Alexander No País De Oz Capítulo 9
Sem Querer, Tsol Dá Uma Aula Prática de Mergulho À Alec.
-Então... Você quer um arco e flechas. -Tsol desfaz uma arapuca sua e tira um castor gorducho de lá. Isso ficará delicioso, depois de limpo, assado com cebolas.
-Você vai falar disso agora?! -Alec se arrastava pela floresta. À 8 semanas atrás, quando ele perguntou isso à Tsol, ele gargalhou de sua cara, como se ele houvesse contado a mais sádica piada do mundo.
-Achei que você estivesse debochando de mim -Ele guardou o castor num saco de aninhagem e continuou andando. O pobrezinho do Alec tinha que correr pra alcançà-lo.
-Me poupe -Reclamou Alec, indignado -Eu sou ótimo atirando flechas, e...
Tsol grunhiu. Ele sempre faz isso, pra deixar claro o quanto despreza a idéia de conversar durante suas... Caçadas. Alec tropeçou num tronco, e sua perna que estava melhor -mas não 100% melhor - deu uma pontada de dor. Alec gemeu, esperando bater a cabeça nas pedras do chão, mas Tsol o agarrou pela cintura e lhe pôs de pé, lhe encarando friamente com seus olhos azul cobalto.
-Não seja burro e preste atenção por onde anda.
Quem ele pensa que é?! -Reclamou Alec em pensamentos, enrubescido, por ele sentir as mãos frias de Tsol na cintura e com um ódio fulminante.
Se você o esfaqueasse enquanto ele dorme, que nem eu aconselhei, esse problema nem seria imaginável, agora. Recobra Cëla, em sua mente.
Shulåãn! Ele manca e se apoia em uma árvore, quando Tsol lança um olhar de reprovação.
Que é?!
Não me distraia! O reflexo murmura algo incomprensível e some de sua mente.
-Alec, mantém o foco! Você tava indo bem, mas agora, faz tanto silêncio, quanto um estouro da boiada.
Ele concerteza mora em uma fazenda. Isso é líquido e certo -Imagina Alec, voltando ao seu jeito sorrateiro de andar, enquanto finge também estar caçando. A neve quase toda derreteu. Depois de comer -noites atrás, quando acordou -, Tsol arrastou-se pra uma outra cama em seu quarto e se largou lá. Eles vêem comendo os pães e frutas que ele achou, quando saqueou as casas abandonadas e quando achou árvores frutíferas. Alec sente algo cair em sua cabeça. Algo duro. Como uma pedrinha do tamanho de um biscoitos recheado. Ele fica vermelho de raiva e levanta o olhar. Era uma castanheira enorme e cheia de castanhas!
Alec encarou gananciosamente o chão, catando quantos conseguia, encendo os bolsos e fazendo uma sacolinha com seu casaco. Ele simplesmente AMA castanhas! Sua mãe brincava que era por isso que seus olhos e seu cabelo têm essa tonalidade, só que mais escura.
-O que foi? -Tsol voltou, para ver o por quê do atraso, e quase, uma pedra do formato de um pão, acerta seu pé. -ALEC!
Alec pouco se importa, ele enfia uma castanha na boca e. mastiga a doçura crocante do grão, enquanto quebrava outro e oferecia à Tsol, que aceitou, mastigando de vagar.
-Eu amo castanhas -Alec deixa escapar, sorrindo alegre.
-Dá pra ver -Ele atirou numa árvore a casquinha da castanha, que usava de pratinho.
-Por favor, faz um arco e flechas pra mim -Alec pede, exasperado. Tsol revira os enormes olhos azul cobalto, coçando o cabelo loiro e fofo. Por quê não? Fazer arcos pra ele, é uma tarefa bem fácil. E Flechas, mais ainda.
-Procura fazer uma aljava. -Tsol, falou, com ternura, mas procurou barrar esse sentimento imediatamente -O resto é comigo.
-Obrigado... -Alec arfou feliz. Já havia pedido milhares de vezes e Tsol sempre ria da sua cara ou o menosprezava pela idéia -Muito obrigado!!
Alec o abraçou pelo peito. Tsol é alto demais. Alec logo se deu conta da sua ousadia e se afastou, vermelho de vergonha. Ele também parece ficar nervoso, por quê começa a examinar as árvores à sua volta, remexendo nervoso o seu cabelo. Tsol também estava vermelho.
-Acho que essa árvore é boa... -Ele marca um eucalipto com um T -Vem, Alec.
