Meu cuzinho por um conversível restaurado - Parte I

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Homossexual
Data: 22/01/2021 10:34:10

Meu cuzinho por um conversível restaurado - Parte I

Ele estava lá abandonado há mais de 40 anos, coberto por um encerado empoeirado no mesmo galpão onde ficavam guardados os tratores e seus implementos na fazenda do interior paulista. Um MGA Roadster, ano 1958, motor de 1.5 litros, tinha pertencido ao meu avô, que o aceitara como parte do pagamento por seus honorários como advogado de uma das partes numa disputa judicial pelo espólio de um empresário americano milionário que viera viver seus últimos anos de velhice ao lado de uma brasileira cuja idade empatava com a de seus filhos. Além de um porta-retrato que ficava na estante do escritório da casa do meu avô em São Paulo, onde ele aparecia pilotando o conversível ao lado de minha avó com um lenço amarrado à cabeça para não espalhar seus cabelos, eu tinha uma vaga recordação de estar sentado no banco do carona com um dos meus irmãos, esticando o pescoço para poder enxergar a paisagem, enquanto meu avô nos levava num passeio pelas recém-asfaltadas estradas vicinais nos arredores da fazenda. Era um domingo de sol, meu avô usava seus óculos escuros e respondia às infindáveis perguntas que meu irmão e eu fazíamos, tagarelas pela euforia de estar andando naquele conversível. Ele já não era novo, o antigo proprietário não havia sido zeloso com a relíquia que tinha em mãos, mas meu avô o aceitou assim mesmo, pois temia levar o calote dos herdeiros que relutavam em gastar parte do espólio para impedir que a madrasta ficasse com tudo. Antes mesmo do meu avô ficar doente, o carro já havia sido encostado por um defeito mecânico para o qual não se encontravam peças de substituição no Brasil. E ali, ele permaneceu sepultado sob aquela lona amarelada puída, perdendo o brilho de sua cor british racing green, sendo devorado pelos anos e pelo abandono. Meu pai e meu tio jamais se interessaram por ele, pela fazenda e por muitas coisas pelas quais meu avô tinha apreço. Enquanto minha avó estava viva, eles não ousaram se livrar da fazenda, pois ela era tão apegada a ela e aos antigos e leais funcionários que não admitia nem aventar a hipótese da venda. Quem a ajudou a administrar a fazenda até seu falecimento foi minha mãe, que sempre a admirou por sua capacidade de agregar as pessoas à sua volta.

Nunca fui um aficionado por carros, nem modernos nem antigos, mas quando fui acompanhar meu pai numa das últimas vezes em que ele foi até a fazenda para resgatar alguns pertences pessoais que haviam ficado na casa, um funcionário veio questioná-lo quanto ao destino do velho automóvel abandonado.

- Vendemos a fazenda com porteira fechada. As tralhas e maquinários que estão no galpão pertencem aos novos donos, eles que se livrem daquilo que não os interessar. – respondeu meu pai, para quem todas aquelas terras, gado, plantações e afins não inspirava nenhum interesse.

- Eu quero ficar com ele! O carro não tem relação alguma com o maquinário agrícola e, portanto, não faz parte da venda. O vovô tinha um xodó por aquele carro e eu vou ficar com ele. – afirmei, para total surpresa do meu pai.

- O que você vai fazer com aquele monte de lata enferrujada? Aquilo já não andava nem quando seu avô estava vivo, imagina agora depois de décadas apodrecendo naquele galpão. E, mesmo que fosse possível restaurá-lo, coisa que eu duvido, isso custaria uma verdadeira fortuna. É muito dinheiro para ser desperdiçado com aquele ferro-velho. – argumentou

- Mesmo assim, eu vou ficar com ele! – não sei o que me levou a fincar pé daquela maneira, talvez a mesma vontade de contrariar meu pai que ele tinha para com meu avô.

- Quanto você acha que vão te cobrar para tirar essa coisa daqui e levar para São Paulo? E, onde pensa largar isso quando chegar lá? Não me venha com a ideia de colocar na nossa garagem, só me falta ter que driblar mais um cacareco naquele espaço cheio de tranqueiras. – retrucou ele.

- É lá mesmo que pensei em deixa-lo, ao menos até conseguir quem o restaure. – devolvi.

- Isso quer dizer para toda a vida! Nem pensar! Se insistir com isso, eu te dou um mês para tirá-lo da nossa garagem, antes de eu mesmo o entregar num ferro velho. – ameaçou.

- Não será preciso, antes disso terei encontrado uma solução. – afirmei, mesmo não fazendo a menor ideia de como eu faria isso.

Conversei com meu namorado Diego sobre o restauro do MGA do meu avô, ele ficou tão empolgado quanto eu com a ideia e sugeriu que começássemos a frequentar exposições de carros antigos que aconteciam Brasil afora. Eu tinha um aliado, o que naquela altura não me deixava parecer um louco perante meu pai, o que já era grande coisa. Meu pai conhecia o Diego desde que éramos crianças e vizinhos, e sempre simpatizou abertamente com ele, até o dia em que o Diego em um de seus rompantes de ousadia, revelou aos meus pais que estava apaixonado por mim. A revelação caiu como uma bomba na minha casa, uma vez que expôs minha condição de homossexual, algo que eu, até então, vinha escondendo a sete chaves.

- Você está tendo relações sexuais com o Diego? – perguntou-me meu pai certo dia, do nada, quando voltou do trabalho. Eu quase tive uma síncope. Estava prestes a jurar que não, quando ele me alertou. – Pense bem antes de me dar essa resposta! Não minta para mim. – acrescentou, enquanto eu assimilava o baque da pergunta.

- De onde você tirou uma coisa dessas? – questionei gaguejando de tão nervoso.

- Eu te fiz uma pergunta direta, não quero outra como resposta, pois não foi isso que te perguntei. – aquelas sobrancelhas que se juntavam quando ele não estava para brincadeiras, me indicou que a hora de abrir o jogo tinha chegado e que, fossem quais fossem as consequências, era hora de assumi-las.

- Sim. Quer dizer, rolaram uns lances, mas eu já coloquei um ponto final neles. – afirmei, embora isso não fosse plenamente verdadeiro, pois o Diego me pagava mesmo eu fazendo malabarismos para fugir daquela pica gulosa que, por sinal, eu adorava, ainda que isso não devesse ser confessado nem aos meus pais nem ao próprio Diego.

- Uns lances! E esses lances são exatamente o quê? – questionou, fechando o cerco.

- Ah, pai! Lances são lances, o que você quer que eu diga? Já falei, não rolam mais. – eu estava me sentindo péssimo. Ter que revelar uma coisa dessas sem um mínimo de preparo, de antecipação, de criar o momento e as palavras apropriadas para dar a notícia, tinha me deixado sem argumentos.

- Não me parece que você tenha conseguido terminar com seja lá o que são esses lances, uma vez que o Diego teve a ousadia de me confessar que estava apaixonado por você. E, pelo histórico de vocês dois, sempre juntos, unha e carne, sombra um do outro, esses tais lances já vêm acontecendo a tempos e, pelo visto continuam, uma vez que ele demonstrou estar bastante interessado em você e neles. – eu, em meu íntimo, rezava para meu pai continuar falando pausada e aparentemente tranquilo sobre tudo aquilo, pois uma ligeira elevação na voz, me poria em polvorosa.

- É. – eu já não sabia mais o que dizer. Ele parecia estar bem a par do que tinha rolado entre o Diego e eu, e que ainda continuava a acontecer quando eu não conseguia driblar a obstinação da pica do Diego em se alojar no meu cuzinho.

- É? O que significa, é?

- Ah, pai! Sei lá. Eu gosto dele, somos amigos.

- Eu também tive muitos amigos na adolescência, mas nunca trepei com nenhum deles. Então sua mãe e eu queremos saber o que te levou a transar com seu amigo, como você diz.

- Não sei explicar! A gente percebeu que se gosta, daí rolou.

- Rolou! Lances! É estranho como vocês dão nomes a uma coisa que tem nome desde que o mundo é mundo, chama-se fornicar, trepar, transar, para usar termos bem atuais. E, se você que é homem, trepa com outro homem, isto quer dizer que você é gay, ou estou enganado. – meu pai parecia ter sempre razão e, nesse caso, estava coberto dela.

- Sim, sou! – melhor admitir de uma vez, já que ele sabia de tudo.

- Podemos saber por que nos deixou descobrir isso por meio de outros, e não por você mesmo? Não confia em seus pais? – agora ele estava pegando pesado.

- Não, claro que não! Eu não sabia como contar uma coisa dessas. Não sabia como iam reagir. Não queria decepcionar vocês. Uma porção de coisas. Mas eu confio em vocês, lógico!

- E como ficamos agora?

- Como assim?

- Bem! Esse tal de rola entre você e Diego fica como? Quer dizer que vamos conviver com ele aqui dentro de casa na condição de quê? Como é que vocês dizem, ficante? Paquera? Paixonite? Namorado? Parceiro, ou o quê?

- Sei lá, pai! Não é nada disso! Somos amigos, é só isso!

- Amigos que vão para a cama juntos!

- Do jeito que você fala, parece que eu sou um depravado.

- É assim que você se sente?

- Claro que não!

- Por uns tempos sua mãe e eu não queremos ver a cara do Diego, estamos entendidos? E, se você não sabe o que quer da vida, sugerimos que também o evite. – sentenciou, do alto de seu poder paternal e na condição de quem bancava meu sustento.

- Sim. Mas vocês conhecem ele, não posso responder pelo que ele disser. – tentei me esquivar

- Já percebi que ele é bem petulante! Veio falar comigo na maior audácia, como se você já fosse propriedade dele, e eu não gosto dessa postura. Ainda sou eu quem manda nessa casa e, enquanto você estiver sob o meu teto e eu pagando as tuas contas, quero um mínimo de respeito para com sua mãe, para comigo, e para com essa casa. Afinal, isso aqui não é nenhum bordel onde o sujeito entra, trepa e vai embora como se fosse a coisa mais natural desse mundo. – eu queria saber por que estava me sentindo uma puta ao ouvir as palavras do meu pai. Que eu ia ter uma conversa séria com o Diego, ah, isso eu ia ter!

Quebrei o maior pau com o Diego no dia seguinte àquela conversa. O cínico não se abalou, disse que faria tudo de novo e, até ameaçou ir esclarecer as coisas com os meus pais. Confessou na cara dura que não ia abrir mão do meu cuzinho só porque eu não tive coragem de abrir o jogo com a minha família e, que não tinha medo da cara feia do meu pai. Convencê-lo a dar um tempo até a poeira baixar não foi tarefa fácil. É nas crises que vão aparecendo os traços de personalidade de cada um, e o Diego estava me mostrando como sabia ser turrão. De cabeça fria, ele foi percebendo que conseguiria se reaproximar da minha casa não batendo de frente com o meu pai. A tática, depois de um período de ausência, acabou dando certo. Meus pais não o enxergavam mais como um vilão que tinha desvirtuado o filho, mas como alguém que realmente sentia algo por mim, concordassem eles ou não. E, no andar da carruagem, as coisas foram se engrenando, e Diego e eu, assumimos nossa paixão. Desde então, ora ele estava ao meu lado me apoiando contra alguma imposição dos meus pais, ora estava ao lado deles, me deixando lutar sozinho por meus interesses. Felizmente no caso do conversível, ele estava ao meu lado.

