Primeiro Amor XVII - Primeira Vez – Parte 2
Que dia é hoje
E de que mês?
Esse relógio nunca pareceu tão vivo
Eu não consigo prosseguir e não consigo voltar
Tenho perdido tempo demais
*
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Porque somos eu e você e todas as pessoas
Com nada a fazer, nada a perder
E somos eu e você, e todas as pessoas e
Eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você
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Todas as coisas que quero dizer
Não estão saindo direito
Estou tropeçando nas palavras, você deixou minha mente girando
Eu não sei aonde ir a partir daqui
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Porque somos eu e você e todas as pessoas
Com nada a fazer, nada a provar
E somos eu e você, e todas as pessoas e
Eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você
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Existe algo sobre você agora
Que não consigo compreender completamente
Tudo o que ela faz é bonito
Tudo o que ela faz é certo
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Porque somos eu e você e todas as pessoas
Com nada a fazer, nada a perder
E somos eu e você, e todas as pessoas e
Eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você
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Eu e você e todas as pessoas
Com nada a fazer, nada a provar
E somos eu e você, e todas as pessoas e
Eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você
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Que dia é hoje
E em que mês?
Este relógio nunca pareceu tão vivo
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-Você é minha - grunhiu enquanto a tomava tal e como sonhara desde o primeiro dia.
Continuou entrando e saindo dela, sem deixar de segurá-la e Nicole fechou os olhos para deixar-se levar pelo prazer que estava recebendo. Cravou as unhas em seus ombros e rodeou sua cintura fortemente com as pernas.
Quando abriu os olhos, viu que ele a olhava.
-Se me fez sua, eu o faço meu, Bruno - sussurrou ela
Aquelas palavras fizeram a cabeça de Bruno dar voltas. Sabia que falava sério. Relembrou os gemidos de prazer de Nicole enquanto ele continuava enchendo-a uma e outra vez. Viajou com ela a um lugar que não fora com nenhuma mulher antes, soube na hora que sempre recordaria o que aconteceu. Entretanto as lembranças seriam suficientes?
Olhou Nicole que ainda dormia em seus braços.
Depois de fazerem amor, ambos adormeceram e uma hora mais tarde despertaram, tão famintos um do outro como na primeira vez. Bruno se preocupou achando muito cedo para ela, mas Nicole tomou a dianteira, sentando-se sobre ele, o seduzira até o ponto que ele a deitou de costas e deu o que ambos queriam. E uma vez mais, experimentou com ela o que nunca havia sentido com nenhuma outra.
Levantou uma mão e afastou uma mecha de cabelo de seu rosto.
Ela era uma mulher que se mantinha firme em suas convicções. O chamava “senhor” com uma altivez, uma completa falta de respeito para um homem de sua posição e condição. Outras mulheres cederiam facilmente e deixariam que ele fizesse o que quisesse. Mas aquele não era o caso da apaixonada, provocante e esperta Nicole.
Bruno se moveu quando notou que começava a excitar-se outra vez, porém por mais que desejasse tomá-la de novo, sabia que o melhor para seu corpo naquele momento era um bom banho quente.
-Nicole - sussurrou e tentando despertá-la.
Ela abriu os olhos sonolentos e o olhou; seus lábios, que estavam inchados pelos beijos, desenharam um sorriso.
Bruno viu a expressão de surpresa em seu rosto quando percebeu que seu corpo estava outra vez preparado para possuí-la. Ele tentou afastar-se, mas ela o segurou com a perna.
-Deve se vestir tem que voltar para sua casa - disse ele franzindo o cenho, tentando fazê-la raciocinar.
Nicole moveu a cabeça.
-Não. Só mais tarde - disse ela em um tom sedutor.
-Não. Agora. Sua mãe e irmãs... - Bruno pensou que aquela explicação devolveria seu bom senso, mas não devolveu.
Sentiu como o acariciava e o provocava. Olhou-a furioso, odiando a si mesmo por desejá-la tanto. Ela estava torturando-o e sabia.
-Está consciente do que está pedindo?
