💘EU AMO VOCÊ.💘CAPÍTULO: 12
💘EU AMO VOCÊ.💘CAPÍTULO: 12
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Carlos chegou na casa de Reinaldo por volta das 19:20hs. Reinaldo e dona Mareze já estavam assistindo A Fábrica (Novela das 19:00hs da TV Tupi).
Passaram parte da noite juntos vendo televisão, e como de costume assim que acabou a novela Irmãos Coragem; Carlos se despediu e Reinaldo levou ele até o portão. Roubou um beijinho dele deixando Carlos nervoso e envergonhado. Reinaldo sabia que Carlos ficava vermelho de vergonha, seu rosto Branquinho ficava corado e por isso mesmo que ele adorava roubar esses beijinhos no portão de casa, sempre que podia e a rua estava deserta. Primeiro ele se certificava olhando de um lado para o outro a fim de ver se não veria ninguém passando pela rua, depois ia abraçar Carlos pra se despedir e então roubava lhe um beijo. Algumas vezes colava a boca num selinho mais demorado, em outras era apenas um selinho rápido. Mas em todas as vezes sempre deixava Carlos coradinho de vergonha. Depois do beijo Carlos falou:
- Você não te emenda mesmo né Reinaldo. Se alguém nos pega? - Nem posso imaginar o vexame...
Reinaldo riu alto e gostoso e depois disse: - Melhor você ir embora broto, já esta começando ficar tarde!
Carlos: - Eu vou pra casa agora dormir e descansar a cuca. E o senhor deve fazer o mesmo.
Reinaldo: - Eu vou pra cama agora também.
Carlos: - Então é isso. - Até amanhã. (Disse lançando um sorriso pra Reinaldo e recebendo um outro de volta).
Ele virou se e começou a caminhar mas ouviu Reinaldo chamar ele de volta, então ele se virou e Reinaldo disse:
- Te amo, você é tudo para mim.
Carlos não disse nada, só sorriu para Reinaldo e ficou coradinho de vergonha pela declaração de amor dita pra ele ali no meio da rua.
Carlos ia andando pela rua, já tinha dobrado a esquina e Reinaldo já tinha entrado para casa. Carlos ia caminhando feliz e lembrando do sorriso de Reinaldo, a sua mente viajando nos pensamentos e tão longe que nem deu tempo dele perceber o homem andando praticamente ao seu lado.
O cara era um negro alto e forte, bem forte parecendo ser um desses trabalhadores braçais. O cara mostrando uma faca pra ele. Encostou ele no muro de uma casa, e colocou a faca pela lateral de sua barriga, fazendo ele sentir a ponta da lamina espetando a lateral da sua barriga e então o sujeito disse:
- Passa a bufunfa, rápido. O dinheiro, rápido moleque!
Carlos tremendo disse: - Eu não tenho dinheiro, estou vindo da casa do meu amigo, não tenho nada por favor!
O sujeito deu uma boa olhada nele e pegou em seu braço com força dizendo:
- Vem comigo, e caladinho, se não te espeto aqui mesmo meu chapa.
Ele caminhou mas a frente arrastando Carlos pelo braço e fazendo o menino sentir dor no braço. E mais a frente arrastou ele pra dentro de um terreno baldio, cheio de mato e com umas árvores altas.
Carlos implorava: - Por favor, não me mata, me deixa ir embora.
O sujeito: - Eu vou deixar você ir, mas antes você vai colaborar comigo. Você é um branquinho muito gostosinho. Carne branquinha de menina, se ficar quetinho agente brinca um pouco e depois te libero.
Carlos: - Por favor, não faz isso comigo, por favor eu te imploro.
O sujeito nem quis saber, mandou um tapão forte na cara de Carlos com sua mão grande e pesada que fez Carlos cair atordoado no chão cheio de folhas secas.
Depois o sujeito pegou Carlos pelos cabelos e Carlos gritando pela dor dos cabelos sendo puxados. O cara agarrou ele pelos cabelos pondo ele de pé e mandou outro tapa na cara dizendo: - Cala a boca seu Mariquinha filho de uma puta!