Acabamos descobrindo que havia uma Federação Brasileira de Veículos Antigos, que havia clubes de diversas marcas e modelos antigos, que havia feiras e encontros por diversas cidades. Num final de semana acabamos indo até um desses encontros, em Águas de Lindóia no interior paulista. Foi quando perguntamos por restauradores e possíveis contatos. Não só naquele encontro, mas em outros que fomos depois desse, um nome começou a pipocar na boca de muitos colecionadores e aficionados por carros antigos, Manolo.

- Ah, procura o Manolo, o cara é fera quando se trata de restauro de antigos! Manolo é o cara, procura por ele, já que mora em São Paulo! Tem um sujeito excêntrico em São Paulo, Manolo, mas manda muito bem quando o assunto é restaurar um antigo! Oficina do Manolo, é onde você deve levar seu MGA, não conheço ninguém que manda tão bem em restauros! – responderam os diversos colecionadores com os quais conversamos nesses encontros e feiras.

E lá fui eu, telefones e endereço nas mãos, agendei uma data e fui conversar com o tal Manolo. O Diego andava às voltas com a empresa de E-commerce dele e não pode me acompanhar. Não quis mudar a data agendada, apesar da presença do Diego sempre me deixar mais confiante. Era algo que vinha acontecendo desde que éramos adolescentes, e ficou ainda mais evidente depois de ele ter enfiado aquela estrovenga gigante no meu rabo. Contudo, eu era hábil o suficiente para ligar com as questões sem o olho protetor e dogmático do Diego.

Um porteiro numa guarita me abriu o pesado portão automático de chapas de ferro que me deu acesso a um estacionamento diante de um galpão com a fachada toda envidraçada com vidros refletivos em tom azul, impedindo que se distinguisse qualquer coisa em seu interior. Mal se podia identificar onde ficava a entrada do galpão, quando a encontrei, estava trancada e sem nenhum sinal de um interfone nas proximidades. Lugar esquisito, pensei comigo mesmo, até parece que querem afugentar os clientes. O guarda saiu da guarita e sinalizou para eu seguir por uma calçada lateral ao galpão. Seguindo suas instruções, fui dar com outro portão gigantesco de chapas de ferro que estava aberto e dava acesso ao interior da oficina. Não deveria haver carros a serem restaurados aqui dentro, me perguntei, ao ver um amplo espaço vazio? O galpão era dividido por setores, grandes espaços que concentravam as etapas de restauro dos carros, compreendi, assim, que comecei a me descolar a esmo pelo espaço. Não deveria haver funcionários trabalhando nessa birosca? Uns barulhos estranhos vinham de uma ala onde vi os primeiros sinais de que ali funcionava uma oficina, pois havia equipamentos, aparelhos, elevadores hidráulicos e ferramentas que comprovavam isso. A cada passo que eu dava na direção daquele setor, meus ouvidos me diziam que uma mulher estava gemendo ali dentro. Que raios de lugar é esse? Já estava achando que tinha entrado numa fria. Os gemidos ficavam cada vez mais nítidos, enquanto meu olhar vasculhava entre estruturas que um dia tinham formado um veículo completo. Os carros a serem restaurados estavam dentro de uma espécie de baia, com diversas peças deles alojadas em prateleiras. Os que estavam sendo trabalhados, estavam para fora, diante das baias. Contornei as duas primeiras e, de repente, encontrei o casalzinho. Ele, um mecânico, com o macacão ao redor dos joelhos, estava deitado sobre uma dessas plataformas rolantes que permitem que se deslize para baixo dos veículos quando se precisa trabalhar junto ao chassi ou algo alcançável por debaixo do carro; ela, uma balzaquiana de cabelos pretos até os ombros, completamente nua e virada de costas para o sujeito, cavalgava sua pica, da qual praticamente só se viam os enormes testículos do lado de fora e, uns poucos centímetros da benga quando ela se levantava antes de voltar a soltar o peso de seu corpo sobre aquele membro. Fiquei pasmo, estático, incrédulo. Havia um sorriso na boca dela, carregada de um batom pálido, pelo qual escapavam os gemidos de prazer. Ele a equilibrava mantendo suas mãos em suas ancas, garantindo que a cavalgada não lhe trouxesse nenhum dano ao falo que ajudava a enterrar na buceta dela elevando os quadris ritmicamente. Ela foi a primeira a me ver ali parado em estado apoplético. Minha presença não lhe causou nenhum constrangimento, a rola na buceta devia estar compensando qualquer sentimento impudico. Ele me viu assim que soltou um urro de prazer, ao virar o rosto ligeiramente para o lado e na minha direção. Já era tarde para qualquer acanhamento, ele estava esporrando freneticamente na vagina dela, e não se deixaria privar desse prazer só porque alguém estava observando. Afinal, eu era um homem e, certamente saberia e compreenderia mais do que ninguém, que àquela altura do campeonato não se interrompe o jogo. Não fossem meus pés parecerem soldados ao piso, eu teria tentado sair dali o mais sutilmente possível, mas eles simplesmente não me obedeciam. A morena de peitos pequenos e nada atraentes, foi se levantando aos poucos, enquanto a pica do sujeito deslizava lentamente para fora de sua buceta. Uma cena bizarra, para não dizer constrangedora, quando se é apanhado de surpresa por ela. O mecânico se levantou assim que ela saiu de cima dele e começou a se vestir com as roupas que estavam espalhadas ao redor, ela vestiu a blusa sem colocar um sutiã. Quando ele começou a suspender o macacão, a pica descomunal, pesada e ainda pingando porra, foi camuflada apenas o suficiente para não ser obscena, uma vez que o macacão continuou aberto até abaixo do umbigo peludo do sujeito. Eu, obviamente, estava mais interessado nele do que nela, especialmente depois de ter visto aquele caralhão vertendo o néctar daquele macho. Ela se recompunha quando ele deu uns passos na minha direção e me estendeu a mão. Hesitei se devia pegar nela, fiquei imaginando por onde não esteve nos últimos minutos e senti uma repulsa ao concluir que podia ter estado dentro daquela mulher. Ele sorriu ao ver meu embaraço e não insistiu.

- Eu agendei um horário com o Sr. Manolo, é o senhor? – minha voz estava tremula e quase inaudível, o estado de estarrecimento ainda não havia passado.

- Não, é o meu pai! Siga por ali, vai encontrar uma escada, ele está na segunda porta à direita quando terminar de subi-la. – instruiu ele, me examinando da cabeça aos pés. Se eu não estivesse sob tamanho impacto, podia jurar que aquele olhar safado e cobiçoso já tinha notado o volume da minha bunda e, apesar de ter acabado de foder aquela buceta, ainda havia muito fogo naquele caralho para foder o meu cu.

Antes de iniciar a subida da escada, dei uma última olhada para trás. A mulher, já completamente vestida, falava com o mecânico, mas ele estava olhando para mim, tinha certamente acompanhado cada um dos meus passos e, indubitavelmente concentrado sua atenção naquele par de nádegas avantajadas que preenchia sensualmente meu jeans. Senti um calafrio percorrendo minha espinha, só de imaginar aquele cacete dentro de mim, um calafrio de pavor, um calafrio prazeroso. Sensações ambíguas que só um gay consegue entender.

Antes de alcançar o topo da escada comecei a ouvir a voz grossa que vinha da sala indicada pelo mecânico, o tal Manolo devia estar ao telefone, uma vez que só se ouvia a voz dele pausando de tempos em tempos. Desacelerei meu ritmo para ver se ele desligava antes de eu chegar até a porta. Assim que minha vista contemplou o interior do que devia ser um escritório ou uma sala de projetos, entendi o que uma das pessoas que nos havia indicado o Manolo quis dizer com ele ser um excêntrico. O sujeito devia ter uns cinquenta e poucos anos, corpulento como um urso, tinha o cabelo cortado à moicano, laterais completamente raspadas e uma crista de cabelos no alto da cabeça que chegava até a nuca, barbear-se parecia não fazer parte de seu ritual de higiene, assim como do mecânico que flagrei fodendo a balzaquiana, pois ambos não a faziam a dias, filho de peixe peixinho é, sem dúvida. Porém, o que mais me desconcertou, foi o macacão verde-oliva desabotoado até quase o início dos pelos pubianos, que deixava à mostra o tronco vigoroso e roliço, onde uma abundância de pelos mais parecia um tapete. Que lugar é esse, perguntei aos meus botões, onde esses machos andam tão despudoradamente vestidos, exibindo sua virilidade como se estivessem num filme pornô? Era algo completamente insano para um ambiente de trabalho, mesmo que esse ambiente fosse eminentemente masculino. E, o pior, era algo que para um gay como eu, podia encher nossas mentes de pensamentos libidinosos. Só com o que eu tinha presenciado lá embaixo, aquele cacetão pingando e escorregando lentamente para fora daquela buceta, eu tinha motivo suficiente para passar, no mínimo, umas três noites tendo alucinações eróticas. Agora me aparecia pela frente esse urso transbordando testosterona para suplementar ainda mais minhas fantasias, muito embora eu nunca tivesse me sentido atraído por ursos, muito menos me considerasse um bear chaser. Ao notar minha presença ele abriu um sorriso, e fez sinal para que eu me sentasse numa cadeira diante da mesa sobre a qual estava parcialmente sentado, sem interromper sua conversa que, para meu alívio, versava sobre o restauro de uma BMW. Pegou na pica pelo menos meia dúzia de vezes, como se ela não estivesse numa posição confortável. Meus olhos não conseguiam se desviar daquela mão peluda que repousava sobre seus genitais. Acho que nem uma incursão por uma sauna gay me deixaria tão excitado e com os nervos à flor da pele como aquele lugar, cheirando a graxa, suor de macho, testosterona, porra e zilhões de aromas masculinos, que estavam invadindo minhas narinas sem nenhum filtro. Ou seriam apenas desvarios da minha cabeça? Eu já não sabia de mais nada, apenas que minha pressa em resolver o assunto que me trouxera até ali, não parava de aumentar.

- Olá! Muito prazer, Manolo! – exclamou ele, ao desligar o telefone e se aproximar de mim com aquela mãozona que estivera manipulando seu falo segundos atrás.

- Olá! Sou o Heitor, me indicaram o senhor como restaurador de antigos. Eu gostaria de saber se o senhor restauraria um MGA 1500 Roadster, ano 1958? – eu me sentia encabulado diante daquele homem, e não encontrava um motivo justo para isso.

- Uma bela relíquia! De onde a tem? – perguntou, ainda mantendo a minha mão suada e ligeiramente trêmula dentro das dele.

