Um amor duplamente proibido II (parte 27)
Ei gente! cá estou para publicar mais um pedacinho da minha história. A trama começa a entrar no 'mundo sobrenatural' agora. O Lucas ter aceitado as mortes que o Rafael causou foi um mero reflexo da confiança e amor que ele tem pelo nosso quase anjo, algo que ele trouce de outro tempo. Quanto aos olhos do Rafael, bem, já ouvi muito dizerem que os olhos são o reflexo da alma e no caso do Rafael a coisa é bem parecida, isto é, a alma imortal dele manifesta sua natureza pelos olhos, resumidamente, olho azul quer dizer bom e olho verde, mal. As coisas são bem complicadas e talvez eu explique em outra ocasião se houverem mais dúvidas sobre o assunto. Mesmo que câncer seja a aparentemente a forma que o Lucas vá morrer, pensem um pouco, há muitas formas de virar defunto. A linha do tempo é outra coisa que se turva, a primeira temporada tem influência sobre essa, mas isso começará a aparecer mais posteriormente, claro, se eu não resumir e cortar algumas partes (ainda estou em duvida). Já me prolonguei muito em meu comentário inicial, bem, Ao conto!
Parte 27
Eu – o quê? – ele virou para mim e falou com uma cara de que tudo era normal.
Rafael – nós estamos indo para um lugar deserto, a horas de qualquer lugar, sem considerar a floresta que é super perigosa de manhã e imagine a noite – ele apertou minha mão e meu coração acelerou de medo, ele se aproveitaria de mim e me mataria?
Eu – eles estavam certos? – disse mais para mim do que para ele.
Rafael – claro que a parte de descartar tava errada. Todas as garotas que eu já tive alguma coisa eu descartei, mas você é especial. Nenhuma foi capaz sequer de tocar no anel, quanto mais usá-lo. Além disse eu te amo e vou morrer antes de te ferir, quer dizer... Depende de quão feroz você for na cama.
Ele sorriu e eu também sorri, ficando calmo de novo. Dei um soco no ombro dele e fiquei bem mais relaxado.
Rafael – quer dizer, talvez você não me queira mais depois do que eu te disser, mas eu tenho fé.
Eu – para! Já sei que você fez muito mal, matou e torturou. Isso é ruim, mas eu não posso ficar sem você. No mais, você me disse que desistiria desse seu lado violento por mim, era verdade não era?
Rafael – eu disse que ia tentar, mas se alguém se aproximar de você... eu não sei o que faria.
Eu ri um pouco. Finalmente chegamos a uma estrutura grande. Eu pensei que estivesse vendo coisas, achei que a luz do luar estivesse me pregando uma peça. Entramos por uma porta que se abriu e descemos até um estacionamento subterrâneo. Lá havia carros e motos como eu jamais havia visto. Eles eram luxuosos, modernos, alguns grandes e outros pequenos.
Eu – nossa, de quem é tudo isso?
Rafael – nosso, só nosso... – eu senti uma dor atrás dos olhos, algo como um dejavu
Eu – nosso? – chegava a doer, minha cabeça insistia que eu já vivi essa situação, mas isso era impossível
Rafael – vamos nos casar, não vamos?
Eu – é mesmo...
Ele me levou para uma sala de jantar imensa, com uma mesa que dava bem umas dez pessoas, a casa era um castelo de uma só torre. A paredes eram todas brilhantes como cristais. Algumas estavam cobertas por um papel de parede verde ou azul, mas estava claro que a parede mesmo era de vidro.
Os dois lugares da ponta estavam em destaque, havia um jantar esperando por nós. Comemos, rimos. O Rafael não parecia tão confortável, na verdade ele estava ansioso. Eu perguntei o que era e ele disse que era por causa do que ele tinha para contar. Primeiro comemos e depois ele me disse que me amava, e que nunca me faria mal. Por fim fomos para a sala que tinha uma lareira. La fora a chuva começou a cair fraquinha, mas depois virou um temporal, minha mãe me ligou e eu falei que havíamos chegado bem. Nós sentamos em uma espécie de sofá que ficava de frete para a imensa lareira apagada.
Rafael – Lucas, você é a coisa mais importante que já me aconteceu, por isso eu quero ficar o resto da vida com você, não importa que seja as próximas horas ou as próximas décadas. Eu te amo tanto que não vou me importar, quando seu cabelo cair, você engordar cem quilos e ficar rabugento, eu sempre vou te querer bem perto.
Eu – pena que tenhamos tão pouco tempo...
Rafael – eu ficarei com você até o fim se você Mem quiser. É por esse amor que você tem que saber tudo sobre mim, na verdade, seria mais inteligente da sua parte que ficasse o mais longe possível de mim – ele sorriu sem humor.
Eu – nada que você me fale vai me afastar de você – ele deu mais um sorriso, largou minha mão, fez um gesto para a lareira e ela acendeu.
Rafael – viu?
Eu – o que a lareira automática? – algo no fundo de minha mente gritava que a lareira não era automática
Rafael – não é automática... acho... eu a acendi utilizando uma magia de fogo.
Eu – magia – eu dei uma gargalhada, mas ele ficou sério.
Rafael – eu não estou brincando. Como eu queria que estivesse, eu queria ser normal para te tomar nos meus braços e dizer que nada vai nos separar, mas... – ele virou o rosto e uma lagrima escorreu. Eu me aproximei e limpei ela e dei um beijo nele.
Eu – para com isso Rafael, você ta me deixando assustado – falei me afastando um pouco para olhar nos olhos dele.
Rafael – você ainda não viu nem o começo – ele levantou uma das mãos e uma chama branca incandesceu sobre a palma aberta, ele mexeu os dedos e ela mudou para azul vermelho alaranjado e voltou ao branco.
Ela mudava de forma e queimava diferente, as cores mudavam e mudavam. Eu me afastei no susto inicial, mas assim que começou a ficar colorida eu me aproximei. Estava quente mesmo, mas antes de minha mão tocar a chama o Rafael fechou a dele e a chama se extinguir.
Eu o olhei com uma cara de medo espanto e curiosidade, ele me olhou com olhos tristes e esperançosos. Ficamos nos encarando um bom tempo até que eu fiquei meio tonto...
Continua...
Cometem, critiquem, deixem suas dúvidas a cerca do conto. Ao final, atribuam uma nota. Até a próxima pessoal!