Depois jogou ele contra uma árvore e imprensou ele contra a árvore, metendo a mão por debaixo dele e arriando seu shorte. Estava muito escuro dentro daquele terreno, e Carlos só sentia aquele homem se esfregando nele e ouviu sua voz dizendo no seu ouvido baixinho: - Quietinho, bico calado, se não quer apanhar mais. Depois disso sentiu o homem tentando enfiar seu pênis dentro dele. Ele não via nada mas sentia, e aquilo parecia ser bem grosso e grande, depois que a cabeça entrou, o homens foi empurrando tudo com vontade sem nem se preocupar com Carlos. E o pobre do garoto, sentia uma dor descomunal, como se tivesse sendo rasgado ao meio. Uma dor dentro do seu estômago violenta.
Carlos estava acostumado com o pênis de Reinaldo que era um pênis em crescimento de um rapazinho, devia ter entre uns 17 CMS e era grossinho. Mas o daquele homem entrou arrombando ele. Era a piroca de um negão e deveria ter pelo menos uns 23 ou 24 CMS fora a grossura, que era muito, mas muito mas grosso do que o pênis de Reinaldo. E somado a isso, ainda tinha a dor da penetração violenta, o cara bombava dentro dele com força e com raiva. Aquilo era angustiante, as pernas de Carlos bambeavam e ele só não caia por esta sendo segurado pelo homem e sendo imprensado contra a árvore. O pior era ouvir aquele cara hediondo, falando merdas no ouvido dele com um bafo de cachaça. Ele chorava baixinho sofrendo muito e escutava o cara dizendo:
- Cu de branquelo gostoso, apertadinho, faz dois dias que não gozo. Hoje vou descarregar tudo nesse teu cuzinho de moleque. - Isso mesmo, chora baixinho boneca, chora e geme na tora do negão aqui. - Chora boneca, chora mais pro teu malandro.
Aqueles minutos em que Carlos estava sendo violentado, pareceram horas, cada segundo era de um sofrimento brutal. Quando Carlos já não se aguentava mais em pé, o homem finalmente urrou de prazer e gozou muito dentro dele. O cara então saiu de dentro de Carlos, e Carlos foi escorregando pela árvore e caiu de joelhos. O homem deu uma ultima olhada pra ele e um sorriso sarcástico e ainda disse: - Te deixei sem forças né moleque. Mas aposto que você gostou. E depois disso o cara que já tinha vestido seu short saiu do terreno em disparada. Carlos encostou seu rosto na árvore. A dor forte no estômago era maior do que a dor do seu cu arrombado. As lágrimas desciam sem parar. Ficou ali jogado no meio do mato por um bom tempo. Talvez uns 20 minutos mais ou menos. Até que conseguiu se levantar escorando se pelo tronco da árvore com um restinho de força que ainda sobrava no seu corpo. Levantou seu short e começou a caminhar devagar, com as pernas bambas, dando passo após passo. Sofrendo de dor, que até tinha diminuído um pouco, mas que ainda incomodava e muito ele. Saiu na rua e foi caminhando devagar pela calçada. Ia andando e deixando por trás de si na caminhada pingos de sangue pelo chão. O sangue escorria forte por sua perna esquerda. Até chegar em casa, o sangue foi diminuindo e parando, mas desceu o suficiente para ele sentir seus pé esquerdo molhado encima do chinelo Havaiana dele. Seu pé estava molhado e escorregadio na sandalha de borracha com seu sangue que havia descido do meio do seu corpo.
Ao chegar em casa, abriu a porta da sala chorando e quando sua mãe viu aquilo, levou a mão no peito clamando por Jesus alto. Só de olhar para Carlos ela já sabia o que tinham feito com o filhinho dela.
Ela amparou ele e cuidou dele, ajudou ele a entrar no banheiro, mas o menino queria ficar só. Teve vergonha que sua mãe visse seu corpo nú de rapazinho e ainda deflorado. O banho que ele tomou, foi sofrido. O pior banho que ele tomou em sua vida. Seu corpo inteiro doía embaixo daquele chuveiro.
Depois foi se deitar, sua mãe veio com chás e analgésicos.