- Foi do meu avô, está abandonado há anos. Já me aconselharam a descartá-lo num ferro-velho. – respondi, procurando não olhar para aqueles olhos que me despiam da cabeça aos pés. Aquele cinquentão devia adorar um carinha com o meu biótipo, rosto liso de traços harmoniosos, alto, esguio, músculos dos braços definidos, coxas grossas e uma bunda carnuda onde uma pica colossal podia se perder num aconchego quente e úmido entre glúteos rijos.

- Seria uma heresia! Quem foi o maluco que te sugeriu uma asneira dessas! – exclamou ele, se exaltando. – É um clássico! Em bom estado pode superar o valor de muitos carrões novos. – emendou.

- Essa é a questão, ele está em péssimo estado, partes da lataria estão opacas, talvez até podres. Será que vale o investimento? – eu não ia revelar que foi meu pai a me mandar jogar o carro no ferro-velho.

- Onde está o carro? Trouxe ele com você? – ele começava a ser prático e profissional, o que foi me tranquilizando.

- Não, não o trouxe! Posso trazê-lo quando o senhor achar melhor. – respondi.

- Não me chame de senhor! Manolo é o suficiente para um garotão como você! Posso passar amanhã pela manhã para ver o estado em que ele se encontra, me dê o endereço.

- Está no interior do Estado, posso trazê-lo até o final de semana. – menti, pois tudo o que eu não queria era que esse homem e meu pai se conhecessem, pois isso significaria um mar de problemas pela frente, e eu não estava disposto a enfrentar uma guerra por conta desse restauro.

- Tudo bem! Traga-o até sexta-feira, vou ver o que será preciso fazer. – devolveu, como se já contasse com o serviço.

- Combinado! Volto esses dias com o carro para uma avaliação! – retruquei, levantando-me para sair dali o quanto antes. Porém, não escapando de ele pegar mais uma vez na minha mão, sacudi-la com força e me dar uma secada de causar arrepios.

- Ah, Heitor! Temo que tenha se assustado com a cena que presenciou lá embaixo, e devo alertá-lo para não ficar tão impressionado com o que admirou no meu caçula, sabe como é, garotões na sua idade tem os hormônios fervilhando nas veias. – sentenciou ele, antes de eu sair pela porta. Ele tinha sacado que meu nervosismo tinha origem naquela caceta gigantesca que eu vi escorregando buceta afora. Pronto, estou fodido, pensei. Ele já sacou que sou gay e pior, do tipo que ele não deixaria de dar um trato custasse o que custasse.

- Não se preocupe, não sou de ficar impressionado com coisas como essa! – devolvi, tentando parecer indiferente, embora ele soubesse que isso não passava de um blefe para não admitir o quanto eu estava transtornado com aquela visita.

- Até mais, então!

Quando entrei no carro e fui acionar o pedal da embreagem, notei que meu joelho tremia como gelatina. Imediatamente comecei a pensar no que ia dizer ao Diego quando ele me perguntasse como tinha sido a conversa com o Manolo. Mentir, dizer que ele não recuperava esse modelo de carro, dizer que não fui com a cara do sujeito, tudo levaria a mais questionamentos ou a ele descobrir que eu havia mentido, o que conhecendo o Diego como eu conhecia, só ia encher a cabeça dele de suspeitas, para as quais eu, mais cedo ou mais tarde, não encontraria respostas satisfatórias. Contudo, dizer a verdade sobre aquele encontro, seria pior ainda, uma vez que o Diego tinha ciúmes até da minha sombra. Se ficasse sabendo que eu tinha visto a rola do filho do Manolo em toda sua glória e desempenho, eu teria sérios problemas a contornar. Sugerir que continuássemos a procurar por mais restauradores, foi a solução que encontrei, e foi essa que transmiti ao Diego quando ele me perguntou.

- Não sentiu confiança nesse Manolo? – questionou

- Não é isso, só acho que seria bom termos mais opiniões e, especialmente, mais orçamentos, uma vez que me parece que terei que desembolsar uma boa grana se quiser colocar aquele carro para rodar novamente. – respondi.

- Sim, é claro, melhor mesmo. Mas eu vou participar dessa empreitada com você, mesmo que tenhamos que investir um bom dinheiro nisso. Você é meu namorado, vai ser meu parceiro, é um projeto nosso. – afirmou ele, como se tivesse a certeza de que acabaríamos nossos dias um nos braços do outro.

- Não posso permitir que faça isso! Invista seu dinheiro em coisas suas, não é justo que banque minhas invencionices. – afirmei

- E você por acaso você não é parte das minhas coisas? Está me excluindo da sua vida? Não me considera seu homem? – perguntou, fechando a cara.

- Não é nada disso! Só não quero que gaste seu dinheiro, só isso. – respondi, pois sabia que estávamos prestes a ter uma discussão.

- Sei muito bem como investir meu dinheiro! E não volte a falar como se eu não fizesse parte da sua vida. Já deixei bem claras as minhas intenções com seus pais e não vou gastar mais meu verbo explicando as coisas para você. Sou teu macho! Se estiver em dúvida, te mostro, já, já! – exclamou, quase bufando.

- Segura tua onda! Não comece a misturar as coisas, e a fazer a sua reinterpretação das minhas palavras. Você sabe que eu detesto quando você começa a dar uma de machista para cima de mim. – retruquei, mantendo o olhar firme nele, o que ele sabia ser sinal de que havia ultrapassado os limites da linha da grande área.

O Diego e eu crescemos juntos, éramos vizinhos desde a infância, íamos à escola juntos, alguém de fora podia jurar que nossas famílias tinham algum tipo de parentesco, tanto era intenso nosso convívio. O fato de ele ser um ano mais velho do que eu o tornara uma espécie de irmão mais velho, que se achava na obrigação e no direito de me defender dos garotos da escola quando começaram as zoações com a minha bunda que disparou a crescer durante toda a adolescência. Ele parecia um cão de guarda quando alguém mexia comigo e, contando com um físico privilegiado, intimidava qualquer incauto que se aventurasse a me dirigir gracejos. Com o passar dos anos, minha bunda não era apenas um assunto a ser resolvido na porrada com outros caras, mas algo que o deixava com um puta tesão. O fato de eu gostar muito dele, venerá-lo até em certas ocasiões, tornava tudo mais complicado, pois ele queria me enrabar e não sabia como consumar seu desejo sem que isso interferisse na nossa amizade. Foi então que eu me dei conta de que também gostava dele, de que aqueles músculos vigorosos em seus braços não serviam apenas para me defender, mas que estavam me fazendo sonhar com seu dono em lascivas e promíscuas fantasias sexuais. Foi quando me dei conta de que era gay, e simplesmente tudo no Diego me deixava com tesão. Era o cheiro dele, a maneira como sorria para mim desalinhando as sobrancelhas, aquele tronco que cada dia ficava mais peludo e sensual, aquela estrovenga no meio das pernas dele que já ninguém deixava de reparar, pois formava um volume descomunal sob a calça, a respiração dele que se acelerava quando tocava minha pele, tudo já não era como quando éramos crianças. O tempo só ia acrescentando luxuria a tudo, e nossos corpos começaram a clamar por uma conjunção difícil de ser contida. Qualquer carinha que se aproximasse de mim era para o Diego um rival em potencial. Além da vontade crescente de me foder, o ciúme dele crescia como uma ereção sem controle. Eu me esquivava o quanto podia, achando que se me deixasse enrabar, ele não me daria mais sossego, o que só o deixava mais tenso e arisco.

Íamos a festa de aniversário de uma amiga do Diego que também acabara se tornando minha amiga. Passei pela casa dele para buscá-lo, pois estava sem carro. Ele estava na sala, ao celular, confirmando o endereço com a aniversariante, pois não se lembrava mais de como chegar lá, quando veio me abrir a porta. Deixei-o terminar a conversa antes de disparar.

- Que calça é essa Diego? Quantos anos você tinha quando a comprou? Faz anos que não veste mais esse número, você não tem espelho? – questionei.

- Por que? O que tem de mais nessa calça? – devolveu.

- O que tem de menos você quer dizer! Está muito justa! Não tem nem espaço para esse baita cacete. Olha que coisa acintosa!

- o que você quer que eu faça, que corte a pica fora? O azar vai ser seu!

- Deixa de falar besteira! Vai trocar por uma em que esse negócio caiba dentro.

- Eu nasci assim vou fazer o que? Já que está implicando com o tamanho, dá um jeito nessa sua bunda, é imensa, todo mundo vê.

- É diferente! Eu não fico vestindo calças justas como essa, só para exibir o tamanho desse cacetão como você, querendo impressionar a mulherada e fazer inveja para os caras. Olha para isso, e me diz se tem condições da gente ir para qualquer lugar com você desse jeito?

- Que jeito? Não tem nada demais, é uma pica dentro de uma calça, nada mais do que isso!

- Uma pica não, um tronco você quer dizer! Vai trocar essa calça Diego, ou pode esquecer nossa saída. Não vou passar por esse vexame! – sentenciei com firmeza.

- Vexame ou ciúmes? Você está com ciúmes que fiquem paquerando minha rola. – afirmou rindo.

- Com ou sem ciúmes, vá trocar de calça ou vamos ficar por aqui mesmo. – revidei.

- Prometi que ia, não posso furar com a galera. Mas quando voltarmos vou meter a caceta nesse seu cuzinho até você pedir arrego. – asseverou, subindo para trocar de calça.

Um desencontro que me pareceu inofensivo, pois só aconteceu porque um dos meus professores ficou impedido de dar as últimas duas aulas do dia, e me levou a aceitar a carona da mãe de um colega, foi o estopim de uma briga que rolou assim que ele voltou do colégio, exigindo explicações. Eu estava sozinho em casa naquele início de tarde, meu irmão estava no curso de fotografia que fazia em paralelo com o colégio, e o Diego quase me derruba quando fui abrir a porta. Continuei agindo como se não estivesse ouvindo seus berros e questionamentos, caminhava pela casa fazendo o que tinha para fazer, e ele atrás de mim feito um lobo perseguindo a presa. Quando entrei no meu quarto para jogar videogame, a paciência dele acabou. A tarde quente me fez vestir apenas um short, e boa parte do meu corpo exposto parecia estar aumentando a fúria dele.

- Você está fazendo pouco do que estou dizendo? – questionou, espumando.

- Não! Só acho que você está fazendo uma tempestade de um copo de água e eu não vou ligar para as tuas besteiras. – respondi, com aquele ar de quem não cede, de quem não aceita submissão, o que ele tanto detestava.

Antes que eu me desse conta do que tinha acontecido, ele estava em cima de mim, apertando meus punhos contra a cama e me prendendo com seu peso. A infeliz ideia que tive de dar uma joelhada no saco dele, e que não funcionou devido a agilidade dele em se esquivar, deixou-o puto. Ele me virou de bruços, arrancou meu short, lançou-se sobre mim e, feito um garanhão ensandecido, meteu o cacetão no meu cuzinho virgem. Eu gritei quando senti meu cu rasgando e aquela dor atroz tomando conta do meu rabo. O grito o desconcentrou, por uns instantes até ele se sentiu perdido, mal acreditando que sua pica estava quase toda entalada no meu cuzinho.

