O Garoto do Colégio - Capítulo três

Um conto erótico de BrhunaB
Categoria: Trans
Contém 1291 palavras
Data: 04/06/2024 20:55:31

Bom dia, meninas e meninos? Eu estou bem aqui no shopping, na praça de alimentação tomando um delicioso cafezinho, um cappuccino com pastel. Enquanto isso vou escrevendo aqui mesmo. Eu só acho ruim escrever em público porque dá um tesão essas memórias... memórias estas do ano passado. Kkkkkk estava lendo aqui os Solilóquios, de Santo Agostinho. Ele faz uma narrativa com ele mesmo. Seu alter ego. Eu falo muito sozinha também. As amigas dizem que isso é livro de velho. Eu vejo como sabedoria, conhecimento. Eu vou ser professora de literatura... quero conhecer muitas obras e autores, suas inspirações, suas críticas. Por aí vai.

Bem, gente, vamos ao capítulo três. Sabe, esse garoto me deu muita dor de cabeça. Eu até entendo ele que, vindo de uma família tradicional, fica impossível ele dizer para o pai que saiu com uma trans. Eu entendo essa postura. Faço um comparativo aqui se alguém disser que eu transei com uma mulher. Eu uso muito a empatia. Foram muitas dores de cabeça no sentido figurado... mas valeu a pena.

Aviso: se você está chegando agora nessa história, sugiro que busque o capítulo um de “O Garoto do Colégio”. Se ler comenta e deixa estrelinhas.

FINAL DO CAPÍTULO DOIS

Na sexta-feira quando terminou nossa aula ele disse:

- Meus pais vão passar o final de semana fora e vou ficar sozinho em casa.

- Olha, que legal.

Trocamos beijinhos. Ele repetiu. E mais uma vez. E mais outra vez. E mais outra vez como quem não queria nada: “É que eu vou ficar sozinho. Eles vão viajar.” “E a namorada?” “Não é a minha namorada. Minha namorada é você.”

A gente estava caminhando aí eu parei. Caiu a ficha. Ele ia ficar sozinho... estava com vergonha de me convidar... mas que sem vergonha...

- Qual é o seu problema, em? – perguntei, batendo a pontinha do pé direito no chão.

- Nem um. Eu vou ficar sozinho o fim de semana. Só isso.

Ficamos nos olhando. Parados. Nos olhando.

- Aquela sujeita vai ficar com você?

- Não. Eu queria que outra garota entendesse. É que é difícil pra mim...

- Você deixa eu lhe fazer companhia? – eu perguntei dessa forma para deixa-lo à vontade.

INÍCIO DO CAPÍTULO TRÊS

Ele me agarrou tão forte, assim me abraçando pela minha cintura, e rodopiou comigo. Eu dei gritinhos de medo. “seu doido, me põe no chão”.

- Amei – ele disse, sorrindo. Um sorriso largo e lindo. Me pôs no chão. – Que horas eu te pego amanhã?

- Depois do meu trabalho. Por favor, não leva aquela sujeita lá no salão. Eu devia ter arrancado os dedinhos dela. Seu nojento.

Ele me beijou na boca me puxando pela nuca. Que safado.

Sábado de noite ele foi me buscar em casa. Fiu, fiu!!! Estava lindo com uma calça jeans colada bege, cinto preto e uma blusa de mangas compridas justa àquele corpinho esguio. Barriguinha zero. Aquilo me deixava louca. “Tudo para a gatinha aqui. Eu vou me esbaldar” esse foi o meu pensamento. Eu fui levando uma mala com de rodinhas. Dava a impressão que eu ia viajar. Mas ali estavam um pouquinho das minhas coisas. Eu usava um vestidinho pretinho com brilho que realçava a minha cinturinha fina e minha bunda. O vestidinho vinha até ao meio das minhas coxas. Hoje eu estava usando o perfume Essencial. Huuummm... como sempre linda e cheirosa todíssima... meus cabelos estavam soltos, pretos, lisos; unhas pintadas feitas francesinha. As unhas dos pés da mesma cor. Um lindo Scarpin preto com brilho para combinar com o vestido de salto não muito alto.

- Você está linda demais, Bruna – ele me elogiou e foi logo me beijando os lábios.

- Você vale a pena essa produção. Lindo desse jeito... Cadê aquela sujeita?

- Esquece ela. É só uma amiga.

