O primo - Parte I

Um conto erótico de Lust Boy
Categoria: Homossexual
Contém 1281 palavras
Data: 07/11/2006 08:57:52
Assuntos: Homossexual, Gay

O primo

Há duas quadras de casa, numa esquina, havia uma lanchonete. No verão, especialmente às sextas-feiras, muita gente ia pra lá tomar um chopp.

- Binho! – exclamei com voz alta, ao revê-lo.

Ele estava sentado numa das mesas que eram postas do lado de fora da lanchonete. Bermuda preta, camiseta regata branca e chinelos havaianas da mesma cor, levava o copo de chopp a boca quando me viu chegando.

- Há quanto tempo – falou já levantando. – Como andam as coisas?

- Tudo normal – respondi enquanto lhe apertava a mão.

- Cara – falou, já com os dentes a mostra – Senta ai um pouco e bebe algo com a gente.

Dito isso, já arrastou uma cadeira da mesa do lado. Sobre a que estava havia dois copos. O seu e um outro pela metade. Senti-me um tanto sem jeito, mas ele insistiu:

- Senta cara.

- Não vou atrapalhar? – perguntei apontando o outro copo.

- Nada – respondeu. É meu primo que chegou de Sorocaba que tai comigo.

- Ahhh – resmunguei.

- Já eu te apresento ele – falou. Assim que ele voltar do banheiro.

Senti-me um tanto estranho ali, já que não tinha tanta intimidade com ele. Não no sentido de papo. Mas, entre um papo e outro, acabamos nos entrosando e nos atualizando sobre nossas vidas.

Entre outras coisas, adorava seu timbre de voz. Era grosso, mas não exageradamente. E seu jeito de falar, cheio de gírias, também me agradava.

...

Seu primo não tardou a chegar. Surgiu do nada, assim que o garçom terminou de anotar meu pedido.

- Esse é o Marcel – falou apontando para o rapaz, que era um “puta” de um primo.

Moreno claro, cabelos curtos e voz um tanto rouca, tinha cerca de 1.86m. Daí o motivo do “puta”. Vestia uma camiseta larga num tom bege, mas que se tornava um tanto justa sobre os ombros e peito largos. Era um belo rapaz.

Após o breve aperto de mãos, ele tornou a se sentar em seu lugar junto a nós. E o papo correu solto.

...

Passada meia hora, desde que eu sentara ali, e senti o breve ar gelado que agora circulava.

- Ta esfriando! – falei enquanto cruzava os braços. Minha garganta reclamava, a cada vez que eu engolia. – Preciso ir embora.

- Já? – perguntou Binho. – Se esperar mais um pouco a gente te leva.

Marcel balançou a cabeça em sinal positivo, enquanto colocava o copo de volta a mesa. Era espantoso a rapidez com que eles bebiam.

- Mas minha casa é aqui pertinho – retruquei.

- Eu sei muito bem onde é sua casa. – falou Binho, com um sorriso nos lábios e voz um tanto arrastada.

Sorri de volta.

- Fica mais um pouco – dessa vez foi o Marcel quem se manifestou, causando me um certo espanto – o papo está bom. Assenti.

...

A circulação dos copos sobre a mesa, com exceção do meu, era rápida. As vozes subiram de tom, e seus reflexos tornaram-se um tanto mais lentos. Fiquei receoso.

- Vou até o banheiro – falei enquanto me levantava – e depois embora.

- Nós também já vamos – falou Marcel.

- Já volto – conclui enquanto me encaminhava ao fundo da lanchonete.

Já fazia mais de uma hora que estávamos ali.

...

Os banheiros, masculino e feminino, ficavam no fundo da lanchonete, à esquerda. Uma pequena placa sobre a porta de madeira os diferenciava. Visto de fora não parecia ter tanto espaço. Logo na entrada, havia uma pia de mármore branco, com duas torneiras. Sobre ela um grande espelho. O piso, num tom pastel, era o mesmo de toda a lanchonete. Mais adiante um pequeno mictório de alumínio escovado, muito limpo, e dois reservados. Devido a um pequeno circulador de ar posto na parede, apresentava um cheiro agradável. Estava preste a sair, mãos sendo lavadas, quando a porta se abriu e pelo reflexo do espelho o vi entrar.

- E ai meninão, aprontando muito?

Devolvendo o sorriso, respondi:

- Que nada, estou no maior sossego.

