Hudson.
Pode soar meio absurdo para alguns, até repetino demais. Mas a realidade às vezes pode surpreender de tão simplista. Mas tudo começou com uma brincadeira no riacho, onde fui despretensioso, e acabei pagando um boquete.
Talvez eu desse indicíos no meu comportamento ou coisa parecida. Eu sei que alguns comentários ao meu respeito haviam sido feitos antes, mas eu não os entendia realmente. Esse menino é muito afeminado, por exemplo. Sabia nem o que significava afeminado, tampouco entenderia porque diriam isso de mim.
E havia o Hudson, meu primo. Eu estava com doze, ele tinha dezesseis ou quase isso. Eu gostava dele, o admirava, o achava divertido. Hudson sempre foi extremamente carismático e bem-humorado. Muito arteiro também, nossa avó viviando gritando com ele, o chamando de peste, mas sempre sorridente. Esse menino num é mole!, ela dizia. E por Hudson ser assim, era comum que os mais novos quisessem imitá-lo ou seguir seus passos.
O que tornou só mais fácil para que caísse em sua lábia. Havíamos descido para o riacho, só eu e ele. Me senti especial só por esse fato. E lá nos banhamos e brincamos como nunca havíamos brincado antes. Jogar água, pega-pega, lutinha. E eu partia para cima de Hudson, me agarrava em suas costas e gritava meus ataques, só para sentir sua mão grossa me puxar, às vezes por lugares estranhos, e me devolver à água. Eu nem me dei conta do apelo sexual que aquilo vinha tomando mas acabei entrando no jogo, sem perceber o que me movia. Gostava de sentir Hudson perto. Meu pau já tava duro, mas minha mente tava distraída. Eu realmente estava me divertindo. Até que ele me agarrou por trás e eu senti a protuberância nas costas. Me desvincilhei e continuamos a brincadeira em meio a qual eu tentava olhar, mas água turva não deixava. Só me restava sentir para comprovar o que já era, deixando o apelo sexual crescer por pura curiosidade.
Hudson me agarrava por trás, sarrando em minhas costas. Às vezes segurava em minha virilha, por trás e, se valendo do meu baixo peso e da sua força, me jogava no ar. Me dava cuecão e fazia o pano fincar no meio da minha bunda. E eu ria, arteiro, fingindo inocência, fingindo não maldar nada. Até que ele cansou e se sentou numa pedra, de perna erguida, escondendo a ereção. Fiquei na água, indagando se ele não ia mais brincar e ele ficou em silêncio um tempo, refletindo e então me chamou. Vou te pedir uma coisa, mas tu num conta pra ninguém, tá? e meus olhos vidrados, ansiosos e nervosos o encararam, e a boca soltou um tá quase temeroso. Se num quiser no faz, mas se fizer o primo vai gostar. ele disse, esticando as pernas e revelando a ereção ao pôr o pau pra fora. Dá uma chupadinha aqui, vai. ele pediu e eu ri encabulado. Chupar?, eu questionei. É. ele respondeu. Só um pouquinho, se tu num gostar a gente volta. e eu fiquei quase refletindo, sentindo o coração disparar e esquecendo do frio ao passo em que o meu corpo era tomado por calor. Hudson insistiu mais uma vez e eu me debrucei sobre seu colo, abrindo a boca sobre seu pau e o engolindo. Senti seus braços se porem sobre mim, sua mão larga alcançar minha cabeça e me empurrar carinhosamente para baixo. Diferente do corpo ainda molhado de Hudson, sua pica estava quente. O gosto era estranho e a textura era curiosa. Pus na boca sem saber ao certo o que fazer e o suguei como imaginei que deveria ser; quase igual bezerro faz na teta da mão, estalando ao tirar da boca. Logo Hudson indicou como deveria ser e eu fui tentando acompanhar. Tomei na mão, a senti grosa. Rígida e ao mesmo tempo suave.
Movendo minha cabeça, Hudson fez com que eu deslizasse e aos poucos eu fui tomando ritmo, a despeito da posição ingrata. Comecei a mamá-lo e me vi inebriado pelo cheiro que aquela pica tinha. Hudson arfava e elogiava minha boca e meu feito, amaciando meu ego que, ansiando sua aprovação, se esforçava ainda mais. Hudson agarrou minha cabeça e sua goza explodiu na minha boca pelo seu pau pulsante. Na hora não entendi e o gosto agridoce e textura viscosa só encontraram um caminho para seguir quando eu as engoli. Me ergui meio assustado, limpando a boca e encarando Hudson que parecia extasiado, sorridente. Eu, esbaforido, ainda cogitei que tivesse feito algo errado e esperei ele falar. Que boca boa da porra!, ele disse, rindo e afagou minha cabeça. Gostou?, perguntei, também sorrindo. Demais! E tu?, ele retrucou. Dei de ombros, não sabia o que dizer. O ato em si foi curioso, mas ver Hudson daquele jeito me causou contentamento, mérito. Sim., eu disse. Vamo fazer sempre então, mas num conta pra ninguém! ele pediu e, mesmo sem entender exatamente, eu sentia que era melhor que aquilo ficasse entre nós.