Ela o olhou nos olhos.
-Sim - murmurou Nicole, enquanto seu corpo o envolvia. - Quero você, Bruno.
-Nicole…
Aquelas palavras incendiaram o corpo de Bruno, e enquanto capturava a boca de Nicole com a sua, ele entrava novamente em seu corpo para lhe dar o que estava pedindo.
Naquela noite, muito tempo depois que Nicole fora para sua casa, Bruno continuava acordado. Por alguma razão, a ideia de que algum dia ela dormiria nos braços de outro homem o incomodava. E quando finalmente dormiu sua cabeça ainda lutava contra o instinto possessivo que sentia por aquela linda mulher.
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Nicole após o café da manhã com a família recebeu um telefonema de Bruno sugerindo que fossem ao cinema a noite. Ela sabia que sua intenção era ficar o máximo de tempo possível fora da cama e assim evitar que se sentisse tentado a fazer amor com ela novamente.
-Tenho a sensação de que gostou do filme - disse Bruno quando parou o carro em frente a casa da Nicole após o cinema.
Ela sorriu sedutoramente.
-Qual mulher não gostaria de um filme com George Cloney?
Bruno a olhou fixamente e se surpreendeu pela pontada de ciúmes que sentia.
-Você gosta muito dele, não é?
-Claro! - disse ela, enquanto descia do carro.
Bruno franziu o cenho.
-Sairia com ele, se ele pedisse? - perguntou ele.
Nicole se deteve. Observou a expressão de Bruno e ao ver que franzia o cenho e que apertava os dentes; percebeu que ele estava com ciúmes. Sorriu para si mesma e pensou que se aquilo fosse verdade, então possivelmente ela teria alguma importância para ele.
-Sim. Sairia com ele - respondeu Nicole e viu que sua expressão ficou ainda mais séria. - Entretanto, não tenho intenção de perder o sono esperando que o milagre aconteça. Por que quer saber?
-Por curiosidade - disse ele, enquanto passava ao seu lado.
Nicole ficou calada enquanto o seguia até a varanda.
Bruno fechou a porta assim que entraram em casa e a observou enquanto ela deixava sua bolsa no sofá. Nicole definitivamente sabia como vestir-se para valorizar seus atributos. O vestido azul curto acima dos joelhos deixava à vista suas pernas torneadas e suas sandálias de salto alto eram tão sexy que o distraíam continuamente. Moveu a cabeça e se perguntou como tinha sido capaz de negar a si mesmo a possibilidade de não fazer amor com ela o dia todo.
-Gostaria de comer algo? - perguntou Nicole sorrindo.
Bruno engoliu a saliva, sua força de vontade começava a fraquejar e teve que fazer um esforço para afastar o olhar de suas pernas e centrar em seu rosto.
-Sim.
Ela se dirigiu a cozinha e ele a seguiu, fazendo um esforço para não olhar a forma que seu vestido se ajustava a seus quadris enquanto caminhava, o que o fazia sentir ímpetos de tomá-la ali mesmo.
-Vamos fazer sanduíche? Pode pegar tudo na geladeira?
Ao escutá-la a cabeça de Bruno voltou para a realidade; mas não estava seguro do que ela tinha falado.
-Você disse algo?
Ela se deteve e se virou.
-Perguntei se pode pegar as coisas na geladeira para fazermos sanduíche.
-Claro. Estou à sua disposição.
-É sempre tão amável com as mulheres com as quais se deita?
Bruno não gostou daquela pergunta. Enquanto estava com ela, não queria pensar em outras mulheres.
-Muitas pessoas me consideram um homem relativamente amável, Nicole - disse ele sem deixar de olhá-la.
Ela assentiu.
Bruno terminou de cortar furiosamente um tomate e o colocou no prato. Estava irritado consigo mesmo por não ser capaz de controlar seus pensamentos, sentia que estava perdendo o controle.
Nicole se virou, sorriu e tomou o prato com os legumes que ele tinha nas mãos.
