Sugar Daddy de Minha Filha - Pai ausente, o motivo de Greta querer ser uma Sugar Baby – Cap 1

Um conto erótico de ErikS
Categoria: Heterossexual
Contém 7416 palavras
Data: 07/05/2024 08:01:53
Última revisão: 11/05/2024 11:05:56

DEFINIÇÃO DE SUGAR DADDY – Homens de alto poder aquisitivo que patrocinam jovem bonitas e interessantes em troca de companhia, bons momentos e sexo sem complicações quando as duas partes estiverem de acordo.

DEFINIÇÃO DE SUGAR BABY – Jovens e belas mulheres que em troca de patrocínio para realizar seus sonhos de estudo, viagens, consumo e outros fazem companhia ou atendem outras necessidades de seus Daddys.

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Essa é uma daquelas histórias em que o leitor ficará em dúvida se é verdadeira ou não. Mesmo sendo uma história verídica com coincidências que só parecem acontecer em novelas, não estou aqui para tentar convencer ninguém. Só quero contar minha história para compartilha-la e ela só poderia ser contada em um site como esse.

Nunca fui de ler contos eróticos, porém antes de escrever fiz uma varredura nos contos de incesto para me inspirar e digo inspirar na forma de contar e de escrever, pois a história é a minha história.

Nas leituras dos contos os quais me inspirei não foi algo que me agradou a descrição completa dos personagens pois em alguns casos parece que eram tratados como produtos, porém por outro lado sei que muitos leitores gostam de conhecer esses detalhes para poderem entrar mais profundamente na história. Então vamos a essa desconfortável descrição. Minha filha se chama Greta que significa pérola em sueco. Sim, somos descendentes de suecos imigrados para o Brasil há 3 gerações. E diferente dos estereótipos suecos, Greta não é alta. Ela tem 1,62 metros e é do tipo mignon. Seu corpo é todo cheio de curvas, seu bumbum é empinado e redondo e suas ancas largas com a cintura fininha parecendo uma pera. Seus seios são em forma de gotas e pequenos, mas lindos quando estão em um biquini. Sua barriga lisa e suas pernas torneadas. Bom esse é seu corpo nada como as suecas são imaginadas. Agora seu rosto, este sim, lembra bem uma sueca. Carinha redonda, bochecha saliente, olhos verdes, boca carnuda e cabelos lisos bem loiros. Ela é a mistura dos suecos de minha parte com os italianos da parte de sua mãe.

Complementando tudo isso, Greta sempre foi carinhosa, gentil, companheira e boa filha. Tudo parece perfeito demais para ser verdade, não é mesmo? Mas mulheres assim existem, não existem? E sou um privilegiado por ter uma filha assim, porém teria sido melhor que Greta não fosse tudo isso, pois essa sua beleza foi o que provocou tudo o que aconteceu.

Eu e sua mãe Carina, casamos muito jovens não porque ela estivesse grávida, mas porque ambos queríamos deixar nossas casas onde não éramos bem tratados por nossos pais à exceção de minha mãe. Nos conhecemos no primeiro ano da Faculdade noturna, pois ambos já trabalhávamos e nos casamos após 1 ano de namoro e por um total descuido nosso ela engravidou quando tínhamos ainda 19 anos e tivemos Greta quando estávamos com 20 anos. E só foi cuidar dela porque minha mãe nos ajudou muito ficando com Greta o dia todo até que conseguimos terminar a Faculdade após 2 anos de nossa filha nascer.

Assim que terminamos nossos cursos conseguimos promoções em nossos empregos e começamos a ter uma vida simples, mas não nos faltava nada.

Nos primeiros anos Greta frequentou uma creche, depois uma escolinha e mais tarde as escolas normais. Normalmente no período da manhã e antes de ir ao trabalho a arrumava e a levava para a escola e depois Carina ia busca-la e a deixava na avó para voltar ao trabalho no período da tarde.

Éramos um casal feliz e apaixonado com uma filha linda e tudo ia bem até que Carina inexplicavelmente pediu o divórcio dizendo que havia recebido uma proposta irrecusável para trabalhar na Alemanha e se foi sem ao menos dizer que queria discutir a guarda de Greta a abandonando comigo.

Muitos podem imaginar que havia um homem por trás de sua decisão, mas Carina sempre foi uma mulher forte que enfrentaria um separação por um novo amor. No entanto, tinha quase certeza que foi por uma mulher que ela tomou essa atitude. Por algumas de nossas conversas, sentia que ela podia ser bissexual, mas nunca foi explicita.

Deixar sua filha apesar de ama-la parecia mais um sacrifício para que Greta não sofresse preconceitos de conhecidos por ter a mãe vivendo com outra mulher, do que por querer se afastar da filha. Bem, foi nisso que acreditei diante de sua atitude inexplicável.

Fosse o motivo que fosse, Greta jamais a perdoou por abandona-la e mesmo com tentativas de contato de sua mãe ela se recusava a falar com ela. No início foi difícil para ela e para mim, mas preocupada comigo começou a me ajudar a cuidar de casa tomando o lugar de sua mãe, mesmo sendo tão jovem e ela gostava de fazer esse papel.

Eu também gostava, mas a vendo sobrecarregada com a escola e cuidar da casa que não era sua obrigação, me fez pensar que casar novamente a livraria dessas obrigações dando mais liberdade para viver sua juventude. Então comecei a procurar alguém que aceitasse um pai com uma filha pré-adolescente.

Greta nunca disse que não concordaria que me casasse novamente, só que na ânsia de fazer o melhor para ela não percebi a sutileza de sua contrariedade velada e após 2 anos e meio de sua mãe nos deixar, me casava com Marcela que tinha a mesma idade do que eu.