Eles voltam a andar, só que mais rápido. Tsol agora, caminha quebrando alguns galhinhos e afundando as suas botas na neve. Alec também está usando botas. E uma atadura na perna esquerda. Ele e Tsol brigaram feio, por quê não queria usar essas botas de criança - porque a numeração é correspondente ao pé de uma - , mas Tsol lembrou que esse é o único número que cabe no pé-de-Anão dele. Isso fez com que chegasse perto de Shulåãn vir à tona.
-Chegamos -Eles alcançam uma área aberta e cheia de árvores em volta, formando uma...
-Clareira! -Tsol riu, convencido -Sabia que iria achar uma por aqui.
-O que vamos fazer aqui? -Alec estremeceu, com uma corrente de ar frio.
-Tomar banho. Não temos mais neve pra derreter e tomar banho. -Ele tirou um sabonete de sua mochila e já ia arrancando sua blusa vitoriana, quando Alec berrou e depois passou a arquejar, vermelho de vergonha -O que é?! Quer me matar do coração?!
-Não posso ficar aqui -Alec cambaleou, envergonhado até a floresta -Eu... eu volto quando você terminar. Vou catar castanhas.
-Deixa de bobagem -Tsol resmungou -Nós dois somos homens.
-Eu sou gay -Diz Alec, virando de costas, para evitar que ele veja seu rubor.
-Continua sendo homem -Tsol arrancou a bota de seu pé albino e depois do outro -Só a sua preferência sexual que muda. Mas tirando isso, não há nada demais.
Concerteza os conceitos dessa galera do País de Oz são bem mais avançados Imagina Shulåãn.
Por quê? Pergunta Alec.
Se até um jeca pensa assim, o que impede os outros mais inteligentes - que eu aposto que existem - de pensar o mesmo? Alec quase gargalhou, em vez de manter seu semblante envergonhado.
-Me avisa quando terminar -Alec agarrou a sacola improvisada de seu casaco e seguiu para a castanheira. Ele ouviu Tsol resmungar algo sobre Terráquios idiotas enquanto se aprofundava na floresta gelada. Voltou até a castanheira e catou o máximo de castanhas que conseguia carregar.
Cëla? Chamou em pensamentos.
Presente Disse azedo, mas não conseguiu evitar um sorriso.
Será que eu vou conseguir voltar pra casa?
Claro que sim, não fale essas idiotices! Repreende Shulåãn.
Não sei não... Tá fácil demais até agora, você não acha não? Alec ouviu Tsol chamá-lo.
Acho... É mesmo! Nesse ponto você tem razão. Onde será que o ogro tomou banho? Perguntou Cëla, fazendo Alec gargalhar.
Numa fossa de lama, que nem o filme de Shrek O reflexo riu com sua voz áspera.
Vai logo, senão ele vai vir aqui pelado Alec arregalou os enormes olhos castanhos e engoliu em seco. Nossa, como Shulåãn consegue ser incômodo! E se Tsol estiver pelado?! A idéia de nudez o envergonha ao ponto de fazer seu estômago revirar. Quando chegou na clareira, Tsol estava colocando o seu casaco verde, vermelho e branco.
-Acho que você precisa de uma bengala -Observou ele, enquanto Alec mal se aguentava em pé.
-Onde você arranjou água? -Perguntou Alec, jogando as castanhas no chão.
-Tem um rio, ali pra frente -Tsol apontou para um lugar, onde o vapor da água subia furiosamente.
Acho melhor ficar sujo e fedendo, do que ser carregado pela correnteza Sugere Shulåãn, com a voz trêmula.
-Como você tomou banho... Lá... ? -Alec perguntou estafado.
-Nadando, ora! -Tsol encarou Alec, com seus enormes olhos azuis, enquanto o empurrava pra lá.
-Ah... Tsol... -Alec cravou o calcanhar direito no chão cheio de folhas amarronzadas e neve transparente, perto de se derreter por completo -É que eu...
-Para com isso! Eu lembro de quando você fez o inferno pra mim tomar banho. Agora... -Tsol encostou o rosto perto do seu e sussurrou -Eu vou me vingar!
Então, ele empurrou Alec pelo rio. Alec aspirou o máximo de oxigênio que seus pequenos pulmões aguentavam e o impacto da água gelada fez seu rosto arder. Ele tentou manter o rosto pra fora da água enquanto se debatia.
-EU N... -Ele tentou gritar, enquanto afundava -EU NÃO SEI NADAR, SEU IDIOTA!!
-Ah, meu deus!! Alec, seu burro, por quê não me disse isso antes?!!
