YKNP IV

Um conto erótico de killinghearts
Categoria: Homossexual
Contém 1735 palavras
Data: 07/01/2012 00:16:21
Última revisão: 07/01/2012 14:12:08
Assuntos: Gay, Homossexual

Metade do Verão tinha escapado por entre o tempo sem eu dar por conta. De repente tinha Diogo do meu lado, de repente me sentia bem mais feliz, de repente o ruivo teve um moreno para aconchegar. A vida de certa forma me sorria, e eu não podia estar mais feliz. Continuava uma óptima relação com meus amigos. Um dia fomos acampar.

Combinamos tudo bem em cima da hora e para variar demoramos séculos convencendo nossos pais para nos deixar partir nessa pequena aventura de dois dias apenas. Claro que pensei logo em convidar Diogo. Filipe já conhecia Diogo desde há uns anos, uma vez que já tinham jogado no mesmo time de futebol, apesar de não serem de todo os melhores amigos. Ninguém sabia da minha relação com Diogo, ainda não tinha tomado coragem... Sabiam que eu e ele éramos amigos, e até concordaram em eu convidar Diogo porque ele era um cara bacana mesmo. Irene convidou também uma amiga, Renata. Renata era uma menina mais nova que nós um ano, mas era super legal. Bom, fomos para um monte aqui da nossa zona e montamos as tendas: uma para o casal (Carlota e Daniel, como é óbvio), outra para as meninas (Irene e Renata) e outra para nós os três (eu, Diogo e Filipe). Foi um barraco para montar as tendas, uma vez que só eu e Renata é que sabíamos a 'arte' de montar tendas (esse montar fica um pouco perverso). Diogo e Filipe ficaram horas conversando e recordando os tempos do futebol, fumando para caramba (pois é, e depois lamentam o facto de não aguentarem nem uns cinco minutos de futebol!), enquanto que eu, Renata, Irene, Daniel e Carlota fomos logo para o rio que lá havia. Carlota e Daniel já enjoavam com tanto beijo, enquanto que eu e as outras duas meninas fazíamos diversas brincadeiras na água, aproveitando ao máximo aquele momento refrescante. A tarde foi passando e rápido e chegou uma hora em que era melhor começar a preparar o jantar. Ainda não tinha tido tempo para estar com Diogo, mas claro que encontrei solução. Quando surgiu a ideia de fazer uma fogueira à noite, eu e Diogo nos oferecemos para procurar lenha... Levamos nossas mochilas para trazer o máximo possível e fizemos caminho.

Chegou a um ponto que os nossos amigos já não nos conseguiam ver, e então ele me abraçou logo.

- Estava a ver que nunca mais sentia o seu corpinho magricela, gostoso! - disse ele rindo maliciosamente e me beijando logo, como se tentasse sugar todo o meu amor.

- Nossa, estava mesmo. Eu acho é que essa coisa de procurar lenha vai demorar um pouco mais... - sim, eu também sabia ser tarado.

- Olha ele com o fogo já! - exclamou dando um tapa na minha bunda.

- Você sabe que eu sou fogo quando estou com você...

Fizemos todo o caminho de mão dada e beijando imenso. Naquele dia eu e ele estávamos especialmente excitados... E claro que tínhamos que aliviar nosso 'stress'.

Chegamos num local onde nos poderíamos abastecer de lenha o suficiente e ele me agarrou logo, beijando-me como um louco, passando as suas mãos por todo o meu corpo e eu retribuindo, claro!

Já sentia o meu membro duro e o seu também. Tirei sua camisola e comecei a beijar seu pescoço, seus mamilos, sua barriga... E chegou na parte que eu procurava. Me ajoelhei e ele continuou em pé. Mal coloquei o pau na boca ele soltou um gemido e eu ri. Continuei chupando e alternando entre o pau e o saco. De vez em quando dava uns beijos nas suas coxas e ia retirando seus calções... Ficou bem sexy ver Diogo todo pelado só com os tênis. Continuei chupando sua cabecinha até que ele disse que não queria gozar logo naquele momento. Nisso eu me ponho em pé, ele me vira e começa beijando minhas costas, chegando rapidamente à minha bunda. Começou beijando as nádegas e foi abrindo até que quase me penetrou com aquela língua sedenta. Eu gemia muito e estava a mil. Passado um pouco veio a parte da penetração real. Já havia transado com ele algumas vezes e cada vez menos a dor era menor. Fizemos amor ali mesmo, no meio do mato. Pelados e com os tênis calçados. Eu sentia seu peito suado em minhas costas, sentia suas pernas bambas... E senti ele gozando em mim, e eu gozei também com a ajuda da minha preciosa mão! Fizemos amor sem preservativo, eu confiava nele e ele em mim, uma vez que sabíamos que não tínhamos quaisquer doenças. Durante todo o sexo rolaram alguns beijos, não muitos... mas o amor estava lá. Eu não fazia sexo só pelo prazer que me proporcionava. Diogo sabia fazer gostoso e me fazia sentir bem. Nos vestimos, suados, e fizemos o que tínhamos a fazer. Já era tarde (ainda não tinha anoitecido mas tínhamos abusado no tempo!) e fomos quase correndo para junto dos nossos amigos.

- Demorou! - reclamou Carlota.

- Mil desculpas, nos perdemos. - disse eu, pensando 'nos perdemos em amor' e rindo imenso por dentro.

- Tudo bem, mas olha, o jantar está pronto e já íamos começar sem vocês! - Carlota era muito pontual e então às 19h era hora de jantar. Nós chegamos eram 19.30h...