Ela coitada não tinha como levar ele num hospital. Aquela hora não havia mais ônibus. Nesse tempo os ônibus não rodavam até de madrugada. Se pedisse ajuda a algum vizinho, seria certeza de amanhã o bairro inteiro ficar sabendo que o filho dela foi violentado. O pobre do Carlos ia sofrer mais ainda, sendo alvo de comentário de todo mundo.
Ele teve até febre e Iracema passou a noite velando por seu filho, deu lhe remédio para baixar a febre e pela manhã. Quando Carlos acordou, ele estava bem mais disposto para felicidade de Iracema. É claro que ele tinha o hematoma no rosto e na boca dos tapas violentos que ele levou. E sentar se era uma dificuldade, precisava da ajuda da mãe. Por isso mesmo para que ele pudesse se recuperar melhor ela fez ele ficar deitado na cama para não passar muito tempo sentado. Ela também cozinhou legumes e fez uma sopa batida no liquidificador. Ela sabia que seu filho precisava comer coisas leve para melhor digestão e menos sofrimento na hora das fezes. Se ele comesse coisas pesadas e sólidas, quando fosse ao banheiro defecar iria sofrer de dor. Pelo menos por alguns dias o melhor seria comer sopas e caldos.
Carlos não foi a escola e Reinaldo estranhou, ao sair da escola ele foi direto pra casa de Carlos.
Carlos já tinha pedido que não contasse nada a Reinaldo:
- Por favor mãe, não conte nada para ele. Me sinto humilhado!
Iracema: - Humilhado ou não, você tem que enfrentar isso de cabeça erguida e depois não foi sua culpa. Você é a vítima. E acho que você deve contar ao Reinaldinho sim. - Meu filho ele é um menino tão bom, eu acho que ele vai intender - Depois tem mais, se ele te amar mesmo, vai estar do seu lado e te ajudar a superar isso. Afinal amor não é só na hora do bem bom não. O amor é pra tudo, e principalmente para as horas difíceis da vida.
Carlos: - O problema é que eu não tenho coragem mãe de contar para ele. Foi horrível, e ter que lembrar aquilo tudo de novo na frente dele, eu não vou suportar mãe.
Iracema: - Está bem! - Nisto você tem razão. - Quando ele aparecer aqui perguntando de ti, eu mesma converso com ele, e lhe explico tudo. Deixe comigo meu filho que sei me intender com ele.
Não tardou muito e Reinaldo bateu palmas no portão chamando por Carlos. Do seu quarto, Carlos ouviu e ficou com os olhos marejados de lágrima.
Iracema veio atender e mandou ele entrar. Reinaldo já estranhou. Ela já devia ter ido para o trabalho a essa hora. Pensou ele...
Iracema chamou ele na cozinha e o fez sentar se. Reinaldo logo falou:
- Boa tarde dona Iracema! - Aconteceu algo com o Carlos?
Iracema: - Boa Tarde meu filho! - O Carlos esta descansando no quarto dele. Ontem quando ele saiu de sua casa ele sofreu um ataque.
Reinaldo: - Ataque! - Que tipo de ataque?
Iracema: - Bem meu filho como poderei lhe dizer....
Iracema procurava as palavras de modo que ela contasse pra Reinaldo as coisas de maneira mais amenas. Ela foi explicando e falando e Reinaldo sentado na cadeira com sua pasta escolar sobre seu colo. Ouvia tudo atentamente e de olhos arregalados. Iracema sabia o básico, seu filho contou para ela por alto, apenas o que tinha que ser dito. Que um homem forte assaltou ele com uma faca, que ele não tinha dinheiro para dar e o cara obrigou ele ir para o matagal e violentou ele. E foi basicamente isso que ela contou para Reinaldo e no fim disse:
- Por favor meu filho eu te peço que não abandones o Carlos agora, não nesse momento. Agora mas do que nunca ele precisa estar cercado do carinho de quem ama ele.
Reinaldo: - Dona Iracema, eu nunca abandonaria seu filho por nada desse mundo. - Esteja certa que estarei ao lado dele sempre. Não me imagino longe do seu filho. Agora mais do que nunca é preciso que ele sinta o quanto eu o amo, e sou capaz de tudo por ele.
