Extra Curricular: Uma viagem com motorista do Uber.

Um conto erótico de Duque chaves
Categoria: Homossexual
Data: 27/07/2020 01:25:44

Eu estava muito fudido. E dessa vez era por ter esquecido de ter ligado o alarme e chegar na escola.

Estuda numa escola boa era coisa rara hoje em dia, e eu não poderia complicar a vida da minha mãe por causa disso.

Prazer, eu me chamo Daniel Chaves e vou te contar uma história bem interessante de como eu me apaixonei por um Vagabundo/Fera.

Tudo tinha começado por eu falar demais.

Sou um rapaz que gosta de ser livre, que sempre adorou ser eu mesmo e não me envergonhar por ser um gay, por fazer a diferença. Minha mãe quando soube de que eu era gay, me abraçou e disse que eu seria sempre o menino dela e que jamais me abandonaria.

Sou um rapaz de pele branca, meus olhos são castanhos claros, e cabelos enrolados, não sou um magro musculoso, mas também não tão magro. Meu rosto e triangular e sempre gostei de ser nerd, o que ajuda muito nas notas que preciso para passar pro Enem.

Mas esse não é a questão.

Sou um rapaz bem sincero e também sempre observador. E odeio injustiças e até mesmo bullying, já que sofria demais com meu primo estudando comigo. Ainda bem que a praga não estuda mais comigo.

Eu sempre fui rodeado de pessoas bacanas, é muito mente aberta na escola. Mas naquele bendito dia eu estava selando a meu coração em algo que não deveria.

Chegar atrasado na escola era algo horrível para meu histórico, se eu quise-se chegar à faculdade eu deveria e lutaria por isso. A melhor faculdade do país me exigia notas ótimas e um currículo extra curricular perfeito, porém não era isso que estava acontecendo.

Mais que droga. Eu preciso de ter um voluntário em ajudar alunos. Onde vou conseguir isso?

O que está cacarejando de manhã cedo em? - Perguntou meu melhor amigo do meu lado.

Yan Bem-ventura era um rapaz bastante popular que não ligava para seu status dentro da escola, ele era atlético, forte, alto e musculoso, inteligente em matemática, física e química. E tinha um cabelo e genética de invejar qualquer um.

Yan era o típico loiro, branco dos olhos azuis, britânico, que sabia que era gostoso. Porém não tão arrogante assim, seus cabelos ondulados é bem arrumados, seu corpo definido, alto de 1,85 enquanto eu tinha 2 centímetros abaixo que ele.

Yan era modelo da empresa de sua mãe, gerente da vogue norte americana. Mais ele odiava essas coisas, odiava ser reconhecido.

Preciso ter isso no meu currículo escolar. - Joguei o papel para as mãos de Yan.

Só isso minha flor. - Bagunçou o mesmo. - Isso você tira de letra. Não deveria está batendo cabeça com isso.

Não sou eu que já tem uma vaga garantida para Harvard. - Resmungo para meu amigo, cruzando os pés na cadeira.

Calma ai gatinho. Acha que eu vou mesmo? Sabe que meu curso e outro. - Rebateu Yan colocando um pirulito na boca.

Claro que vai, não vai querer matar sua mãe do coração. E tira esse pirulito da boca. - Peguei o pirulito contra sua vontade e joguei fora. - Seu estômago vai me agradecer depois.

Seu idiota.

Você me ama. Só não sabe disso. - Respondi bagunçado seus cabelos e entrando para a sala de aula.

A grande Escola Preparatória São Sebastião, era uma das melhores escola do país e vai por mim, você chorava para entrar e caia em depressão para ficar nela. Uma escola referência em toda a parte do país e para fora.

Aqui estudava de manhã até a tarde, aprendemos 4 línguas e até o uniforme era mais carro que o aluguel de casa. Eu consegui uma bolsa na escola, pelo simples fato de fazer uma das melhores entrevista para entrar.

Eu quase faço macumba para entrar.

O sino bateu e tivemos as 4 aulas mais insuportáveis da vida, matemática, física, química e reforço das matérias. Gente, eu não suporto exatas, eu sou de humanas. Então já viram a briga.

Eu e Yan éramos melhores amigos, pelo primeiro ano ele sorriu para mim, eu tive uma queda por ele, mais depois vi que não teria chances com meu melhor amigo, e resolvi enterrar aqueles sentimentos dentro de mim.

Yan era o típico menino engraçado, porém muito decidido quando queria, Yan sempre me dizia que não tinha tempo para namorar, por causa de todas as tarefas que fazia. Ele treinava futebol, e ainda por cima tinha o decanto acadêmico que participava.

Yan era meu melhor amigo e meu irmão, ficando do meu lado, quando meu pai morreu e deixando eu e minha mãe com uma dívida enorme. O banco pegou nossa casa como forma de entrada, meu pai morreu porque devia muita gente, desde de traficantes até o agiotas.