Ela era gentil, mas firme em suas decisões e mesmo fazendo as cobranças que qualquer mãe faria, Greta não aceitou e aquilo que era para a deixar livre para ser feliz, se transformou em um grande problema com atritos entre as duas.

Por Greta estar mais rebelde e dificultando as coisas, Marcela tinha razão na maioria das vezes que chamava sua atenção e por ficar a seu lado em suas decisões, minha filha foi se afastando de mim. Infelizmente já não era um pai próximo, mesmo antes quando sua mãe estava conosco.

Sempre a amei mais do que tudo, mas sou daquelas pessoas reservadas que não demonstra muito os sentimentos pela frieza do sangue sueco e talvez ela pensasse que não a amava mais pois amava Marcela. Tenho que ser honesto em dizer que nunca amei minha segunda esposa, mas gostava dela e era uma companhia agradável além de ser inteligente, muito bonita e estava tentando ser uma boa mãe.

Nossos horários de trabalho não eram compatíveis pois enquanto eu trabalhava das 8 às 18 hs. no escritório de minha própria Empresa, Marcela como Enfermeira formada e chefe das enfermeiras noturnas de seu hospital trabalhava das 20 hs. às 6 hs. da manhã, tendo um descanso durante o período no próprio hospital.

Quando chegou à puberdade, o corpo Greta começou a tomar forma e começaram a aparecer os primeiros sinais de como ficaria como a descrevi, chamando minha atenção. Não com conotação sexual, mas de admiração por minha filha estar se transformando em uma linda mulher. Conforme o tempo ia passando ficava ainda mais linda e atraente e um dia a vendo com uma lingerie nova que nunca tinha visto, menos infantil que as anteriores, não consegui me controlar e me excitei com aquela visão.

Com o trabalho noturno de Marcela, após as 19 hs. ficávamos somente eu e ela em casa e a noite para assistir suas séries ela sempre ficava confortável. Sabendo que não estava sendo um pai presente, fazia companhia a ela nesses momentos tentando me aproximar, mas por estar assistindo interessada, pouco conversarmos a não ser comentários sobre o que estávamos assistindo.

Desde que éramos só eu e ela, Greta tinha o costume de usar calcinha tipo shortinho muito comportadas e uma camisetinha não me chamando atenção, porém há algum tempo tinha mudado e começou a usar essas mais adolescentes e algo despertou em mim e me aterrorizou pois deixei de apenas me excitar com a visão de seu corpo para começar a desejar minha filha.

Tendo a consciência que era errado, me culpava todas as vezes que acontecia mesmo tendo a absoluta certeza que jamais tomaria qualquer atitude nesse sentido. Jamais. Tentava não me afastar ainda mais dela, mas a consciência pesada infelizmente me levava a ficar mais distante.

Com seu pai não sendo próximo e tendo constante atritos com Marcela o tempo foi passando e quando completou 19 anos Greta começou a frequentar a Faculdade e estava toda feliz com seu curso de Arquitetura e logo arrumou amigas.

Apesar dos atritos com Marcela por sua rebeldia e da distância de seu pai, Greta era um garota tranquila e reservada e nunca nos deu grandes problemas além daqueles normais de adolescente. E mesmo nessa área ela era muito tranquila pois não saía muito e não tinha namorados o que até me preocupou um pouco, achando que talvez pudesse ter puxado sua mãe e gostar de garotas. Nessa época já tinha confirmado minhas desconfianças sobre Carina ser bissexual. Não fiquei preocupado por ela ser gay, pois a mim não me incomodava em nada, mas mesmo com avanços ela teria que enfrentar preconceitos e como pai a queria proteger de todos os males do mundo.

Como acontece com amigos, teve uma amiga a quem ela se afeiçoou mais que se chama Leila que é muito linda. Não fazia meu tipo pois tem um corpo sarado e meu tipo sempre foram as mais femininas e daí meu problema com Greta que era toda pequena e bem feminina. Mas a garota chamava a atenção onde ia, pois reparava quando ela saía conosco. Não sei o porquê não me simpatizei com ela, mas parecia que era só má vontade minha. Até que uma noite percebi que tinha razão.

Raramente me levanto para tomar água depois que vou para meu quarto. Sempre dou boa noite para Greta na sala ou passo pelo quarto dela para dar boa noite e depois ela não me vê mais. A partir desse momento a casa é só dela e muitas vezes a ouvia falando no telefone ou vendo filmes, mas sempre de longe sem distinguir esses sons.

Uma noite havíamos jantado uma pizza com uma muçarela muito salgada e após ir para meu quarto às 22 hs, quando deu lá pela meia-noite acordei com uma sede danada. A boca estava seca e me deu vontade de tomar uma água gelada e fui para a cozinha. Antes da cozinha tem o quarto de Greta e ao passar por ele a porta estava levemente aberta.

Era assim que dormia pois tinha medo de trancar e sendo filha única nunca entramos em seu quarto sem perguntar se poderíamos entrar o que a deixava despreocupada com a porta. Principalmente àquela hora em que ela sabia que eu já estaria recolhido em meu quarto. E foi aí que aconteceu uma daquelas coincidências estranhas que comentei no início.

Ao chegar mais próximo da porta escutei Greta conversando baixinho por vídeo com alguém que identifiquei logo pela voz que era Leila. Jamais ouvi minha filha por detrás da porta antes daquela noite, mas algo que ouvi antes de continuar para a cozinha que só meu subconsciente captou e decifrou, pois não me lembro o que era, me fez parar.

Para que se entenda a situação preciso comentar que apesar de termos condições financeiras, tentávamos evitar que Greta se tornasse uma garota consumista querendo sempre ter roupas de marcas famosas e eletrônicos dos últimos modelos, o que por princípio acreditamos ser o dever de todos os pais. Mesmo assim fazíamos o possível para dar tudo o que ela precisava e tínhamos conseguido evitar até ela ter entrado na Faculdade.