Ele caminhou até a frente do mictório e num gesto apressado abriu o velcro da bermuda e tirou o pau pra fora. Enquanto liberava o excesso de chopp, fechou os olhos fechados e entrelaçou as mãos na nuca.

- Ahhhhhh, que delícia que é mijar. – gemeu.

Parado por um instante, torneira ainda aberta fiquei a observá-lo. Era impossível vê-lo ali, com os bíceps e o instrumento, que apesar de “adormecido já espantava pelo tamanho, a mostra e não admirá-lo. O líquido amarelado, saia num jato forte.

De repente ele abriu os olhos e voltou-se para minha direção. Sem jeito, voltei ligeiro meu olhar para o espelho.

- Tava matando as saudades? – perguntou ele, enquanto chacoalhava o pau.

Neguei sem graça, falando que estava pensando.

- Pensando nele? – disse enquanto caminhava rumo a pia e apertava o volume na bermuda, agora fechada.

Apesar de já conhecer o “material” fiquei ainda mais sem jeito. Ele então veio atrás de mim e nossos olhos tornaram a se cruzar pelo reflexo do espelho.

Permaneci parado e após me dar uma boa analisada ele aproveitou para chegar mais perto. Senti-me aquecer, poderia entrar alguém ali. Ele então, estendeu as mãos sobre minha bunda e a acariciou rapidamente. O barulho da água que saia da torneira tornara-se imperceptível. Ele agora me enconchava, e sua boca estava rente a meu ouvido.

- Você está com um puta rabão, hein! – sussurrou.

Adrenalina a mil, coração quase saindo pela boca, senti-me latejar.

- Pode entrar alguém - falei enquanto tentava fugir do seu sarro.

Ele não se importou, pelo contrário, passou seus braços por sobre meu peito e me trouxe ainda pra mais perto de si. Também estava excitado. Enquanto pressionava meu corpo contra o seu, propôs:

- O que você acha de curtir mais esse meu brinquedinho, hein?

Pensei que fosse desfalecer ali. Não respondi. Ele então me liberou, e colocando as mãos sobre a água que ainda escorria, as lavou. Senti-me atordoado.

Jogou no lixo os papeis toalha que usou. E caminhou rumo a porta. Antes de sair ainda perguntou:

- Vamos ou não vamos, treinar esse seu rabão?

- E seu primo? – devolvi

- O que você vai falar pra ele?

Nesse instante um solavanco abriu a porta. Era um dos garçons do lugar. Simpático, nos cumprimentou antes de se fechar no reservado ao fundo. Binho não respondeu minha pergunta. Deu me um tapa na bunda e disse que estava indo embora. Caminhou porta afora. Fui atrás.

Do lado de fora, enquanto Binho caminhava rumo a porta, Marcel, de pé na fila do caixa, tirava a carteira do bolso. Dei uma última olhada na direção de Binho, ele havia parado, ombro na soleira da porta a esperar, e caminhei na direção oposta, indo ao encontro do Marcel. Tinha que pagar por meu suco.

- Depois você me paga – falou ele, de modo decidido, assim que cheguei a seu lado.

- Tudo bem – respondi.

A moça a sua frente saiu. Era sua vez.

- Já estou indo também – respondeu ele, assim que eu disse que o esperaria junto de seu primo na porta.

...

O ar estava ainda mais gelado, e o choque das temperaturas (meu corpo ainda queimava), fez com que os pêlos de meus braços se levantassem. A pontada de dor na garganta foi um pouco maior agora.

- Binho! – chamei-o assim que parei a seu lado.

- Fala menino – disse de modo um tanto arrastado, enquanto seus olhos de bicho arisco se voltavam em minha direção.

- Sobre o que aconteceu no banheiro... - continuei.

- O que tem? – perguntou ele me cortando.

- Bem – falei – que desculpas você vai dar a seu primo?

- Pra? – perguntou, enquanto erguia as sobrancelhas e fazia um gesto de questionamento com ambas as mãos.

- Pra gente poder brincar – disse eu, com ar de sarcasmo, um tanto impacienteNenhuma – respondeu ele, concluindo o papo – Ele vai junto.

Continua...

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Comentários

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pow a pior coisa que tem é filme com parte 1,2,...... o conto ficaria muito mais interessante se houvesse um desfecho legal vai por mim. ninguem gosta de ler contos que estejam rotulados com continuação pois torna-se abusivo.não achei legal

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Conta logo,mas por favor não exagera. Tá indo bem

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