-POR Q... -Ele afundou de novo, sentindo a água invadir sua boca e descer pela sua. garganta. Parecia que ele estava sendo cogelado vivo! -POR QUÊ EU NÃO SABIA QUE VOCÊ IA TENTAR ME MATAR!!
-Espera, Alec! -Tsol arrancou o casaco e as botas largou as sacolas, enquanto arrancava a blusa e a calça. Alec fechou os olhos -Eu já vou, não se debate!
-Não, eu me viro... -Alec ouviu o barulho do corpo de Tsol se chocando contra a água e se debateu, nadando cegamente , enquanto ouvia as braçadas potentes de Tsol se aproximarem rapidamente.
Ele não vai encostar em mim Alec tentou manter a calma, perante ao medo aterrorizante que lhe congelava os ossos e ao seu seguinte ato de burrice: Aspirou mais uma lufada de ar e mergulhou.
Garoto, você está usando drogas! Shulåãn bradou, desesperado Volta pra superfície! .
Não! Alec tentou imitar os personagens da televisão e dar braçadas, como se abrissem espaço para algo à sua frente. A água pressionava seu corpo, - principalmente seus pulmões - fazendo seus pulmões arderem dolorosamente, mas continuou as braçadas e mirou para cima.
Não importa se ele está nú, deixa ele carregar a gente pra fora desse terror congelado!! Clamou Cëla. Até o reflexo arfava.
Alec agarrou algo. Parecia uma raiz. Ele puxou e levantou, as usando eram varias raízes amarelas. Respirou com dificuldade, absorvendo grandes quantidades. de ar, e tremendo. Ele analisou as raízes amarelas em sua mão. Não eram raízes... Era cabelo... de TSOL!! Ele arfava, acabado. Seus enormes olhos azul cobalto destilavam desprezo e ódio.
-Que Inferno, por quê você mentiu?! -Ele soltou um grunhido e tossiu água, enterrando o rosto no gramado, que estava na beirada alta do rio - Você nada mais rápido que eu.
Alec vomitou água no rio, que carregou os pedaços de castanha consigo. Ótimo! Agora ele é maluco, mentiroso e morto de fome!
-Eu não sabia, QUE EU SABIA,nadar! -Reclamou Alec. Não sabia mesmo! Parecia que ele tem mais sorte do que imagina.
-Grrr... -Tsol rosnou, pulando pra fora d'água. Alec só pôde ver as suas costas cheias de músculos e uma calça branca de tecido bruto. Tsol agarrou suas coisas. no chão e jogou uma sacola pra Alec -Tem roupa limpa sua aí na sacola.
-E minhas botas?! -Reclamou Alec, se debatendo irritadiço, até conseguir sair do rio. - Você me jogou na parte mais funda do rio, no inverno, com roupas e tudo e COM MINHAS BOTAS! A ÚNICA COISA QUE MANTINHA MEUS PÉS AQUECIDOS!!
Ele nunca tinha gritado com ninguém por querer. Concerteza Shulåãn tomou suas dores. Os olhos azul cobalto encararam os castanhos de Alec, friamente, enquanto eles faziam uma silenciosa guerra de olhares.
-E VOCÊ NÃO TEM BOCA, PRA FALAR QUE NÃO SABE NADAR?! E TOMAR BANHO GELADO, É MELHOR QUE BANHO NENHUM, SEU METIDINHO TERRÁQUIO!!! -Alec não se encolheu, como normalmente faria. Ele já sentia o ódio fulminante de Cëla percorrer suas veias.
-Precisava me lançar no rio?! Eu tinha pânico noturno, por medo de me afogar!! -Tsol se aproximou com duas passadas.
-Continuo na mesma!! VOCÊ É MUDO?! -Tsol estava vermelho, enquanto vestia as roupas rapidamente. Ele e Alec se limitavam a sua guerrinha particular de olhares. Ambos pareciam raivosos, mas Alec estava vencendo. A sua conexão com Shulåãn, estava em 100% . Alec tremia de forma assustadora, de tanta raiva e seu sangue parecia queimar dentro das veias, como se houvesse lava derretida dentro delas. Tsol não pareceu se importar muito com o estado de espírito de Alec, por quê o agarrou pela cintura, e o jogou no ombro, como um saco de batatas, enquanto apanhava as sacolas e seguia pela beira do rio.
-Se não quer tomar banho, vamos embora -Falou ele, num grunhido -Seu escândalo tá chamando a atenção dos assassinos toda pra gente.
-ME SOLTA! ME SOLTAAAA!!!! -Alec/Cëla, começou a se debater de forma violenta, xingando vários palavrões e esmurrando as costas dele. Quando se deu por si, Ale se viu sendo segurado pela panturrilha com força, enquanto Tsol avançava de foma decidida. O.k, ele não vai deixar isso barato...