Estudando com patricinhas que tinham tudo desde o celular mais moderno até a bolsa de marca mais cara, Greta como uma garota ciente de nossos princípios não pedia essas coisas para nós, mas passou a se lamentar sutilmente por não as ter como as amigas. Foi aí que a amizade com Leila não foi nada boa, pois ela ostentava todas essas coisas que Greta não tinha.

Percebíamos que Greta se esforçava para não entrar nessa de consumista, mas Leila vivia insistindo e forçando a barra com ela dizendo que uma Arquiteta deveria estar sempre muito bem vestida e ser elegante para ter sucesso em uma cidade grande como a que vivemos. Só ficamos sabendo dessa insistência porque foi Greta quem nos contou.

Ao lado de sua porta levemente aberta, no escuro do corredor parei em absoluto silencio.

– Greta, você sabe que não tenho dinheiro como aquelas patricinhas da Faculdade, né amiga?

– Mas se você não tem, então como tem todas essas roupas e bolsas? Sei que não são falsas.

– Claro que não são falsas. São todas 100% verdadeiras. Se você quiser te conto como faço, mas é um segredo mortal. Você nunca vai poder contar para ninguém. Você jura que não conta?

Curiosa Greta não se conteve.

– Quero saber sim. E você sabe que nunca contaria a ninguém.

– Então tá. Vou contar. Você promete não me julgar e nem deixar de ser minha amiga?

– Prometo. Conta logo que fiquei curiosa.

– Então amiga. Você conhece os termos Sugar Daddy e Sugar Baby?

– Já ouvi falar sim. Não me diga.....

– Sim Greta. Sou uma Sugar Baby e tenho um patrocinador e é com o dinheiro que ele me dá que compro tudo isso.

– Puta que pariu Leila. Você transa com um velho para ter tudo isso? Que nojo.

Nesse momento pensei que Greta iria interromper aquela conversa e se não parasse de falar com Leila, pelo menos mudaria de assunto, mas não foi isso que aconteceu, pois, sua curiosidade foi superior a tudo.

– Nem pensar transar com um velho amiga. O meu Sugar Daddy tem só 45 anos e é bonito. Se ele me xavecasse na rua iria com ele para qualquer lugar sem que me pagasse nada pois é gostoso demais. Você sabe que gosto de homens e não garotinhos.

– Eu também gosto de homens mais velhos Leila. Você sabe disso. Não consigo me interessar por esses jovens imaturos, mas por dinheiro?

Não fazia ideia dessa preferência de Greta e em minhas fantasias secretas com ela, além de ser seu pai, também sentia esse empecilho pois nunca imaginei que sendo tão jovem e linda, faria sexo com um homem com o dobro de sua idade.

– E que mal há nisso? Se fosse só pelo dinheiro sem gostar também não conseguiria, mas fui eu quem o escolheu de acordo com minhas preferências e ele é educado, gentil e tem uma pegada deliciosa. Então porque não unir o útil ao agradável? E hoje quero estar mais com ele pelo sexo do que pelo dinheiro.

– Você que escolheu? Como?

Parecia ser apenas curiosidade de Greta, mas essa pergunta me incomodou e já tremia de nervoso naquele corredor escuro e nem sede sentia mais.

– Existem muitos sites de encontros com as descrições e tanto um como o outro precisam se escolher. Cada um coloca tudo que gosta e como é. Parece o Tinder, mas a finalidade não é arrumar um relacionamento, e sim um “patrocinador”.

– E ganha muito? Só por curiosidade.

Leila deu um sorriso alto do outro lado percebendo a curiosidade de Greta.

– Claro, senão como compraria todas essas coisas lindas e caríssimas, mas depende muito de quão rico é o homem e quão bonita e interessante é a mulher.

– Então você ganha alto porque é um mulherão.

– Aí que você se engana. A maioria dos homens procuram mulheres bem femininas, tipo menininha como você. Muitos deles tem a fantasia com mulheres bem jovens que se passem por filhas e com certeza você ganharia até mais do que eu, falou gargalhando.

Então percebi nervoso na voz de Greta entrando em um campo minado.

– Eu nem poderia Leila. Você sabe que sou virgem ainda.

Pelo menos essa fala de Greta me aliviou a alma. Primeiro por saber que ainda era virgem, não por machismo ou ciúme, mas por perceber que era responsável. E também por não cair naquele canto da sereia que Leila fazia com ela. Só que piorou.

– Aí que você se engana. Você ganharia uma fortuna sendo virgem. Vejo lá alguns homens oferecendo muito para ter uma Sugar Baby jovem e virgem e ser o primeiro delas.

Aquela fala de Leila perturbou a mim e também a Greta que ficou um bom tempo pensativa me deixando cada vez mais preocupado.

– E como você justifica para seus pais todas essas coisas que você compra?

– Digo que arrumei pequenos trabalhos como modelo em eventos e eles acreditam. E também digo que minhas coisas são falsas e como eles não dão bola para esse negócio de moda, nem imaginam. Até consegui fazer uma poupança sem eles saberem.

– E como vocês se encontram?

– Ele alugou um flat onde nos encontramos. Muitas coisas minhas deixo lá mesmo. É como se fosse meu apartamento e só não moro lá para meus pais não desconfiarem.

Nesse momento, com as perguntas mais praticas que Greta começou a fazer, realmente fiquei preocupado e Leila percebeu que poderia avançar com ela.

– Você não quer tentar amiga? Abre um perfil. Eu te ajudo.

– Meu Deus Leila. Nunca pensei nisso. Nem sei se conseguiria. E meu pai?