Hudson recomendou que eu limpasse a cara no riacho e bebesse um pouco da água. Voltamos em cumplicidade, brincando no caminho, com Hudson por vezes deslizando dedo nos meus lábios. Oxe, boquinha maravilhosa!, ele dizia. Ninguém desconfiou de nada e com frequência, quando sós, Hudson me provocava. Eu gostava, passei a me sentir bem quisto, desejado. Ter aquela relação de cumplicidade com Hudson me alegrava. Por diversas vezes descemos ao riacho, ou nos escondemos atrás da casa da vó ou no celeiro e eu bebia o leite de Hudson como se aquilo me alimentasse. Com o tempo e confiança ele foi se dando mais liberdade e eu só aceitava, tendo tomado gosto por mamar sua virilidade. Lambia do talo até a glande, engolia e voltava. Chupava suas bolas, deixava ele esfregasse e batesse o pau pesado em minha cara. Tá vendo a égua ali, ó?, um dia ele me apontou. Sim., respondi. Ela é a fêmea do cavalo, tu sabe né? e eu sabia. Crescemos na região serrana, aquelas coisas eram coisas normais. Tu é minha éguia, sabe? Eu sou teu cavalo. ele falou e na hora eu achei que ele só estivesse se referindo a nós como partes que se completavam, mas com o tempo a ideia se fez mais clara. Eu quero enfiar aqui, ó. ele disse, dedilhando meu cu. Eu sequer sabia o que achar, mas ri. É? Mas daí sai cocô. eu falei com estranheza. Tem problema não, a gente lava. Lá no riacho, quando a gente for. e eu não disse nada, apenas tentava visualizar a ideia. Já havia visto toda sorte de animais trepando e comecei a fantasiar com aquilo. Se Hudson queria, então era bom - concluí.
Levou uns dias até que pudessêmos de fato ir ao riacho. Era difícil sairmos assim, sem os demais, e termos a privacidade necessária. Lá chegando ficou evidente que Hudson estava realmente animado, fazendo coisas que não costumava. Na brincadeira, me agarrava por trás e beijava meu pescoço. Manda eu empinar e sarrava minha bunda. Tu é minha fêmea mesmo., dizia, pondo minha mão em seu pau. Sua alegria era contagiante, o que me fazia comprar mais sua ideia e entrar na brincadeira, me deixando provocar. Hudson me pressionou contra uma pedra, de frente pra mim e, erguendo uma de minhas pernas, começou a sarrar pau-com-pau. Seu corpo torneado e jovem, maior e mais forte que o meu, me prendia contra a parede e eu sentia sua respiração quente bem próxima. Foi quando ele me beijou, do nada, eu me vi surpreso e inseguro. O beijo foi espalhafatoso, cheio de baba e língua solta, mas tinha vontade. Desejo. E eu gostei demais. Fiquei rindo a toa. Hudson me devorou com a boca, com mordiscadas que às vezes até doíam, mas eu deixava. Lambeu meu peito, chupou os bicos e eu me agarrava ao seu corpo quase fincando os dedos - por sentir desejo, mas também para conseguir me manter equilibrado. Vira., ele disse e eu obedeci, acreditando que era a hora. Seu pau arrastou sobre minha bunda, me forçando empinar, e suas mãos agarram minha cintura. Mas logo ele cessou, baixou minha cueca e suas mãos cataram água e jogaram para cima da minha bunda. Hudson começou a lavar minhas pregas, passando o dedo com força, às vezes forçando, até conseguir enfiar. Tirava, lavava os dedos, repetia. Ficou me dedando e lavando os dedos até - imagino - perceber que não havia resquício de fezes.