Iracema com os olhos marejados de lágrimas responde: - Obrigado meu filho! - Eu não poderia esperar outra atitude sua, que não fosse esta. Você tem caráter e valor. Outro em seu lugar viraria as costas para ele e ainda acharia que tudo aconteceu por culpa dele mesmo que de certo teria se oferecido para este maldito homem.
Reinaldo: - Já mais, em nenhum momento eu pensaria isto de Carlos. Eu conheço o caráter dele. Se aconteceu isto é porque ele realmente foi forçado, eu acredito na palavra de Carlos.
Iracema agradeceu muito a ele e Reinaldo pediu para ir ver Carlos. Ela deixou e ele foi abrindo a porta do quarto entrando e falando:
- Como você esta broto? (Ele falou se dirigindo a cama de Carlos e sentando se nela ao lado de Carlos).
Carlos olhou bem dentro dos olhos de Reinaldo e chorou, abaixou sua cabeça, e as lágrimas pingava sobre o lençol. Reinaldo pos a mão no queixo de Carlos e levantou a cabeça do garoto trazendo ela de encontro ao seu rosto. Deu um beijo de selinho nele e o abraçou trazendo a cabeça dele de encontro ao seu peito e disse: - Calma meu broto, ta tudo bem já passou. Não precisa chorar, eu estou aqui do seu lado.
Carlos olhou pra ele e tentou secar os olhos com as costas da mão. E abraçou ele com força. Os dois não dizia nada, só aquele abraço valia por mais de mil palavras. Depois do sofrimento que Carlos passou, só mesmo aquele abraço aconchegante em Reinaldo para ele se sentir em paz e bem. Reinaldo colocou a cabeça dele em seu peito novamente e ficou acariciando os cabelos dele. Carlos escutava as batidas do coração de Reinaldo dentro do seu peito e fechou os olhos, se entregou aqueles carinhos e se sentiu bem. Sentiu a sensação de paz e felicidade plena.
Os dias da semana se passaram de uma semana para a outra, Reinaldo todos os dias cuidando de Carlos que foi dia a dia melhorando, já não sentia dor. Apenas quando precisava ir ao banheiro que ardia muito. Ainda devia estar machucado por dentro. A sua mãe vendo que o filho ainda estava amuado devido a tudo que ele passou, chegou pra ele na Quinta Feira de manhã e falou:
- Filho você precisa sair de casa um pouco, essa semana nem na escola você foi, esta certo que você precisava se recuperar, mas agora que você esta ficando novamente mais disposto, por que você não faz algum programa com o Reinaldinho?
Carlos: - Que tipo de programa mãe?
Iracema: - Sei lá, pegar um cineminha e ver uma fita com ele, só vocês dois; que tal?
Carlos se animou um pouco e sorriu pra mãe pensando nessa possibilidade. Ela vendo que deu certo seu comentário, ainda disse:
- Olhe no jornal, veja qual os filmes que estão em cartazes, nos cinemas aqui do Méier, não se preocupe com o dinheiro que eu lhe dou o valor que for preciso.
Carlos beijou a mãe e feliz pegou o jornal. Iracema voltou para o quarto para ir se arrumar pro trabalho.
Mas tarde quando Reinaldo chegou, Carlos animado com a idéia falou:
Carlos: - Esse Sábado podemos pegar uma matinê no cinema. O que você acha?
Reinaldo: - Eu nunca entrei num cinema na minha vida bicho!
Carlos: - Então vai entrar comigo no Sábado. - Que tal assistirmos Uma História de Amor? ( Uma Historia de Amor era o nome dado em português ao filme Love Story, lançado no final do ano de 1970, mas que estreou aqui no Brasil em Março deReinaldo: - Xuxu Beleza, com você eu vou pra qualquer lugar do mundo.
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E no próximo capítulo:
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Tomás ligou para Jean, olhando a chuva fina que caia da janela de seu quarto e disse:
- Por favor encontra comigo agora. Estou saindo de casa não aguento mais esse inferno, posso ir pra sua casa?
Jean ficou preocupado com o tom de voz triste do amigo e disse: - Vem vindo te encontro no caminho...