– Você já tem 19 anos e faz o que quer. E seu pai não vai descobrir se você for cuidadosa e te ajudo no que precisar. E tem mais, não é porque você abriu um perfil que terá que aceitar sair com alguém. Você pode simplesmente recusar todos e depois fechar a conta. Só vai ter que pagar uma mensalidade, mas te ajudo. Depois você me paga.

A partir daquele momento, deixei de não me simpatizar com Leila e passei a odiá-la. Aquela prostituta estava tentando levar minha filha para o mal caminho, talvez para não se sentir a única fazendo aquilo.

– Não sei Leila. Até poderia fazer o perfil para ver, mas só aceitaria se encontrasse lá um homem que sentisse que seria o homem de minha vida. E não para comprar coisas, mas para ter dinheiro para pagar um aluguel e poder sair de casa. Estou cansada de discutir com minha madrasta e meu pai não dá a mínima para mim desde que casou com ela.

Aquela sua afirmação me destruiu. Minha filha estava analisando a hipótese de se prostituir, sim se prostituir mesmo com um nome diferente, só porque não dava atenção a ela. Se pudesse teria entrado em seu quarto naquele momento e pedido perdão, mas o fato de estar escutando sua conversa privada poderia colocar tudo a perder.

– Cada um gasta seu dinheiro como quer, continuou Leila.

– Além do que acho que não vou encontrar o perfil que desejo porque todos são casados.

– Não é bem assim. A maioria são casados sim, mas têm aqueles divorciados que não querem casar tão cedo e querem uma companhia que ficará só com ele sem riscos de doenças. E também têm alguns solteiros que ainda não encontraram alguém para casar. São esses que na maioria procuram uma mulher virgem porque se gostarem dela, até podem querer casar sabendo que foram os primeiros.

– Sei lá Leila. Até aceitaria fazer um perfil sem compromisso, mas é tão complicado. E nunca usaria meu nome verdadeiro.

– Claro que não. Eu também não uso. Até hoje meu Sugar Daddy não sabe meu nome verdadeiro e nem eu o dele. Por isso me dá em dinheiro meu patrocínio. Se você quiser faço junto com você um perfil. Só vamos precisar de umas fotos suas de biquini, em princípio, sem o rosto. E todas informações suas e aquelas que você pretende em um homem. Vamos fazer e se não gostar ou não quiser você apaga.

– Vou pensar. Se não tiver risco talvez eu faça. Vamos conversando por mensagem ou lá na Facu. Agora é tarde e preciso dormir.

– Ok amiga. Faça só se você quiser. Não quero te pressionar. Só te contei tudo porque você quis saber. E não conta para ninguém.

– Claro que não. Só me diz o nome do site que você está para que possa conhecer.

– O nome é...., mas meu perfil não está visível pois estou comprometida com meu patrocinador, de todo modo dá para você ter uma ideia.

– Está bem Leila. Obrigada. Boa noite. Bjos.

– Bjos amiga.

Assim que desligaram voltei em silencio para meu quarto. Tive que tomar água na torneira do banheiro e fui me deitar, mas seria impossível dormir com tanta preocupação na cabeça. Comecei com o inconformismo por minha filha ter chego àquele ponto da conversa com Leila. No início parecia ser só curiosidade por sua amiga, mas no fim se mostrou interessada pelas perguntas que tinha feito. Mesmo se não tivesse coragem, de algum modo se interessou. O pior de tudo foi saber que se ela fizesse aquilo, eu seria o maior dos culpados.

Não contaria nada a Marcela mesmo não havendo segredos entre nós e talvez Greta não fosse adiante. Também pensei em proibir que ela continuasse ser amiga de Leila, mas como faria para justificar essa atitude? E só poderia acelerar seu desejo de sair de casa dando ainda mais motivos. Além de tudo, já tinha 19 anos e tinha direito de ser amiga de quem fosse e nunca me intrometia em suas decisões pois poderia induzi-la a um erro que ela me culparia por toda a vida.

Aqui começa uma página negra em minha biografia porque sempre defendi as liberdades e a privacidade, mas pela gravidade do problema decidi com peso na consciência que iria monitora-la e se visse que iria acontecer, tentaria fazer algo para que mudasse de ideia. Qual pai na mesma situação não teria feito algo parecido?

O que mais temia era que o homem que ela escolhesse a levasse pelo caminho das drogas, tráfico de mulheres e outras coisas pesadas. Então, para mim aquela invasão era justificada.

Com a ajuda de um TI que conhecia comecei a espionar Greta. Consegui rebater seu WhatsApp em meu computador pegando seu telefone enquanto ela estava no banho, mas precisei instalar um aplicativo que impedia que o mensageiro desse como mensagens lidas as mensagens que eu lesse antes de Greta. E como não conseguiria gravar as conversas em vídeo em seu celular, decidi gravar o som de seu quarto. Colocar uma câmera seria demais e me sentiria um lixo pôr a ver nua naquela situação extrema, então coloquei somente uma escuta.

Sempre que olhava para Greta em vestimentas menores e lingeries não acreditava que teria coragem de levar adiante aquela loucura. Ela era uma garota linda, inteligente e gostosa e não precisaria de nada disso para ter o homem que quisesse. E desgraçadamente me imaginava sendo seu Sugar Daddy que realizaria todos os desejos daquela garota para que fosse completamente minha o que me deixava ainda mais preocupado. Se eu, seu pai, a desejava dessa forma, muito homens pensariam o mesmo que eu e não mediriam esforços para tê-la como sua Sugar Baby. Enfim estava vivendo meus piores pesadelos como pai.

Não demorou muito para o inimaginável acontecer. Em uma das mensagens trocadas com Leila, Greta disse que faria o perfil, mas de início somente por curiosidade. E se achasse aquele homem em um milhão que procurava, então talvez aceitasse. Ler aquela mensagem me deu um mal estar instantâneo e precisei correr ao banheiro e vomitar.

