💝💜EU AMO VOCÊ💜💝: CAPÍTULO: 23
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Do outro lado da linha, sua mãe dizia que queria conversar com ele, perguntou como ele estava e disse que sentia saudades dele. Queria que ele fosse a casa dela. Antiga casa dele. Tomás escutava sua mãe falando e olhava para Jean que com uma carta de Reinaldo na mão, olhava de volta para Tomás querendo saber quem era.
Tomás respondeu a mãe que se desse, ele iria até a casa dela no dia seguinte e desligou o telefone secamente.
Jean perguntou quem era e ao saber de Tomás que se tratava de sua mãe, ele apenas disse: - O que ela queria?
Tomás: - Disse que esta arrependida e que sabe agora que eu estava falando a verdade. Que sentia saudades. E que quer conversar comigo.
Jean respondeu: - Sabe o que eu acho engraçado? - É que a pessoa apronta, te larga e abandona por preconceito e agora que ela descobriu que te julgou errada, te liga querendo fazer a boa mãe pra você que sente saudades do filhinho querido. - Show de bola isso!
Tomás: - É, eu concordo com você, mas acho que vou mesmo assim ver ela manhã, ouvir o que ela tem pra dizer.
Jean: - Eu só quero mesmo é saber o que ela vai fazer quando ela ouvir você! - Qual será a reação da mamãe perfeita e cristã quando seu filho único dizer que esta namorando um macumbeiro viadinho e morando dentro da casa dos macumbeiros do diabo.
- Há, mas eu daria tudo pra ser uma mosquinha e ver a reação de pavor dela! - Eu aposto que a saudades dela vai acabar na hora. E vai te excumungar e te expraguejar até não poder mais.
Tomás: - Eu sei disso você esta certo. Mas quer saber... - É até bom que ela saiba logo mesmo. Agora nada mais me impede de ficar com você nessa vida.
Jean sorriu e disse: - Que bom que você disse isso, eu quero viver com você o amor que esses dois viveram um dia. (Ele falou balançando a carta, mostrando pra Tomás a correspondência de Reinaldo para Carlos)
Tomás curioso disse: - O que diz nessa carta?
Jean começou a ler um treicho pra ele:
Ontem batemos a laje da nossa futura casa. A rapaziada aqui é tudo gente fina. Minha tia e outras mulheres amigas dela e esposas de amigos vizinhos nosso, fizeram uma boa feijoada. E todos nós depois da laje pronta almoçamos e a tarde tiramos um Partido Alto, a moçada cantou e sambou até a entrada da noite. Com muita cerveja e feijoada.
Nossa casinha agora está de pé meu broto. Para o mês o dinheiro entrando vou embolça lá toda. Quando vejo ela assim de pé no tijolo, sonho contigo e com o futuro que teremos juntos dentro dela.
Tomás olhava atento para Jean, e Jean parou de ler a carta e disse: - Como devia ser bonito o amor deles dois. A ultima carta, parece que foi em Novembro de 1973. Eu fico pensando o que será que aconteceu com eles dois depois?
- Será que chegaram a viver juntos dentro dessa casa? - Se realmente for verdade, que somos a reencarnação deles, então, quando eles morreram?
Tomás: - As vezes penso neles também, lembro dessa foto dos dois juntos, se parecendo tanto com nós dois. E você me disse que o espírito da sua Pombagira falou pra você que morreu no passado pelo fogo. Como será que foi isso? - Tenho medo só de pensar que em outra vida eu morri queimado, vai ver que é por isso que nessa vida eu morro de medo de fogo.
Jean: - Tai! - Você agora falou uma coisa certa cara. Eu também sempre tive medo de fogo, desde criança nem gosto de chegar perto de alguma coisa que esteja queimando.
Será, que Reinaldo construiu essa casa com tanto amor pra eles dois, e os dois morreram em um incêndio dentro dessa casa?
Tomás: - Coitados, que destino cruel, o lugar que era pra ser de felicidade pra eles foi de morte. Ai, sei lá... Tomara que não tenha acontecido assim, pelo menos não nessa casa.
