No couro da igreja

Um conto erótico de Pacivo Passiente
Categoria: Gay
Contém 1100 palavras
Data: 02/09/2024 08:26:48

Não era meu tipo. Não me interessaria por ele, não fosse o contato físico nos levar onde chegamos.

Era meu regente no coro do qual eu fazia parte. Homem magro (sempre preferi gordos e velhos, desde menino), branco, cavanhaque (argh!), cabelo nos ombros ao estilo maestro de sinfonias internacionais.

Cabelo comprido só é perdoado a argentinos, e mesmo assim com ressalvas. Sempre preferi homens absolutamente másculos, sem brincos, sem tiradas sagazes, apenas com volume na calça, que coçam o saco. Tímidos porém viris. Amo caipiras. Aquele tipo de homem que nem se acha gay quando mete em um, porque mete também nas éguas sem culpa.

Houve até uma vez em que recém mudado para este interior bruto do norte, chupando um rapaz, me espantei quando o vi rindo enquanto eu o mamava. Parei o boquete e perguntei do que ele estaria rindo e ele perguntou: é isso que é gay? Ele pela primeira vez se deparava com filosofias como ‘quem eu me torno ao meter em outro homem’. Expliquei que aquilo era gay pra mim e possivelmente bissexual para ele, que me dizia que eu devia chupar rapidinho porque a noiva o esperava na porta da academia, onde devia buscá-la.

Aqui onde moro as tribos não chegaram. Ninguém se sabe bear, chaser, barbie. Ninguém faz brotheragem porque só existem homens e viados. É neste contexto que ingressei no coro e passei a conviver com o regente: homem de igreja, rompido com os pastores por questões da música, mas ainda temente aos ensinamentos rígidos da Assembleia. Um caso comum porém difícil de compreender: com acesso a cultura, iluminado no sentido musical, mas avesso a avanços de outras áreas. Negacionista de vacinas. Chegou a dizer que ouvia CD do Lenine pulando uma das faixas porque fazia menção a divindades africanas.

Não havia mesmo como eu querer chupá-lo, mas o destino tinha outros planos.

Abertamente gay, havia no coro quem nem comigo falasse. Não sou flamboyant mas desde os 18 deixei de fingir. As pessoas costumam dizer que os gays não são aceitos porque forçam sua sexualidade para a sociedade, mas tenho muito claro que não há nenhum meio de existirmos em sociedade sem deixar claro quem somos. Qualquer atividade das mais simples nos exige deixar claro se comemos xoxota ou queremos piroca. Jogo vôlei com a turma da quadra e se eu adotasse a postura reclusa de gay de armário eu teria que tolerar as solteiras me acariciando as coxas, como tantas vezes ocorreu. Heteros, especialmente de igreja, são tão ou mais lascivos que a pior das bichinhas de posto de gasolina.

De tanto que se privam, de tanto que não vivem, de tanta culpa que tentam injetar na vida dos outros, tornam-se vítimas de si mesmos: negam a si mesmo a liberdade que tentam e por vezes conseguem tirar da vida dos outros. Esse é meu regente.

Ele não parecia fazer esforço para me ‘tolerar’. Desde sempre conseguimos nos comunicar de modo igual. Ele não deixava dúvidas sobre quanto estranhava minha franqueza sobre ser gay, e eu nunca deixava dúvidas de que sempre diria que sou gay se me perguntassem.

Sua esposa também sabia de minha orientação e, menos fóbica, não parecia se importar com a crescente proximidade entre seu marido e eu: assumi algumas tarefas de promoção comercial do grupo, o que nos forçava a uma proximidade maior.

Numa das reuniões que tivemos ele tentava explicar porque não concedia entradas gratuitas para sorteio em rádios: “se você abre muito a guarda, já já eles querem comer seu cu”.

Eu ri e falei que nessas horas podia me chamar que eu faria tudo pelo coro. Para mim era uma piada razoável entre amigos. E ele riu. Corado, mas riu. Percebi seu desconforto porém com aquela abertura, sem reprovação.

E foi assim, de pouco em pouco, que ele passou a ficar confortável para me contar sua primeira vez sendo abordado por gay, e como reagiu mal. E me perguntou quando comecei a desejar pinto, e pareceu ouvir de fato, como amigo, tentando entender. Não cheguei a chamá-lo de amigo, mas via nele abertura real para contato entre dois humanos. Nunca no entanto imaginei que ele queria dar o passo seguinte.

Quem nunca fez parte de um coro talvez se espante, mas o contato entre regente e cantores é muito íntimo. Percebemos cada olhar, cada movimento do regente e reagimos. Durante um dos ensaios ele pediu que eu fosse até a frente de todos para que ele mostrasse a respiração correta e incorreta: tive que levantar a camisa para ele mostrar como a barriga se comporta com diferentes respirações. E ele insatisfeito com meu resultado, pressionava minha barriga pedindo mais pressão, mais pressão.

Não tive qualquer estímulo sexual com aquilo. Ele, não sei. Foi a primeira vez que ele tocou meu corpo assim, pele com pele.

Foi só com o tempo que me toquei que as perguntas sobre o que eu gosto na cama ficaram muito frequentes. Perguntou se não doía, se eu não tinha vergonha, se havia muitos homens casados que me procuravam em sigilo, e o que eu achava de homens que queriam só me usar como mulher sem qualquer sinal de romance.

Foi quando passei a me interessar pelo homem por trás do regente. Ele estava me sondando sobre os limites de meu tesão. Sobre quão seguro ele mesmo estaria ao dar o passo seguinte e me usar. Ele insistia muito na frase ‘você parece mulher com cabeça de homem’.

Ele não pretendia que isso fosse um elogio. Ele sempre formulava frases deixando a culpa com terceiros, nunca assumindo para si a responsabilidade sobre suas conclusões: “os casados devem gostar, porque podem gozar sem cobranças”. “Assim fica fácil o homem querer, porque não tem que pagar”. “Mas se só eles ligam pra você e você não pode ligar pra eles, é por isso que eles sabem que você não vai ficar no pé”.

Foi a primeira vez que eu exerci a mesma liberdade que ele já tinha comigo, fazendo perguntas como jornalista, e lancei: se o primeiro gay que tentou mamar sua piroca fosse assim você ainda assim teria batido nele?

Ele explicou que se arrependia da violência desnecessária (o cara era amigo dele, também no coro, quando ele cantava e não era regente). Arrependeu-se especialmente de ter tornado pública a cantada que recebeu, o que fez com que o rapaz não só apanhasse, mas deixasse de ir aos ensaios do coro. Mas não respondeu se teria tido coragem pra ganhar enfim um boquete.

"Você faz cada pergunta", ele disse, com a voz trêmula e a mão sobre o saco.


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Comentários

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Uma sondagem, uma paquera, uma tentativa, tudo isso cabe aí nesse delicioso texto, mas eu prefiro defini-lo, quase sem querer, como uma conversa interessante entre duas pessoas.

OBS: Estou te seguindo agora, para não perder seus textos, já que você sempre usa outros nomes...rsrsrs...🤣... Bom domingão! Vou ali na cozinha fazer um bolo de cenoura e já volto... Abraços!!!

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Interessante e despertou a curiosidade, vamos explorar mais essa situação???????

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POR ENQUANTO SOMENTE CURIOSIDADE, NADA DE SENSACIONAL ACONTECEU...

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Bom conto, este regente logo vai querer um boquete e algo mais.

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