Não consegui entender onde havíamos errado com Greta. Muitas garotas não tem o pai próximo e nem por isso se prostituem e o mais terrível era que ela parecia estar se forçando fazer aquilo. E se estava qual era o real motivo? Seria o fato de eu não ser sido tão carinhoso e tão próximo?

Greta disse para Leila na conversa que ouvi atrás da porta que preferia os homens mais velhos e talvez tivesse essa preferência pela falta de um pai mais próximo podendo estar buscando em outro homem mais velho o carinho e amor de pai que eu não demonstrava.

Imaginando que esse fosse o motivo, ao invés de tentar consertar comecei a me distanciar ainda mais dela entre decepcionado e com um gigantesco sentimento de culpa.

Acompanhando suas mensagens e os áudios de suas conversas em seu quarto, fiquei sabendo quando elas fizeram o perfil, quando publicaram e em qual site publicaram. Pelo que ouvi não seria nada barato, mas Leila iria patrocinar Greta por um tempo.

Assim que fiquei sabendo, criei um perfil falso para poder a acompanhar, isso se ela me aceitasse, mas tinha um trunfo na mão. Mesmo não sendo próximo Greta é minha filha e ninguém a conhecia como eu. Seus sonhos, seus desejos e seus projetos de vida e principalmente suas carências paternas descobertas recentemente.

Coloquei em meu perfil, muitas qualidades que no passado ela disse gostar em mim como pai. Coisas que eu gostava que sabia que ela também gostava e desejos meus que eram desejos que ela tinha como conhecer o Japão, por exemplo. Sobre minha aparência pude ser sincero pois sabia que ela gostava de homens loiros e de olhos claros como eu e por fim minha idade real, 39 anos. O que não podia revelar, omiti para não mentir, com exceção de dizer que era solteiro e também o nome dizendo que me chamava Pedro. Por suas conversas com Leila sabia que Greta não aceitaria um homem casado não admitindo ser o motivo de separação de um casal.

Quando pedi que me aceitasse, ela fez uma única pergunta, que segundo informou seria essencial para que me aceitasse. “– O que você pretende com esse relacionamento?” Pensei muito antes de poder responder, mas cheguei à resposta. Seu nome no perfil era Liliana.

– Liliana, quero dar a você todo amor e carinho que somente um pai poderia te dar.

Essa proposta ou assustaria Greta ou ela adoraria tendo alguém para substituir seu pai pouco amoroso e carinhoso. Se não aceitasse, eu criaria outro perfil e tentaria de um outro modo.

Naquela noite tive acesso a suas conversas com Leila, que perguntou se Greta já tinha recebido muitos pedidos e fiquei sabendo que havia recebido muitos, mas não tinha aceito nenhum porque estava analisando cada resposta e já tinha eliminado 90% dos pedidos pois nada tinham a ver com ela. E Leila deu um conselho.

– Amiga, seleciona bem e aceite só alguns poucos, ou não terá sossego.

– Pode deixar, sei o que faço. Acho que vou aceitar somente um dos que me pediram até agora.

Greta se mostrou difícil e após 3 dias quando pensei que não seria aceito, recebo sua mensagem.

– Oi Pedro. Você deu uma ótima resposta e estou te aceitando. Gosto muito de amor paternal, mas não tenho muito.

Ao mesmo tempo que fiquei alegre por ter me aceito, senti uma terrível dor no coração por estar vendo que minha filha era carente de minha atenção e meu amor. Meu sentimento de culpa explodiu pôr a ter feito chegar àquela situação de se inscrever em um site daquele. E foi com esse sentimento que dei minha resposta.

– Espero te recompensar muito por esse amor que você não teve.

Depois de responder adentrei em seu perfil e vi suas fotos em biquini conhecidos e roupas leves discretas e femininas. Ela estava mais gostosa e linda do que nunca e li todo seu perfil onde não mentia em nada. A não ser detalhes que poderiam revelar sua identidade.

Feliz fiquei à noite, quando li sua troca de mensagens com Leila onde ela disse a amiga que já tinha recebido mais de 100 pedidos, mas tinha aceito somente um pelo qual ficou muito interessada e não queria conversar com outros ao mesmo tempo.

– Está vendo amiga. Te disse que podemos achar alguém interessante. Vai me deixando informada.

O difícil foi manter a mesma conduta quando estava com minha filha. Se fosse mais carinhoso, ela poderia achar estranho, então precisei me manter como um pai zeloso e preocupado, mas não carinhoso e próximo.

Sem que ela soubesse começamos a conversar quase que diariamente. Ia percebendo dia após dia sua carência paterna porque em quase todas conversas incluía seu pai. Quando descobria coisas sobre Pedro, dizia sempre que seu pai também gostava, que tinha a mesma idade, a mesma cor do olho e assim por diante.

Fui levando a conversa sem falar em sexo e ela também. Parecia que éramos amigos de longa data e ela cada vez se abria mais. Decidimos que só nos conheceríamos pessoalmente, o que foi proposto por ela que não queria mostrar seu rosto ainda e só nos falaríamos por mensagens escritas e era exatamente o que eu precisava.

Lia em suas trocas de mensagens com Leila que Greta continuava só conversando comigo por estar gostando bastante de mim e se não desse certo com certeza não daria certo com mais nenhum e abandonaria o site. Fiquei feliz, mas comecei a provocar para que ela falasse sobre essas decisões diretamente para mim. Um dia entrei no assunto.

– Liliana, com quantos mais homens você conversa? Já que estou perguntando vou falar primeiro. Só converso com você e mais ninguém.

Ela me mandou um emoji sorrindo e feliz.

