Do odio ao amor 4
“Borboletas sempre voltam e o seu jardim sou eu. - Victor e Léo”.
Fui andando pela rua pensando nas coisas que ele mim disse, e fui tentando ver o que iria acontecer, por sorte minha casa não ficava longe, só a uns 10 minutos a pé,mas eu fui com um propósito de tirar tudo a limpo de hoje o gustavo não iria escapar, iria mim contar toda a historia do começo ao fim.
Cheguei em casa deixei minhas coisas no meu quarto e fui para a casa do Gustavo,chegando na porta toquei a campanhinha e quem me atendeu foi uma mulher linda e simpática.
Mulher- pois não posso ajudar em algo?
- oi eu sou o Flavio amigo do Gustavo, eu também sou seu vizinho e colega dele, é que eu vim falar com ele, por que ele saiu hoje do colégio meio estranho, então eu resolvi vir aqui ver como ele esta.
Mulher- prazer Flavio eu sou marcela a mãe do Gustavo, pode entrar ele esta no quarto dele é só subir as escadas e o primeiro quarto a esquerda é o dele, vai La e conversa com ele mesmo por que ele chegou meio triste e chorando disse que tava com dor de cabeça mais eu conheço ele e sei que é mentira.
- eu vou La no quarto dele, com licença.
Marcela- pode ir La querido, eu vou preparar um lanche pra vocês e depois levo.
Subi as escadas e quando cheguei na porta do quarto do Gustavo bati 3 vezes e ele nada de responder, então bati de novo e nada, ai eu disse
- Gustavo sou eu Flavio, abre aqui cara precisamos conversar, ele abriu a porta ai eu vi a fisionomia dele, estava com os olhos vermelhos só podia estar chorando.
Gustavo- entra ai cara, não liga pra bagunça, senta ai na cama ou onde preferir ( ele dizia isso e tava pra ver nos olhos dele a tristeza).
Sentei na cadeira do PC e disse -então Gustavo eu vim aqui pra conversarmos melhor e você explicar aquela historia de me amar, pode ir falando ai.
Quando terminei ele começou a chorar de novo só que agora um choro forte a única coisa que eu poderia fazer ali foi abraçar ele e foi o que fiz abracei forte deixei ele chorar ate não restar mais uma gota, mais ele não parava então eu disse- ei mano para de chorar que isso você acha que eu vou deixar de ser seu amigo,esquece isso maninho eu lhe apoio em suas decisões de vida e suas escolhas, agora para por favor, para de chorar se não eu choro também. E se você ama que tem isso.
Gustavo- mais não é só isso não cara é que não é fácil, eu amo uma pessoa a muito tempo, mais tenho medo de não ser correspondido.
-ora então por que você não toma redia da situação e diz logo a ela que a ama e deixa acontecer, o que tiver de ser será. E também vou dizer um segredo, eu acho que to gostando de um cara também, só não sei se ele gosta de mim.
Gustavo- deve gostar, e sobre tomar a redia da situação é isso mesmo que eu vou fazer.
Ele se levantou da cama e veio em minha direção, me levantou e me beijou, eu fiquei estático, sem me mexer, mais aos poucos fui me entregando ao seu beijo, um beijo calmo, com paixão, pegada, ao mesmo tempo voraz. A sua língua dançava em uma única sincronia junto com a minha, ali o mundo parou, o tempo congelou, só estava eu e ele ali curtindo o momento, e então aos poucos fomos parando o beijo. Ficamos nos olhando por um bom tempo, ele sorrindo e eu também, ate que eu disse:
-olha nem sei o que dizer, beijei um homem que era meu inimigo, se tornou meu amigo, agora to no quarto dele e acabei de beijar ele, to com a cabeça a mil aqui nem sei o que falar. Eu era hetero mais agora nem sei.
Gustavo- Flavio não diz nada só aproveita o momento, eu sei que fui rápido demais me perdoa, mais não poderia deixar de perder essa chance, se não quiser olhar mais pra mim tudo bem eu entendo.
-só preciso de tempo pra digerir isso, mas seus pais sabem que você é gay?Como eles reagiram quando contou?
Gustavo- eles sabem sim. De primeira minha mãe caiu dura no chão, meu pai ficou um tempo em silencio e depois me abraçou e disse que me amava do jeito que sou e o apoio dele eu teria por toda minha vida e que ele me ajudaria a enfrentar o mundo se preciso, minha mãe depois que acordou do desmaio me abraçou também e me aceitou, ou seja, foi tranquilo.
-hum mais desde quando você me amava? e por que não mim disse antes em.(nisso a mãe dele bateu na porta e Gustavo foi abrir e trouxe os lanches. Enquanto lanchávamos ele mim disse).
Gustavo- desde a ultima vez que eu lhe vi na escola ainda éramos jovens, acho que uns 13 anos, eu via você brincando La com seus amigos e eu só ficava olhando, por que eu sei que você não gostava de mim, mais cada vez que brigávamos não sei te explicar o meu amor aumentava mais,então você mudou de escola,de bairro,sumiu, eu fiquei sem chão, não sabia o que fazer, foi ai que resolvi mudar, ir pra academia, ganhar corpo e começar a mudar minha vida, mais ai você volta e aquela chama que tinha no meu peito apagada acendeu com força,mais junto dela veio o medo de você me odiar mais ainda, foi então que deus me deu o maior presente de todos. Eu vir morar do seu lado.
Eu não sabia mais o que dizer, fiquei sem argumentos, então ficamos em silencio por um tempo ate que ele se levantou ligou o PC e colocou uma musica e começou a cantar:
Sabe, já faz tempo
Que eu queria te falar
Das coisas que trago no peito
Saudade, já não sei se é
A palavra certa para usar
Ainda lembro do seu jeito
Não te trago ouro
Porque ele não entra no céu
E nenhuma riqueza deste mundo
Não te trago flores
Porque elas secam e caem ao chão
Te trago os meus versos simples
Mas que fiz de coração.
Ele veio me abraçou e depois me beijou, não vou negar, não iria sair daquele beijo por que também desde o dia que o vi no colégio eu sinto algo por ele. Não sei dizer o que é mais um dia eu descubro, por enquanto vou aproveitar o momento e que seja eterno enquanto dure.
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galera estou aqui arrumando muitos erros no texto e mudando algumas coisas, por isso posso demorar a postar as outras partes.