Dupla Face 6

Um conto erótico de Mistick
Categoria: Homossexual
Contém 1627 palavras
Data: 10/02/2016 02:05:11

No Capítulo Anterior: Ele levantou do sofá, pegou a camisa e seguiu em direção ao quarto. Coloquei minha camisa e fiquei vendo o seriado, droga eu não devia ter começado tudo aquilo, será que devo ir pedir desculpas? Talvez ele queira ficar sozinho.

Acabei vindo na porta, nenhum som, deve estar dormindo. Será que devo bater? A que se foda vou bater.

-Oque foi? –parece alterado.

-Desculpe posso entrar?

-Es...espera um pouco tá, já vou sair. –ofegante?

-Adam oque está havendo?

-Já estou indo.

Ah que se ferre vou entrar. Entrei e acabei pegando ele pelado.

-Falei para não entrar.

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Droga, podia sentir meu rosto pegando fogo, que vergonha.

-M...me desculpe, eu...só queria conversar. –coloquei a mão no rosto para não ver, que vergonha meu Deus.

-Porquê está cobrindo o rosto?

-Para você colocar uma roupa.

-Brendan, não tem nada que você não vai ver algum dia.

-Prefiro não ver.

Ele ficou calado, um tempo depois senti suas mãos na minha cintura.

-Pode olhar agora, já estou vestido.

-Desculpa ter entrado sem bater.

-Não tem problema, só não queria que visse algo talvez estranho para você.

-Como por exemplo?

-Eu me masturbando enquanto pensava em você.

Foi o bastante para eu gelar e ficar imóvel, como ele pode falar isso tão naturalmente? Esse homem é maluco.

-Brendan não sabe como me excita ver você dessa forma.

-Co...como?

-Nervoso, envergonhado, corado.

-Vo...você não precisa ficar brincando comigo.

-Quem disse que estou brincando.

Ele pegou meu queixo e mordeu meu lábio inferior.

-Tá com raiva de mim?

-Não, porquê estaria?

-Você saiu bravo da sala.

-Me perdoe, apenas deixei a excitação subir à cabeça.

Fiquei observando aqueles olhos verdes e pude ver o quanto ficar perto de mim o deixava instável, ele tentou algo comigo, mas se eu não quisesse podia ter parado ele. Acabei voltando para a sala e ele foi para o escritório, eu acho que somos bastante diferentes, mas mesmo assim nosso passado está meio que ligado e também ele está cuidando de mim, claro que ele espera algo em troca. Será que algum dia ele vai perder a paciência comigo?

Enquanto comia o lanche delicioso da Rosa podia escutar ele no celular.

-Rosa ele é sempre irritado assim com o trabalho?

-A maioria do tempo sim.

-No que ele trabalha.

-Não sei direito, não pergunto muito sobre isso, mas ele é empresário.

-Entendi.

-Do que estão falando?

Ai medo do caramba, esse homem parece um fantasma.

-Nada demais senhor, gostaria de comer algo?

-O mesmo que ele Rosa. –esses olhos de novo, socorro pai.

Enquanto Rosa o servia e nos deixava a sós ele me observava, estava começando a ficar nervoso de novo.

-Pode continuar comendo.

-Perdi o apetite sabe. –melhor sair daqui.

-Vai me deixar sozinho aqui? –droga me lasquei.

Enquanto via ele devorar o sanduíche uma coisa ainda estava me torturando.

-Sobre a faculdade...

-Sim? Já pensou?

-Já.

-E qual a sua resposta?

-Eu vou aceitar se isso o deixar feliz.

-Vai me deixar muito feliz. –um sorriso torto lindo de novo que droga.

É impossível ficar encarando ele o tempo todo, fico nervoso só com a menor troca de olhares.

-Que tal sairmos hoje? -ele está me convidando nossa.

-Para onde?

-Você pode escolher.

-Não tenho nenhum lugar em mente.

-Poderíamos passear em algum parque.

-Não é uma má idéia.

No parque com o ricão que divertido.

A noite chegou rápido e me arrumar estava sendo algo trágico, nenhuma roupa me deixava contente. Escutei alguém bater na porta e automaticamente mandei entrar só que não percebi, mas estava só de cueca.

A primeira coisa que vi foi um rosto espantado, depois um rosto de excitação. Nossa ele de jaqueta fica bem melhor, calça jeans escura e uma camisa branca, nos pés um vans preto.

-Desculpe, queria saber se já estava pronto, mas parece que não.

-É que ainda não achei a roupa certa.

-Tudo isso por mim?

-Não sonhe, apenas não posso ir com qualquer roupa.

-É apenas um passeio no parque e você fica bem com qualquer coisa.

O elogio levantou meu ego ao máximo, era oque eu precisava para me vestir, coloquei a camiseta branca mesmo e meu jeans surradinho, um All Star seria ótimo para a ocasião.

Depois que saí do quarto e vi ele me devorar com os olhos meu ego subiu um pouco mais.

-Amanhã vou te levar ao shopping, assim não precisará ficar indeciso com as suas roupas.

-Gosto das minhas roupas.

-Eu também gosto. –droga ele tá insinuando algo.

Depois que saímos do prédio notei que era a primeira vez que estava saindo desde que cheguei aqui. Sua mão na minha cintura estava me incomodando.

-Para.

-Com oquê?

-Essa mão, alguém pode ver e achar estranho.