– Queria te fazer a mesma pergunta Pedro, mas estava acanhada. Só estou mantendo contato com você.

– Não acredito. Você é tão linda e tem tantas qualidades.

– Verdade. Já decidi fechar meu perfil. Comecei isso por insistência de uma amiga, mas não conseguiria levar adiante uma relação que começa assim.

– Então estou correndo perigo? Não me fale isso.

– Não Pedro. Sinto que você também é diferente. Vamos conversando e se rolar alguma coisa vai ser por que quero e não por patrocínio. Não me sentiria bem usando algo ganho dessa forma.

– Que alivio. Então vamos nos comunicar de outro jeito e você pode fechar a conta.

– Vou deixar mais um tempinho pois minha amiga pagou para mim por 6 meses e não quero ela me perturbando. Mas ninguém tem acesso além de você.

– Você disse que não quer algo em troca, mas se é assim então porque está nesse site e não no Tinder?

– Na verdade eu queria, mas pensei e pensei e nunca me sentiria bem por conseguir algo assim.

– Mesmo que não queria mais, você pode me dizer o que era?

– Não tenho nenhum problema. Só queria ter dinheiro para pagar o aluguel e as contas de um apartamento para sair de casa. Não me dou bem com minha madrasta e a relação com meu pai não é como gostaria que fosse.

Novamente senti aquela pontada de dor no coração e mesmo querendo perguntar o que faltava na relação com seu pai, temia assusta-la e ela deixar de conversar comigo.

Terminamos aquela conversa, ela em seu quarto e eu no meu a 10 metros um do outro sem que ela soubesse ou imaginasse que era seu pai do outro lado. As fotos que enviei a ela eram novas sem nenhum fundo que ela conhecesse e vestindo roupas que havia comprado para isso.

Pela conversa pude perceber que Greta estava mais madura e tinha colocado a cabeça no lugar novamente. Então se quisesse poderia acabar com aquela farsa e arrumar uma desculpa e desaparecer.

Só não fiz porque já me sentia culpado por sua carência afetiva como pai e se me afastasse dela como “amigo e confidente” daria mais um motivo para decepciona-la e quem sabe, a levar a uma escolha que não fosse mais tão seletiva. Preocupado, decidi levar a farsa adiante até onde ela quisesse.

Não eram todos os dias que conversávamos, mas era frequente e agradável cada uma delas. Fiquei conhecendo coisas de minha filha que jamais soube, o que por si só já valia a pena. Depois de mais de 2 meses de conversas, Greta veio com uma proposta que não tinha contado nem mesmo para Leila, a não ser que tivesse sido pessoalmente.

– Oi Pedro. Daqui pouco tempo termina minha assinatura no site e como não vou continuar, quero ver se é possível nos encontrarmos para nos conhecermos e cada um ver se vale a pena continuarmos conversando.

Meu coração veio na boca, pois uma coisa é trocar mensagens com a filha se passando por outro homem e outra seria a encontrar pessoalmente e titubeei muito antes de responder, mas oprimido pela dor no coração por suas carências resolvi aceitar. Eu me exporia a ela e mostraria todo meu arrependimento e começaríamos uma nova relação de pai e filha como fazia falta a ela.

– Está bem Liliana. Acho que está na hora mesmo.

– Que bom, mas antes vou te fazer aqui uma confissão para que você saiba no que está entrando e decidir se ainda vai querer. Nunca revelei esse segredo a ninguém e só vou te contar porque você não sabe quem sou e para que você saiba o porquê estou entrando nisso.

– O que é Liliana? Pode confiar em mim porque jamais vou contar seu segredo para mais ninguém, mesmo se nos conhecermos.

– Pode ser que você se choque muito e vou precisar de muita coragem, então peço que não me interrompa até que termine.

– Tudo bem. Do jeito que você quiser.

Estava angustiado por aquela conversa de Greta. Qual segredo era esse que ela nunca contou nem a sua melhor amiga? Precisava saber o mais rápido possível sob pena de infartar a 10 metros dela, cada um em seu quarto.

– Quero me encontrar com você porque parece que temos muitas afinidades, mas principalmente por aquela primeira frase quando você disse o que pretendia comigo.

Ela parou de escrever no mensageiro, talvez tomando coragem e me deixando a beira de um ataque de nervos.

– Sabe, amo demais meu pai, muito mais do que um pai. Antes que ele se casasse pela segunda vez eu era apenas uma pré-adolescente e já pensava nele como homem. Meu homem. Tentei esquecer e até achei que com o tempo o esqueceria, mas meus sentimentos só foram aumentando e aumentando. Infelizmente não somos próximos e ele não é muito amoroso e carinhoso comigo, mas no fim pode ser melhor para me forçar a me afastar desse amor proibido.

Estava chorando vendo o sofrimento emocional de minha jovem filha que a levou para aquela situação.

– Para ser sincera, vivo sonhando com meu pai me tomando, me fazendo mulher, fazendo amor comigo e dizendo que serei sua pela vida toda. Não pense que não luto contra esses sentimentos, mas quanto mais luto eles ficam mais fortes. E sabendo que nunca acontecerá, meio que estou procurando um pai substituto que me dê isso e não seria honesto não te contar.

Via que Greta ainda digitava revelando toda sua angustia por um sentimento proibido do qual não conseguia se livrar e mesmo se pudesse responder ainda não saberia o que falar.

– Por suas fotos, suas características físicas são bem parecidas com meu pai e o mais incrível é que você tem muitos gostos parecidos com os dele que também gosto. Nesse tempo de conversa você tem sido gentil, compreensivo e não tem colocado pressão como qualquer homem faria. São esses os motivos que me fazem querer te conhecer sem esquecer aquela frase inicial quando você disse que me daria o amor e carinho que só um pai pode dar. Ufa, consegui. Achei que não conseguiria, mas sabe que estou até aliviada por ter contado para alguém. E então, o que você me diz?

