Sorte ou Azar, vocês decidem!!!

Um conto erótico de Beto Cowboy
Categoria: Heterossexual
Data: 18/06/2020 15:27:05
Nota 10.00

Sorte ou Azar, vocês decidem!

RECOMENDO LER ATÉ O FINAL!!!!!

Aow povo, vai aqui um outro relato. Isso me aconteceu no último ano em que trabalhei em Rodeios.

Em julho de 2011, fomos contratados para uma festa no lindo Estado de Goiás, na cidade de Corumbaíba.

Região com algumas serras, e uma topografia semi ondulada.

Naquela semana estava acontecendo a Exposição Agropecuária daquele município. Os goianos em geral chamam carinhosamente esses eventos realizados anualmente em seus municípios de Pecuária.

A cidade também conta com algumas indústrias do ramo de laticínios. Apesar de pequeno, o município parecia agitado.

Chegamos em um sábado, e ao passar pelo centro da cidade, notei uma grande quantidade de pessoas transitando, bebendo nos bares. E a quantidade de mulher éra de encher os olhos do Cowboy aqui.

Uns 20 minutos depois chegamos ao recinto.Era bem grande o terreno.

Logo na entrada haviam muitas barracas de lanche, parque de diversão, bugigangas, e as Whiskerias (antigamente era barraca das pinga) típicas em festas de rodeio.

Do lado direito ficava o Show Room dos maquinários agrícolas. Coisa chic demais. Um Pavilhão imenso.

Gado de raça...

Do lado oposto, uma tenda gigante armada. Era uma balada à parte dentro do recinto.

Do outro lado, no fundo do terreno, ficava a arena do rodeio.

Fomos com o caminhão até o local destinado aos Tropeiros, bem no fundo. Estavionamos do lado de um muro. E do lado de fóra, encostadinho havia uma pista de pouso e um heliponto. A festa não éra uma qualquer. Região rica, muitos boiadeiros e plantadores de soja e milho.

A festa ia começar na terça-feira.

Intalados, fomos procurar um lugar pra comer um lanche. Eu estava cansado, mas a cada nova cidade que eu conhecia, a sensação éra a mesma.

Apesar de estar velho no trecho, eu ainda éra muito namorador!

Adorava paquerar as nativas dos locais.

Saindo do recinto, descemos uma rua mal iluminada e fomos até uma lanchonete simples, que ficava ao lado de um terreno baldio.

Eu e o Roda Presa sentamos em uma mesinha do lado de fóra.

Logo me chega uma gostooooooosa pra nos atender. Pedimos uma jantinha ( refeição típica la do Goiás ), uma cerveja pro Roda e uma coca-cola pra mim... Eu tinha parado de beber a alguns anos.

A moça éra uma simpatia. Morena bem clarinha, cabelos pintados de loiro, olhos castanhos claros, seios médios, e uma LAAAAAPA de bunda. Usava um chinelinho de dedos que deixava à mostra os pezinhos esculpidos de tão lindos!

A malvada estava com um vestido curtinho, e um avental... uma delícia.

Apesar de cansado, fui ficando animado.

Só pra variar, a moça perguntou se agente éra da turma do rodeio, e blá blá blá...

A convidamos para a festa, e ela nos cortou dizendo que iria sim, mas com o marido dela.

Um balde de água fria em minhas más intenções.

Saiu rebolando aquela anca linda para buscar nosso pedido.

Passados uns 15 minutos, ela retorna com os pratos e nossas bebidas. Deixou tudo na mesa, me deu uma piscadinha e saiu toda sorridente. E lá de onde estava atrás do balcão, ficou me encarando com um ar de safada.

Pensei e comentei com meu companheiro: -- ahh essa não me escapa.

O Roda só ria, pois me conhecia a muitos anos, e sabia que quando eu sismava com uma fêmea, eu pregava em cima até pegar.

Comemos ligeiro, pois ainda éra cedo, e eu queria ver o movimento da cidade.