- Desgraçado! Olha o que você fez! Nunca vou te perdoar por isso, seu, seu ... – eu não encontrava as palavras para continuar, uma vez que aquele bagulhão pulsando dentro de mim estava me deixando confuso e atordoado.

- Quem mandou me irritar! – exclamou, para manter a dignidade

- Tira esse pinto de mim, você está me machucando, seu tarado! – se era bem isso que eu queria não dava para saber, mas era o que tinha que ser dito.

- Eu não queria te machucar, mas você fica me tirando do sério. – justificou.

- Você se acha meu dono e pensa que pode fazer o que quiser comigo, mas não é bem assim, não. Não sou seu cachorrinho! Não te devo obediência! E, tira essa pica de mim, agora! – berrei.

- Quietinho! Você não está em condições de dar ordens, muito menos a mim! Pede desculpas se quiser que eu tire meu pau do teu cu. – ordenou.

- Ah, vai sonhando! Sabe quando vou pedir desculpas para você? Nunca! Não fiz nada de errado para ter que me desculpar. E, tira essa pica, está doendo, Diego! – pronunciar o nome dele e ouvi-lo ecoar pelo quarto, fez os ânimos baixarem. Ouvir seu nome saindo dos meus lábios quase como uma súplica quando estávamos grudados um no outro, exacerbou o tesão dele.

- Ah, Heitor, fazia tempo que eu queria meter nesse cuzinho! – sussurrou ele, dando mais uma leve estocada para enfiar a pica mais para dentro. Dessa vez não gritei, apesar da dor, apenas gemi, um ganido que expressava o quanto ele estava sendo bruto. De um instante para o outro, aquelas mãos que me continham e me cerceavam, começaram a deslizar pelo meu corpo, enrodilharam meu tronco, acariciaram meus mamilos e o Diego arfava junto ao meu cangote.

O que começou como uma luta, ia pouco a pouco se transformando num coito consentido. As estocadas agora cuidadosas, iam abrindo caminho nas minhas entranhas e permitindo que aquela rola me preenchesse. Eu não queria mais que ele saísse de dentro de mim, ao contrário, foi a primeira vez que me deu uma tremenda vontade de aconchegar aquele macho no meu rabo, e me entregar a ele de corpo e alma. Ele foi me girando na cama, sem me soltar, até ficarmos de lado. Não era apenas a necessidade de manter minhas pernas abertas para acomodar aquele volume que me fez erguer uma delas até ele a tomar em sua mão, era o desejo de sentir aquele vaivém manso que ele imprimia aos seus quadris e fazia a pica se aprofundar no meu cuzinho que me levou a tomar essa posição. Nossos rostos estavam próximos o suficiente para ele alcançar minha boca e me beijar intensa e ardentemente. Assim que a língua dele me penetrou, eu comecei a chupa-la, a sorver a saliva deliciosa daquele macho que acabara de deixar de ser um amigo de infância para se tornar o homem que estava me proporcionando o maior prazer que eu já havia experimentado. O furor e a pressa de me subjugar acabaram e, cada movimento de sua rola friccionando minha mucosa quente e úmida, estava lhe dando o maior tesão que já sentira na vida.

- Ai, Diego! – suspirei, de repente, expressando tudo o que estava me avassalando por dentro, tudo o que aquele homem estava me fazendo sentir.

- Me promete que vai deixar eu fazer isso mais vezes. Promete! – grunhiu ele, impulsionando a pica até deixar apenas o sacão de fora, imprensado entre os meus glúteos.

Os beijos se sucediam cada vez mais tórridos e libertinos, eu sentia uma convulsão nas entranhas ganhando força e, de repente, estava gozando, a porra espirrando em cima do lençol, minhas forças se extinguindo, meu corpo entrando num estado de torpor, enquanto o Diego continuava aquele vaivém potente pelo qual eu queria desfalecer de tanta paixão. Ele agarrou meu rosto com as duas mãos, me encarou suado e arfando, soltou um grunhido rouco e começou a gozar. Dava para sentir cada um daqueles jatos potentes escorrendo pela minha ampola retal, inundando-a com o esperma cremoso e abundante dele. Ao me manter encarando seu rosto determinado, ele parecia estar afirmando que era meu macho e, que eu devia aceitar isso como um fato consumado. Não foi naquele momento que eu encontrei motivos para discordar, não com aquele esperma se espalhando pelo meu cuzinho. O Diego achou que depois de me desvirginar, eu finalmente o veria como o dominante de nossa longa relação. Mas eu ainda estava muito longe de aceitar que um homem me submetesse a seus caprichos. Ele tirou o pau do meu cuzinho quando ele estava à meia-bomba, orgulhoso, petulante, altivo, como se tivesse acabado de fazer uma grande façanha. Acho até que ia me jogar isso na cara. Porém, antes de se vangloriar, percebeu que meu rego estava todo ensanguentado, que o lençol debaixo de mim estava manchado de sangue e, subitamente, aquele ar de vencedor, se transformou em preocupação. Pelo histórico dele, que eu conhecia muito bem, a simples visão de sangue tinha o poder de deixá-lo mais pálido do que uma vela. Não foram poucas as vezes em que se machucou e, ao notar que afloravam algumas gotas de sangue do ferimento, vez disso um drama digno dos mais talentosos atores.

- Viu o que você fez seu mastodonte sanguinário! Eu disse que você estava me machucando, seu pervertido! Meu cu está sangrando, seu bruto! – exclamei, implantando o terror naquele rosto há pouco jubiloso.

- Eu não queria te machucar, juro! Foi sem querer! O que vamos fazer? – gaguejou ele.

- Você vai sumir daqui agora mesmo! Não quero ver a tua cara nunca mais! Some daqui, Diego! – descarreguei, mais pela vergonha de ter levado a pior nessa trepada, deixando evidente que era a parte mais fraca e suscetível, o que em si só já era motivo suficiente para me deixar furioso.

- E você? – balbuciou, sentindo-se impotente ante o que devia ser feito.

- Eu me fodi, não era isso que você queria? Pois conseguiu! Some daqui, Diego, e não volte nunca mais! – irado como eu estava, e mais perdido do que cego em tiroteio, ele juntou afobadamente suas roupas e saiu correndo. A declarada macheza de há pouco, se transformara em covardia.

Se aquela foda não tinha sido a primeira do Diego, evidentemente foi a que terminou da forma mais dramática, o bastante para deixá-lo apavorado com as consequências. Confesso que foi disso que me vali para sair desse episódio com um pouco de dignidade. Eu mesmo fiquei meio perdido depois que ouvi ele saindo pela porta da frente. Nunca havia sangrado pelo cu, e sem ter como avaliar o quanto ele havia me detonado, comecei a ficar preocupado com aquele gotejamento que não parava. Temores de um virgem inexperiente, de um marinheiro de primeira viagem. Outra preocupação minha foi a de me livrar de qualquer vestígio do que aconteceu no meu quarto naquela tarde, só me faltava meus pais ou meu irmão descobrirem aqueles lençóis e toalha manchados de sangue. Felizmente, grande parte do que julgamos ser uma catástrofe é fruto de nossa imaginação fértil. Antes dos meus pais regressarem, tudo estava sob controle, como se nada de diferente tivesse acontecido, à exceção do meu cuzinho que ardia como se houvesse uma brasa incandescente enfiada nele. Com isso tive que me conformar pelos dois dias seguintes, assim como com uma discreta mancha de líquido seroso levemente tingido de amarelo e rosa que encontrava nas cuecas, bem onde meu rego mastigava o tecido.

- Oi! Como você está? – pela entonação na voz dava para perceber que o Diego ainda estava abalado com o que tinha acontecido naquela tarde. Acho que mal estava curtindo o fato de ter me desvirginado e com isso conseguido o que desejava há tempos.

- Eu não falei para você sumir? Não quero mais papo com você, nunca mais, entendeu? – eu tinha que ser firme, afinal era disso que dependia a maneira como nossa relação ia continuar dali para a frente.

- Me desculpa! Só quero saber se tem alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar. – fosse como fosse, ele continuava um fofo protetor, preocupado comigo e com meu bem-estar, isso foi mais que suficiente para eu esboçar um discreto sorriso, que ele felizmente não pode observar.

- Vê se não liga mais para cá, quer que todo mundo descubra o que fizemos? Já disse que não quero mais papo com você! – isso ia dar uma boa lição naquele convencido.

Ficamos algumas semanas sem nos falarmos. O Diego me rondava tentando voltar às boas, mas para ele não continuar abusando, eu me fazia de difícil. Algo que não foi tão fácil como eu havia imaginado, particularmente depois de ter sentido a porra pegajosa dele aderida em mim por mais de um dia. A sensação daquela umidade no mais íntimo dos recônditos do meu corpo, mudou a maneira como eu sentia o Diego. Só de imaginar o tato com a pele dele, seu cheiro, o calor que o corpo dele emanava, eu me derretia todo, e o desejava com tanta intensidade que não via a hora de estar novamente engatado nele. Fizemos as pazes, o que percebi, tirou um enorme sentimento de culpa de seus ombros. Contudo, aos dezoito anos, o Diego tinha na cabeça mais neurônios nadando num caldo de hormônios do que juízo e, não demorou para ele voltar a perseguir minha bunda com as mais depravadas e libidinosas ideias em mente. A isso se juntou a minha vontade de voltar a sentir aquela nesga de prazer que experimentei em meio toda aquela dor que o pintão dele me causou, e logo estávamos transando de novo, desta vez com ‘n’ regras e senões que eu inventei para ele não se deixar levar pelo tesão desenfreado dele. Foi ali que ele aprendeu que para me foder tinha que rezar por uma cartilha cheia de diretrizes e ele, a bem de uma deliciosa trepada, não as infringia. Os três anos seguintes foram de completa observância do que havíamos combinado. Transávamos com certa frequência e íamos descobrindo o quanto estávamos unidos sentimentalmente. Até que o Diego completou 21 anos, estávamos na faculdade, e ele decidiu em outro de seus rompantes que a maioridade tinha lhe assegurado o status de macho e, portanto, que podia falar com os outros machos com a mesma hierarquia. Foi o que o levou a abordar meu pai e revelar que estava apaixonado por mim. A empáfia dele durou pouco, não por meu pai ter dado qualquer resposta que o fizesse ter consciência de seu status, mas pelas minhas palavras de discordância pelo que tinha feito.

- Quando é que você vai deixar de ser tão machista? Qual foi a sua de ir falar com o meu pai? Pirou? – questionei, quando ele estava se achando o maioral.

- Não tenho medo de cara feia de pai, não! Fui falar com ele para ele saber que estou a fim de você, que problema há nisso? – questionou.

- Que problema há nisso? Afora o fato de ele ficar sabendo que sou gay, que ando dando o cu para você, o que é que há de mal nisso, não é? – devolvi

- Ele ia descobrir mais cedo ou mais tarde, isso se já não sabe que você é gay. Não vejo nada de mal em ele saber que gosto de você, de verdade, para valer! – respondeu ele.