Naquele momento meu coração acelerado quase pulava de meu peito e só queria abraçá-la e pedir perdão pôr a fazer sofrer sendo um pai nada amoroso. Se pudesse também me enterraria em um buraco para nunca mais sair.

Poderia dizer não e terminar aquela farsa naquele momento, aliviado por ela ter dito antes que já tinha desistido da intenção de encontrar alguém pelo site. Bastava dizer que procurava por uma mulher e não filha e teria a desculpa que não a magoaria, mas queria me revelar para que soubesse que agora conhecia seus sentimentos e que não precisava mais sofrer guardando aquele segredo. E finalizaria pedindo perdão e jurando que seria um pai melhor. Então decidi aceitar o encontro que ela propunha.

– Ainda quero te encontrar. Com o tempo seus sentimentos podem mudar e sem nos conhecermos não podemos dizer se queremos continuar ou não. Vamos combinar para a próxima semana. O que você acha?

Meu desejo era sair de meu quarto e ir correndo até o quarto de Greta para falar tudo o que queria, mas precisava ter um tempo para me recompor de pelo menos alguns dias. Não seria fácil, depois de sua revelação.

– Tudo bem. Você tem razão. Não quero me arrepender por não ter tentado.

– Acho que o mesmo para mim Liliana. Poderia me arrepender muito por não me encontrar com você.

– Então me avise quando vai ser, vou ficar aguardando.

Encerramos aquela que foi a conversa mais reveladora e mais importante de minha vida. E sua revelação teve uma consequência não desejada porque não consegui mais esquecer que minha linda e gostosa filha queria fazer amor comigo e que fosse eu a tirar sua virgindade.

Percebendo que algo vinha me incomodando há um bom tempo, minha esposa Marcela me perguntava o porquê estava diferente e naqueles dias seguintes só piorou. Na realidade, muito antes de escutar aquela conversa de Greta e Leila, nosso casamento já vinha sofrendo desgastes.

Nada a haver com sexo que era bom e nem mesmo por problemas de relacionamento pois nos dávamos bem, tínhamos gostos parecidos, era uma boa mãe e também uma mulher fiel como eu também era. Só que tínhamos cada vez menos o bom sexo e os momentos como casais saindo juntos ou passeando devido a seu trabalho, ao qual se dedicava cada vez mais.

Marcela chegava em casa as 7 horas da manhã e eu até poderia atrasar para sair para o trabalho para fazermos amor, mas ela estava sempre esgotada com o pesado trabalho físico e emocional no Hospital durante a madrugada. Quando chegava em casa no final do dia ela já estava pronta para ir trabalhar. E mesmo quando Greta não estava em casa, havia pouco tempo para qualquer troca de carinhos.

Havia um folga semanal, se não aparecesse nenhuma emergência, mas nesses dias Marcela tinha que cuidar de si mesmo como mulher e ia ao salão de beleza, pilates e fazer compras. Consegui conversar com ela algumas vezes pedindo para que mudasse de horário ou diminuísse o ritmo e ela sempre me explicava que como Chefe de equipe de enfermagem não tinha esses privilégios e poderia ser demitida.

Ela amava a profissão e era visivelmente sua vocação ajudar pessoas e se exigisse que parasse de trabalhar, ou nosso casamento acabaria imediatamente com ela pedindo o divórcio ou após alguns anos por estar infeliz e me culpar pôr a ter feito abandonar o que amava fazer. Para mim a segunda opção era a pior pois também me culparia.

De qualquer forma, como estava caminhando também parecia não ter futuro. E com minha recentes preocupações com minha filha tinha parado de reclamar de seu trabalho excessivo o que a fez perceber que algo estava diferente, talvez imaginando que eu já tivesse desistido de nosso casamento.

Naqueles dias que antecediam nosso encontro, evitei ao máximo me encontrar com Greta pela casa e quando a encontrava era ainda mais frio não conseguindo disfarçar a ansiedade em que vivia. Por outro lado, ela parecia empolgada e enfim revelou a Leila que se encontraria com Pedro, o que pude descobrir pela escuta em seu quarto.

Dia após dia tentava controlar meu desejo por minha filha, mas estava incontrolável me deixando com medo do que poderia acontecer quando nos encontrássemos. Meu plano era me revelar, pedir perdão e prometer ser um pai mais próximo e melhor e nada deveria mudar esse plano ou poderia perder minha filha para sempre.

Quando me senti razoavelmente preparado, pois jamais estaria totalmente, combinamos um encontro durante a noite em um Flat alto padrão para jantar e talvez passar a noite para conversarmos, se ela quisesse conversar com seu pai após saber quem eu era. Ela fez apenas um pedido.

– Pedro, preciso te falar algo.

– Pode falar.

– Quero te pedir que você não insista em fazermos sexo se não me sentir confortável. Talvez só queira te conhecer e conversar nessa primeira noite.

– Vamos combinar assim Liliana. Não só o sexo, mas qualquer coisa que eu possa fazer que você não esteja confortável, basta me dizer “Não hoje”. Não podemos usar “pare”, pois pode ser que você diga “não pare”, finalizei com um emoji sorrindo.

Ela respondeu iniciando também com um emoji de sorriso e continuou.

– Verdade. Está muito bem claro “Não hoje” e não é muito grosseiro. Obrigado por entender.

– Pensando em sua segurança escolhi um Flat movimentado, pois você está sendo irresponsável em se encontrar com um homem com o dobro de sua idade que você não conhece. E informe sua amiga onde você estará e de que horas a que horas você estará comigo. Assim você fica mais segura.