Jean: - Pois é, pena que nunca saberemos o que aconteceu de fato com eles...
No dia seguinte Tomás foi conversar com sua mãe, e tal como Jean tinha previsto no dia anterior; a mulher ficou louca quando soube a onde seu filho estava.
Mônica: - Eu não posso acreditar nisso, então mesmo que o que tenha acontecido na Igreja não seja verdade, ainda sim de uma forma ou de outra você está com essa casta de demônio em você, ta deixando satanás governar sua vida e fazer você viver essa vida infeliz.
Tomás: - Vida infeliz eu vivia ao seu lado e do meu pai, sendo obrigado a ser o filhinho exemplar da sociedade.
- Mãe; não tem jeito mesmo. Ontem a senhora disse que tinha saudades de mim, e hoje está me tratando feito bicho só porque eu amo outro rapaz.
Mônica: - Você, espera que eu aceite essa sua vida de prostituição batendo palmas, é essa sua raiva.
Tomás: - Eu não espero nada. De você e do meu pai eu não espero mais nada,! - E raiva é coisa que não tenho. Pelo contrário, só tenho amor pra dar. E receber do Jean.
Mônica: - Você, ta sendo levado pela cabeça dessa gente. Só que você ainda é menor de idade, e eu posso muito bem ir com a polícia te arrancar a força da casa deles e ai quero ver você continuar de amorzinho com esse degenerado de pai e mãe.
Tomás: - Faz isso! - Faça isso mesmo. É bom que no juizado eu abro a boca e falo que eles me ampararam quando você me pôs na rua por ter preconceito contra mim. Assim você vai responder um bom processo por abandonar um menor de idade. Já que é por esse lado que você quer ir. Eu no juiz vou provar a mãe maravilhosa que você é virando as costas pro seu próprio filho.
Mônica já puta e nervosa diz: - Quer saber, você é caso perdido mesmo Tomás. Faça da sua vida o que quiser. Eu lavo minhas mãos. Quer viver com essa gente, que viva. Quer viver essa vida errada com esse garoto, que se dane. Só esquece que tem pai e mãe.
Tomás: - Eu já tinha me esquecido, mas você ontem me ligou e me lembrou que eu não sou filho de chocadeira. Pelo menos agora sigo meu caminho em paz sabendo que o melhor mesmo é eu no meu canto e a senhora no seu. E deixa eu ir me embora, que eu ganho mais.
Tomás se levantou saindo e Mônica expraguejou mais algumas palavras, mas ele nem deu confiança mais. Não retrucou, nem tão pouco respondeu a mãe, apenas virou as costas e saiu, ignorando ela.
Quando a bomba estourou na Igreja da mesma forma que Tomás foi chamado com sua família, Abner e a familia dele também foi. E também a família de Thiago. Mas os dois já foram pra Igreja sabendo do que se tratava. Pois a Gisele adicionou todo mundo no grupo, incluindo Thiago, menos o Abner. Mas Thiago assim que recebeu a mensagem, mandou printe de tudo para Abner. O garoto ficou nervoso, vendo seu nome envolvido nessa história e no dia da conversa com o Pastor acabou soltando tudo, que Abner tinha pedido pra inventarem aquilo tudo contra o Tomás e que ele tinha se deitado com Abner e os dois tinham transado mesmo. Foi ai que a merda foi parar toda no ventilador.
A família de Thiago com vergonha passaram a mão nele e foram embora por um tempo pra casa de parentes na Bahia.
A de Abner saiu da Igreja. Sua mãe que lhe passava a mão na cabeça ficou horrizada com tantas mentiras e injurias envolvendo seu pobre filho Abner. Como podia fazer aquilo com o filho dela. A inveja dessa gente era tão grande que fizeram até fotos montadas pra prejudicar o filho querido dela. Abner chegou a chorar sendo consolado por sua mãe, jurando que estavam levantando falso testemunho sobre ele. Depois dentro do seu quarto sozinho enxugou as falsas lágrimas e riu baixinho pensando em sua mente sobre sua mãe: A minha sorte é que essa velha burra acredita em tudo o que digo. Ela e o panaca do meu pai.
