Virtual, mas não uma simples transa...

As coisas acontecem na nossa vida, às vezes, sem nos darmos conta de que somos prisioneiros de nossos sentimentos. Passamos o tempo tentando controlar nossas atitudes à vista do que seria socialmente correto, entretanto, muitas são as vezes que temos vontade de quebrar a barreira do correto e correr risco ou mesmo, experimentar sentimentos e emoções que nossa crença ou nossa formação insiste em colocar além de nosso alcance.

Foi assim uma época. Não fazia muito tempo, minha relação de onze anos havia acabado. Sentia-me pouco confortável com a desobrigação da vida conjugal e ao mesmo tempo liberto para experimentar sensações que havia colocado de lado durante muito tempo.

De certa forma, a vida conjugal aparta a sexualidade e a coloca como obrigação entre duas pessoas, antes do prazer. É assim que me sentia e é assim que se sentem muitas pessoas casadas, que abdicam da sexualidade para o “bom” desempenho da árdua tarefa de ser pai, mãe, marido, esposa... Porisso comecei a buscar alguém que pudesse retirar essa barreira construída durante os anos em que fiquei casado, e pudesse me dizer se, de fato, além de ser pai, também poderia ser macho.

É estranho buscar rostos entre pessoas na rua, principalmente porque, quando se separa, se leva um monte de dívidas junto, e o trabalho cresce no mesmo nível, porque as contas precisam ser pagas...Acho que foi porisso que um dia me vi à frente do computador em um site de relacionamento. Com dezoito horas de trabalho diárias, sem sexo havia um tempão...quem sabe conseguiria encontrar uma pessoa, alguém, que pudesse fazer brotar um desejo diferente daquele que senti por tantos anos, e que não me trazia boas recordações.

Mas, em um rol de tantas páginas encontradas no site - com e sem rosto - uma garota de cabelos curtos e pretos, me chamou a atenção. É lógico que procurei mais fotos...mas, cadê? Só tinha aquela...uma mulher alta, de trinta e poucos anos, cabelos curtos e pretos me chamou a atenção. Tentei falar com ela...e olha, que surpresa! Ela respondeu! Passamos um tempo descobrindo coisas sobre nós mesmos, como filhos, problemas de casamento, religião, que, talvez, era onde mais nos diferenciávamos, pois ela é evangélica “ferrenha” e eu...sei lá o que sou!

Bem, nossos papos enveredaram, por semanas, sobre assuntos domésticos, até que um dia, nem sei bem porque, começamos a falar sobre nossa insatisfação sexual. Descobri, por detrás daquela aparência calma, um mulherão....uma fêmea pouco explorada e muito fogosa!

E nossos papos se tornavam mais e mais íntimos. Conversamos ao telefone e a voz daquela mulher começou a mexer de tal forma com minha libido, que a ereção vinha instantaneamente quando eu ouvia o “alô”. Um dia, comentei com ela, que a “quentura” da voz dela fazia meu pau levantar...e devo ter causado o efeito que gostaria de ter causado, porque ela retribuiu no teclado me dizendo que também ficava excitada, e que o tempo com pouco sexo oferecido pelo marido, fazia com que ela ficasse molhada todas as vezes que conversávamos.

Imaginando aquela mulher se derretendo entre aquelas pernas maravilhosas, me fez imaginar todo o calor vindo do meio delas. Meu pau doía de vontade de entrar na sua buceta, tirando de sua boca, todos os gemidos que pudesse murmurar.

Disse a ela que já estava dolorido, e ela pediu para eu ligar minha câmera. Tirei minha roupa e liguei a câmera, mostrando meu pau duro e molhado para ela. Era um final de tarde, e ela me disse que estava louca de vontade de sentir meu pau invadindo sua buceta. Kátia me contou estar usando saia e, pelo fato de estar sentada à mesa do escritório, sentia-se toda molhada entre as pernas, e quase não conseguia segurar a vontade de colocar a mão em seu sexo, dando vazão àquele tesão enrustido.