– Eu sei Pedro. Se meu pai soubesse o que vou fazer, me mataria por encontrar um desconhecido, mas sinto que posso confiar em você e nesse lugar que você marcou sei que é seguro. Você não vai fazer mal para mim, vai, perguntou colocando um emoji sorrindo.

– Com certeza absoluta não. Vou é te dar muito amor.

Nos despedimos e encerramos marcando para a noite seguinte no Flat. Chegaria primeiro e ela depois às 20 hs. Conversaríamos, depois jantaríamos no próprio apartamento e então ela iria embora, foi o que combinamos.

Naquela mesma noite após nossa conversa, quando nos encontramos pela casa Greta veio conversar comigo.

– Pai, amanhã à noite vou dormir na Leila. Temos um trabalho da Faculdade para fazer e na manhã seguinte vamos direto para a aula. Já avisei a Marcela.

Até na forma de me tratar Greta escancarava nosso afastamento, pois nunca havia me chamado de papai nem mesmo quando era pequena e sempre chamava sua mãe de mamãe. Todos esses pequenos sinais de não ser um pai próximo que ia pegando e nunca tinha me dado conta doíam na alma e queria demais mudar nossa relação.

Nunca passei um dia mais tenso na vida. No trabalho era um zumbi e só me dei conta de minha existência quando comecei a me preparar para o encontro. Treinava mentalmente como deveria agir e falar para não estragar minha oportunidade, mas um tesão inoportuno e indesejado me lembrando de suas palavras martelava no fundo de minha mente.

E lá no fundo o ‘meu eu bom’ fazia um debate contra ‘meu eu mal’ que tomou primeiro a palavra.

“Se você não der o que ela sempre sonhou e desejou nada vai mudar e ela irá atrás de outro pai substituto para a satisfazer”

‘Meu eu bom’ era mais cauteloso.

“Se você tentar sexo sem nunca ter sido amoroso, ela poderá achar que é só pelo sexo e nunca mais conversar com você”

Outros argumentos, todos razoáveis iam sendo apresentados sem que conseguisse chegar a uma conclusão me deixando muito mais ansioso. Sendo um pessoa moderada sempre tendia a escolher a solução de menos riscos e era a decisão que parecia estar tomando.

À Marcela, disse que teria um jantar de negócios em um hotel e se terminasse tarde, por segurança após alguns drinks dormiria lá mesmo e voltaria pela manhã já que nem ela e nem Greta estariam em casa e ela concordou que era uma boa ideia. Como nunca a traí antes, acreditou em mim e me senti mal com a mentira.

Me vesti como se fosse para um jantar de negócios informal pois minha esposa poderia me ver chegando na manhã seguinte. Coloquei uma calça moderna de sarja, camisa e um paletó com um Sapatênis. Queria parecer mais jovem que meus 39 anos, afinal a garota que encontraria tinha só 19. Greta tinha saído de casa antes que eu tivesse chego com destino à casa de Leila e depois vim saber que se trocou lá.

Cheguei às 7:30 da noite no apartamento e tomei um whisky para aliviar. Prefiro vinho, mas naquela hora precisava de algo forte e foram duas doses. Tinha decorado até as frases que diria, mas nervoso como estava já tinha esquecido quase todas. Só havia ficado mais ansioso em minha vida quando a própria Greta nasceu 19 anos atrás aguardando na sala de espera da maternidade e agora por ela novamente, estava muito angustiado. Se tudo desse certo, uma nova vida começaria para nós sendo presenteados com uma segunda chance que não iria desperdiçar.

Quando a companhia tocou pontualmente às 8 horas da noite meu coração quase explodiu meu peito de tão forte e rápido que batia.

PS - Estou publicando simultaneamente a segunda parte narrando todo o sexo que aconteceu naquela noite.


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Comentários

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Sua história é muito interessante, intrigante mas só acho que deveria colocar antes das falas das personagens seus respectivos nomes pois assim não corre se o risco de se confundir quem fala tal coisa..ex: Greta, você sabe que não tenho dinheiro como aquelas patricinhas da Faculdade, né amiga? O correto seria (Leila : Você sabe que não tenho dinheiro como aquelas patricinhas da Faculdade, né amiga? ) pois da maneira que escreveu quem lê rapidamente vai pensar que é a Greta que está falando.

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Kratos, obrigado pelo comentário e por ler. Antes de escrever esse conto li muitos para saber como fazer e uma critica que via muita era que se repetia muitas vezes os nomes, então tentei ser diferente. Me perdoe minha inexperiência.

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Não tem que pedir desculpas por nada não irmão! Quem nunca errou ? Você está começando agora e tenho certeza que vai ser um grande escritor. Continue com suas histórias aqui no site.

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Analisando bem esse primeiro conto tem um grande problema aí,imagine a jovem que se sente carente de atenção do pai,usa um perfil falso e justamente com o pai,que usa um perfil falso também e depois descobre que o cara era na realidade seu pai verdadeiro, ela vai se sentir traída,primeiro por descobrir que pai quer dar carinho a outra pessoa e não dava a ela,mesmo que o pai tente se justificar que sabia que era ela no perfil falso,iria ficar mais complicado ainda,pela questão da privacidade dela.

Segundo após ela ter revelado seu maior segredo ao pai sem saber que era ele,ela vai ficar constrangida e com ódio do pai,acabando com o pouco de respeito e convivência com ele.Vai perder a filha para sempre.

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Concordo plenamente com você! Qualquer situação diferente que viesse a acontecer do descreveu acima é pura fantasia

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Fazedor de cornos. Te agradeço por ler e pelo comentário. Talvez sua suposição se baseie no que seu coração sente e na forma como agiria se estivesse no lugar dela da mesma forma que eu pensava antes do encontro, mas como Greta mostrou as reações nem sempre são como imaginamos e como achamos que seria.

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