- O que você conseguiu com mais esse rompante de machão, foi colocar minha família toda em alerta. Agora, quando estivermos juntos, seja lá onde for, logo vão pensar que estamos trepando. Era isso que você queria, pois conseguiu? – o mal do Diego é que ele não crescia, continuava um molecão safado e inconsequente que ninguém levava a sério, muito menos eu. Apenas ao ouvir meu argumento é que a ficha dele caiu. Era verdade, se nos vissem juntos, concluiriam que estávamos fazendo sacanagem.

- Eu não tinha pensado nisso! – confessou, como uma criança que acabara de fazer uma travessura.

- Esse é o seu mal, você não pensa! – tripudiei.

- Está bem, pisei na bola! Vai ficar me enchendo o saco por conta disso?

E foi nesse clima que tudo veio à tona lá em casa, de repente meus pais tinham um filho gay que transava sabe-se lá a quanto tempo com aquele aparentemente inofensivo vizinho e amigo de infância. A reação dos meus pais me surpreendeu no final das contas, não houve barraco, não houve sermões, não houve escândalo. Alguns conselhos que vieram a conta-gotas nos meses seguintes, recomendações para eu ter cuidado em público, pois temiam que preconceituosos pudessem me fazer algum mal, e uma vigilância constante sobre o Diego com aquele seu olhar persecutório e movido a testosterona, nada além disso. Com o tempo o Diego foi se conscientizando que tinha agido certo e não disfarçava mais suas intenções para comigo quando estávamos em família. Até os pais dele entraram no jogo, não sei com que facilidade aceitaram a decisão do filho, mas para comigo as coisas continuaram como sempre foram desde que eu era um menino. E era esse o Diego por quem eu estava apaixonado agora, um pouco mais centrado e maduro, com sua empresa de E-commerce deslanchando, e sua cabeça cheia de planos para o nosso futuro enquanto casal.

Consegui o guincho para levar o MGA Roadster para o Manolo ver antes do final daquela semana. Combinei um horário com ele e cheguei na oficina quase ao mesmo tempo que o guincho. Desta vez a oficina não parecia um galpão abandonado, havia pelo menos uma dúzia de homens trabalhando naquele primeiro salão onde eu havia flagrado o filho do Manolo e a balzaquiana transando, e percebia-se que havia mais gente nos salões anexos. O perturbador, era que todos eles vestiam aqueles macacões, alguns verde-oliva outros azul-marinho com o emblema da empresa bordado próximo à gola, abertos até onde a obscenidade permitia, deixando expostos peitos nos quais variados formatos de distribuição e volume pelos que se distribuíam numa sensualidade acachapante. Era pisar ali dentro para que meu corpo começasse a sentir calores por todo lado. Logo identifiquei entre os mecânicos o filho do Manolo, o da pica cabeçuda e grande que deslizara para fora daquela buceta trintona. Ele veio ao meu encontro assim que me reconheceu.

- Oi! Esse é o carro? Belezura! – exclamou, com a última palavra fiquei em dúvida se cabia ao carro detonado ou se à minha pessoa, pois assim que chegou perto de mim, seu olhar voltou a procurar pela minha bunda.

- Oi! Sim, é esse. Acha que tem conserto?

- Pode apostar que tem! Vou mandar chamar meu pai, ele vai te explicar tudo direitinho. – respondeu, fazendo sinal para um dos mecânicos procurar pelo Manolo.

- Boa tarde, senhor Manolo! Eis o carro! Seu filho me disse que tem conserto, vamos à sua opinião do mestre no assunto. – desatei a falar

- Olá, Heitor! Já te pedi para me chamar de Manolo! É um belo exemplar. Você exagerou quando me descreveu o estado em que se encontrava. Vamos fazer uma avaliação, quer esperar? – aquele homem tinha uma ascensão sobre mim que me desagradava, não que fosse ruim, mas era perturbadora por conta daquela nudez viril quase explícita que havia debaixo daquele macacão.

- Ah, sim! Vou esperar sim. – respondi. Ruborizei quando ele pronunciou meu nome, e ter confirmado que esperaria por sua avaliação, agradou visivelmente o filho dele, e isso só fazia aumentar meus calores.

Quase duas horas depois, sua avaliação estava concluída. O carro tinha sido examinado em detalhes e pela expressão em seu rosto eu achei que ele havia chegado a um veredicto.

- E então, se... Manolo? Consegue recuperar? Dá para fazer um orçamento e me dar uma estimativa de quanto vai demorar o conserto? – perguntei, com todo o amadorismo de um iniciante naquele assunto.

- Eu não conserto carros antigos, eu os recupero! Na recuperação de antigos não há orçamento, não há prazos, tudo vai depender de encontrarmos as peças, do quanto vão nos pedir por elas, do tempo que vamos levar para fazer aqui mesmo tudo que estiver desgastado e corroído pelo tempo, enfim, não se pode fazer o que você me pede. Uma recuperação pode levar mais de dois anos, significa garimpar peças aqui ou no exterior, como é o caso desse Roadster importado, e os custos de tudo isso, não podem ser previstos antecipadamente, eles vão aparecendo à medida que vamos encontrando os itens a serem substituídos. – esclareceu ele, exposto todo meu amadorismo.

- Entendi! Isso quer dizer que não adianta eu levar o carro para outro recuperador, pois estarei diante dos mesmos problemas? – a pergunta pareceu ofendê-lo, ao menos a parte em que aventei a possibilidade de procurar outra pessoa para fazer o serviço.

- Sei o que está querendo. Garantias de que terá um carro recuperado depois de deixar sua grana nas minhas mãos. Você vai assinar um contrato comigo, terá seu carro recuperado e eu serei recompensado pelo meu trabalho. – afirmou, o que não me pareceu nada seguro e não me dava garantias de absolutamente nada, mas me senti completamente inapto para discutir com aquele homem, que me inspirava mais medo do que confiança. Desta vez eu devia ter pedido para o Diego vir comigo, mesmo correndo o risco de ele me obrigar a desistir de contratar o Manolo quando visse todos aqueles mecânicos com pinta de galã expondo seus tórax e músculos como se fossem gogoboys.

- É, acho que é isso! – respondi, me sentindo um tolo.

- Venha até o escritório, vamos elaborar juntos esse contrato. – o que isso significava eu não fazia ideia, mas descobri pouco depois.

O Manolo e o filho me levaram até aquela sala no andar superior onde conversei com ele da primeira vez. Pouco depois, entraram mais dois machos tesudos em seus macacões; tesão e conjecturas passaram a me inquietar.

- Estes são meus filhos, fazem parte da equipe que me ajuda nos restauros. – começou ele – Este é o Aldo, meu primogênito, o Renzo e o Piero que você já conheceu e que te deixou tão impressionado com o tamanho de sua pica a ponto de você ficar atordoado em nossa primeira conversa. – não sei o porquê de ele ter que mencionar tão descaradamente esse fato. À medida que ia citando os nomes, eles me estendiam a mão e seguravam a minha mais do que o necessário.

- A pica do Piero deixou ele impressionado? – questionou o Aldo em tom de deboche.

- Não é só o tamanho que conta, mas o que se sabe fazer com ela, e foi isso que deixou o Heitor boquiaberto. – respondeu o Piero, provavelmente já acostumado às brincadeiras dos irmãos.

- Temos uma clientela selecionada aqui, Heitor. Até pelo fato de restaurar carros não ser algo acessível a qualquer um. Mas, quando digo clientela selecionada não me refiro apenas a condição financeira e, sim, ao gosto apurado por coisas belas. Entre os clientes ainda temos os que consideramos especiais, aqueles que interagem conosco e vivenciam pessoalmente o restauro de seus antigos. Como é o caso da cliente que você flagrou com o Piero. – eu não estava entendendo muita coisa, porém sentia que aquela conversa ia enveredar num caminho obscuro.

- Não estou conseguindo perceber onde o se... você quer chegar e, o que isso tem a ver com o contrato. – afirmei. Eu me sentia como uma lebre que por engano havia se enfiado na toca de uma raposa, quatro raposas macho, para ser mais exato. O mais desconcertante era que, enquanto falava comigo, tendo aquele batalhão nos assistindo, o Manolo enfiara uma das mãos naquela abertura do macacão e ela não parava de se mover, impedindo que eu prestasse atenção no que estava dizendo, pois minha imaginação não conseguia se desprender do que ele manipulava ali embaixo com tanto empenho. Meu cuzinho piscava, minhas pernas tremiam.

- Você vai fazer parte desse seleto grupo de clientes especiais, é isso que quero dizer. – retrucou ele, o que absolutamente não esclarecia nada.

- E o que isso tem a ver com o contrato? – perguntei novamente.

- Você já vai entender, assim que começarmos a elaborar juntos o contrato. – nisso ele foi se aproximando de mim, sem tirar a mão de dentro do macacão.

A centímetros de mim, quando o calor de seu corpão de urso se fazia sentir, ele tirou a mão que estivera brincando com sua verga e tocou delicadamente com os dedos indicador e médio molhados nos meus lábios. Eu congelei. Mal podia acreditar no que estava acontecendo, e o cheiro almiscarado e másculo que entrou nas minhas narinas me confirmava que eu não estava sonhando. O Manolo sorriu quando percebeu que eu estava sentindo seu cheiro, deslizou suavemente os dedos pelos meus lábios e inseriu as pontas deles entre eles.

- Você é muito lindo! Perturbadora e excitantemente lindo! Fiquei em êxtase quando te vi pela primeira vez todo assustado por ter visto uma rola avantajada. Você vai gostar de fazer negócio conosco, pode apostar. – asseverou, sem se importar com a minha perplexidade.

A mesma mão contornou meu rosto, deslizou sensualmente até meu queixo, que ele segurou por uns instantes entre aquela mão grossa e potente, antes de deixá-la descer em direção a um dos meus mamilos. A camisa branca que eu estava usando, leve e um pouco transparente, logo permitiu que ele notasse minha excitação, por meio dos biquinhos enrijecidos que formavam duas saliências bem visíveis abaixo do tecido. Ele voltou a me encarar satisfeito. Começando a deixar os filhos tão excitados quanto ele próprio, o Manolo inclinou a cabeça contra meu peito e abocanhou um dos mamilos, mordiscou-o, chupou-o deixando uma rodela molhada de saliva estampada na camisa. Eu precisava urgentemente de um apoio, um lugar onde me encostar, pois minhas pernas já não queriam sustentar meu corpo. Ele começou a desabotoar a minha camisa, afastou-a para os lados e expôs meus mamilos, mordeu um, mordeu o outro, prendendo-os entre seus dentes e tracionando delicadamente meus biquinhos. Eu gemi. Quando eu abaixava meu rosto, não sei se por constrangimento ou para poder olhar dentro daquela abertura do macacão que me dava uma visão quase completa da grossa rola dura que havia ali dentro, ele voltava a me acariciar sem parar de chupar meu mamilo. Parecia que eu ia enlouquecer de tanto tesão, um macho maduro como aquele, com um corpo peludo, roliço, maciço e um pouco acima do peso, que nunca me despertou nenhum interesse, estava fazendo meu cuzinho se contorcer de desejo. Eu estava criando coragem para olhar para os três que nos observavam em silêncio, apenas alisando suas picas, e se excitando com o que viam. O Manolo colou sua boca à minha, sua barba me espetou, sua língua devassa e predadora entrou na minha boca, comecei a sentir o sabor dele e já não ofereci mais nenhuma resistência. Suas mãos amassaram minhas nádegas por um tempo, antes de ele arriar minha calça e expor minha bunda. Foram o Aldo e o Renzo quem terminaram de tirá-la por completo. Eu estava nu, o macho maduro fazia questão de mostrar aos filhos como se amolda uma bunda carnuda e lisinha como a minha, amassando-a, abrindo seu reguinho, exibindo a minúscula fenda rosada que se escondia lá no fundo, e onde um macho encontra todos os prazeres do sexo.