- Eu quero que ela morra. – Aquela cretina não saía da minha cabeça. Naquele dia no salão beijando o safado na boca. E quem me garante que ele não encontrava com ela? A gente nunca está feliz... tem uma “mapô” para atrapalhar.

Deixamos minhas coisas na casa dele e eu convidei:

- Vamos sair? Eu vou levar você em um bar lgbt.

- Bruna??!! – ele ficou estarrecido. – Eu pensei que íamos ficar em casa.

- Ficar em casa? Sábado à noite? Todo mundo espera alguma coisa do sábado à noite, eu ouvi isso numa música. Mas eu quero lhe levar lá para que você tire suas próprias conclusões desse tabu que toma conta da sua mente. Ou você ama, ou você odeia de vez.

- Bruna, eu não sou gay. Esse lugares só tem...

- Opa, opa... – eu cortei uma possível fala deselegante que vinha daquela boquinha gostosa. – Lá só tem homens, mulheres e trans. Gays. Mas você vai estar comigo. Ninguém vai lhe atacar. Deixa o carro e vamos de aplicativo. Não quero o seu mal nem de sua família. Alguém pode identificar o carro do seu pai lá.

- Eu não tinha pensado nisso – ele disse, concordando. – Eu tenho medo.

- Medo de gostar?

- Medo de ser visto em um ambiente gay.

Nos beijamos. E ele beijava gostoso demais. Parecia que ia comer a gente.

- Nós já nos beijamos um zilhão de vezes ( gargalhadas nossas). Eu sou trans.

- Mas você é uma princesa. Olha seu jeito. Olha esse porte de mulher. Tenho certeza que aquele cara chato não sabe que você é trans. E se ele tiver lá? Ele tem jeito de gay.

- Esquece aquele menino. Eu estou com você e não com ele.

- Não foi o que eu vi naquele dia. Ele beijou você no rosto e você não fez nada. Deu vontade de matar vocês dois. E você, sua bonitinha? Nem pense mais em ficar de conversinha com ele. Você é linda demais pra ficar com ele. Nós combinamos. Ele não combina com você.

Eu estava me sentindo a mais linda das mulheres. Ele morrendo de ciúme de mim. E eu dele.

Chamamos o carro de aplicativo. Fomos...

O bar estava lotado. Mas o bar era apenas uma fachada. Entramos pelo corredor e chegamos a uma porta com um segurança. Não pagava a entrada, apenas o consumo. Lá dentro estava animado. Música eletrônica. Fomos para uma mesa que estava vazia em um canto meio escurinho. Pedimos refrigerante e um energético. Haviam muitas trans e gays. Algumas sentadas no colo de algum homem; outras andando como quem não quer nada por entre as mesas.

- Esse ambiente não combina com você, Bruna. Não tô vendo nem uma delas que sejam tão femininas quanto você.

Eu segurei as mãos dele. Beijei-as. Disse para ele que já tinha trabalhado ali por mais de três anos. Não para fazer programa, mas para ganhar dinheiro. Algumas amigas trans vieram falar comigo e pagamos cervejas para elas. Eram muitos elogios para ele. Ele ficava todo sem jeito. Quando elas se afastaram mais eu sentei bem do ladinho dele.

- Você está vendo? Eu sou igual a elas. Nós não somos o mal do mundo. Nós somos mulheres que nascemos em corpos masculinos. Aqueles homens que estão com elas – eu mostrei uma trans beijando na boca de um homem e tomando uma cerveja. – Está vendo? Isso não faz dele um gay; assim como você não é gay.

- Verdadeiramente eu não ficaria com uma delas. A maioria parecem homens. Até a voz – ele observou.

- É um direito seu. E então? Tem coragem ou não de fazer amor comigo?

Ele me beijou.

- Tenho. Com você eu tenho. Com uma delas não. Você quer fazer comigo?

- Eu tenho sonhado com isso. Mas você me evitou o tempo inteiro não me dando uma chance sequer.

- Desculpa... eu estava com medo de poder ser...

- Gay. Claro que você não é gay. Esquece isso e vamos ser felizes enquanto durar.

Agora ia começar o show das meninas dançando sobre o balcão do bar.

Continua... no capítulo quatro...


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Foto de perfil genéricaBrhunaBContos: 9Seguidores: 10Seguindo: 9Mensagem Eu sou uma garota romântica, amável e futura professora de literatura. Muito prazer, eu sou a Bruna.❤

Comentários

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Oi linda. Parabéns pelo conto, cada vez melhor e mais sexy. Adoro seu texto e a forma que você escreve. Beijinhos amiga!!!

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