JEBÃO, A LENDA DO FUTEBOL DA COMUNIDADE (2ª PARTE)

A bola parecia ter sumido como por um passe de mágica. Já haviam revistado cada canto do terreno, e nada da danada aparecer.

“Puta merda, tô quase desistindo!” – disse Jebão à meia voz.

Passados uns cinco minutos, Raveco avistou a bola semienterrada num buraco no centro de um sofá velho e bastante estropiado, que deveria estar ali há muito tempo.

“Caralho, achei a porra da bola! Cê nem imagina onde” – Raveco falou excitado pelo achado.

Mas a excitação durou pouco: neste instante ele percebia que a realização do sonho de possuir a pica do Jebão começava a ficar distante outra vez. Em alguns segundos, eles pulariam o muro e seriam apenas parceiros de pelada, como sempre foram. O jeito seria se entregar ao velho cinco contra um e se contentar com os delírios imaginários. Ou, o mais improvável, esperar que acontecesse algum milagre.

...

“Põe força nessa mão, seu puto... Quase caí na primeira vez”. Jebão falou com uma voz, entre irônica e sensual, muito diferente do seu jeito zombeteiro e rude.

“E vê se cê não rela essa je...”. Quando deu em si, Raveco percebeu que tinha falado demais. E agora? O que veio em seguida, no entanto, deixou-o totalmente desconcertado.

“Ah é... E você quer que passe ela onde, caralho? Cê acha que a comunidade não sabe que cê curte é rola, seu viado?”, Jebão já falou abaixando o short surrado e levantando a camiseta machão que estava usando.

Foi então que todos os sentidos de Raveco foram capturados pela visão mais hipnotizante da sua vida, que fez seu coração acelerar. Ao abaixar os olhos, foi como se ele desse um zoom na pica à sua frente: o que mole deveria ter uns 15 cm, ao endurecer foi se transformando numa caceta monstruosa de mais ou menos uns 25 cm, cujo diâmetro era similar a um frasco de desodorante aerosol. Devido à superexcitação, a pele do prepúcio se abriu sozinha, revelando uma cabeçona rosa, imponente e já toda melada, que brilhava incrivelmente sob os raios de sol.

Raveco não se controlou ao ver aquela aquela pica dos deuses e aquele corpo moreno trincado e suado a poucos metros de distância. Para completar seu tesão, ele tinha ainda uma tatuagem de um revólver no abdômen cujo cano terminava no início dos pentelhos, que, no momento, estavam todos eriçados pelo suor.

“Colé, Raveco, nós tamo sozinho aqui, chega aí, caralho”, disse Jebão provocativo, observando o outro boquiaberto.

Sem hesitar, ele voou de onde estava e já caiu de boca na rola do Jebão, como se aquela fosse a última piroca do mundo.

“Mama essa pica, seu puto, aproveita que hoje a mamadera tá cheia de leite, seu fi da puta” – eram obscenidades assim que Jebão falava a meia voz pro Raveco enquanto esse o ordenhava igual um bezerro faminto, que tivesse sem sugar leite há vários dias.

Raveco ordenhava aquela vara de olhos fechados como se estivesse no seu tão esperado sonho e, por isso mesmo, tivesse medo de acordar.

Não era possível que ele engolisse aquela pica sem que ela lhe varasse garganta adentro, por isso uma parte dela, inevitavelmente, ficava fora da boca gulosa do puto. Foi então que, sem aviso, após uns quinze minutos mamando, este foi surpreendido por uma sequência de jatos de leite no fundo da sua boca que quase fizeram-no engasgar. Raveco não pensou duas vezes e foi botando aquele néctar precioso todo para dentro, sugando a jeba para tomar até a última gotinha daquela vitamina.

“Cês tão fazendo o que aí, porra!? Cadê o carai da bola?” – alguém gritou furioso do outro lado do muro.

Rapidamente, os dois se arrumaram, mas antes de pularem o muro:

“Puta merda, limpa essa porra aí perto da boca, caralho...” – alertou Jebão, já rude como de costume.

Mas Raveco não se importou com a sua grosseria. Agora ele sabia que milagres existiam.