A safadeza estampada na cara do Manolo aumentava o meu tesão, e dar o cu para aquele macho estava se tornando imperativo. Eu acariciava seu peito peludo quando ele me ergueu, me segurando pelas nádegas, e me levou até junto a larga prancha de madeira apoiada sobre cavaletes que servia como mesa de trabalho para os projetos de restauro, onde me deitou, após me dar mais um de seus beijos de língua. Não estar mais apoiado sobre meus próprios pés me fez sentir ainda mais vulnerável, sobretudo por eu estar cercado por aqueles quatro machos que não escondiam sua voracidade em me foder. Subitamente, eu me senti como se fosse uma iguaria posta à mesa para um bando de esfomeados, e isso me excitava. Tão logo o Manolo sentiu que eu estava bem apoiado sobre a prancha, e retribuindo seu beijo chupando avidamente sua língua dominadora, ele tirou os braços de dentro do macacão deixando-o cair até a altura dos seus joelhos expondo descaradamente seus genitais. Sem perder um segundo sequer, virou meu rosto na direção deles e, pegando aquela rola já rija, meteu-a na minha boca.

- Chupa meu cacete, tesão! – rosnou ele.

O pau não era grande, ao menos nada que fugisse do padrão, mas era tão grosso quanto um pepino, algo escandalosamente grosso para um cacete. A mão do Manolo o envolvia quase por inteiro, deixando apenas a cabeça de fora, onde um largo orifício uretral me encarava expelindo um longo e viscoso fio translúcido de pré-gozo, pedindo para que eu o sorvesse. Foi o que eu fiz quando a glande entrou na minha boca. O Manolo soltou um longo e gutural gemido de prazer ao sentir meus lábios chupando sua pica. Ele a soltou e eu levei minha mão até ela para controlar a mamada. O cacete reto, pesado e quente latejava na minha mão despejando aquele pré-gozo delicioso em abundância na minha boca. Enquanto isso, o Renzo abria minhas pernas para expor meu cuzinho. O Manolo levou a mão até ele e começou a me dedar a rosquinha rosada com atrocidade, me fazendo gemer feito uma gata no cio. Aldo, Renzo e Piero já não suportavam mais manter seus caralhos dentro dos macacões, e os manipulavam excitados diante do meu cuzinho sendo esquadrinhado impudicamente pelo dedo grosso do pai. Como estava na posição mais próxima e privilegiada, foi o Renzo o primeiro a meter sua jeba carnuda, retona e cabeçuda no meu buraquinho que chegava a fazer um biquinho de tão excitado que estava com aquele dedo explorando suas preguinhas. Eu gritei mesmo estando com aquele cacetão grosso do Manolo enfiado até a minha goela. Por alguns segundos entrei em pânico, pois sentir dois caralhos como aqueles em meus orifícios me mostrou como eu estava indefeso e desvalido no meio daqueles machos que não pensavam noutra coisa que não satisfazer suas necessidades sexuais. O Manolo deve ter notado meu pavor e começou a acariciar meu rosto, enquanto me encarava com um olhar que me transmitiu segurança. Iam me foder, isso era certo, me levando a conhecer onde ficavam meus limites, tirando disso o máximo de prazer que eu tinha a oferecer. O Renzo levou uns doze a quinze minutos para gozar, não tinha parado de bombar meu cu desde o instante que o penetrou e ele, num espasmo abrupto, se fechara ao redor de sua grossa tora de carne pulsante. Devo revelar que também quase cheguei ao orgasmo quando vi a satisfação daquele macho gozando no meu cuzinho, senti-me empoderado por proporcionar tamanho deleite a um homem que acabara de conhecer. Ele grunhia de prazer enquanto ejaculava seu sêmen tépido nas minhas entranhas, eu parecia estar flutuando entre nuvens; não estava mais sentindo aquelas duas chaves de boca, ou sabe-se lá que nome tinham aquelas ferramentas que o Manolo não conseguiu alcançar quando passou o braço sobre a prancha para tirar os objetos que estavam sobre ela antes de me deitar nela, e que até então estavam pressionando minhas costas. Tudo que fosse alheio ao prazer que vinha da minha boca e do meu cu parecia não existir, ou estar num mundo paralelo e distante. O Aldo e o Piero ficaram admirando como meu cuzinho se contraía fechando aquele rombo que a retirada da rola do Renzo havia deixado. A oclusão completa não levou mais que alguns segundos, a fendinha havia mudado do pálido tom de rosa para um vermelho vivo, exacerbado por algumas gotículas de sangue que afloravam das preguinhas que ele rasgara em sua sanha libertina. A cabeçorra do Piero, cuja imagem ainda estava bem viva na minha mente, começou a roçar minha rosquinha e eu me lembrei do dia em que a vi pela primeira vez, do tesão que ela me fez sentir, o desejo de senti-la tão viril e potente dentro de mim quanto aquela mulher havia sentido naquele dia. Ele sorriu para mim quando colocou minhas pernas sobre seus ombros, adivinhando os meus anseios. Parei de chupar o Manolo, sem soltar sua pica dos meus lábios, só para acompanhar a fisionomia do Piero no momento em que me penetrou, a satisfação de um macho conseguindo meter seu falo numa fenda apertada não tinha comparativos. Ele foi um pouco bruto, estocou o caralhão dele num impulso brusco, fazendo-o entrar quase todo no meu cuzinho de uma única vez. Eu gritei, desta vez deixando a jeba do Manolo sair da minha boca, o que o levou a censurar o filho pela intrepidez desnecessária e detonadora.

- Nós ainda queremos esse cuzinho, não o machuque além do necessário! Foder um rabo é uma arte, não uma contenda! Já te falei isso. Meta com firmeza, mas ao mesmo tempo com cuidado e delicadeza, faça seu parceiro sentir a penetração em toda plenitude do seu membro, deixe que sinta a dor em segundo plano, e o prazer em primeiro. Você ainda tem muito a aprender para controlar essa sua selvageria de macho. – sentenciou o Manolo, voltando a me acariciar para tentar compensar a dor que o Piero me fez sentir. O garotão ficou visivelmente chateado com a reprimenda do pai, sua imaturidade escancarada diante dos irmãos e de mim, não combinava com o espírito predatório que tomava conta de seu corpo.

Eu sorri para o Piero como que o absolvendo da impetuosidade desmesurada, o que o fez seguir à risca a recomendação do pai, metendo lenta e progressivamente o cacetão no meu cuzinho até seus testículos ficarem aprisionados entre as minhas volumosas e macias nádegas. Deu para ver o prazer que tirou com aquilo. O vaivém da pica se movendo no meu cu foi um pouco mais breve que o do Renzo, atribui-o à destemperança do Piero, à sua pressa de chegar ao gozo, à sua necessidade de provar que sabia como satisfazer um parceiro com sua pica avantajada e, porque não mencionar à sua imaturidade que, pela equiparada idade, se assemelhava à minha. Embora eu estivesse chupando simultaneamente a caceta do Manolo e do Aldo, não deixei de acompanhar a evolução do prazer se instalando no Piero. Percebi quando começou a se retesar, quando seus músculos pareceram dobrar de tamanho, quando sua respiração sofria breves interrupções, quando seus movimentos ficaram truncados, e seu olhar não desgrudava do meu como que me pedindo para confirmar que eu estava sentindo o mesmo prazer que ele. Eu estava, e como estava, tão intenso que não consegui refrear o gozo. Ele veio simultâneo às ejaculadas vigorosas do Piero entrando no meu rabo, espalhando-se sobre meu abdômen diante dos olhares prazerosos daqueles machos. Fiquei encabulado do meu regozijo com aquela devassidão ficar tão evidente, eu parecia uma prostituta num bacanal. Depois que o Piero tirou o caralhão do meu cu, olhei em direção às pernas peludas dele e, para aumentar ainda mais a minha satisfação, vi que dele pingava um pouco de porra como tinha acontecido com a balzaquiana. Isso me deu a certeza de que ele estava saciado e exultante com o prazer que havia encontrado no meu cuzinho. Se estivéssemos uma partida de algum esporte, eu acrescentaria mais um ponto ao meu placar. Isso estava sendo simplesmente incrível e maravilhoso. Eu jamais havia sonhado com uma experiência dessas.

- Como está se sentindo? – perguntou o Aldo, louco para enfiar sua rola no meu rabinho. A voz dele, ligeiramente rouca, estava carregada de sensualidade. A pergunta não tinha sido apenas retórica, a expressão em seu rosto viril me dizia que ele estava realmente se importando comigo, com meu bem-estar, com meu prazer.

- Ótimo! Feliz! Vocês são homens maravilhosos! – asseverei, num balbuciar um pouco extenuado, porém sincero. Os sorrisos que me devolveram eram mais do que de satisfação por terem seus desempenhos de macho reconhecidos, eram sorrisos de pactuação, eram sorrisos de um elo sendo construindo entre nós.

O Renzo assumiu a posição que o Aldo havia deixado junto com o pai se revezando no boquete que eu lhes dava, para se posicionar frente ao meu cu recém-liberado pelo Piero. O caralhão do Aldo me deixou apreensivo, era imensamente grosso como o do Manolo e com aquela rigidez e potência espalhadas por mais de um palmo de comprimento, era notoriamente o mais detonador deles. Já não era mais preciso eu estar com um caralho enfiado no cu para sentir dor, ela se fazia presente por todo meu baixo ventre e latejava na mesma cadência da minha respiração ofegante. Por isso, quando olhei para aquele cacetão se aproximando do meu rabo, sabendo que ele ia me rasgar todo, uma insegurança absurda começou a fazer meu corpo todo tremer. Aquele macho ia acabar comigo, não havia dúvida. Eles estavam me tratando como seu fosse um viado experiente acostumado a me entregar aos instintos primais de machos. Pensei em revelar que tudo o que eu sabia sobre essa questão eram os rompantes do Diego que, mesmo assim, eu reprimira a uns poucos contatos, recriminando-o cada vez que se mostrava um pouco mais ousado e atrevido.

- Ai Aldo! – foi tudo que consegui sussurrar num gemido de receio.

- Não precisa ter medo, Heitor, não vou te machucar, confia em mim! – devolveu ele, adivinhando o que se passava no meu pensamento. A doçura que havia na voz daquele homem aparentemente ameaçador parecia um paradoxo, mas ela me tranquilizou, afastando meus medos de me entregar a ele.

