Garotos Como Eu (Final - Parte II)

Um conto erótico de Gadeski
Categoria: Homossexual
Contém 1567 palavras
Data: 27/12/2012 15:32:29

Na penumbra da madrugada, por volta das 02h da manhã quando Olavo chegara ao endereço dado por Lucas:

- Hugo? Eu estou aqui, meu amor. Cadê você? Hugoooooo! – gritou desesperadamente Olavo.

De dentro da casa, Lucas assistia tudo pela janela.

- Veja quem chegou para completar a festa? – comentou friamente Lucas. O luar iluminava metade de seu rosto, e pela primeira vez pude notar o quanto ele mudou. O tempo pode não ter sido bom com ele em sentimentos, mas em beleza ele se tornara irreconhecível. De nada parecia o Lucas franzino que eu me apaixonei anos atrás. Ele havia ganhado corpo, uma barba cerrada fazia parte de sua expressão agora, somente duas coisas permaneciam as mesmas seus olhos com a mesma expressão de cansaço mesmo quando ele estava descansado e seus cabelos cacheados, apesar de seu cabelo ter escurecido um pouco – Dê um grito que ele virá – ordena a mim.

Em afronta a ele não digo nada. Então, ele me dá o mais forte soco dado até agora. E um alto urro de dor sai automaticamente de minha boca, não fui capaz de segurar.

Do lado de fora, Olavo ao escutar o grito de Hugo saiu correndo e entra sem pestaneja no casarão sendo rapidamente imobilizado e amarrado por Renato, da mesma maneira que Hugo porém ele usava mordaças. Sua cara de expressão ao ver que Renato fazia parte disso fora horripilante. Renato parara e estava esperando ordens de Lucas que fitava a cena com muito prazer.

- Coloque aqui – apontando para um lugar distante de Hugo – Melhor, coloque ele a um palmo de distância de Hugo. Eu quero ter o prazer de mata-lo e fazer que seu sangue respingue na cara dessa aberração.

- Por favor, Lucas eu imploro que tenha piedade. ME MATE, ME MATE AGORA. Mas não leve o Olavo. Ele não tem culpa nenhuma nisso tudo.

- De fato, seu namorado não tem culpa nisso tudo. O único culpado nisso tudo é você. Entretanto, os fins justificam os meios e se ele terá de morrer para que eu seja vingado. Assim será.

É agora. Na minha cabeça um turbilhão de emoções passou na minha cabeça, eu não ia suportar viver sem o meu pequeno sabendo que foi tudo minha culpa, que eu fui o culpado da morte dele. Eu não ia suportar, eu amo demais esse menino para vê-lo morrendo na minha frente. Todas os nossos momentos felizes juntos passaram na minha mente, o nosso primeiro beijo debaixo da arvore da escola, quando eu derrubei refrigerante nele naquela festa, o nosso primeiro dia dos namorados, a música que ele compôs pra mim quando fizemos dois meses. Tudo, nada fugiu. E eu não aguentaria perder isso tudo.

- Me mate. Eu imploro você estará vingado, eu não vou aguentar viver sem o Olavo – olhava pra ele e não conseguia evitar as lágrimas. Apesar de aparentemente assustado ele me olhava com uma expressão de “obrigado por fazer parte da minha vida, eu te amo”. Minha vontade era de beija-lo, se tivesse que morrer que pudesse me despedir dele, ou melhor ir junto com ele.

- Óbvio que não! Ai está a graça. Ver você acordar todos os dias na prisão com a culpa de ter matado o próprio namorado, sendo estuprado dia pós dia. Não tem nada melhor – sorriu perversamente – Sem mais delongas, vamos acabar com esse show logo – disse tirando a arma da cintura e destravando-a.

- Olha como eu sou um melhor amigo legal, vou deixar você se despedir dele antes de morrer. Olha com eu sou legal e você ai chorando, menininha – Não importa o que tivesse acontecido com o Lucas. Ele estava doente e precisava se tratar. Ele estava rindo de tudo, como se tivesse acabado de ganhar um brinquedo novo no qual ele poderia brincar até quebrar. E de fato ele estava brincando mesmo, com as minhas emoções e com o meu estado psicológico porém esse é um brinquedo irreparável. Quando aquela pistola disparasse na cabeça de meu amado, seria pra sempre. Sem consertos, sem volta.

Eu olhava pro Olavo e não conseguia falar nada, tamanho era o meu desespero. Eu não conseguia formular nada para dizer pra ele, então resolvi precariamente cantar:

You make me feel like I'm living a Teenage dream

The way you turn me on

I can't sleep Let's run away and

Don't ever look back, don't ever, look back

My heart stops when you look at me

Just one touch now baby I believe

This is real so take a chance and

Don't ever look back, don't ever look back

(Você me faz sentir como se eu estivesse vivendo um sonho de adolescente

O jeito que você me excita

Eu não consigo dormir vamos correr e

Nunca olharemos para trás, jamais olharemos para trás

Meu coração para quando você olha para mim,

Apenas um toque agora, baby, eu acredito

Isto é real, então, dê uma chance e

Nunca olhe para trás, jamais olhe para trás)

Essa foi a música na qual ele me pediu em namoro, e não tinha como ter outra maneira de eu dizer adeus pra ele.