Eu me senti estranhamente exposto quando ele se agachou atrás de mim, arregando minha bunda, e conferiu de perto. O que veio em seguida nem ele planejou, o que ele confessou mais tarde. Depois da água fria do riacho no meu cu, minhas pregas foram atingidas por sua língua quente. Hudson arregaçava minha bunda e lambia meu cu como se devorasse algo; e eu nunca sequer havia cogitado quão prazeroso aquilo podia ser. Me empinei ainda mais e encostei a cabeça na enorme pedra, com os pés dentro do riacho e as pernas bambas. E eu gemia. Até que Hudson se ergueu de súbito. Tá limpinho mesmo., disse, questionando em seguida se eu havia gostado. Sequer conseguia dizer algo, me mantive extasiado recostado na pedra. Só fiz um esforço para olhar para trás quando Hudson sacou sua pica e pincelou meu cu. Era grossa e por um instante eu fiquei temeroso, mas queria. Queria demais. Hudson cuspiu na mão e passou no pau, cuspindo novamente e enchendo mais meu cu de baba. Quando senti a cabecinha nas minhas pregas eu, inocentemente, empurrei o corpo para trás. Hudson segurou em minha cintura e mandou que eu arregaçasse o cu. O fiz. Quando a pica começou a empurrar, eu mordi os lábios e prendi o ar. Hudson empurrou e eu a senti deslizando, rasgando minhas pregas. Segurei em sua braço e pedi calma, e ele repetiu a mesma coisa. Calma. e continuou. Sem que eu desse por mim, ele atolou todo o caralho dentro de minha bunda. Tá doendo., reclamei quase choroso, clemente. Espera um pouquinho, só um pouquinho. Ele sussurrou no pé do meu ouvido, deslizando a destra pelo meu corpo enquanto a canhota me mantinha cativo, me agarrando na cintura. Estranhamente, ele estava certo. A sensação aos poucos foi passando, tornando-se um incômodo. Hudson não se moveu, apenas beijava meu pescoço e apertava meu saco. Você é minha fêmea, lembra? Tem que aguentar. dizia, como se me incentivasse. Uhum., eu respondia gemendo. Tá doendo ainda?, ele indagou. Só um pouquinho. eu minimizei.
E foi aí que ele começou a socar. No início, devagar. Machuva, mas era suportável. Em parte, eu estava gostando de tê-lo ali, dentro de mim. Não queria decepcioná-lo. Queria saciá-lo. Mordi os lábios e o deixei. Hudson foi se empolgando e eu sentia seu pau deslizando para dentro e para fora de mim. Fechei os olhos e sentia meu corpo balançando com cada estocada. Sem dar por mim, meu pau ficou duro e se mexeu, num reflexo que faz o cu piscar. Senti as pregas arderem de novo e gemi. Que foi?, Hudson questionou. Nada., menti. Sua mão havia alcançado meu cabelo, puxando-o para trás. Já as minhas mãos se apoiavam ainda na pedra, minha coluna se curvava enquanto meu cu era deflorado. Minhas pernas bambas como se o sangue não descesse mais. A dor havia se dissipado e meu cu parecia sugar o caralho de Hudson. Senti sua mão apertar minha cintura e ele gemer, mordendo os lábios. Instantes depois, sua porra jorrou no meu cu, me preenchendo. No orgasmo, Hudson acabou me apertando com mais força e machucando e, na mesma hora, gozei. A dor e o prazer se misturaram de uma forma estranha, me assustando e me extasiando ao mesmo tempo. Quando Hudson tirou o pau, senti o cu voltar a arder e frio, deixando porra escorrer entre minhas pernas. Hudson deu alguns passos para trás e caiu na água, erguendo segundos depois sorridente. Que cu gostoso., disse, se aproximando e segurando em meu rosto, dando um selinho. Eu ri cansado. Sentia dor, mas estava orgulhoso. Doeu demais., eu disse em tom de drama. Foi?, ele questionou. Seu pau é muito grosso., eu completei e ele parou uns segundos, me encarando e riu arteiro. Vai ter que se acostumar. Vai lavar esse cu, vai. e me jogou na água, se aproximando em seguida e me abraçando, levando a mão até minha bunda e esfregando meu cu. Aí, tá doendo. reclamei. Desculpinha, quer beijinho, quer?, ele retrucou provocativo. Eu ri e contive a resposta. Eu queria sim.
Por anos a fio eu fui a fêmea de Hudson. O riacho era nosso local principal, mas o desejo batia em momentos diversos e em toda oportunidade, fazíamos algo. Os familiares que nos viam sempre juntos ou não maldavam ou faziam vistas grossas. Diziam que eu era o chaveirinho de Hudson, acompanhando ele igual sombra. Meu jeito afeminado continuou sendo motivo de piada, mas eu não me importava. Fomos flagrados algumas vezes até. Um tio certa vez nos viu no celeiro, bem no momento em que eu quicava no colo de Hudson. Sequer dava pra gente disfarçar. Ele disse que se pegasse a gente fazendo aquelas coisas de novo, ia capar nós dois. Fiquei com um medo tremendo de minha meus pais descobrirem, mas nada nunca foi dito. E Hudson, sacana, me acalmou dizendo que era só fazer como nosso tio havia pedido e não deixá-lo pegar a gente fazendo de novo. N'outra vez, foram uns primos e vizinhos que surgiram do nada no riacho e surpreendeu nós dois, mas já havíamos feito tudo. Eles zoaram, indagando o que havíamos ido fazer ali só os dois, mas Hudson os ameaçou e as coisas ficaram quietas. Acho até que muitos sabiam, mas ninguém tinha coragem de dizer. Eu e Hudson mantívemos nossa relação até meus dezessete anos, quando me mudei para a cidade para estudar. Foi onde ganhei outra perspectiva de mundo e de tudo o mais, inclusive minha relação com Hudson. Mas nunca me arrependi e, quando volto, mesmo com Hudson agora casado, ainda temos aquela velha cumplícidade.