O Aldo pincelou a cabeçorra sobre a minha rosquinha. Ela estava tão sensível que soltei um ‘ai’ assim que ele a tocou, confirmando minha suscetibilidade, o que pareceu dar uma imensa alegria para o Aldo. Contudo, eu já não era mais aquele gay que se reprimia procurando preservar ao máximo seu cu da sanha dos machos. Minhas preguinhas haviam adquirido vontades indecentes e, ao sentirem a presença de um cacete roçando suas vilosidades, começaram a chuchar a cabeçorra do Aldo. Uma pressionada firme por parte dele foi suficiente para meus esfíncteres a encaparem com obstinação, assim que ela me penetrou. O Aldo abriu um sorriso doce que me deixou ainda mais feliz e determinado a satisfazê-lo. Suas bombadas rítmicas eram deliciosas, doíam muito, mas traziam consigo um prazer na mesma dimensão. Ele foi o que mais ficou me encarando, observando minhas expressões, se encantando com a maneira como meu rosto expressava tudo que ele me fazia sentir. Eu só tinha visto algo semelhante no rosto do Diego quando me enrabava. Subitamente, comecei a sentir cada um dos batimentos do meu coração. Eu estava tão empolgado com o olhar brando e autoconfiante dele que praticamente me esqueci de continuar chupando as picas do Manolo e do Renzo.

- Gostoso, não é? Você é um tesão, sabia? Esse rabo nasceu para nos dar prazer, seu tesudinho gostoso! – grunhia ele, ao inclinar-se sobre mim e, por uns instantes, afastar as rolas do Manolo e do Renzo do meu rosto, e me dar um beijo que colocou sua língua no fundo da minha garganta.

Que, de repente, estava rolando algo mais do que sexo descompromissado entre nós dois, todos eles perceberam, tanto que o Manolo e o Renzo nos concederam um tempo para que aquele coito nos impregnasse com um sentimento de empatia e união, deixando o beijo se prolongar até que nossa respiração voltasse a exigir que nossas bocas se afastassem. A partir daí não houve pressa alguma por parte do Aldo de consumar o coito, ele se atinha a me estocar com a força suficiente para me fazer sentir a enormidade de seu falo, sua potência, a virilidade atada a ele. Eu gemia e me contorcia, sentindo cada milímetro das minhas entranhas sendo exploradas por aquela pica, e tudo que eu fazia era acolher e aconchegá-la no calor do meu cuzinho. Senti o orgasmo crescendo em mim, duvidei que fosse gozar novamente em tão pouco tempo, no entanto, a porra já saia sem controle em jatos da minha pica, para admiração dos machos que me cercavam. Não restava dúvida de que eu estava sentindo muito prazer com aqueles coitos, expressos no que parecia ser um orgasmo contínuo e infindável.

- Ai, Aldo! Aldo! – gani entorpecido pelo gozo. Ele apenas sorriu para mim, satisfeito com sua atuação de macho ciente do seu poder de sedução.

- Goza tesudinho, goza! Goza sentindo minha rola, tesão! – grunhiu prazeroso

Não levei mais do que algumas estocadas antes de ele próprio gozar. Aquele sacão gigantesco e pesado que ficou balançando e batendo contra o meu rego nesse tempo todo em que me fodeu, pareceu ter feito de seu esperma um creme no interior daqueles dois testículos enormes, e tudo o que eles haviam produzido começou a ser injetado no meu rabo, jatos e mais jatos, que terminaram de encher minha ampola retal. Minhas entranhas estavam completamente encharcadas, e eu não pude deixar de pensar que aqueles três machos se assemelhavam a touros reprodutores capazes de inseminar um rebanho inteiro de vacas com aquela profusão de sêmen que produziam. A porra do Aldo fazia minha mucosa anal esfolada formigar acentuando a presença dele no meu corpo.

O Aldo sabia que o Manolo queria seu quinhão de prazer do meu cuzinho, no entanto, relutava em sacar o caralhão da maciez que o agasalhava, se lhe fosse concedida uma breve pausa, ele não tinha dúvida de que seus colhões ainda tinham uma boa reserva a ser galada no meu casulo. Quando ele começou a puxar a jeba lentamente para fora, eu travei meus esfíncteres também relutando em abrir mão daquele mastro gigantesco. Ele percebeu minha intenção, sorriu, me beijou sensualmente os mamilos, aceitando meus afagos em sua cabeleira vasta que eu desalinhava com as pontas dos meus dedos.

- Eu sempre vou estar aqui para você, não tenha receio. Este é apenas o primeiro dos muitos coitos que quero ter com você. – afirmou ele, confirmando perante o pai e os irmãos que um elo havia se estabelecido entre nós dois.

- Promete? – gemi. – Vou me entregar a você quando quiser! – exclamei, sem me importar com o que os outros pudessem pensar a meu respeito. Na condição em que eu estava naquele momento, deitado em total nudez sobre um catre improvisado onde quatro machos se revezavam se aproveitando do meu corpo e do meu cu, eu não era mais do que uma puta. Era assim que eu estava me sentindo, uma puta. Uma puta que extraía o mais genial prazer que jamais experimentou vendo toda sua potencialidade de satisfazer um macho ser reconhecida e venerada. Ele me respondeu com mais um beijo.

- Cansado? – perguntou o Manolo, apesar da resposta à sua pergunta ser evidente.

- Não! – respondi, pois a excitação que tomava conta do meu corpo me impulsionava a desejar mais aquele homem. Ele sorriu ante a minha mentira para deixá-lo contente.

Ele se aproximou da mesa, me puxou pelas pernas até a beirada da prancha e as enleou ao redor de sua cintura larga. Suas mãos percorriam minhas costas, uma seguiu até minha nuca e me trouxe para junto do rosto dele. Ele podia ser meu pai, pensei naquele momento, a idade de ambos devia ser compatível. Nunca tive algum fetiche incestuoso com o meu pai, ou com algum homem mais velho, mas a solidez do tronco peludo do Manolo se apresentava como uma oportunidade a ser explorada e vivida. Ele me beijou. Começou enfiando vagarosamente a língua na minha boca, me fazendo sentir seu sabor que, mesclado ao cheiro metálico e de graxa que o corpanzil dele emanava, reavivou os espasmos do meu cuzinho. Ele pareceu adivinhar que eles estavam devastando minha rosquinha lanhada pelos filhos e, com o que percebi ser uma de suas habilidades, voltou a dedar insidiosamente as minhas preguinhas. Eu respondi soltando um gemido licencioso do tipo que uma meretriz soltaria, uma vez que, sendo ele o quarto macho seguido a bolinar comigo, eu já incorporara essa personagem à minha personalidade. O recato que guiara a minha vida até então, fora aniquilado por aqueles machos, e eu não podia dizer que não estava feliz com esse meu novo eu.

Eu me segurava nos ombros dele, apesar das minhas pernas ao redor de sua cintura e suas mãos me darem todo o amparo de que precisava. Olhei para o cacete brutalmente grosso dele, o que o fez esboçar um sorriso. A rola dele não era cabeçuda como a dos filhos, começava mais com o formato de um dardo, mas imediatamente depois da glande arroxeada, os 15 ou 16 centímetros de pica tinham uma espessura destruidora, e eu sabia que ela ia terminar de detonar o meu cuzinho. Ele, outra vez, pareceu adivinhar o que se passava pela minha cabeça.

- Não tenha medo, não vou te machucar! – asseverou ele, mesmo sabendo ser impossível cumprir o que estava prometendo. Enquanto isso, eu pensei, você vai acabar com o meu cu, eu só espero que ainda reste alguma coisa quando você terminar, pois hoje descobri que nasci para satisfazer os machos, e sou muito novo para sequer imaginar uma aposentadoria precoce.

- Eu sei! – devolvi, o que era mais um eufemismo para esconder o que estava para acontecer, e para eu mesmo poder acreditar em suas palavras.

- Vocês não têm mais o que fazer? Faz duas horas que tudo lá embaixo está abandonado! Andem, voltem ao trabalho, já se divertiram o suficiente por uma semana! – ordenou o Manolo aos filhos, querendo tirar proveito de mim sem uma plateia assistindo. Reclamando e pronunciando alguns impropérios, o Aldo e o Piero se foram. O Renzo permaneceu mais alguns minutos, pois eu manipulava seu cacete e chupava uma de suas bolas, massageando-a na minha boca, e ele sentiu que estava prestes a gozar.

- Vou gozar na sua boca, tesudinho! Quero ver você engolindo leitinho de macho diretamente da fonte. – ronronou ele, contorcendo-se com a aproximação do orgasmo. Tirei o testículo que estava chupando da boca e mergulhei a cabeçorra da pica dele nela, o primeiro jato não tardou nem uns poucos segundos. Enquanto ele grunhia, deixando escapar um som rouco entre os dentes, eu ia engolindo a porra morna dele, de sabor amendoado.

- Esse moleque mama uma caceta feito um bezerro! Haja tesão para assistir a isso sem endoidecer! – exclamou o Manolo.

Quando fiquei a sós com o Manolo, um arrepio desceu pela minha coluna. Não sei porque isso aconteceu, especialmente depois de já ter sido fodido até a alma pelos três filhos parrudos dele. É que havia um brilho nos olhos daquele homem, um brilho que eu nunca tinha visto no olhar cobiçoso de um macho. E, eu traduzi esse brilho como um sinal de perigo. Eu o procurei com o objetivo de restaurar um carro antigo, e agora estava nu abraçado a ele mexendo no meu cuzinho com seu dedo impudico. Como pude chegar a essa situação no segundo encontro que estava tendo com esse senhor? Eu nada sabia a seu respeito, além das poucas e elogiosas referências que me foram dadas por desconhecidos quanto ao seu trabalho. Como ele conseguiu que eu franqueasse meu cuzinho, sem contestações, em diálogos que não contaram com mais de algumas frases? Que poder era esse que ele estava exercendo sobre mim? Acho que foi a resposta a essas perguntas que me levou a interpretar o brilho em seu olhar como um sinal de perigo. Eu estava sendo completamente louco e insensato pela primeira vez na vida, e pior, estava gostando das consequências disso.

- Está com medo? Ficou pensativo de repente! – afirmou ele, diante do meu silêncio e súbita inatividade das minhas mãos em seus ombros.

- Não, não estou com medo, Manolo! – devolvi. Ouvir-me pronunciando seu nome pareceu que eu havia depositado minha confiança nele.

- Você é um tesão de moleque! Tudo do que me dá mais tesão está reunido no seu corpo, a pele lisinha e branca, essa ausência de pelos, o volume da sua bunda, o contorno das tuas coxas grossas, esse tórax bem estruturado com os mamilos mais provocantes que eu já vi, tudo, tudo enfim, está aí em você. Se eu fosse algumas décadas mais jovem e não fosse casado, faria de você a minha grande paixão. – confessou, numa sinceridade que me abalou.

- É a primeira vez que ouço uma declaração tão linda! – revelei, o que o deixou feliz.

