindo! Quanto mais eu chupava o seu rabo, mais o Dani se empenhava em chupar meu pau.
Estava quase gozando, mas então me afastei. Não queria gozar ainda. Tirei minha roupa apressadamente, enquanto o via tirar a própria roupa. Ele sorria pra mim e eu sorria pra ele... eu podia fingir que éramos um casal apaixonado.
Eu o amava, mas não tinha certeza se era recíproco. Não ia forçar um sentimento que não existia. Ia deixar acontecer.
Peguei uma camisinha ali na gaveta e encapei meu pau rapidamente. O Dani prontamente se colocou de quatro e eu me coloquei atrás dele.
Foi beijando o seu pescoço que me enterrei nele com muito carinho. Gemíamos juntos de prazer em cada movimento. Eu não precisava necessariamente ver a cena completa pra ter certeza que nosso sexo era lindo.
Cada beijo, suspiro e movimentação pareciam ensaiados. Meu pau parecia estar em casa quando enterrado nele. Sentia seu corpo corresponder a todos os meus toques... parecia mágico.
Meus orgasmos eram sempre intensos com o Dani e aquele não foi diferente. Gozei gemendo o nome dele e depois o fiz gozar na minha boca.
Ele delirava com minha boca no seu pau e meus dedos no seu cuzinho.
Deitamos ali naquela cama mesmo e descansamos. Não havia roupas quando estávamos juntos. O Dani em cima de mim, com seu rosto no meu pescoço e o meu rosto no pescoço dele.
-Não vou ser incômodo mesmo, senhor Lopes? -o Dani perguntou baixinho, depois de um tempo.
-Claro que não, Dani! Você é a única razão de eu querer me afastar de tudo. -respondi.
Senti o sorriso dele contra o meu pescoço. Sorri também.
-E onde iremos nos hospedar?
-Na minha casa. -funguei no seu pescoço.
-O senhor tem casa na praia?!
-Sim. Por que a surpresa?
-Não é muito caro ter duas casas? -sua voz de preocupação de me fez rir.
-Não muito. Eu ganho bem, Dani... sou dono do meu escritório e de mais outras quatro filiais espalhadas pelo estado.
-O senhor deve ter trabalhado muito. -o Dani beijou meu pescoço me fazendo arrepiar.
-Na verdade eu estudei muito. Apenas. -respondi. -Minha avó morreu e deixou de herança tudo que ela tinha para mim e para minha outra prima. Dividimos em partes iguais. Eu investi a minha parte e hoje vejo que valeu muito à pena.
-Sua avó devia os amar muito.
-Amava mesmo... mas meus pais e meus tios até hoje falam mal dela por não ter deixado nada pra eles.
-E por que ela não deixou?
-Bem, eles só enchergavam o dinheiro dela, que não era pouco. Aí ela os mandou pra inferno e deixou tudo dela pras únicas duas pessoas que realmente se preocupavam com ela. Minha prima e eu!
-Entendo. -ele murmurou com uma voz pensadora. -Sabe, eu nunca fui na praia. Deve ser legal ver o oceano!
-Bem, faz uns três anos que eu não vou lá pra realmente ficar. Eu vou só pra checar se está tudo certo. O caseiro mantém a ordem por lá. -o abracei e me rolei para fora da cama com ele no meu colo. -Não gosto muito daquela água do mar.
Ele se abraçou em mim e eu me abaixei com ele ainda no meu colo:
-Pega a chave que tá ali na minha cueca, Dani. -pedi.
Não queria soltá-lo.
Ele riu, se inclinou e catou na minha cueca a chave. A pegou e destrancou a porta. Fui até o meu quarto com ele falando que estava inspirado.
-Inspirado? -questionei.
-É! Pra desenhar. -ele me puxou pra perto dele e ficamos rolando na cama enquanto nos beijávamos.
-Será que eu podia desenhar? -ele estava em cima de mim, beijando meu pescoço.
Eu já estava excitado de novo e ele querendo desenhar?! Esse menino me mata!
