O conto

Um conto erótico de Emerson
Categoria: Heterossexual
Contém 1368 palavras
Data: 19/02/2006 17:47:41
Assuntos: Heterossexual

Eu conheci a Fernanda quando eu estava no auge dos meus quinze anos, cursava o primeiro ano do ensino médio e estava despertando a sexualidade. Sei que hoje em dia, aos quinze anos, muitos já tiveram sua primeira vez, mas naquela época, era normal que os homens tivessem sua primeira experiência sexual mais tarde e com garotas de programa. Eu sempre sonhei com uma garota com a qual eu me identificasse e com a qual eu pudesse ter uma relação prazerosa e satisfatória. Ainda consigo recordar do primeiro dia que a vi, logo o primeiro impacto mexeu muito comigo. Fernanda beirava a perfeição, nada se comparava à sua beleza. Seus cabelos ondulados e negros que voavam quando ela caminhava era o que mais me chamava a atenção. O tempo inteiro eu a olhava na esperança de que ela retribuísse os meus olhares, mas o tempo passava e nada acontecia. Certa vez, durante um sorteio para saber as duplas que seriam formadas para a elaboração de um trabalho, tive a sorte de sortear o nome Fernanda. Mal pude acreditar, não podia ser. Olhei mais de quinhentas vezes para o bilhete a fim de constatar que eu não estava sonhando, ao saber que seríamos uma dupla, ela sorriu para mim, não houve céu que contentasse a minha felicidade. Aquele dia, nem quis saber de pegar o ônibus, fui correndo para casa tamanha era a excitação. Entrei em meu quarto e coloquei para tocar uma música romântica, idealizei um momento em que eu e ela estivéssemos a sós. Imaginei Fernanda na minha frente e dancei com ela, pelo menos nos sonhos eu a tinha perto de mim.

Chegou o dia em que eu teria que ir a casa dela para o tal trabalho. Passei a manhã inteira me arrumando, gastei quase um vidro inteiro de perfume e usei as minhas melhores roupas, até a cueca que usei nesse dia era nova. Quando toquei a campainha da casa de Fernanda a primeira vez, minhas mãos pareciam blocos de gelo e as pernas tremiam. Ela mesma abriu a porta e ao me ver deu um sorriso, Fernanda tinha um ar angelical que cativava quem a visse. É claro que seus atributos físicos não ficavam de lado. Não eram poucas às vezes em que eu imaginava como eram seus seios, eu ficava excitado durante as aulas só de imaginar minhas mãos encostando neles. Fernanda me convidou para subir até seu quarto onde poderíamos ficar mais à vontade para discutir sobre o trabalho. Eu fiquei quase imóvel só de imaginar que entraria em seu quarto, o local onde estão todos os seus segredos. A tarde estava quente e Fernanda usava uma camiseta e um short curto que deixava suas pernas torneadas à mostra. Não era à toa que a maior parte da ala masculina do colégio arregalava os olhos quando ela passava. Ao entrarmos no quarto, colocamos todas as coisas que precisaríamos para o trabalho no chão. Começamos o trabalho, a muito custo eu tentava me concentrar. Estávamos quase terminando quando ouvimos um barulho de uma porta batendo. Fernanda pediu que eu esperasse ali mesmo que ela iria resolver e já voltava. Fernanda desceu e eu pude ouvir uma discussão, provavelmente era o seu padrasto chegando bêbado. Alguns minutos depois Fernanda voltou aos prantos. Abracei-a, sem segundas intenções a fim de abrandar seu sofrimento e me ofereci para ouvi-la caso ela quisesse desabafar. Com os olhos marejados, Fernanda contou que seu padrasto abusava dela todas as vezes que chegava bêbado. Não podia acreditar, Fernanda era intocável para mim e eu não podia aceitar que um canalha fizesse uma coisa dessas.