E agora eu e minha mãe nós resolvemos da melhor forma para poder pagar essa herança que nos deixou. As provas para as faculdades estavam chegando e minha cabeça se desdobrava em muitos assuntos. Mesmo eu saindo às quatro da tarde, ainda tinha que trabalhar à noite.

Eu cantava e Servia as mesas num bar chique da cidade, em sua área nobre. Minha mãe não tinha tantos estudos pelos sofrimento que teve com meu pai e ela apostava todas as fichas em mim. É isso me deixava pilhado demais.

Vai cantar hoje? - a pergunta de Yan me tirou dos meus devaneios.

Claro que vou, hoje é sexta feira, hoje que começo a ganhar mais. - Respondi voltando meus olhos para o tablet em minha mesa.

Vivíamos em uma escola a sua frente, onde tudo era de ponta é apenas por ano, entrava 3 alunos. O que era muito para isso, e para ficar nos próximos anos você deveria ser esforçar mais ainda do que se esforçou para entrar.

Eu preciso ter essa tarefa extra curricular ok. Se nao eu me ferro. - Sussurrei para Yan ao lado de minha mesa

Já tentou colocar no site da escola, você sabe que aquela garota fofoqueira sempre falar de tudo e ela pode te ajudar! - Yan, estava fazendo cálculos que vi apenas em séries de faculdades, mais fazia com tanta calma e precisão como se tivesse mandando meme para alguém.

Eu acho que isso vai me ajudar. - Respirei fundo e abri meu celular.

Ganhei de aniversário de Yan um iPhone 11 de presente, o que eu surtei e quase beijei ele por isso, pesquise o site da escola e a coluna de fofoca do jornal da escola. E mandei sobre eu ser tutor de alguém.

Eu praticamente estava gritando aos 4 anos sobre.

Yan tinha um primo na escola que todo mundo zoava, pelo simples fato de ele ser muito alto, Beto Felipe era um rapaz que tinha dois metros e quinze de altura, ele tinha muito hormônio e seu corpo era muito grande e com muitos pelos, ele não tinha as pernas, devido a ter perdido num acidente de carro, então usava pernas metálicas. Ele mesmo com 18 anos, estava atrasado na escola, seus olhos eram uma cor verde e outro azul, em seu rosto já nacía pelos e ele tinha uma barba quase cheia.

Ele era forte, por causa do distúrbios de hormônios que tinha e sua voz era grossa o bastante, mais em seu rosto ele tinha as cicatrizes do acidente que sofreu. Os alunos gritavam com ele dizendo que ele era a Fera da escola, o ogro, Sherk.

Ele não era perfeito, e ainda mais com os cabelos grandes. Mais eu jamais falaria isso dele e sempre o defendia quanto possível. Yan e Eu era o únicos que as vezes conversava com ele. Beto era um rapaz fechado e depois do ano que defendia ele, tudo mudou.

Beto apareceu na metade do segundo bimestre e apareceu diferente, com os cabelos cortados e barba sempre rala é feita, seu corpo tinha ficado bombado, e agora ele praticava esportes, ele tinha começado a implicar e fazer brincadeiras mais pesadas com os outros meninos.

Beto não estava na mesma sala que eu, mais sempre que nos víamos ele não conseguia trocar mais uma palavra comigo. E eu não lembrava se tinha feito algo com ele.

O sino tocou e Yan me deu uma carona em casa e disparou para sua casa, eu chegava da escola e minha mãe não estava. Morávamos agora numa casa com dois quartos, claro que não é nossa casa e o aluguel tinha que ser pago sempre no quinto dia último e sem atrasaso. O banco pegou toda as nossas coisas, e tivemos que começar do zero.

Eu chegava cedo devido as caronas que Yan me dava e sempre que chegava minha mãe não estava em casa, as vezes não se víamos. É apenas uma vez ela me esperava para jantar, quando era sua folga no sábado para o domingo.

Eu tinha preparado a minha lista do que cantar naquele dia dos namorados, e precisava realmente sair bonito.

Apenas joguei minha bolsa em algum canto, sorri para meu gato siamés e o abracei, colocando mais comida em sua vasilha e depois de um banho tomado eu sai de casa para o trabalho. Eu tinha que pegar dois ônibus devido a o local ser contra mão.

Eu começaria como garçom na noite e quando fosse as oito da noite, subiria o palco para cantar. Ainda bem que meu inglês estava bom. Naquele dia eu cantaria tudo, e precisava realmente do dinheiro. A casa estava cheia, e o bar estava faturando com o dia dos namorados e também com as mesas cheias.

boa noite a todos os namorados. E está noite, espero que vocês se divirtam.

Minha lista era a mais apaixonada que eu podia colocar

Teenagem Dream

Meet me Halfaway

Evidencias

Let you Love me - Rita Ora

Radioactive- Rita Ora

Love You Love a song

Into you

All of one

I found

E etc…

Eu cantava com emoções, com força e com tudo que eu tinha, eu acreditava naquelas letras e poderia ser mais do que aquilo. Eu me divertia e via o quão o amor era algo radiante para muitos.