- Bravo! Bravo! Muito lindo mas agora acabou o seu momento e começa o meu – disse mirando a cabeça de Olavo.

Antes de qualquer coisa eu gritei: - Olavo Moura Bittencourt, eu te amo como eu nunca amei ninguém. Eu espero que você leve meu amor contigo para sempre.

Olavo chorava descontroladamente, mas estava pronto para partir. Lucas estava com a pistola encostada na cabeça de Olavo pronto para atirar já de repente Renato corre e pula sobre Lucas. Os dois começam a brigar e rolar no chão. Um disparo é feito. Seguido de outro e mais outro. Ambos inertes não podendo se saber quem havia levado os tiros, até que Lucas empurra o corpo de Renato sem vida para o lado e se levanta.

Apesar de tudo que aconteceu eu não pude não sentir pena do Renato, e tenho certeza que o Olavo sentira o mesmo. Eu olhava para aquele corpo sem vida com uma poça de sangue em volta e só conseguia lembrar do Renato que me perturbava pois gostava de mim, do Renato que fazia o Douglas o menino mais feliz do mundo, do Renato jogador de futebol popular e sonho de consumo de 20 entre 10 garotas da escola (isso sem contabilizar os meninos). Apesar de tudo era desse Renato que eu sentia pena e tristeza por estar morto agora. E ele morreu tentando nos salvar, isso devia ser ressaltado também.

- Então, mocinhas, aonde é que paramos? – perguntou Lucas já de pé e sem o casaco que estava usando pois o mesmo ficara enxurrado de sangue – Ah lembrei, prestes a matar o namoradinho do filho da puta ali – apontando a arma para mim.

Um barulho de sirene invadiu o casarão. Era a polícia. Olavo entrou na casa com o celular numa ligação com eles.

- Seu bastardo, você chamou a polícia?

- Saia da residência com a mãos na cabeça – a voz de um policial ecoava por um megafone.

- Eu avisei que se caso chamasse a polícia pagaria caro. Mas agora quem vai morrer primeiro será seu namorado.

Lucas desamarrou as pernas de Hugo da cadeira, também o fez com Olavo. Mas não antes sem amarrar um na frente do outro. Hugo ficara na frente de Olavo, pois assim seria mais fácil de Lucas controla-los e usa-los como escudo. Além disso a polícia não colocaria em risco duas vidas.

- Vamos andando vocês dois, e saibam que qualquer gracinha não hesitarei em matar os dois.

Eu não imaginava a dimensão que esse caso tomara, os moradores da rua saíram para ver a situação. Carros e mais carros de emissoras televisionavam tudo. Estava um caos, a polícia estava parada com os carros bem à frente do casarão.

Vários policiais miravam em Lucas mas não podiam atirar pois ele fazia os dois de escudo. De longe Hugo avistará sua mãe sendo consolada pela mãe de Olavo.

- Solte-os e você não sairá ferido – disse o policial

- Eu não irei solta-los eu quero vingança – berrou Lucas com a arma em punho.

- É melhor que você se entregue, isso diminuirá sua pena.

- Foda-se minha pena, eu vou mata-los de qualquer jeito e nada vai me parar.

Distraído com o acordo com o policial, Lucas não percebeu que Olavo conseguira se livrar da sua mordaça e falava baixinho ao ouvido de Hugo:

- Calma, amor. Eu consegui tirar minha mordaça e estou desfazendo os nós no meu braço. Eu vou cuidar de você até quando eu puder. Eu te amo, e não deixaria que nada de ruim acontecesse contigo.

Essas palavras causaram uma estranha sensação em Hugo, um misto de felicidade o e esperança. E a única coisa que ele conseguiu proferir foi um “eu te amo” choroso.

- Consegui – sussurrou Olavo que agora desfazia o nó da corda que prendia ele a Hugo. Mal soltado o nó que o prendia

Olavo já solto, desfere um soco em Lucas, passa por detrás dele e tenta imobiliza-lo. Os dois começam a lutar ao mesmo tempo que a polícia invadia a cena. Estava tudo rumando para um final feliz, quando em uma última tentativa Lucas atira para o esmo e o tiro pega certeiro no centro do peito de Hugo. Nesse instante Olavo larga Lucas pois a polícia já havia desarmado-o e corre para socorrer Hugo que está deitado no chão de olhos fechados e sem vida.


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Comentários

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Nãããããããooo acredito que os dois iram morrer, agora Olavo está distraído... Continua logo, arrepiei com a cena

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pf não deixa termina deste jeito pf continua logo o mais rapido possivel, a pesar de ter começado a ler seu conto esta semana eu ja sou seu fãn pf cotinue logo, sempe nota 10!

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