Me levantei e fui até o caixa pagar, pois queria dar mais uma olhada na potranca. Pedi um maço de cigarro, o hall's cereja e do nada ouvi surgindo uma voz que vinha da cozinha falando :

-- amoooor, o lanche da mesa 3 tá pronto.

Ela arregalou os olhos e mesmo murmurando consegui ler seus lábios.

Ela disse: -- é o meu marido!!!

Perguntei quanto devia, peguei o dinheiro, paguei. Enquanto esperava o troco, percebi ela anotando discretamente alguma coisa em um guardanapo de papel.

Me devolveu o troco com as notas dobradas, e no meio das notas estava o guardanapo.

Minha imaginação foi a milhão naquela hora.

Saímos sem olhar para trás, e uns 30 passos longe da lanchonete resolvi ler o papel.

O Roda ficou todo curioso querendo saber o que estava escrito no papel.

Abri o bilhete e nele dizia o seguinte :

-- venha amanhã na lanchonete as 22:00 hs. Meu marido não vai estar aqui. Foi pescar.

Um beijo bem gostoso nessa sua boca Cowboy.

O Roda rindo comentou:

-- vai ter sorte assim pra mulher lá na casa do caraiu. Kkkkkkk. Rimos demais.

Demos uma volta, tomamos sorvete em uma pracinha mais adiante, e por volta da meia noite, voltamos pro recinto.

Lembro de comentar com meu companheiro de décadas que estava ficando velho. E de fato, ambos estavamos com mais de 40, e o peso das noitadas e das viagens sem fim, falta de sono, as quedas e os esfolados se faziam presentes a cada dia mais e mais fortes.

Dormimos na carreta e no domingo o movimento estava grande no recinto.

Passei um café e subi na arquibancada ver o que acontecia. Os casais e solteiros estavam curiando a montagem das estrutura. Pois os portões seriam fechados ao público na somente na segunda.

Muita mulher em grupos zanzando.

Voltei pro caminhão e fui me arrumar. O Roda estava com o restante da equipe dando uma olhada nos bois, conferindo ração...

Dei uma supervisionada ligeira e fui dar uma volta.

Cheguei em um grupo de meninas e fiz uma gracinha. Me ignoraram... me apresentei para duas amigas que caminhavam todas em trajes cowntry... outro toco, e ainda me chamaram de cara sem noção...

Pensei, deve ser praga... outra vez me fizeram macumba kkkkkkk

Ta doido... nunca me aconteceu aquilo. Ser rejeitado daquela forma por tudo quanto éra mulher.

Meu consolo foi lembrar que à noite, eu ia dar um trato na moça da lanchonete!

Voltei pro caminhão, armei uma rede embaixo da arquibancada e fui descansar.

Fiquei por ali até umas 18:30. O Roda me trouxe uma marmita que comi ali mesmo, tomando uma tubaina.

Tirei mais uma madorna, e quando acordei já estava escuro.

Desarmei a rede, peguei minhas tralhas e fui tomar um banho. O Roda tinha tomado umas canas. Dormia no caminhão roncando e babando, cheirando moenda de engenho velho.

Me banhei, fiquei cheirosão, fiz a barba, e me aprontei.

Regulava 21:30, segui sozinho para a lanchonete. Caminhei devagar, fui contando pedrinhas na rua. O Movimento estava parado.

Cheguei na frente da lanchonete e notei que estava vazia. A moça estava varrendo e recolhendo as mesas.

Disse um oba que assustou a moça.

Ela se virou, e ao me ver, abriu um baita sorrisão. E olhou desconfiada pra todo lado.

Foi dizendo que estava anciosa pra me ver. Chegou a pensar que eu não ia aparecer.

Falei que pensei nela o dia todo e tal...

Sem demora, pediu para eu ir para o corredo na lateral da lanchonete onde guardavam caixas e cascos de cerveja. Era estreito e mal iluminado. Local perfeito para uns amassos.

