O TRIÂNGULO AMOROSO DA MINHA VIDA (Eu, Meu Irmão e Seu Amigo) - Parte 13
E aí pessoal, estou de volta! Sei que demorei muito tempo para voltar e peço mil desculpas por isso, mas a gripe me pegou de jeito, fiquei de cama e tudo, muito mal mesmo e não tinha condições de escrever. Espero que me entendam! Agradeço os comentários do conto anterior e boa leitura!
Continuando...
Eu acabava de sair do consultório junto ao Dimitri, entramos no carro e ao olhar pra ele percebo que ele não estava muito bem. Estava com a cabeça baixa e não falava nada, apenas ficava olhando para aquelas receitas de todos aqueles medicamentos que ele tinha que tomar. Eu estava preocupado, esperava esperançoso que os medicamentos surgissem o efeito esperado, pois caso contrário eu teria que mandar internar o Dimitri, o que seria muito dolorido pra mim.
Vamos até a farmácia e compramos todos os medicamentos, eu teria que ajudar o Dimitri a tomar, pois eram várias dosagens durante o dia.
Chegamos a sua casa.
-Vou tomar um banho! –fala ele logo ao entrar.
-Está bem! Eu vou preparar um lanche pra você para quando você sair do banho. –falei.
Ele nem deu trela para o que eu disse e foi para o banheiro tomar banho.
Preparei o tal lanche, mas ao sair do banheiro ele nem quis comer nada e foi deitar-se. Fiquei extremamente triste com aquela situação, queria ajudar o Dimi, mas não sabia como e ele parecia estar cada vez pior. Bem, o deixei descansando até a noite e quando anoiteceu fui ao quarto para dar a ele a primeira dose do remédio. Ele estava deitado na cama triste e com os olhos avermelhados, parecia que estava chorando.
-Dimitri, está na hora de você tomar o seu remédio. –falei sentando ao lado dele na cama com o copo d’ água e o remédio em mãos.
Ele se levantou e tomou certinho me fazendo ficar aliviado.
-Dimi, eu sei que é difícil, mas eu estou aqui pra te ajudar. –falei acariciando seu rosto.
-Cadu, me deixa sozinho um pouco, eu preciso ficar sozinho... –falava se deitando novamente.
-Dimi! –falei chorando. –Não faz isso comigo, não se entrega assim, não recusa minha ajuda, por favor! –falei me aproximando dele.
Dimitri olha pra mim com uma cara estranha e de desconfiança, pega em meu braço com força e olhando fixamente em meus olhos diz:
-Não sei como que você quer que eu aceite sua ajuda se você pode ser bem capaz de me internar a qualquer momento. –ele me olhava sério e nessa hora eu gelei.
-Não sei do que você está falando Dimi. –falei assustado.
-Eu ouvi o que o doutor comentou com você no consultório e fique sabendo que se você tentar me internar eu não respondo por mim Cadu.
-Dimitri, você não ouviu a conversa inteira, ele queria te internar àquela hora já, mas eu não deixei, pedi mais uma chance pra você e ele só me disse que em uma situação de emergência eu teria que pedir ajuda e é só isso Dimi! Eu confio em você, eu sei que você é capaz de enfrentar isso sem ser internado e eu estou aqui pra te ajudar Dimitri.
Ele pensou, refletiu e disse:
-Penso que você está mentindo pra mim. –falou ele receoso.
-E por que eu mentiria pra você se eu só quero o seu bem. Dimitri, eu te amo! –encostei minha testa a sua. – E se eu quisesse o seu mal nem estaria mais aqui, pois sei que se você ficar sozinho vai sofrer com isso.
Ele se arrepende de tudo e diz.
-Cadu, me perdoa! Eu estou tão confuso, estou sofrendo tanto, não entendo por que isso foi acontecer justamente comigo.
-Aconteceu com você para você provar que é tão forte quanto parece e você vai provar que passa por todos os obstáculos da tua vida e ainda sim sai vitorioso, isso quer te derrubar, mas você vai vencer, pois você é mais forte. Acredite!
-Eu te amo Cadu! Não sei o que seria de minha vida sem você. Obrigado! – e ele me deita na cama para um beijo apaixonado.
(Uma semana depois)
O Dimitri estava tomando os remédios corretamente e eu acreditava que eles já poderiam estar começando a fazer algum efeito, mesmo que o doutor tenha dito que as melhoras apareceriam após quinze dias de medicação, porém as vozes em sua cabeça eram frequentes, assim como os ataques de pânico ao ver coisas. Algumas vezes eu chegava a me assustar com ele, mas colocava em minha cabeça que era tudo parte da doença e que daqui um tempo passaria.
Naquele mesmo dia fiquei sabendo que o Rick estava voltando da lua de mel, pois ele me ligou para saber do Dimitri e eu contei tudo o que se passava. Rick ficou preocupado e disse que não via a hora de rever seu amigo e poder ajuda-lo.
O dia se passou normalmente, Dimitri estava um pouco inquieto, mas nada que fosse muito tenso.
Já eram por volta das dez horas da noite, eu e Dimitri tínhamos jantado e estávamos assistindo a um filme no quarto. De repente o telefone toca, era minha mãe. Ela estava apavorada, dizia chorando quase tendo um treco.
-Fala logo o que tem o Rick mãe. –falei nervoso.
Logo ela me anuncia o pior, Rick tinha sofrido um acidente na estrada quando voltava da lua de mel com Cheryl. O hospital tinha ligado para minha mãe, mas ela não morava na cidade e demoraria a chegar, por isso pediu para que eu fosse à frente.
-Tá bem mãe, eu já estou indo! –e desliguei o telefone tremendo com a notícia.
-O houve Cadu? - perguntou Dimitri.
-O Rick sofreu um acidente e eu tenho que ir para o hospital agora, não é bom pra você ir para o hospital junto Dimitri, então é melhor você ficar aqui. –falava enquanto pegava minha blusa e calçava o tênis. –Bem, até depois. –despedi-me dele com um beijo e sai rapidamente.
Peguei o carro do Dimitri e dirigi igual a um louco em direção ao hospital, que por sorte não era muito longe. Chegando lá pergunto onde Rick estava e vou correndo para o quarto.
Ao chegar à porta do quarto do Rick, antes de entrar vejo o médico sair.
-Doutor, me responda, meu irmão está bem? - pergunto apavorado.
-Ah, oi! Sim, ele teve alguns ferimentos e contusões um pouco mais graves, a perna esquerda foi bem prejudicada, mas está reagindo bem e já está consciente. E a moça que estava com ele... Bem, você não é da família da moça. –falou ele com um tom de voz diferente.
-Por que doutor? O que tem a moça que estava com ele? - perguntei curioso.
-É bom que você saiba para falar pra ele que ainda não sabe.
-Então me conte logo doutor!
-Bem, a moça infelizmente... Não resistiu!
Continua...