-ME SOLTA... AGORA!! - Alec começou a emitir um assustador rosnado gutural.
-Alec, Pelo amor de deus, você tá descontrolado! Tá enlouquecendo! -Alec apertou as pernas em volta da garganta dele e apertou. Tsol grunhiu, raivoso -Alec, eu tô tentando ser paciente com você...
-PRA QUÊ?! -Interrompeu Alec -PRA ME PASSAR A PERNA E FAZER EU ME FERRAR?!
-Você tá falando coisa com coisa. -Tsol continuou andando. Alec impulsionou o corpo pra frente, como se fosse mergulhar e desequilibrou Tsol, que teria o esmagado, se não houvesse engatinhado mais rápido, pra fugir dele.
-CHEGA, ALEC!! VOCÊ ME PAGA, SEU TERRÁQUIO MISERÁVELZINHO!!
Alec começou a correr, apressado, mas suas pernas eram curtas demais. Tsol o agarrou pelo braço e gritou com ele, reclamando pelo seu comportamento maluco.
-Me deixa em paz -Alec o empurrou e Tsol deu um passo para trás, mas atrás dele, estava...
-O rio... ! -Tsol afundou na água como uma pedra, mas logo submergiu, tão vermelho de raiva, que Alec pensou que ele fosse o matar.
-Corre... Por quê se eu te alcançar... EU TE MATO!!!
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NO CASTELO...
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O Príncipe gargalhava de forma escandalosa, enquanto Alec batia em Tsol. Ele odeia aquele camponês brutamonte. Queria que morresse no primeiro dia, mas ele matou três pessoas e quem mata três pessoas, ganha uma arma, isso, segundo as regras do torneio.
-Vossa Majestade? -Às perguntou, no mesmo tom calmo de sempre.
-Diga, Ás -O Príncipe explodiu em mais uma onda de gargalhadas, quando Alec derrubou Tsol com o golpe e o empurrou no rio -Essas transmissões valem ouro puro!
-Não seria melhor intervir nessa confusão? -Perguntou, atônito, apertando os dedos contra a palma - Se eles continuarem brigando assim, vão acabar matando um ao outro.
Corre... Por quê se eu te alcançar... EU TE MATO!!! -O Príncipe saltou do seu trono de ouro maciço e jóias incrustadas, quando ouviu isso. Ele iria... MATAR!! MATAR ALEC!!! O SEU, ALEC!!!
-Quero ele morto -Disse sem tirar as bolhas de sangue que são seus olhos, do Olho de Balrog, que tremeluzia, batendo as asas satânicas que são presas ao seu corpo de olho.
Ás relutou. Tinha que fazer alguma coisa pra impedir isso. Seu único amigo - além dos dos soldados e do seu irmão, Ovet - iria ficar sozinho e vulnerável... -Ás assiste, quando Tsol o agarra e Alec dá um soco sobrenatural em Tsol. Sobrenatural MESMO, por quê ele voa, com o impacto do punho de Alec e rola pelo chão. O Príncipe continua com seu escândalo de gargalhadas, enquanto Tsol encara perplexo, um Alec, que agarra a sacola de castanhas e corre, em direção a mansão de pedra onde estão abrigados. Tsol agarrou o resto das sacolas e correu, indo atrás de Alec.
- Bem... Pode ser que Alec não seja taaão vulnerável assim...
-Vossa Majestade... -Às interviu -Desculpe-me pela intromissão, mas acho que não seria o certo matá-lo.
O Príncipe se virou, com o olhar fixo em Ás, como se ele houvesse o aconselhado a decepar as mãos.
-Explique-se... Mandou o Príncipe, com um rosnado -Explique -se, ÁS!!!
-Vossa Majestade... Eu imploro que entenda... -Ás falou com cautela. O Príncipe estava mais maluco, do que a vez, em que matou os pais e tempos depois, ficou transtornado, querendo saber onde estavam seus pais. Ele só foi entender que foi ele próprio, tempos depois -Entenda. Alec precisa de ajuda. Precisa ser protegido. Ele ainda está impotente com a perna...
-VOCÊ TEM TODA RAZÃO, ÁS!!!! -Berrou ele, voltando-se para as bruxas -Por ora, não façam nada.
Ás deixou um suspiro de alívio escapar bem levemente. Ele tinha que proteger o amigo... Antes que o Príncipe cometesse uma loucura...
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Ooi, Glr! Voltei>< sentiram saudades?! :p :) :D
~ Came;)