Fui ligeiro, já ficando animado... pensando no que ia fazer com aquela gostosa.

Apesar de ter passado dos 40, eu continuava fogoso e muuuito mais safado!

Ouvi ela fechando a cozinha, passando a corrente nas cadeiras e mesas...

Meu coração estava batendo muito forte por conta da excitação daquele momento. Momento esse que vivi inuuuumeras vezes ao longa da minha vida.

Soltei a fivela do cinto, abria a camisa, dei uma arrumada na rola que já estava ficando tesuda... quando ouço um barulho de motor diesel tópico de caminhonetes parando em frente a lanchonete.

Seria o lazarento do corno que apareceu bem naquela hora? Não podia ser!!!!!

Me espreitei em silêncio pra espiar o que tava acontecendo. E vi varas se pescar na carroceria, uma caixa de isopor em outras tralhas típicas de quem gosta de pirangar.

Estiquei a orelha pra ouvir a conversa e reconheci a voz do corno.

PUTA QUE PARIU...pensei!

Ela se fazendo de espantada e muito preocupada perguntou porque voltou um dia antes da pescaria.

Ele respondeu que o motor do barco pifou e resolveram voltar mais cedo...

Fiquei puto, fechei a camisa e a calça, enquanto o casal terminava de fechar a lanchonete.

Ouvi quando o corno disse:

-- ainda bem que deu tempo de te ajudar a fechar amorzinho...

E fecharam tudo, passaram o cadeado no portão da entrada.

Saíram acelerando e eu fiquei ali fechado no corredor. Sorte o muro não ser tão alto.

O remédio foi escalar a porra do muro, e soltar no meio do matagal.

Como se diz no meio da peãozada, enchi o cu se cisco kkkkkkkk.

Voltei bravo pro recinto, e pragejando à má sorte. Kkkkk

Cheguei no caminhão, o Roda ainda estava dormindo.

Peguei a rede e fui armar debaixo da arquibancada. Mal havia deitado ouço uns gemidos vindos de não muito longe. Tinha alguém fudendo ali. Aquilo judiou do Cowboy aqui...

Pensei muito na vida, refletindo sobre muitas coisas... saudade da família.

Resumindo, eu estava ficando Velho demais para aquela vida!

E assim seguiram todos os dias daquela festa bonita. Voltei mais duas vezes na lanchonete, mas fui tratado com frieza pela moça.

E foi um show de foras que levei naquela festa.

Juro a vocês que aquilo nunca havia acontecido comigo.

Meu companheiro das viagens sem fim também notou minha falta de ânimo.

Até que chegamos ao domingo, último dia de festa.

Enquanto o locutor fazia o encerramento da festa, com aquela babação de ovo no prefeito, primeira dama, presidente da Câmara, vereador, fazenda tal... bla bla bla...

Cheguei perto da saída de emergência na lateral da arena. Local reservado à ambulância.

Acendi um cigarro, coloquei um pé na grade da arena, levantei o chapéu na testa e fiquei olhando o final da festa.

Estava com o pensamento longe, pensando em casa...quando uma voz me tirou do transe.

-- Ei cowboy, que desânimo é esse homem? É festa!!! E deu uma risadona.

Me virei e vi uma equipe de socorristas que estavam de serviço. Tinha um rapaz e duas moças.

Quem havia falado comigo éra um rapaz baixo, meio gordinho. Que pelo jeitinho percebi que éra gay.

Ainda pensei, to cagado mesmo. Não beijei nem uma feia, agora vou ter que aturar cantada de homem. Ta foda essa semana!!!!

Que nada gente. O rapaz foi educado demais da conta comigo, apesar de ficar me medindo dos pés a cabeça e fazendo sinal para as duas que estavam com ele.

Fingi nem perceber.

Então uma das moças chegou e perguntou se eu tinha gostado da festa, da cidade...