Quando a pica grossa dele começou a entrar no meu cuzinho, eu gritei apesar de já estar bem laceado, e percebi que aquela confissão tinha sido um preâmbulo para me amolecer e me fazer ceder às suas necessidades de macho. Funcionou tão bem que eu sublimei toda aquela dor de estar sendo rasgado em troca do prazer de ter aquela jeba grossa vasculhando livremente meu cuzinho. Incontestavelmente o Manolo era um macho alfa, enquanto ele me fodia com aquele vaivém vigoroso, eu me dei conta de que ele havia me entregue a seus filhos para que eles me laceassem e me lubrificassem com suas porras. Quando me pegou, ele sabia que eu estava pronto para o calibre de sua verga, tanto física quanto psicologicamente. Fiquei encantado com todo esse preparo que ele teve para me foder, era coisa de macho maduro, de macho experiente, de macho vivido. Diante dele, o Diego que até então era toda a referência que eu tinha, não passava de um guri em cueiros. Outra coisa que me impressionou no Manolo, foi quando constatei que a ereção dele já durava umas duas horas, senão plena o tempo todo, ao menos consistente o bastante para eu ter ficado um tempão brincando e chupando ela, e rija como uma barra de aço agora que estava entalada no meu cu, extraindo prazer para seu dono da amena candura das minhas carnes. Eu procurei pela boca dele, beijei-o devotamente.

- Você está me deixando maluco, menino! – rosnou ele, não tendo sonhado que eu seria capaz de lhe proporcionar tamanha satisfação.

Ele me chamar de moleque, de menino, deixava tudo mais excitante, pois mostrava o tamanho do abismo que havíamos transposto para estarmos com nossos corpos engatados um no outro. O Manolo deitou novamente minhas costas sobre a prancha, montou em mim e me estocou com um furor que me levou a pensar que eu ia desmaiar a qualquer momento. O salão todo estava envolto nos meus ganidos, no splash, splash rítmico do sacão dele batendo contra meu reguinho, no arfar ruidoso e rouco que saia de sua boca quando não estávamos nos beijando. Ele era um ursão pesado, me senti massacrado debaixo dele, mas o envolvia como se ele fosse meu antigo ursinho de pelúcia, que me fazia companhia nas noites em que monstros vinham se esconder debaixo da minha cama. O calor e a segurança que vinham dele eram as mesmas do meu ursinho de pelúcia, incutidas em mim através dele caralhão deslizando dentro do meu ânus. O Manolo tomou meu rosto entre suas mãos, me encarou, urrou e gozou farta e virilmente. Eu lhe devolvi um sorriso aceitando seus jatos como um presente, até ele esvaziar aquele sacão imenso e pentelhudo. Na sequência, ele se pôs em pé, ergueu o macacão e enfiou os braços nas mangas sem se dar ao trabalho de fechá-lo, apenas ajeitando o pinto junto a uma de suas coxas. Caminhou até um banheiro cuja presença só notei quando ele abriu a porta; ouvi-o mijando, o barulho da água no fundo do vaso sendo atingido pelo jato forte de urina ressoava pelo ar. Me levantar da prancha parecia uma tarefa impossível. Ele voltou com uma toalha molhada nas mãos, aproximou-se de mim, enrodilhado em posição fetal com as pernas fechadas, pegou numa delas e voltou a me abrir, comprimiu a toalha úmida contra o meu cuzinho e apertou, segurando-a por um tempo naquela posição, enquanto um beijo colocado em meus lábios tentava se redimir de sua voracidade, e da dos filhos. A toalha saiu manchada de sangue quando a retirou. Eu havia perdido a noção do tempo quando ele me soltou. Parecia que um trem havia passado sobre o meu corpo, o que não estava entorpecido, doía. Juntar minhas roupas do chão foi como abrir uma vala com uma pá de gume rombo, exigiu minhas últimas forças. Desci as escadas com ele, o salão vivia seu cotidiano, mecânicos indo e vindo, ferramentas tilintando aqui e acolá, motores roncando fora de compasso, homens falando alto para superar os demais ruídos. Aqui em baixo nada fazia pensar que no andar de cima havia acabado de acontecer uma orgia sexual, era o mais inocente e vibrante local de trabalho. As únicas testemunhas da perversão que havia acontecido lá em cima, eram o meu cu completamente dilacerado e dolorido, e as picas satisfeitas dos três machos que me encararam com um olhar cúmplice e devasso quando me viram chegar, além do Manolo que chamou o Aldo com um sinal sobre sua cabeça.

- Leve o Heitor para casa! Acho que você não está em condições de dirigir, não é? – inquiriu dirigindo-se a mim.

- É, acho que não! Vou ficar muito agradecido se puder me levar, Aldo!

- Claro, vai ser um prazer! Mais um prazer! – exclamou, piscando com um sorriso nos lábios na minha direção.

- Você está legal? – perguntou, assim que ajustei meu cinto de segurança e ele assumiu o volante do meu carro.

- Sim, estou! Está tudo bem! – e estava mesmo. – Ah! O contrato, Manolo. Não assinamos o contrato! – lembrei, antes do Aldo colocar o carro em movimento.

- Você já assinou o contrato, lá em cima, no meu escritório! – exclamou ele, com aquele ar de mistério e milhares de coisas ocultas que parecia haver naquele cérebro.

- Como assim? – devolvi, sem entender nada, mais uma vez, para variar.

- Você terá notícias minhas em breve, e toda vez que encontrarmos uma das peças faltantes para o restauro, assim como da evolução dos trabalhos, quando deverá voltar aqui para acompanhar o passo-a-passo. – respondeu.

- O que seu pai quis dizer com isso? Quer dizer que ele aceitou fazer o restauro? Como fica a questão dos honorários de vocês? – perguntei ao Aldo, quando ele examinava a rua para ver se abria uma brecha no trânsito para ele poder entrar.

- Ele quis dizer para você não esquentar! Vamos nos falando e nos encontrando, não se preocupe. – eu bem podia imaginar o que aquele – vamos nos encontrando e nos falando – significava, mas eu estava esmorecido demais para discutir isso naquele momento.

- Não quer entrar um pouco? Um cafezinho talvez? – perguntei quando ele estacionou em frente a garagem de casa, procurando estender um pouco mais a agradável companhia dele.

- Não obrigado! Tenho que voltar ao trabalho. E se você pensar bem, como pretendia justificar o fato de eu te trazer para casa? Certamente iam te perguntar por qual razão não está conseguindo dirigir, e eu aposto que você não tem uma boa resposta para essa pergunta. – ponderou ele, me lançando um sorriso mancomunado.

- Tem razão, não pensei nisso! – devolvi, com um sorriso tímido e encabulado.

Ele tinha razão, já foi embaraçoso inventar uma mentira para eu ter me ausentado do trabalho em pleno dia de expediente e, mais ainda, para faltar no dia seguinte, por conta do meu cu arregaçado, inchado e dolorido.

Aconteceu exatamente como eu havia suposto, pouco mais de uma semana depois daquela orgia, o Manolo me ligou para que eu fosse até a oficina, pois ele tinha novidades quanto ao MGA, omitindo o segundo motivo para eu aparecer por lá. Era o tal – vamos nos encontrando e nos falando – começando a funcionar. Desta vez fui um pouco mais precavido, deixei o expediente do meu trabalho um pouco mais cedo já contando em não regressar. Ainda dentro do carro, em pleno trânsito, a poucos quarteirões da oficina, meu coração batia mais acelerado que de costume, a sensação de estar retornando a um covil é que provocava isso. O Manolo estava ocupado atendendo dois clientes, senhores grisalhos que se debruçavam sobre o capô aberto de um carro que identifiquei como sendo um Jaguar pelo símbolo do animal em pleno salto sobre o capô e, que o Piero veio me explicar tratar-se de um XK 140S Coupé, quando veio todo sorridente na minha direção.

- Oi! Que bom te ver por aqui outra vez! – disse ele, me apertando num abraço íntimo demais até para velhos amigos.

- Oi! Seu pai me ligou pedindo que desse uma passada dizendo que tinha novidades para mim. – expliquei, um pouco constrangido com aquela demonstração de afeto exagerada.

- Ele está ocupado com aqueles dois velhotes, mas venha comigo que eu sei do que se trata. – afirmou, levando-me para um box bastante distante nos fundos do galpão, onde o que restara do meu MGA se resumia a um chassi intacto apoiado sobre cavaletes com o assoalho do carro escancarando.

- Foi isso que sobrou do meu carrinho? – perguntei abismado.

- Isso e todas essas peças que estão nas prateleiras ao nosso redor. Não dá para fazer uma omelete sem quebrar os ovos! Não se assuste, porque a coisa não é tão feia quanto parece. – asseverou, ante meu olhar embasbacado. – Queríamos te mostrar em que pé já estamos, e te passar essa listinha de peças que terão que ser adquiridas. Podemos fazer isso sozinhos, mas sempre gostamos que os clientes também se envolvam na procura. – esclareceu.

- Não faço a menor ideia de onde começar a procurar! – exclamei sincero. – Mas vou tentar.

- Não esquenta, temos algumas referências e, se você quiser, pode nos acompanhar na aquisição.

- Eu topo! Ao menos assim não fico parecendo um peixe fora d’água.

- Dentro ou fora d’água, o mais importante é que sempre será um peixão! – afirmou, safado.

- Vou fingir que não ouvi esse absurdo!

- É uma pena, porque estou morrendo de saudades suas. – aquela ajeitada descarada na rola que ele deu, tinha o único objetivo de me instigar e, obviamente, me lembrar dos prazeres que ela era capaz de me proporcionar.

- Oi! Não sabia que você estava por aqui! – exclamou o Aldo, surgido repentinamente ao nosso lado, e me dando um abraço tão lascivo quanto o que o Piero havia me dado.

- Oi! Vim atender a uma ligação do seu pai, e estou aqui levando uma cantada do tarado do Piero. – respondi, feliz por rever o Aldo.

- Ah! Vá se acostumando, esse aí não perde uma chance de colocar o bagulho dele para funcionar. – devolveu ele, gozando.

- A prática leva à perfeição! Até parece que sou o único tarado aqui dentro. Só precisou sentir o cheiro do mel e já veio pousar nele, confessa mano! – retrucou o Piero, deixando o Aldo um pouco sem graça, por ter exposto suas intenções.

- Gente, do jeito que vocês falam eu me sinto um pedaço de picanha à vista de cães famintos.

- E bota picanha nisso! – respondeu o Piero, dando um tapão atrevido nas minhas nádegas.

Pouco depois, eu estava dando o cu para os dois no andar superior, numa sala que não aquela que servia de escritório para o Manolo, revivendo a maravilhosa experiência daquela vez; com uma única diferença, sem me questionar por estar sendo tão libertino, apenas aproveitando cada momento de prazer que aqueles machos com suas picas intrépidas estavam me dando.


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Comentários

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22/01/2021 20:11:40
Aguardando...
22/01/2021 15:20:40
podia ter sido mais detalhista, quatro machos e vc não os descreveu como mereciam. se pegar seu cintos antigos, eles possuem muito detalhes q da um tesão desgraçado.
22/01/2021 12:26:26
Continua,por favor!


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