-Fez um bom trabalho - disse ela, enquanto colocava tudo nos sanduíches.
Durante os últimos trinta minutos tentou se distrair para não olhá-la; cada movimento seu o excitava. Quando Nicole se esticou para procurar alguns ingredientes no armário, e seu vestido subiu, deixando à vista suas coxas, ele começou a suar. Aquela visão era demais para seu alto controle.
Bruno sentiu que seu membro palpitava de desejo.
-Bruno... Bruno.
-O que? - perguntou Bruno distraído.
-Vejo que hoje esta distraído. Possivelmente tenha outras coisas na cabeça - disse ela se dirigindo à pia.
Bruno a seguiu. Deveria ter previsto que ela estaria um passo a frente.
-E o que acha que estou pensando? - perguntou, olhando-a fixamente.
Nicole deu de ombros.
-Não leio mentes.
-Não?! - disse ele - Deve ser porque está muito ocupada tentando me seduzir.
-Não é verdade. - passou próxima a ele, bem devagar.
-Não faça isso.
-Fazer o que? - sussurrou Nicole.
-Isso. Você fez de propósito.
-Sim, com o propósito de chegar ao armário.
-Acha que não percebi o que esta fazendo na última meia hora?
Por um momento nenhum dos dois disse nada, enquanto seus olhares se encontraram.
-E funcionou? - perguntou ela.
Bruno se aproximou dela enquanto murmurava algo. Estendeu o braço e a atraiu para si para demonstrar que sua artimanha tinha funcionado.
-O que você acha?
Ela gemeu brandamente e afastou as pernas, queria sentir sua dureza entre suas pernas.
Nicole semicerrou os olhos.
-Acredito que deveria dar ao seu corpo o que ele pede e deixar de se fazer de durão.
Bruno inclinou a cabeça e acariciou seus lábios com a língua.
-Estava tentando lhe dar um descanso depois de ontem.
A respiração de Nicole acelerou ao sentir sua língua saboreando seus lábios.
-Não quero descansar. Meu corpo está perfeitamente bem. Preciso de você - disse ela em voz baixa - Quero senti-lo dentro de mim, Bruno. Agora.
Ao ouvir aquilo, Bruno a beijou com uma intensidade que o afligiu. Tomou-a em seus braços e rapidamente colocou-a sobre a mesa da cozinha; subiu o vestido até a cintura e arrancou sua calcinha.
Como um homem desesperado, baixou o zíper da calça e afastou as pernas dela. Depois, aproximou-se e a penetrou.
-Sim! - exclamou ele, jogando a cabeça para trás ao sentir as pernas de Nicole o rodeando. - Esta me enlouquecendo, Ni - disse ele, fechando os olhos enquanto segurava seus quadris para que não se movesse, queria ficar ali, entre suas pernas, aprisionado dentro dela. - Não se mova - ordenou ao sentir que ela se movia. - Deixe-me sentir como me molha e aperta.
Bruno inalou seu aroma. Era como um afrodisíaco que intensificava seu desejo.
-Deite-se - sussurrou ele com a voz rouca e a sujeitou pelos quadris enquanto ela se deitava.
Quando se encontrou deitada de costas sobre a mesa, ele se inclinou sobre ela e a atraiu para si, entrando em seu corpo até o fundo. Fechou os olhos e começou a se movimentar sobre ela como se fosse a última vez: sentia-se faminto, obcecado e possuído.
Alguns minutos mais tarde, quando Nicole alcançou o clímax e gritou, Bruno inalou seu aroma feminino ao mesmo tempo que ele explodia dentro dela.
-Droga Ni. Estamos na cozinha da sua casa. Sua mãe e irmãs...
-Não tem ninguém aqui Bruno. Vamos para o quarto.
-Não acho uma boa idéia.
-Por favor, por favor. - pedia Nicole enquanto o beijava.
Aquela garota tinha o poder de controlá-lo e fazê-lo ceder sempre.
Ficaram na cama dela, abraçados, conversando.
Ele acabou dormindo. E Nicole ficou observando-o.