Eu parava de cantar umas dez horas e voltava a trabalhar como garçom. Para fazer mais dinheiro e saia do trabalho às onze e meia, pegando quase o último ônibus para chegar em casa e fazer tudo de novo.

Mais naquele dia, eu perdi a hora conversando com os meninos do trabalho e quando percebi já era quase a hora do último ônibus passar, eu peguei minhas coisas e sai correndo para a parada de ônibus. Mais o azar estava comigo naquele dia, o ônibus tinha passado e quando fui ver o aplicativo do meu Ônibus, esse era o último que passava para eu chegar em algum terminal.

Eu olhei para o dinheiro que tinha ganhado na noite e teria que usar o Uber para chegar em casa, não teria jeito.

Chorei tanto por ter que gastar aquele dinheiro, mais era isso ou ficar plantando, abri o aplicativo é vi quanto estava dando e quase dou um salto, quase 30 reais. Apertei aquele botão de pedi e esperei.

Minha internet estava ruim e não consegui ver o rosto do motorista é apenas o nome, esperei por uns dez minutos ele chegar, já que estava longe. Eu fiquei na parada de ônibus com medo, estava um pouco mal iluminado, poucos carros estavam passando aquele dia.

Olhei para o meu celular e ele estava quase descarregando, e eu tinha esquecido o carregador na minha bolsa em casa. Tudo estava dando errado naquela merda de dia. O mais chato era que eu estava no grinder e estava conversando com um rapaz que se dizia motorista do Uber e também garoto de programa, ele era bacana, nunca me mandou uma foto de rosto, apenas fotos quentes, o que me deixava louco.

E eu queria responder-lo e não conseguia abrir o aplicativo, realmente alguém lá em cima me odiava.

Até que enfim o Uber chegou e eu entrei nele.

Boa noite senhor, eu pensava que o senhor não viria mais…

Minhas palavras morreram logo que olhei para meu motorista. Beto estava dirigindo o carro, um Onix preto, seus cabelos estavam molhados e seus olhos ficaram semicerrados ao meu ver.

Beto, você é meu motorista? O que você está fazendo, dirigindo carro?

Beto, tranquilamente trancou a porta do quarto e ligou o carro.

Está indo para o Coroado? - a pergunta foi calma saindo com aquela voz de trovão dele.

Eu estou. Mas eu quero saber do porque você está dirigindo uber? - Beto vinha de uma família que tinha ações na Apple americana e em diversas outras empresas, eles eram empreendedores (ricos a nessa).

O senhor não está usando o cinto. - A afirmação dele era vetada como não quero conservas disso.

Ei Beto, fala comigo. Me responde do porque você está dirigindo Uber.

Senhor, eu preferia fazer essa viagem calado. Se não incomodar! - Respondeu rangendo os dentes e apertando a mão no volante onde via os nós dos seus dedos brancos.

Tudo bem, se for assim, não vejo do porque.

A viagem foi feita em silêncio, mais minha mente estava martelando coisas, suposições. Tudo que poderia ter acontecido. Minha mente vagava em vários “Se” grandes e absurdos.

Beto me deixou na frente da vila aonde eu morava.

Senhor deu 30 reais. - Ele disse apertando o volante mais uma vez.

Aqui o dinheiro. - dei para o mesmo, que conferiu e colocou no bolso. Até eu senti o toque frio quando encostei em sua mão - Me conte porque está fazendo isso, o que aconteceu?

Você não precisa saber disso, isso é coisa minha. - Respondeu sem nem ao menos olhar para mim.

Beto, sou seu amigo, ou acho que somos. Não sou perfeito, mais me preocupo com você. - reparei bem em vários Halls preto que ele tinha e algumas camisinhas em amostra dentro do carro. - Beto, eu preciso saber se você está bem.

Beto estava usando uma camisa branca, sem mangas, uma calça jeans e uma bota de explorador, seus braços estavam mais fortes e agora quase sem pelos, com tatuagens . Ele estava bonito, seu rosto estava sendo reconstruído com plásticas, pelo que eu tinha notado, mais ainda faltava muito. Seu perfume entrou dentro do meu nariz, um perfume doce e chamativo.

Seu celular não parava de tocar, enquanto estávamos na viagem, e eu percebi de canto de olho, nomes como cliente 1 e cliente 3.

Beto ficou calado e apenas olhou para o outro lado, destravando a porta, novamente seu celular tocou e agora era o Grinder.

Se não vai fazer tudo bem, mais lembra que eu sou seu amigo.

Beto não respondeu e fechou a porta do carro, e seguiu sua nova corrida.

O que está havendo com você?


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Comentários

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27/07/2020 09:31:05
Que delícia de conto! Dá uma lida nos meus também, espero que goste
27/07/2020 08:16:54
Interessante


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