HELLAS- capitulo 6 [A] [O Confronto]
Capitulo 6 [a]- O Confronto
Noah estava parado na minha frente, nú, pois roupas podiam machucar na hora de assumir a segunda liberação, a besta, ao meu lado estavam meus melhores amigos amarrados e inconscientes, eu tinha que pensar rápido.
-Noah, libera eles e eu faço o que você quiser.
Seu pé se moveu muito rápido e eu senti o chute desferido no meu rosto, me fez girar e bater a nuca no chão. Mais uma vez meu mundo explodiu em dor e eu senti como se fosse vomitar, rapidamente me ergui sobre a mão esquerda novamente e tossi sangue no chão, isso não era um bom sinal.
-E o que você vai fazer seu maluco imbecil? Vai me matar e depois matar seu próprio filho?- eu sei, isso não foi inteligente, mas ele já estava enterrado na merda e nenhum de nós dois podíamos recuar mais, então...
-Ele escolheu o caminho dele ficando do seu lado.- Sua expressão estava vazia, tive realmente medo dele não sentir nada pelo filho e executar ele ali naquele momento.- e não adianta tentar invocar suas asas, essas cordas são feitas com o feitiço do mosaico, e caso você não saiba, ele é capaz de parar um draco.
Só então eu percebi que havia um pedaço de corda amarrado no meu pulso direito, por isso esse lado estava dormente. Ele se curvou e assumiu a forma do leão negro, era grande, bem maior que um leão normal, e seu pelo era um negro lustroso assim como suas asas, seu caminhar era fluido e gracioso e logo ele estava do meu lado, seu hálito quente no meu braço esquerdo e seus olhos dourados me encarando, saboreando meu medo. Os outros cinco caras também começaram a mudar de forma, se a transformação do Noah não foi tão rápida assim e deles levou ainda mais tempo, dava pra ver como o corpo deles mudava e se alongava. Eu fui distraído dessa observação com uma dor lancinante que explodiu no meu braço esquerdo, ele havia cravado os dentes nele, devagar mas firme, eu gritei com toda força do meu pulmão, assim que os dentes estavam todos travados em mim ele girou a cabeça e meu braço foi junto em um ângulo anormal, eu escutei o barulho do osso do antebraço quebrar e isso foi pior do que a dor que se seguiu. Eu gritava, mas gritava com fúria, encarando os olhos do leão, eu ia cair naquela hora, mas não ia cair em covardia. De relance vi os cinco leões se aproximarem dos meus amigos, eles tinham uma coloração normal, amarelo queimado e suas asas eram também amareladas, eu levantei o joelho e preparei-o para atacar o lado da face de Noah, mas ele interceptou antes e novamente senti seus dentes penetrando minha carne, dessa vez na minha coxa. Ele ancorou e começou a me balançar como se eu fosse um boneco de um lado para outro e eu sentia como se os músculos da minha coxa fossem rasgar quando de repente um rugido enorme ecoou nas paredes do galpão, todos paralisaram olhando para a parede oposta a entrada.
Noah me soltou e eu caí com o rosto virado pra o lado encarando a parede, perece que o tempo correu lentamente quando eu vi a parede estufar e explodir quando um leão branco atravessou ela, nem sequer parou para entender o que via no cômodo, apenas disparou em minha direção, seu ataque foi rápido e certeiro, ele agarrou no pescoço do leão negro girou ele e atirou contra o lado oposto, em direção ao portão do galpão, o leão parou encima de mim senti quando e ele arrancou com os dentes o cordão no meu pulso então senti seu hálito quente na minha nuca, cada uma de suas patas maciças ao lado da minha cabeça, ele abaixou a cabeça e começou a lamber o sangue do meu rosto, sua língua era forte e áspera. Isso deu tempo o suficiente para Noah se recuperar e ele rugiu em direção aos seus comparsas que ainda estavam parados assustados admirando a cena, assim que receberam as ordens os cinco se lançaram a frente contra o leão branco na briga eles saíram de cima de mim e saíram rolando pelo chão do galpão, eu sentia meu corpo começar a se recuperar, pois o cordão havia sido removido. Eu liberei as asas, pois Ermac sempre disse que elas ajudavam no processo de recuperação de um Nifling.
Novamente Noah estava encima de mim, mas sem o cordão eu me movia mais rápido, e antes dele me alcançar eu estava voando subi alguns metros e desci com força encima dele, atingindo com meus dois pés sua cabeça, caímos os dois, eu para um lado e ele para outro, meus dois braços ainda estavam desabilitados, então eu teria que contar com minhas asas na briga, a minha coxa gritava de dor mas eu ignorava ela, acho que minha adrenalina me auxiliou nessa hora. Noah mais uma vez avançou e minhas asas brancas me envolveram para proteger, suas garras e seus dentes não passaram por ela, as asas negras tomaram impulso e se fecharam ao redor dele, com o mesmo movimento que fazemos quando acertamos um pernilongo com as mãos, eu escutei o barulho de seus ossos partindo com esse movimento, quando as asas se abriram o leão negro estava caído na minha frente, com as patas quebradas e cuspindo sangue, eu recuei as asas e iria mandar ele se render quando o leao branco voou em suas costas e em um movimento único torceu e quebrou seu pescoço. Quando olhei além do leao branco os outros cinco estavam desmembrados espalhados pelo galpão, minhas asas sumiram e eu me desequilibrei, antes de cair no chão o leao branco me segurou pela gola e começou a me arrastar para fora do galpão, do lado de fora a grama estava verde e alta, era mesmo um lugar ermo, nunca tinha vindo aqui antes e nem sabia onde ficava. O leão me soltou sobre a grama e eu cai de bruços, tinha perdido muito sangue e gasto muita energia na briga, enquanto meus olhos fechavam eu vi as patas do leao se tornarem mãos brancas e enormes. Pela maneira insana que ele irrompeu pela parede do galpão e como matou Noah e os outros leoes e já tinha receio de quem seria, agora tinha certeza, já de olhos fechados eu senti quando ele removeu o que restava da minha calça jeans e mergulhar seu pênis dentro de mim numa única estocada, isso foi a gota d’água e eu finalmente desisti da minha consciência.