Anastácia permanecia em choque com que o medico lhe disse. Daniel, seu marido, tentara amparar aquela senhora induzindo à se sentar numa das poltronas que havia na sala de espera. A mulher foi andando aos poucos e se sentando toda trêmula, nesse momento Carolina chega na sala e percebe que algo se passara.
- Daniel, tem mais noticias da Duda? Perguntou desconfiada.
O homem engoliu seco, e primeiramente balbuciou algumas palavras, em seguida conseguindo falar.
- Dona Carolina, nossa filha ainda está em coma e não sabem nos dizer por quanto tempo, podendo ser semanas, meses ou até anos. Devido a pancada na cabeça tê-la atingindo numa parte muito importante. Explicou-lhe com olhos cheios de lagrimas.
O que eles não sabiam era que Sasha não fora descansar como havia dito à sua mãe, apenas usou de pré-texto para sair do quarto logo em seguida, com fim de descobrir qual quarto Duda estava e visitá-la. A garota ouvi cada palavra daquela conversa atrás de uma coluna que lhe escondia das pessoas. Para ela ouvir o diagnostico da menina que ela mais amava, não era fácil, muito menos de se esperar. Mais coisas começaram se passar em seus pensamentos, mais preocupações que foram interrompidas pela sua enfermeira.
- Menina, não era pra você estar descansando? Dei sua falta e vim te procurar. Voltemos para seu quarto e só saía de lá com a alta do seu médico. Ordenou a jovem mulher que já foi agarrando a menina pelo braço, a levando até seu aposento.
- Mas eu preciso ver a Duda! Implorou.
- A Duda ficara em observação por algum tempo, até ter alta. Retrucou a enfermeira.
- Eu sei que ela pode permanecer em coma por tempo indeterminado, não adianta tentar esconder de mim! Interrompeu rapidamente.
- Realmente, a verdade por mais que não queiramos que fosse. Agora, vou indo e espero não ter que procurar você novamente. E a propósito, o quarto é o 612 corredor da direita. Informou a mulher lhe dando uma piscada ao fechar a porta.
Agora sabendo em que quarto Duda estava, Sasha poderia vê-la. Sendo assim a menina elaborou um plano. Iria pela madrugada, sair do seu quarto de mansinho, agachada, passaria pelo balcão da recepção e entraria no armário onde se encontram as roupas do pessoal da limpeza e seus equipamentos - sabia disso, pois logo quando chegou viu uma moça dentro daquele armário com as roupas e o utensílios, consequentemente deduzindo que era lá onde ficavam guardados - , se disfarçaria para não ser reconhecida. Após elaborar sua ideia Sasha adormeceu, para acordar na hora certa.
Ao cair da noite e início da alvorada, Sasha desceu da cama na ponta dos pés para não fazer barulho e acordar sua mãe que se encontrava adormecida na poltrona do quarto. Caminhou até a porta e abriu essa lentamente, pondo sua cabeça para fora na intenção de observar o movimento. Vendo que quase não havia ninguém percorrendo os corredores, saiu e foi de coluna em coluna, passo-a-passo, discretamente, agachou ao chegar na recepção, contornando seu balcão e se levanto somente quando tinha chegado no armário de limpeza.
Dentro do armário uma vez escuro, ligou a luz e pegou a roupa limpa e dobrada que havia ali, pôs as luvas de borracha e as botas também, se vestiu rapidamente e saiu. Por sorte, não tinha ninguém no corredor e chegou ao quarto do seu amor sem obstáculos.
Entrando em seu quarto viu que...
Continua.