- Me desculpa Carlotinha! - ri e abracei ela.

Caímos na risada porque ela odiava ser chamada de Carlotinha. Jantamos e num momento Daniel e Filipe dizem que querem falar comigo. Ok, deve haver algo errado. Fomos até um sítio não muito longe mas mais íntimo para falar.

- Cara, o que temos para falar é sério. - disse Daniel, de uma forma séria também.

- É mesmo, e pedimos para você nos contar a verdade! - a maneira igualmente séria de Filipe falar me preocupou.

Claro que não sou bobo e então pensei logo que tinham descoberto minha relação com Diogo.

- Cara, você é gay? - perguntou Filipe.

- Você tem um caso com esse Diogo? - Daniel também fez uma pergunta nem me dando tempo para responder à de Filipe.

- Não tem mais como esconder mesmo. Eu gosto de garotas e garotos. E sim, eu amo o Diogo e estamos juntos há mais de um mês.

Fez-se um silêncio.

- Quero que você saiba que nós gostamos de si da mesma maneira. Não é por ser bissexual que vai ser diferente. Afinal, você é o nosso Bruno, o Bruno Cenoura que nos acompanha desde os seis anos. Serei sempre seu amigo. - falou Daniel.

- E eu também, bobo. Podia ter contado logo. Nós sabíamos que apesar de você pegar algumas garotas, também gostava de homem. E eu não tenho nada contra.

Escusado será dizer que as lágrimas me vieram aos olhos e que nos abraçamos logo. Eu tinha amigos para uma vida. Só eles é que sabiam, mas para mim contava imenso. A aprovação deles foi o necessário para deixar de carregar aquelas toneladas de medo que carregava antes de namorar às escondidas.

Rápido chegamos ao nosso 'acampamento', felizes e falando besteira. Carlota e Irene estavam conversando e bebendo umas cervejas. Nós entramos na conversa e, por incrível que pareça, elas não perguntaram onde fomos. Talvez até soubessem... Dei por falta de Diogo e Renata.

Carlota deixou escapar que os dois estavam dentro da tenda azul (a minha). Ouvia-se uma música vinda da tenda. Era rock puro e duro. Dei a desculpa que ia buscar minha pilha, mas o que eu queria era ver o que estava acontecendo. A música estava alta demais. Eu não sou um bobo e nem vocês leitores são. De certeza que havia sexo ali. Abri o fecho da tenda. E o que é que eu vi? A Renata super legal e boa onda em cima de Diogo, nua de roupa e de preconceitos. Ela rebolava bem, até diria que a moça tinha anos de prática. Ele gemia feito doidão. Eu não chorei, não corri feito bobo me querendo matar. Fiquei parado na imagem e Diogo, por obra do acaso, reparou que eu estava ali e parou logo. Renata ficou assustada e escondeu o seu corpo em roupas, e ele também. Nossa, esconder um corpo sujo em roupa suja é bonito de se ver. Eu só fiz um gesto de negação com a cabeça e meus olhos falaram por mim. Dentro de mim só existia fúria. Saí dali e falei com a maior das naturalidades que eles estavam transando. Irene e Carlota me abraçaram e disseram que sabiam do que se tinha passado. Não que eu não soubesse, mas fiquei feliz também por elas me apoiarem.

- Se você quiser ir embora é numa boa. - falou Irene, preocupada.

- Quero. Quero muito. Vamos para a praia.

- Boa! Tem um ônibus daqui a uma hora, ficamos lá esta noite e depois apanhamos outro para casa, pelas 11h do dia seguinte! - disse Daniel tentando me animar.

Ficou combinado em dois minutos. Comecei a arrumar minhas coisas e Diogo veio correndo ter comigo. Renata arrumava suas coisas e falava com Irene, dava para perceber que Irene estava zangada. Por um lado Renata não sabia de nada, por outro tinha acabado minha relação.

- Por favor me desculpa! - falou Diogo, chorando e segurando minha mão.

- Sabe quando nós demos nosso primeiro beijo? Nós estávamos molhados. Agora a nossa relação secou, parou de dar fruto. E fica com ela, parece que gostou bem. - falei seco.

- Não faz isso, aquilo foi um erro... - Diogo parecia um autêntico rio de tanto chorar.

- Adeus, Diogo. Nós vamos para a praia e não, nem você nem ela estão convidados.

Tudo foi arrumado e nós rumamos para a praia. Diogo partiu em lágrimas para casa e Renata foi embora também. Talvez fossem felizes, talvez minha função fosse juntá-los.

Eu me fechei de novo para o amor. Incrível ter transado com ele naquele mesmo dia, tê-lo amado ainda mais e do nada tudo ter acabado assim. Sabe quando você está fazendo bolas de sabão? Você sabe que vai acabar por rebentar, mas nunca sabe quando. Esta bola de sabão rebentou cedo demais.

As férias acabaram. Não fiquei com mais ninguém. O ruivo estava totalmente fechado para qualquer coisa. Estava para começar o novo ano escolar. O Outono traz consigo a queda das folhas, veremos se será a minha queda também.

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e aqui acaba a primeira parte de YKNP. vem aí o outono e talvez algumas emoções... ou talvez não. espero que gostem e desculpem por ser um pouco mais extenso. espero ter-vos proporcionado um bom momento. abraços


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Comentários

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Poxa que pena, mas o conto está ótimo! Nota 10

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Muito bom, mas fiquei triste me apertou o peito!

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