(Cris)
Chegamos em Fortaleza e parecia que meu corpo estava congelando de dentro pra fora, meu filho estava uma emoção só.
José:- Mãezinha, minha vó vem buscar a gente?
Cris:- Vem sim!
As portas se abrem e lá estava minha Mainha, o rosto quase não mudou, algumas rugas que estavam ali a dez anos atrás. Caminhei em sua direção, enquanto José não parava de tagarelar, só Deus e ele sabe o que tava dizendo. Quando ele viu mainha o sorriso ficou largo, ele correu para abraçá-la.
Margo: Oi meu filho???
Jose: Filho não vovó, netinho!
Cris: Menino!
Todos rimos e fomos em direção a saída, minha mãe e José pareciam que tinham assunto pra cem anos. Como chegamos a noite, pra chegar em casa foi bem tranquilo, não havia trânsito então o uber foi bem rápido. Chegamos em casa, tratei de por o José para o banho, ele ficaria no meu antigo quarto, pedi para minha mãe deixar tudo direitinho, sabia da minha vinda ao Brasil já estava marcada, como fazia estudos no laboratório, meus amigos tínhamos um projeto com a pele do tilapia, para cicatrização, como fui uma das apoiadores e levei esse presente para humanidade para o laboratório, tornamos pioneiro em várias pesquisas e estudos. Cintia é dona é criadora do laboratório, estudamos algumas cadeiras de análise clínicas na Califórnia, depois daí nunca mais nos soltamos, colocou o nome do laboratório de ALBESFRANÇA na junção dos sobrenomes meu e o dela. Quando surgiu de ter uma filial no Brasil ela sabia que precisava voltar. Vim e trouxe comigo nosso José, ela ficou pois sabia que mesmo ali, eu ainda queria esta no meu lugar. Avisei assim que cheguei em casa, conversamos enquanto arrumava as malas do José e as minhas foram para o quarto que pedi para fazer enquanto estava fora, ele tinha acesso a rua,para as noite que chego tarde do trabalho e a casa de mainha. Depois de tudo arrumado, tava na hora de descansar, eram quase três da manhã e ainda não tinha sono, mas meu corpo pedia, liguei os fones e ao som de Jaded-Aerosmith adormeci.
(Anny)
Noites em claro de plantão no hospital sempre me trouxe noites de sono sossegada, mas essa noite não. Tinha ido dormir muito tarde, por volta de meia noite e as três, acordo com uma música na cabeça, só vim a dormir depois de ouvir, Jaded.
Na manhã seguinte, acordei com um chameguinho da Luciana, tava toda manhosa, hoje estava de folga queria só curtir um pouco com ela. Tomamos banho, café da manhã, assistimos filme, saímos pra comer na praia, ficamos até o final da tarde e de lá voltamos pra casa, éramos só eu ela e a Penélope. De repente estamos voltando pra casa ainda caminhando senti o cheiro do perfume da Cris, não o perfume em si, como ficava no corpo dela, não era a primeira vez que algo desse tipo acontecia, ainda tinha os sonhos. Deixei de lado os pensamentos e fui pra realidade, era chefe em um hospital que tinha acabado de se aliar um laboratório de grande nome internacional, tinha que esta pronta. Só tenho uma semana.
Continua...
