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O Bom Filho a Casa Torna Cap.3
Cap.3
Aos poucos fui me acostumando com aquele novo colégio. Estava sendo melhor do que eu imaginava passar meu tempo ali. Eu imaginava ser o excluído da turma, e agora até no time de natacao da escola eu estava. Era incrível.
- Se comporta maninho !- falei, dando um beijo em seu rosto- e não esquece...
- Hoje é a mamãe que vem me buscar
- Isso mesmo- baguncei seus cabelos- boa aula !
Sai andando, e pra minha tristeza, a primeira pessoa que vi foi a patrícinha Isaura. Affs. Pensei bastante em uma vinganca e tinha que ser épico.
TEMPO DEPOIS
Decidi atacar algo que eu sabia que era importante pra ela. Roupas. No dia da aula de Educacao Física, entrei no vestiário e roubei sua roupa. Joguei longe. Apenas escutei o grito.
- Aaaaaaaaa meu deussss cadê minhaasss roupaasss- corri de volta pra piscina e ri a bessa com o piti que elas e suas amigas deram. Mais engraçado foi ela saindo no colégio apenas de roupão. Foi épico- foi você, não foi ?
- Do que esta falando ?- não dei ao luxo de olhar em seu rosto
- Da minha roupa que sumiu. Eu quero ela de volta !
- Você está louca? Sua roupa não esta comigo , eu estava nadando pra você ter noção, não tem como eu ter roubado suas roupas !- ela me olhou com uma cara de galinha botando ovo.
- Acho bom eu não descobrir que foi você que fez isso, se não. ..
- Se não o que ? Apronta comigo de novo que eu acuso você pra direção! -e lá foi ela de roupão me arrancando ainda mais risadas.
TEMPO DEPOIS
Era noite. Seria meu primeiro treino. Chen havia marcado. Eu estava tão nervoso. Não por ter que treinar. Mais por causa da pessoa que treinaria comigo .
- Que bom que não se atrasou Heitor, assim não perdemos tempo- falei, vendo ele escorado na porta, já com sua roupa. Devo ter ficado vermelho só de imaginar tudo o que poderia fazer com aquele corpo se ele fosse meu.
" Affs Heitor, esquece esse garoto, ele e heterossexual e ainda namora com sua inimiga número um. "
Respirei fundo e coloquei meu material rapidamente.
- E então, o que faremos hoje ?- perguntei, olhando nos lindos olhos verdes.
- Melhorar sua resistência, pra assim você conseguir nadar cada vez mais rápido, e em distância maiores. Mas antes temos que alongar- quase pirei vendo aqueles músculos estirarem. Até se alongando ele ficava sedutor. Estava difícil não notar cada detalhe. Depois do alongamento, caímos na piscina. Ele me mostrou alguns exercícios bem legais que eu poderia usar no campeonato,e cada contato da mão dele em meu corpo era um pelo eriçado. Foi torturante e excitante participar daquela aula. Nadamos em dupla de uma ponta a outra algumas vezes. Ele cronometrou meu tempo- Pronto, a partir de hoje você tem que perseguir esse tempo- falou, me mostrando o relógio. Sorri e então sentei ao seu lado.
- Nós ainda não fomos apresentados formalmente- olhei levemente para suas pernas brancas, mas torneadas. Como seria pegar naquilo que tinha no meio delas ?
- E verdade. Me chamo Chen- olhamos nos olhos um no outro. O aperto de mãos foi incrível. Fiquei meio desnorteado durante alguns minutos- Chen Kobayashi- sorri.
- Você não é brasileiro , né?
- Não, eu sou chinês, nasci em Pequim. Mas vim pra cá a uns 5 anos.
- Ah sim- ficamos em silêncio por alguns segundos- me chamo Heitor Negrini- ele sorriu.
- Nome legal- estava tão tímido ali ao lado daquele garoto que a 3 meses eu desejava em segredo- nós precisamos ir. Tenho que fechar aqui e dar a chave ao segurança. Se você esperar, te dou uma carona de moto.
- Mas você não tem idade pra pilotar- ele virou e sorriu.
- Ninguém precisa saber- um enorme sorriso branco se formou em meus lábios. Como era bom ouvir sua voz. Troquei de roupa e decidi esperar. Aquele fiozinho de esperança persistente me fez passar um perfumezinho básico e me organizar melhor- já, podemos ir- lá estava ele, montado em sua moto. Foi tão estranho subir ali. Não estava acostumado a andar de moto. Mas eu nunca que iria reclamar, ainda mais porquê ele estava pilotando. Ele me deu o capacete, e eu coloquei- pode ficar tranquilo, eu sou bom motorista- sorri. E logo ele saiu. Saiu com tanta velocidade que eu me espantei. E nem percebi quando abracei o corpo malhado do nipônico. Só percebi quando ele me tirou do transe- você e medroso assim mesmo ?- só então percebi o que fazia. A vergonha tomou conta de mim,mas nao conseguia soltar. O medo de cair era maior. Queria enfiar meu rosto num buraco
- Desculpa- falei, tentando me soltar, mas cada vez que tentava,a moto acelerava e eu me segurava de novo. Não estava ruim, pelo contrário, eu estava conseguindo sentir muitas coisas gostosas naquela posição. Mas era no minimo estranho. Ele podia desconfiar, e isso eu não queria.
- Não precisa se soltar, eu entendo- sorri, e tentei curtir aquele momento, pois não sabia quando teria de novo. O corpo dele era magnífico. Me excitou poder senti-lo em meu braço, tão perto de mim. Parecia um sonho. Mas era real. Se todo dia de treino ele fizesse aquilo, meu ano estava ganho. Indiquei a ele meu endereco e logo chegamos em minha casa. Ele tirou o capacete e olhou- entao se esconde aqui?
- Sim- ele olhou ao redor, eu olhei pra ele- obrigado pela carona e por ter paciência comigo nos treinos- ele sorriu.
- Não precisa agradecer, é um prazer- vidrei por alguns segundos naquele sorriso, mas fui despertado pelo meu irmão chamando.
- É o caçulinha, tchau- sorri e entrei rapidamente em casa. Meu coração estava acelerado, que noite havia sido aquela. Corri pro meu quarto e tentei lembrar de todos os momentos daquele passeio. Tinha sido inesquecível tudo o que eu senti ali. Cada palpitação, cada respiração abafada, cada toque. Queria que aquilo acontecesse sempre. Me masturbei, pensando nele. Gozei como nunca. Seria paixão? Corri pro face, e comecei a procurar seu nome. A surpresa foi ver que ele tinha mandado uma solicitação pra mim. Meu coração palpitou de tanta alegria. Que dia inesquecível!
TEMPO DEPOIS
Estava na sala esperando a aula começar. Havia chovido e pouca gente tinha vindo. Mas o casal imperfeito estava lá. Continuei fazendo minhas coisas como se não estivesse os vendo. Desenhei um coração com olhos, dizendo "Te amo", quando ouvi gritos. Tirei o fone, e então ci que o barraco era entre eles.
- Isso é um absurdo Chen !- Isaura gritou alto, tinha pessoas na porta olhando
- Absurdo porque, ser menos futil eh ruim? - ela arregalou os olhos
- Eu sou futil ?
- Eh sim. E quer saber, eu cansei da sua futilidade.
- O que quer dizer com isso ?
- Tá tudo acabado Isaura !
Continua
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