Não havia mais clima para continuar o trabalho e eu segui para casa pensando no problema de Fernanda e em como poderia ajudá-la. No dia seguinte, lá no colégio, Fernanda passou o dia inteiro ao meu lado, tínhamos nos tornado amigos depois das confidências trocadas. Era inacreditável, apesar de eu jamais imaginar que a garota que eu sempre amei ao menos falaria comigo, ela estava ao meu lado agradecida. E assim foi durante vários dias, passamos a ser importantes na vida um do outro. Dividíamos o lanche, contávamos piadas, sempre fazíamos os trabalhos juntos. Um dia, quando estávamos na casa dela, Fernanda se aproximou de mim e acariciou o meu rosto com muito carinho, senti um calafrio subir a espinha, mesmo com a aproximação, eu ainda não tinha tido coragem de confessar a minha paixão. Mas algo inesperado aconteceu, ela confessou-se apaixonada por mim desde o primeiro dia que me viu. Eu a ouvia, mas a ficha ainda não tinha caído. Ela falou que me amava, mas nunca teve coragem de chegar perto de mim, falou que se sentia suja por causa do que o seu padrasto a obrigava a fazer e me pediu um beijo. Aproveitei e contei o que sempre senti por ela. Nos beijamos apaixonadamente. Foi o meu primeiro beijo sério, a primeira vez que senti o coração bater forte, a primeira vez que senti a mão suar frio. Estávamos unidos pelo mesmo sentimento sem nos preocupar o que poderia acontecer mais tarde. Só queríamos viver o momento. Um pedido dela me deixou sem ação: “Quero ser sua”.

Sim, eu ia ser dela e ela ia ser minha. Nos amávamos e não tínhamos por que esconder isso de nós mesmo. Tudo foi preparado, a cama, uma música romântica ao fundo, a mesma música que me imaginei dançando com ela. Sorríamos meio envergonhados um com o outro, mas estávamos a fim de uma transa para selar o que estávamos sentindo. Fernanda desabotoou minha camisa e passou a mão pelo meu peito. Nos abraçamos e nos beijamos. Um fogo tomou conta de nossos corpos, a música tocava e agíamos como se estivéssemos fazendo uma coreografia. Deitei-a carinhosamente sobre a cama e fiquei por cima. Enquanto a beijava, passava a mão pelo seu corpo. Era uma mistura louca de amor e paixão. Fernanda abriu o zíper da minha calça e pôs meu pênis pra fora. Ela começou a fazer uma massagem que me deixava maluco de tesão. Subi o seu vestido e massageei sua vagina que começava a ficar molhada de prazer. Tudo foi feito com amor, em meio a palavras de carinho e declarações mútuas de amor. Quando a despi, vi seus seios, eram perfeitos, chupei os mamilos como se estivesse mamando, pela sua expressão ela estava gostando. Comecei a penetrá-la. Era a minha primeira vez e praticamente a dela já que até então só havia sido forçada pelo padrasto. Unimos nossos corpos através do sexo. Cada beijo, cada afago tinha a sua importância. A partir desse dia, tornamo-nos um só. Não havia mais segredos entre nós. Depois que descobriu o amor, Fernanda brigava feio com o padrasto e ele cessou os ataques à enteada... Pelo menos por um tempo.

Eu andava na direção da casa de Fernanda feliz e pronto para encontrá-la para uma noite especial, ao chegar, me deparei com a porta aberta e entrei apesar de ter estranhado. Subi a escada até seu quarto e alguma coisa me dizia que algo terrível tinha acontecido, era como se a própria Fernanda estivesse falando para mim. Entrei no quarto e fiquei em choque. O padrasto estava bêbado em um canto do quarto e Fernanda estava esticada em sua cama, completamente nua e ensangüentada. O padrasto a havia matado. Meus olhos se encheram de lágrima e o meu coração de ódio ao olhar para aquele monstro. Em cima do criado mudo de Fernanda vi uma tesoura, não pensei duas vezes, meus instintos animais falaram mais alto nessa hora. Peguei a tesoura e desferi seis golpes naquele homem. A vizinhança escutou os gritos e chamou a polícia. Hoje estou preso por tentar fazer justiça com as próprias mãos. Mas o maior castigo não é a cadeia, é a ausência de Fernanda. Já tentei inúmeras vezes o suicídio para tentar encontrá-la em outra vida, mas sempre fui impedido. Ainda faltam alguns anos até que eu saia da prisão, mas até o último dia de minha vida, eu vou lembrar de Fernanda como a mulher que despertou o amor em mim e eu sei que um dia, em algum lugar, a gente vai se encontrar...


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