-Deixem pensar oque quiserem, você é meu e tome, use isso. – me entregou a aliança.

-Não quero usar.

-Use Brendan.

Quando chegamos no carro o motorista abriu a porta para mim e me deu um sorriso oque eu devolvi com entusiasmo. Assim que ele entrou pude sentir uma mão na minha cocha, meu sangue começou a circular mais rápido, como se eu soubesse disso dããã.

Tirei a mão dele e pude ver sua cara de desapontamento. Droga porquê ele tem que ser tão chato com essas coisas, eu to usando uma aliança por causa dele. Saí procurando sua mão no escuro do carro e assim que encontrei entrelacei nossos dedos. Pude senti-lo se aproximando de mim, seu hálito refrescante no meu rosto.

-Obrigado.

-Por nada. –falei em um sussurro quase mudo.

-Posso te beijar?

-Oquê? –droga eu devo estar carmesim agora.

-Um beijo.

-O motorista.

-Não se preocupe, ele não vai olhar.

Olhei para o motorista rapidamente que não nos olhava nenhuma vez sequer, talvez por ordens dele. Novamente pude sentir seu hálito e acabei beijando sua bochecha.

-Assim não, quero na minha boca.

-Adam para.

-Apenas um beijo.

-Certo, só um.

-Claro. –podia sentir seu sorriso de triunfo.

Ele não me deu tempo, já estava caçando minha boca no escuro, assim que nossas bocas se encontraram foi como uma corrente elétrica para mim, meu corpo todo estava eletrizado, não pude me conter e minha língua foi em busca da sua. O carro parou do nada e eu o empurrei, quando olhei era apenas um semáforo. Pude escutar uma risadinha, esse filho da mãe, novamente ele se aproximou e mordeu minha orelha.

-Quero outro.

-Adam chega.

-Mais está tão bom.

-Chega seu chato.

Ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos de novo.

-Quero saber mais sobre você Brendan.

-Oque quer saber? Minha vida não tem nada demais.

-Tudo sobre você é interessante para mim.

-Oque quer saber então?

-Oque gosta de fazer?

-No momento qualquer coisa menos beijar.

Ele deu uma risada baixa no meu ouvido e mordeu novamente minha orelha, no começo ele era sério, mas agora ele parece mais animado.

-Qual sua comida favorita.

-Waffles.

-Bom saber.

-Mais não qualquer um, os do meu pai são os melhores. –uma onda de tristeza bateu em mim agora.

-Podíamos ir lá qualquer dia, assim posso provar também.

-Como se ele fosse querer ver você lá.

-Porquê?

-Ainda pergunta?

Ele ficou calado e eu também, ele é muito insensível e isso me irrita. Chegamos em um parque até que animado, garotos andando de patins, várias barraquinhas de pipoca, algodão doce e outras coisas, várias pessoas conversando. Muitos olharam assim que descemos mais ele não deu bola, novamente a mão na minha cintura isso já tava me irritando. Sentamos no banco e ele acenou com a cabeça para o motorista que entrou no carro e foi embora.

-Quer comer algo?

-Depois talvez.

Cruzei as duas pernas e fiquei na posição de buda em cima do banco, ele me olhou por um tempo e depois me deu um sorriso.

-Oque foi?

-Você é tão espontâneo, isso me assusta as vezes.

-Te assusta?

-É, não sei como lidar com você.

-Não lide.

-Oquê?

-Apenas seja você mesmo, seja você e eu vou gostar.

Ele me deu um sorriso torto lindo e colocou a mão no bolso, tirou o celular e me olhou.

-Algo importante?

-Meu irmão, deve ser algo sem importância.

-Atenda, pode ser algo importante.

-Não precisa, depois eu retorno.

-É sério, ele é da sua família, atenda.

Ele me deu um olhar de me desculpe e atendeu, prefiro não escutar a conversa então é melhor ir comprar algo.

-Vou comprar um algodão doce, quer algo?

-Ah sim um Refrigerante, aqui. –me deu uma nota de 100.

-Sério? Ah guarda isso, eu compro para você, vai ficar me devendo, deveria andar com dinheiro trocado sabia.

-Desculpe. Ah não, não foi com você. –como será o irmão desse cara?

Comprei meu algodão e fiquei em dúvida qual refri comprar para ele, ele é tão esquisito, que se ferre todo mundo ama coca até esse cara deve gostar.

Assim que ia voltando um cara entrou na minha frente e quase esbarrei nele.

-Desculpe não te vi, minha cabeça está nas nuvens hoje.

-Ah sem problema, com licença.

-Ei espera, eu já não te vi antes?

-Desculpe não lembro de você. –realmente não lembrava dele.

-Lembrei, te vi na padaria uma vez.

-Ah sim, meu pai é o dono.

-Entendi, mas e então como vão as coisas?

-Vão bem obrigado por perguntar e você como vai?

-Um pouco ruim.

-Ah algum problema? Se não for rude da minha parte perguntar.

-Peguei minha namorada com outro, por isso minha cabeça ta meio esquisita ainda.

-Ah sinto muito.

-Sem problema, ainda não me apresentei me chamo Marcelo.

-Brendan.

-Nome legal.

-Valeu o seu também.

-E o que acha do meu nome Brendan?

Ver aqueles olhos verdes me fuzilando foi algo que eu não gostei nada.

Continua...

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