Eu disse que apesar de conhecer bem Goiás, éra minha primeira vez naquele lugar. Elogiei a festa, a estrutura...

O rapaz me interrompeu e perguntou na bucha.

-- então porque me parece que o cowboy tá desanimado, triste... não arranjou nenhuma namorada aqui... será esse o motivo de tanto descontentamento?

Repondi que sim, esse éra o motivo da minha cara de bunda.

Contei que sempre fiz sucesso com a mulherada... até aquela festa na cidade deles.

Acendi outro cigarro e dei as costas pra eles...

Foi quando ouvi uma gargalhada sonora da outra moça que acredito, devia ser enfermeira.

Me virei com cara de bravo para os três e falei:

-- tão de brincadeira comigo é?

Então com toda calma do mundo aquele rapaz colocou uma das mãos no meu ombro direito, e me olhando com paciência, me disse:

-- cowboy, não fique chateado, estávamos brincando com você. A dias agente tem reparado em você emburrado. Saiba que você é uma pessoa de muita sorte. Deve ter o Santo forte. Seu anjo da guarda não tirou um segundo de folga!!!!!!

Aí foi que não entendi mais nada.

Retruquei dizendo que, como seria sortudo, se não arranjei nem um rabo de saia naquela festa?

Outra vez ele me disse com toda paciência.

-- vou te explicar o porquê de você ser uma pessoa de muuuuita sorte. Creio que não saiba, e nem teria o porquê de saber, afinal sua vida é essa, mas o nosso município é o segundo do Estado em números de HIV positivo.

Aquilo me acertou feito um coice.

Confesso que até chorei quando ouvi aquilo. Eu fiquei a semana toda tentando chegar nas safadas quando tinha algum tempo livre... e nada!!!!

Tirei o chapéu, esfreguei a mão na cara e soltei um longo suspiro de alívio.

A enfermeira que de a gargalhada chegou perto e disse que riu daquela forma, não para me afrontar, mas foi de espanto.

E reforçou dizendo que eu éra muito sortudo.

Sei que ficamos ali de papo até o fim da festa conversando.

Assim que terminou a queima de fogos, me despedi deles, e os agradeci muito por tudo.

Sei que só consegui pregar os olhos depois das 2:00 da matina.

Amanheceu segunda, um sol de rachar...

Despachamos parte da boiada para outra cidade no caminhão.

Eu peguei uma caminhonete da Cia de Rodeio e junto do Roda Presa fomos tratar uma festa em Minas Gerais.

Não comentei com ninguém sobre a conversa que tive com os socorristas.

Sei que ainda fui zuado por muitos dias por não ter beijado nem uma feinha naquela festa...

Azar? Sorte?

Muita sorte eu tive!!!!!!

Vi, e vivi coisa demaaaaaais nesse mundão!!!!!


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Comentários

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SF
23/06/2020 17:30:02
Uma roda, alguma coisa pegando fogo, uma pessoa simpática contando aventura e outras, não tão experientes fazendo diversas perguntas. Esta foi a sensação tida por mim ao ler este relato, com cara de história e a ventura. Mais um episódio. Outra vez era eu guri, fantasiando com lugares e pessoas as quais eu nunca iria ver, mas fazendo imagens mentais muito claras. Muitos rindo de quando em vez. A gurizada de olhos arregalados nos momentos de suspense. Não sei se sorte ou azar também. Embora, com camisinha talvez fosse azar. Sem, talvez fosse sorte. O importante é que HIV tem tratamento no caso deles e que você não pegou nada. Nota 10 no chapéu e três estrelas na espora.
19/06/2020 22:05:22
Aaoooo Beto cawboy, confesso que ri de mais nesse conto,por conta dos seus bordões hahaha Mais devo admitir com certeza foi sorte meu amigo e muita sorte ainda...
19/06/2020 00:26:46
Muita sorte!!!! Adorei.... nota máxima claro.
19/06/2020 00:00:22
Parabéns pelo conto e realmente o Cowboy deu sorte


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