Achei aquilo uma loucura! Uma mulher deliciosa, molhada, pensando em mim, que, de pau duro, imaginava penetrando em todos os seus furos. Veio-me à mente sua boca descendo e engolindo meu pau, e sua língua macia, percorrendo sua extensão, desde a ponta, até o saco. Pensei em como seria sentir sua boca engolindo meu pau e aumentando nele a vontade de ficar duro. Pensei no gozo vindo e enchendo sua boca deliciosa, que, em certos momentos, parecia ganhar vida e substituir minha mão.

Teclei que precisava ouvir a voz dela, pois queria que ela me ouvisse gozar, mas, ela já estava de saída e me disse que não poderia esperar mais.

Demorou muito para que a ereção diminuísse e eu deixasse de pensar nela. O tempo frio de inverno e a tarde caindo, me fez voltar o pensamento para outras coisas, até que o telefone tocou. Era Kátia, que estava me ligando. Disse que havia ido à academia e que ainda estava a caminho de casa e não conseguia parar de pensar em mim. Perguntei como ela estava vestida e ela me disse que estava de agasalho, dentro do carro em uma rua calma que havia escolhido para parar.

Comentei que havia ficado doido com ela e que apenas ao som da sua voz meu pau já estava desesperado para sair da calça. Ela disse que estava sentindo muito tesão, e que estava impossível continuar dirigindo daquele jeito.

Imaginei aquela mulher molhada ao volante do carro e quase senti minha boca tocar sua buceta molhada e quente. Imaginei minha língua passando sobre seu clitóris duro de tesão e finalmente, aos gemidos, minha língua invadindo o interior da sua vagina.

Imaginei o gosto de sua buceta na minha boca, e o seu orgasmo descendo pelos meus lábios. Suguei essa linda mulher de todas as formas no espaço da minha mente e, parando em seus seios imaginários, mordi seus mamilos cor-de-rosa, deixando-os duros e pontudos, dando-me ainda mais vontade de sugá-los com força e tesão. Pedi a ela que me descrevesse o que estava sentindo, e ela me disse que sua buceta estava muito molhada Eu pedi que colocasse seus dedos e manipulasse aquela delícia, imaginando meu pau invadindo seus espaços. Me disse então, estar muito molhada, e eu pedi para que ela aproximasse o telefone de sua buceta, e continuasse a massageá-la. Adorei ouvir o barulho dos seus dedos percorrendo os lábios molhados e penetrando em sua vagina. Fui à loucura quando ela, sôfrega entre os gemidos, me disse que iria gozar. Imaginei aquela deliciosa mulher, se acabando entre seus líquidos quentes e viscosos, e imaginei meu pau entrando e saindo com todo o vigor do meio de suas pernas. Sonhei com seus olhos olhando os meus e sua boca mordendo meu peito e pedindo que eu penetrasse com mais força e fosse mais fundo. Gozei como nunca, junto com ela, como se estivesse, de fato, entrando e saindo dessa fêmea que me fez sentir um prazer maior do que poderia supor que as palavras pudessem causar. Um prazer tão intenso como só uma verdadeira mulher poderia fazer um homem sentir.

O silêncio no telefone foi quebrado por um suspiro. Voltando do mundo virtual onde fui me encontrar com essa mulher deliciosa, comecei a me perguntar, e a ela também, como uma situação tão inusitada poderia causar tanto prazer.

Depois dela se reestabelecer, me disse que precisava voltar para casa. Foi ruim deixar aquela mulher ir embora, mas, a virtualidade é madrasta: nos dá e nos tira fácil o prazer!

Tentamos marcar um encontro várias vezes. Fizemos sexo virtual outras tantas, mas ainda não nos conhecemos. Entretanto, ao escrever este conto, volta à minha mente todo o tesão que sinto por ela, e não consigo parar de imaginar um momento onde nos encontremos de fato, e possamos fazer – sem a virtualidade – tudo o que fizemos e tanto nos deu prazer.