Abner que estudava em outros escola pública porém longe ali do bairro. Ficava no bairro da Penha.
Ele ia e voltava pra casa de ônibus com seu riocard escolar. Na escola ele andou se metendo com o Felipe, moleque marrentinho metido a bandidinho do tráfico. Ele sabe que ao lado de Felipe ele se fazia de grande na escola. Além disso ele já tinha atraido o moleque pro campo sexual. E andava fudendo direto com o garoto, na escola. Era no banheiro, ou numa biblioteca desativada. Sempre dava um jeito de satisfazer os desejos do moleque marrentinho, e com isso se fazia protegido dele.
Numa tarde, quando Felipe tava galudão, doido pra dar uma metida no cu de Abner. Abner se fez de vitima mais uma vez e disse: - Me desculpa mesmo, foi malzão, eu faço tudo que você quer sempre, mas hoje não dá, to muito triste e pra baixo.
Felipe achou aquilo estranho e disse: - Fala logo viado, o que ta acontecendo!
Abner fazendo charminho, e se fingindo de pobre coitado disse: - É um garoto de onde eu moro, ele ficou comigo no passado. Agora fica me infernizando, arrumou uma confusão pra meus pais descobrirem que sou gay. Ta fazendo um inferno na minha vida só porque falei que não quero mais ele e que você é meu dono. Ele disse que não aceita isso e que mata a mim e a você.
Felipe gargalhou e disse: - Ele me matar! - Só rindo mesmo. Fala ai quem é esse filho da puta, que quem vai passar ele sou eu.
Abner disse quem era, e Felipe ficou calado e pensativo e só ordenou que Abner pagasse um boquete pra ele pelo menos.
As mamadas e sexo entre eles eram frequentes se tornando algo mas que uma amizade apenas. Abner estava de casinho na escola com o Feliper. Um moleque desordeiro, envolvido com tudo que não presta e mais um pouco, no face do Felipe era fotos enaltecendo o tráfico e o CV. O próprio nome dele no face era Felipinho du problema, e por ai já via se que ele não era boa coisa.
No banheiro da escola Abner tinha acabado de mamar a piroca de Felipe e sorrindo pro moleque que tinha acabado de gozar falou: - Você vai me ajudar?
Felipe: - Vou porra! - Esse moleque ta fundido na minhas mãos.
Felipe já estava envenenado pelas mentiras de Abner sobre o pobre do Jean.
Passado uma semana e Jean a noite saia do centro, enquanto caminhava sozinho pela calçada voltando pra casa, um carro prata grande parou encima dele, quase atropelando ele. Um neguinho que aparentava ter uns vinte e poucos anos disse dando ordem pra ele e apontando uma pistola pra Jean: - Entra no carro, filho da puta, vão bora porra!
Jean tremendo foi puxado pelo cara e praticamente jogado pro banco de trás. Ficou no meio do carro ao seu lado direito no banco Felipe e ao seu lado esquerdo o tal neguinho magricela que fez ele entrar no carro. A frente um outro negão forte de cara amarrada dava partida no carro e no banco do carona, o rapaz se virou pra ele e disse: - Boa noite macumbeiro safado!
Ele tremeu da cabeça aos pés vendo que era Abner olhando para ele e dizendo essas palavras.
Jean nem teve tempo de falar uma palavra, Felipe enfiou um pano com algo muito forte na cara dele apertando e aquilo fez Jean desmaiar...
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E no próximo capítulo:
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- Eu sei que você e Reinaldo tem um enrosco entre vocês e não é só amizade.
Carlos olhava pra mulher assustado, não sabia o que dizer. Mas ela continuou:
- Se o tio dele souber vai ficar louco, e uma hora ele vai saber, você não acha?
Carlos não respondia nada apenas queria saber até onde aquela mulher queria chegar.