-Claro, Dani! -o beijei e pedi pra ele esperar ali no quarto, mas ele veio atrás de mim dizendo que iria ajudar a descarregar as coisas.
Depois de um tempo a tela em branco estava em cima do cavalete, que estava posto no espaço em frente a cama, nós dois vestidos devidamente e ele com as tintas e os pincéis ao alcance dele.
Eu deitei na cama de modo que eu via o Dani de frente pra mim e via o verso de onde ele iria desenhar.
-Por que não posso ver o que você vai pintar, Dani? -fiz barda novamente. Ele riu.
-É uma surpresa! Pode dormir, se quiser. Eu nunca desenhei com tantos artifícios e talvez demore. Na verdade, eu nunca tive tinta nem pincéis pra pintar antes! -seu olhar alegre fez tudo valer à pena! Vê-lo feliz passou a ser minha prioridade.
Eu observei cada expressão facial dele. Cada gesto da sua mão enquanto ele pintava. Seus movimentos eram precisos de um profissional! Ele, às vezes, olhava pra mim e sorria ao ver que eu o observava. Eu não cansava de olhar pra ele! Eu nunca cansava de vê-lo sorrir! Era como descobrir um motivo novo pra viver a cada vez que sua boca e seus olhos sorriam pra mim.
Depois de uma hora ele finalmente largou os pincéis e as tintas. Seu olhar era de total satisfação. Sinal que ele havia realmente gostado da sua pintura.
Dani olhou pra mim e seus olhos estavam receiosos. Franzi a testa.
-O que foi, meu anjo?
-Não sei se você vai gostar. -ele murmurou.
Me levantei, me aproximei dele e o beijei.
-Tenho certeza que vou adorar. -eu ainda não tinha a visão da pintura e minha curiosidade estava me matando. -Qual o nome você vai dar a ela?
-Tenho um nome perfeito! -ele sorriu. -O Toque de Vênus!
-O Toque de Vênus... -repeti. -É um ótimo nome! Posso ver?
Ele acentiu. Foi até o cavalete e o virou pra mim. Minha reação de espanto foi total.
Senti o oxigênio faltar ao meu cérebro e minhas pernas fraquejarem. Precisei sentar na cama e desviar o olhar da pintura por alguns intantes. Depois voltei a olhar novamente.
Ual! Mil vezes ual!
Era perfeito. Não havia adjetivo que melhor qualificasse o que o meu amor havia desenhado. Cada detalhe era minimamente bem desenhado e enquadrado. As cores dançavam em harmonia em uma dança erótica e colorida. Soltei um ruído de completo deleite e felicidade enquanto analisava todos os detalhes da obra.
Ele havia desenhado a mim, completamente nu, sendo tocado no peito por uma mulher linda, de cabelos longos e ruivos, também nua. Aphrodite! Então eu entendi o nome da pintura.
Eu estava de braços levantados saudando uma lua que propagava uma cor dourada e prateada ao mesmo tempo. Aphrodite me tocava no peito e parecia me conceder os seus dons de deusa do amor. Era uma pintura muito erótica e linda! Era linda pra caralho!
Olhar aquela pintura de mim era o mesmo que me olhar nu no espelho! Cada detalhe do meu corpo estava desenhado ali. Enquadrado no tempo por aquele que eu amava.
-Você gostou? -o Dani questionou baixinho e acuado enquanto me olhava em expectativa.
Fui até ele e o beijei. O beijei com amor e carinho. Foi ali na minha cama que o amei de novo e de novo. Horas transando.
Eu o amava e queria agradecer de alguma forma tudo que ele fazia por mim. Eu me sentia despertar pra vida do lado dele.
Eu o amava com todas as forças. Ele era uma parte de mim.
Não podia, de forma alguma, deixá-lo sair da minha vida. Na verdade, eu não enxergava mais a minha vida sem ele.
No dia seguinte nós iríamos pra nossas férias. Eu o teria só pra mim! Seria o paraíso!